segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Planetas do tipo de Júpiter formados em centenas de anos:

T. R. Quinn, astrofísico da Universidade de Washington, e mais três colegas, estão causando movimentação entre os astrofísicos com a nova teoria de que os planetas gasosos, do tipo de Júpiter, podem formar-se em poucas centenas de anos.
Até agora se acreditava que eram necessários milhões de anos para que o disco protoplanetário, que circunda uma estrela jovem, se aglutinasse em massas que formariam o núcleo de um planeta gigante. Esta nova pesquisa indica que, para sobreviver aos efeitos de estrelas próximas e à radiação, o planeta em formação tem que se condensar em um processo rápido.
Estes planetas gasosos gigantes parecem ser os mais comuns, pois já mais de uma centena foram descobertos fora do Sistema Solar.
Esta nova teoria pode produzir repercussões em todo o âmbito da
cosmologia.
Para mais informações contate: trq@astro.washington.edu

domingo, 29 de novembro de 2015

Quantos cegos foram curados perto de Jericó?


Dois
Mt 20:30 - E eis que dois cegos, assentados junto do caminho, ouvindo que Jesus passava, clamaram, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós.

Somente um
Mc 10:46 - Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto ao caminho, mendigando.

Lc 18:35 - E aconteceu que, chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando.
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Descontradizendo:
Não há nenhuma contradição. Se trata apenas de relatos diferentes, onde Mateus relata a história dos dois cegos, Marcos e Lucas relatam de um deles em específico, Marcos em especial nos revela o nome de um deles, no caso Bartimeu.

Provavelmente Marcos e Lucas estão falando de Bartimeu. Mesmo que Lucas não nos traga o nome daquele que estava relatando.

Não devemos nos esquecer que Mateus foi o único dos três evangelistas que verdadeiramente presenciou o ocorrido. Pois Mateus era um dos doze apóstolos.

Já Marcos e Lucas relataram o que outros disseram. Portanto, não foram testemunhas oculares.
De acordo com isso, fica claro que os dois se preocuparam em relatar a história daquele que pelo visto ficou mais famoso entre os dois cegos, no caso Bartimeu.


Pipe

sábado, 14 de novembro de 2015

Suicídio, uma reflexão


Por Pipe

Alguém me perguntou isso: "Desde pequena ouço que o suicídio é um pecado que não tem perdão...que a pessoa se mata e vai direto pro hell.... mas me veio a duvida , existe algo na bíblia acerca disso ?"

Abaixo segue um trecho da conversa com alguns acréscimos.

Minha resposta:
A pessoa que se mata e vai direto pro inferno é a que não tem Cristo. Isso independe do suicídio ou não.

O que está em questão é: Pode uma pessoa nascida de novo, portadora do Espírito Santo se suicidar?

Bom, nem eu, nem ninguém poderá te responder isso com absoluta fundamentação. Ou seja, não sabemos.

Já quanto a esta pessoa ir para o inferno: Bom, é impossível que uma pessoa nascida de novo e portadora do Espírito Santo vá para o inferno.

Por isso nós temos duas coisas em jogo:
1. Não sabemos se um eleito pode cometer suicídio.
2. Sabemos que um eleito não pode ir para o inferno.

Como quanto ao primeiro não se tem conclusões absolutas, é um risco absoluto o que se diz crente cometer suicídio. Já quanto ao segundo, devido ao primeiro, não podemos dizer que um crente foi para o inferno, mesmo que este tenha cometido suicídio.

Li um artigo que dizia que o suicídio é como um pecado qualquer, e que por isso, se um pecado leva uma pessoa para o inferno, então qualquer crente está todo o momento sujeito ao inferno por também cometer pecado. Bom, a minha discordância disso se dá em que, realmente o crente peca, mas em caso de arrependimento, ele recebe o perdão. Mas como alguém pode arrepender-se quando comete suicídio? Por isso, mais uma vez o risco fica nas mãos do que comete o suicídio.

Conclusão:
Com isso, em nenhum momento estou querendo dizer que não compreendo a dor de uma pessoa que pensa em suicídio todos os dias. Eu sei muito bem por experiência própria o que é depressão e ter o desejo constante pela morte. Só estou dizendo que diante da teologia, o risco daquele que se suicida ir ou não para o inferno compete exatamente a isso, um grande risco. Que Deus lhes conceda graça para jamais desistirem da vida.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Ensina a NATUREZA que é vergonhoso para o homem ter cabelo comprido?

Todas as traduções da Bíblia que traduzem a palavra grega “Physis” em 1 Coríntios 11:14 por “natureza” estão erradas. Leiam o texto: “Ou não vos ensina a mesma natureza (Physis) que é desonra para o varão ter cabelo crescido?” (1 Coríntios 11:14). Por que afirmo isso? Pelo simples fato de que a pergunta de Paulo no texto não faz o menor sentido. Respondam-me, o que na “natureza” ensina que é vergonhoso para o homem ter cabelo comprido? Resposta: Nada, absolutamente nada na natureza ensina que é vergonhoso para o homem ter cabelo comprido. Agora se olharmos para o significado amplo que esta palavra denota no grego, a palavra faz sentido no pensamento de Paulo. Vamos ao dicionário grego:

“Physis é uma palavra que pertence ao mundo grego das ideias. Atestada desde Homero, tornou-se um conceito-chave entre os filósofos pré-socráticos na sua consideração da natureza do mundo, bem como entre os sofistas na questão da fundamentação e base da lei. O substantivo physis vem do vb. Phyo, “crescer”, que é atestado já nos tempos do grego miceneano. Sua raiz se liga com o latim fu e com o alemão bauen “edificar”. A raiz phy indicava “existência” ou “presença”... Physis pode significar:

1. Fonte, começo, origem, descendência, e também a linhagem de adultos ou de crianças. Aristóteles a considera a substância primeva, composta dos elementos.
(Fora de contexto com a proposta de Paulo)

2. Condição natural, qualidade natural, estado natural, forma e aparência externas, timbre, caráter, mentalidade patriótica. Os sexos, os órgãos sexuais e as suas características, natureza moral comum. Pode ser usada também não apenas para a “física” corpórea dos indivíduos, como também para as instituições e constituições dos estados.
(“Aparências externas” e “Natureza moral comum” se encaixa na proposta de Paulo)

3. Criação, o mundo da natureza, as criaturas. Como também os “gêneros” e ”espécies” dentro da natureza.
(Fora de contexto com a proposta de Paulo)

4. O poder criador eficaz, o “encanto” que causa o aparecimento das plantas, e o crescimento dos cabelos. Poder. Esta natureza é dotada de razão e determinada pela sua finalidade; nada produz sem propósito ou em vão...
(Fora de contexto com a proposta de Paulo)

5. Também representa a ordem regular da natureza. A unidade que se formula na lei se contrasta com aquilo que se realizou ou cresceu na natureza...
(Fora de contexto com a proposta de Paulo)

Observem que Physis é algo tão amplo, que esta palavra quando traduzida para o português fica presa ao reducionismo que a língua portuguesa lhe propõe. Pois, physis, pode significar apenas: forma e aparência externas, os sexos, natureza moral comum, a “física” corpórea dos indivíduos, as instituições e constituições dos estados, o crescimento dos cabelos.

Vamos substituir as duas possibilidades viáveis no contexto substituindo a palavra “natureza”:

Ou não vos ensina a mesma forma a “aparência externa” (Phisis) que é desonra para o homem ter cabelo comprido?

Ou não vos ensina a mesma forma a “moral comum” (Phisis) que é desonra para o homem ter cabelo comprido?

Por causa disso é que todos os comentários acerca deste texto apontam para o costume da época e nenhum deles lida com o problema da tradução errada. Uma vez corrigida a tradução todo o problema que envolve a afirmação de Paulo desaparece. Caso contrário, é necessário o teólogo apresentar um único exemplo na natureza que ensina que é vergonhoso para o homem ter cabelo comprido.

Pr. Pipe
Comunidade Gólgota

Fonte: Dicionário Internacional de Teologia do NT

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O que veio primeiro: o chamado de Pedro e André ou a prisão de João Batista?




A prisão de João Batista.
Mc 1:14-17 - E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho. E, andando junto ao mar da Galiléia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.

O chamado de Pedro e André.
Jo 1:40-42 - Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João e o haviam seguido. Este achou primeiro a seu irmão Simão e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).

Jo 3:22-24 - Depois disso, foi Jesus com os seus discípulos para a terra da Judéia; e estava ali com eles e batizava. Ora, João batizava também em Enom, junto a Salim, porque havia ali muitas águas; e vinham ali e eram batizados. Porque ainda João não tinha sido lançado na prisão.
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Descontradizendo:

O relato de Mateus:
4:
12 – ”Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galiléia”.

Obs1: O assunto divisor para Mateus é a prisão de João Batista. Portanto, tudo o que relata em seu testemunho acerca do ministério de Jesus, parte da prisão de João Batista em diante.

18 – ”E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores”.
19 – ”E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”.
20 – ”Então, eles, deixando logo as redes, seguiram-no”.
21 – ”E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando as redes; e chamou-os”.
22 – ”Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no”.

Obs2: Mateus não menciona o primeiro encontro de Jesus com André, Pedro, Tiago e João (conforme Jo 1:35-51). Mateus relata apenas o encontro de Jesus com os discípulos na praia (o que não significa que ele já não os conhecia).

Obs3: Mateus não menciona a cura da sogra de Simão.

Obs4: Parece ficar implícito que eles já o conheciam pela maneira instantânea que obedecem ao seu chamado. Será que se não o conhecessem teriam respondido tão rápido ao chamado?

Obs5: Mateus não relata a transformação de água em vinho.

Obs6: Mateus não relata a primeira purificação do templo.

Obs7: Mateus não relata o encontro de Jesus com Nicodemos.

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O relato de Marcos:
1:
14 – ”E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do Reino de Deus”
16 – ”E, andando junto ao mar da Galiléia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores”.
17 – ”E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens”.

Obs1: Marcos também não menciona o primeiro encontro de Jesus com André, Pedro, Tiago e João (conforme Jo 1:35-51). Marcos relata apenas o encontro de Jesus com os discípulos na praia (o que não significa que ele já não os conhecia).

Obs2: Marcos também não menciona a cura da sogra de Simão.

Obs3: Também deixa implícito que eles já o conheciam pela maneira instantânea que obedecem o seu chamado.

Obs4: Marcos também não relata a transformação de água em vinho descrita por João.

Obs5: Marcos também não relata a primeira purificação do templo.

Obs6: Marcos também não relata o encontro de Jesus com Nicodemos.
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O relato de Lucas:
3:
19 – ”Sendo, porém, o tetrarca Herodes repreendido por ele por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, e por todas as maldades que Herodes tinha feito,”
20 – ”acrescentou a todas as outras ainda esta, a de encerrar João num cárcere”.

Obs1: Lucas não relata a prisão de João Batista.

Obs2: Ele omite o relato da prisão de João batista e começa a relatar desde a tentação de Jesus até o iniciar de seu ministério, que segundo Mateus e Marcos foi depois que João Batista foi preso.

4:
14 – ”Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor”.
15 – ”E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado”.
16 – ”E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler”.
31 – ”E desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e os ensinava nos sábados”.
38 – ”Ora, levantando-se Jesus da sinagoga, entrou em casa de Simão; e a sogra de Simão estava enferma com muita febre; e rogaram-lhe por ela”.

Obs3: Lucas parece deixar implícito que Simão conhecia Jesus, quando relata a cura de sua sogra (4:38).

5:
1 – ”E aconteceu que, apertando-o a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré”.
3 – ”E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão”.
4 – ”E, quando acabou de falar, disse a Simão: faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar”.
5 – ”E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque mandas, lançarei a rede”.

obs4: Se Pedro não conhecia Jesus, por que ele o chamou de Mestre?

8 – ”E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador”.
9 – ”Pois que o espanto se apoderara dele e de todos os que com ele estavam, por causa da pesca que haviam feito,”
10 – ”e, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante, serás pescador de homens”.
11 – ”E, levando os barcos para terra, deixaram tudo e o seguiram”.

7:
18 – ”E os discípulos de João anunciaram-lhe todas essas coisas”.
19 – ”E João, chamando dois dos seus discípulos, enviou-os a Jesus, dizendo: És tu aquele que havia de vir ou esperamos outro?”

Obs5: Como Lucas não relata a prisão de João Batista, e os demais Evangelhos (Mateus e Marcos) afirmam que isto ocorreu antes de Jesus iniciar seu ministério, eu afirmo a luz de Mateus e Marcos que João já estava preso quando enviou seus dois discípulos até Jesus.
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O relato de João:
obs1: João relata um segundo encontro com João Batista e não o primeiro quando ocorreu o seu batismo.

Obs2: Mateus e Marcos não relatam o primeiro encontro de Jesus com André, Pedro, Tiago e João;

Obs3: Mateus, Marcos e Lucas não mencionam a cura da sogra de Pedro; não mencionam a transformação de água em vinho; não mencionam a purificação do templo; não mencionam o encontro de Jesus com Nicodemos, e iniciam seu relato direto a partir do encontro no mar da Galiléia.

Obs4: João não cita o encontro de Jesus com os discípulos na praia.

Obs5: João não relata a prisão de João Batista. Diz apenas em 3:24 que João Batista ainda não havia sido preso.

Obs6: Eu acredito que foi entre o cap.3 e o cap.4 de João que João Batista foi preso. Pois, em Jo 4:3 diz: ”Quando o Senhor ficou sabendo disso, saiu da Judéia e voltou uma vez mais a Galiléia”.
Comparem:

Mt 4:12 – ”Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galiléia”.
Mc 1:14 – ”E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do Reino de Deus”

Lc 4:14 – ”Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor”.

Jo 4:3 – ” deixou a Judéia e foi outra vez para a Galiléia”.

Os três primeiros textos dizem que Jesus inicia seu ministério a partir da prisão de João batista e em seguida vai para a Galiléia.

Agora, João não relata a prisão, e diz que depois do último “encontro” (o texto não diz que se encontraram de fato, comenta apenas a conversa de João Batista com um certo judeu) com João Batista (3:22-36) Jesus vai para a Galiléia.

Depois, Também o texto em Jo 5:35 parece deixar implícito que João já estava morto, pois Jesus diz:

”João era uma candeia que queimava e irradiava luz, e durante certo tempo vocês quiseram alegrar-se com a sua luz”.

Note que os verbos estão no passado. Ele não faria uso do verbo no passado se João ainda estivesse vivo. Por isso afirmo que João já havia sido preso antes do cap.4 de João e quando Jesus vai para a Galiléia no cap.4, João Batista estava preso à luz dos outros três evangelhos.

Obs6: Outra questão é que João não relata o chamado de Tiago e João no mar da Galiléia (Mt 3:21, Mc 1:19).
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Conclusão:
Foi somente a partir do Cap.4 de João, quando Jesus volta para a Galiléia, que o chamado definitivo que Mt, Mc e Lc dizem ter sido no Mar da galiléia, ocorre. E isto somente ocorreu depois da prisão de João Batista.

Portanto, à luz de todos os quatro evangelhos, não há nenhuma contradição!


Pipe

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Jesus montou em que em Jerusalém?


Em uma jumenta e um jumentinho.
Mt 21:5-7 - Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, humilde e assentado sobre uma jumenta e sobre um jumentinho, filho de animal de carga. E, indo os discípulos e fazendo como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes, e fizeram-no assentar em cima.

Em um jumentinho.
Mc 11:7 - E levaram o jumentinho a Jesus e lançaram sobre ele as suas vestes, e assentou-se sobre ele.

Lc 19:35 - E trouxeram-no a Jesus; e, lançando sobre o jumentinho as suas vestes, puseram Jesus em cima.

Jo 12:14 - E achou Jesus um jumentinho e assentou-se sobre ele, como está escrito:
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Descontradizendo:
Mt 21:5-7 - "Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, humilde e assentado sobre uma jumenta e sobre um jumentinho, filho de animal de carga. E, indo os discípulos e fazendo como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes, e fizeram-no assentar em cima".

Vamos comparar o mesmo texto na NVI:
"Digam à cidade de Sião: ´Eis que o seu rei vem a você, humilde e montado num jumento, num jumentinho, cria de jumenta`". Os discípulos foram e fizeram o que Jesus tinha ordenado. Trouxeram a jumenta e o jumentinho, colocaram sobre eles os seus mantos, e sobre estes Jesus montou".

O termo "sobre estes", não se refere a Jesus ter sentado nos dois jumentos. Pois, como seria isto possível? Vocês acham que a Bíblia está dizendo que Jesus sentou no jumentinho e na jumenta ao mesmo tempo? É óbvio que não!

O termo "sobre estes", está se referindo as vestes colocadas sobre o jumentinho. Pois, leiam novamente o texto: "Trouxeram a jumenta e o jumentinho, colocaram sobre eles os seus mantos, e sobre estes Jesus montou". Sobre quem Jesus montou? Sobre os mantos. Isto fica evidenciado pelos relatos dos demais evangelhos que afirmam que Jesus montou apenas no jumentinho e não na jumenta.

Portanto, não há nenhuma contradição.


Pipe

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Livro: "A Abolição do Homem" de C.S.Lewis

Editora: Martins Fontes
Segundo Walter Hooper, A abolição do Homem deveria ser o segundo livro lido por todo mundo depois da Bíblia. Exageros à parte, nunca li nada mais claro e convincente, com uma argumentação sólida e consistente em defesa de uma Moralidade Absoluta, a qual sofre, nos dias atuais, uma intensa relativização.
Partindo de um pequeno trecho de um livro destinado a “meninos e meninas das últimas séries”, C.S Lewis destaca uma simples fala de um personagem a fim desvelar qual a intenção do autor e como será a recepção do seu público juvenil. Sua aguda percepção o permite deduzir que aquela afirmação poderia conter um incentivo a uma idéia, a um pressuposto “que, dez anos mais tarde, quando sua origem estiver esquecida e sua presença for inconsciente, vai condicioná-lo a tomar um determinado partido” em uma situação particular.
Nada mais óbvio para nós, geração do pós-pós, condicionados a receber – muitas vezes passivamente, embora defendamos fervorosamente a bandeira da interatividade, conectividade e outros “dades” da vida – influências e estímulos próprios da vida moderna.
A preocupação do autor, e que poderia ser a nossa, é detectar que tipo de conseqüência um simples trecho de um livro infantil – ou, em nosso caso, um comercial de TV, um artigo de jornal, um brinquedo, um game, um outdoor, etc – pode ter sobre nossa geração e sobre gerações futuras.
Tais artefatos tendenciosos porém não foram feitos ou articulados por ninguém a não ser o próprio homem. E isto vem do avanço do ensino das ciências aplicadas, a qual vulgarmente conhecida e bradada como “A Conquistada do Homem sobre a Natureza”, no sentido em que o gênero humano tem poder e força capazes de subjugar as forças tidas como naturais a seu bel prazer.
Desde a Idade da Razão, fala-se dessa concepção criativa da mente humana em relação à natureza. Dentro de uma visão progressista, tal processo tem se sido cada vez mais célere nos últimos anos com todo o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia em seus diversos campos.
“A natureza está a serviço do homem”, conclamam alguns de seus defensores ao anunciar a descoberta do DNA, os modernos métodos anticoncepcionais, a clonagem de células, a nanotecnologia e os recentes estudos sobre física quântica. Assim, o Homem aprendeu a se sentir dono da Natureza, porém ultimamente se esforça para aprender a ser vítima dela, vide, por exemplo, todas as conseqüências irreversíveis do aquecimento global.
Assim como no livro de C.S. Lewis, não se trata aqui de rejeitarmos todo e qualquer avanço científico, negando qualquer aspecto positivo que deles advierem, ou ainda nos tornando tecnofóbicos, caindo num maniqueísmo sem quaisquer precedentes. Mas sim, de nos debruçarmos sobre a seguinte questão: Em que sentido o Homem possui um poder crescente sobre a Natureza?
Será que, uma vez tendo esse poder, ele o usa em favor de todos da raça humana ou só para alguns? Não seria cada novo poder conquistado pelo homem uma forma de poder sobre o homem? Dessa forma, o que nos parece ser a conquista final do homem pode significar a própria abolição do Homem?
Não pretendo estragar toda a brilhante argumentação do autor com minhas insípidas e breves palavras, mas apenas deixar um humilde convite para a leitura de mais um excelente livro de C.S. Lewis, A Abolição do Homem.

domingo, 8 de novembro de 2015

Quantas mulheres chegaram ao sepulcro?


Uma
Jo 20:1 - E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.

Duas
Mt 28:1 - E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.

Três
Mc 16:1 - E, passado o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram aromas para irem ungi-lo.

Cinco ou mais
Lc 24:1 - E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.

24:10 - E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam as que diziam estas coisas aos apóstolos.
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Por Guilherme Born:

Descontradizendo
Bem. Quem nos acompanha nestes meses sabe que estes textos não se contradizem, pois já mostramos outros que se parecem com estas no quesito "Contradição".

Todos os textos se completam. Vamos colocar em ordem:
1 - Maria Madalena
2 - Maria Madalena e a outra Maria
3 - Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago (e de Jesus)
4 - Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras1 - Maria Madalena

Temos então: Maria Madalena, outra Maria, Maria mãe de Tiago, Salomé e Joana.

No total são 5 mulheres com nomes e as outras, não nomeadas.

Isso não impede de João escrever só Maria Madalena por exemplo. Ele quis ser mais específico, mostrando que Maria Madalena é que levou todas as outras para o sepulcro. Vejam que todos os textos sempre começam por quem? Maria Madalena.

Agora, se olharmos Marcos e Lucas, eles foram apenas mais detalhistas, dando os nomes de algumas das outras mulheres. Lucas ainda mostra que havia mais outras mulheres, porém sem dar seus nomes.

Seria contradição se todos os autores dissessem sempre mulheres, e um outro autor escrevessem que os homens foram ungir o corpo de Jesus.

Conclusão:

Sob estas informações, não há contradição, pois os textos se completam, nos dando um número de mulheres, porém não o número absoluto. Os autores decidiram cada um descrever o nome das mulheres ou não.

sábado, 7 de novembro de 2015

Onde Jesus disse para os discípulos buscarem-no depois da sua ressurreição?

Ele lhes disse que fossem para a Galiléia.
Mt 28:10 - Então, Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão a Galiléia e lá me verão.

Mc 16:7 - Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.

Ele lhes disse que permanecessem em Jerusalém.
Lc 24:49 - E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

At 1:4 - E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.
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Descontradizendo:

Leiam o nome da proposta da BDC:
“Onde Jesus disse para os discípulos buscarem-no depois da sua ressurreição?”

Ele lhes disse que permanecessem em Jerusalém.
Lc 24:49 - "E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder".

At 1:4 - "E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes".

Os textos estão se referindo ao pentecostes e não a um encontro com Jesus.

A possível argumentação da BDC:
É possível que a BDC esteja usando os textos para dizer que:
"- Jesus não disse para eles se encontrarem com ele na Galiléia?

Como o texto estaria dizendo que eles deveriam permanecer em Jerusalém se eles estão falando com Ele na Galiléia?

Na mente deles, isto pode "indicar" que na verdade eles estavam não na Galiléia e sim em Jerusalém, e, que isto, portanto denuncia uma "contradição".

Será? Vamos adiante então...
1. Lucas não relata que Jesus disse para os discípulos que eles deveriam encontrá-lo na Galiléia. Isto não significa que eles não o encontraram lá. Lucas apenas não aborda este detalhe.
2. Lucas em Atos volta a relatar a ordenança dada por Jesus no seu evangelho (Lc 24:49). Não esqueçam que Lucas não está abordando a questão do encontro na Galiléia e sim a promessa do Espírito santo.
3. Lucas relata que Jesus já tinha aparecido a Simão (Lc 24:34).
4. Já Mateus, é extremamente reducionista e não relata os detalhes dos vários encontros que Jesus teve com os discípulos. Fala apenas do encontro das mulheres com Jesus. Também não relata o encontro de Jesus com Cleopas e o outro discípulo no caminho de Emaús. Relata apenas o encontro do vs.16 e em seguida encerra o seu evangelho.
5. Marcos nos dá um pouco mais de detalhes, mas também ainda assim é bem reducionista no seu relato. Marcos relata rapidamente que Jesus apareceu a Maria Madalena e aos dois no caminho de Emaús. Ele também relata apenas um encontro de Jesus com os onze no vs.14 e logo em seguida encerra o seu evangelho.
6. Lucas relata mais detalhes. Porém, ele também relata apenas a conversa dos dois no caminho de Emaús (com mais detalhes), relata que Jesus apareceu a Simão no vs.34; e relata um único encontro de Jesus com os discípulos antes da ascensão.
7. João também não relata que os discípulos deveriam se encontrar com Jesus na Galiléia. Relata o primeiro encontro de Jesus com os discípulos no vs.19. Relata que Tomé não estava entre eles no vs.24. Jesus aparece novamente para os discípulos e para Tomé no vs.26. Depois no Cap.21 ele continua a descrever as diversas aparições de Jesus aos discípulos no vs.14 – ”E já era a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos depois de ter ressuscitado dos mortos”. E João termina o seu Evangelho sem relatar a ascensão e a ordenança de que deveriam permanecer em Jerusalém.
8. Foi provavelmente no terceiro encontro que os onze finalmente se encontraram com Jesus na Galiléia. Pois, Mateus diz que os onze se dirigiram para a Galiléia no vs.16 – ”Os onze discípulos foram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes indicara”. O encontro na Galiléia não aconteceu no primeiro encontro porque Tomé não estava presente no primeiro encontro. João diz que o terceiro ocorreu no Mar de Tiberíades na Galiléia.
9. Observe também que Mateus não relata a ascensão e não relata a ordenança de que deveriam permanecer em Jerusalém. É provável, que depois disso tiveram um terceiro encontro com Jesus (conforme João) quando então ocorreu a ordenança de permanecerem em Jerusalém e a ascensão de Cristo.
10. Marcos relata a ascensão, mas não diz onde foi que ela ocorreu.
11. Lucas relata o terceiro encontro na Galiléia, quando saíram e se dirigiram para Betânia (vs.50).

Concluindo:
* No primeiro encontro os onze estavam desfalcados, Tomé não estava presente. E Mateus fala que os onze estavam no encontro na Galileía. Portanto, o primeiro encontro não foi na Galiléia.
* O encontro na Galiléia também não foi no segundo encontro quando os onze estavam presentes, porque Tomé só ali foi convencido da ressurreição de Jesus pelo próprio Jesus.
* Foi no terceiro encontro que eles se dirigiram da Galileía para Betânia para assistirem a ascensão de Jesus.

Agora observando o texto mais de perto:
Lc 24:49 – ”E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”.

A frase em negrito não significa: “Fiquem onde estão!” Se trata apenas de uma frase clara indicando onde deveriam ficar esperando a promessa do pentecostes.

Portanto, Jesus e os discípulos estavam na Galiléia quando este deu a ordem de ficarem em Jerusalém.

Conclusão: Não há nenhuma contradição!


Pipe

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Paleofauna Desafia o Uniformitarianismo

Cerca de cem anos atrás, madeira fossilizada foi encontrada na Península Antártica.
Desde então, exemplos fósseis da fauna e da flora de clima-quente têm sido descorbertos tanto no círculo polar Ártico quando no Antártico.
Recentemente, vestígios de animais fossilizados de clima tropical e subtropical como tartarugas e o champsossauro, foram encontrados na Ilha Axel Heiberg (uma das ilhas do arquipélago Queen Elizabeth, localizadas a 79°N, no nordeste canadense).
O champsossauro é um réptil considerado extinto, semelhante a um crocodilo, medindo cerca de 2,40 metros.
Acredita-se que ele era um animal de sangue-frio, sem capacidade para migração ou hibernação durante o inverno.
As estratas onde os fósseis foram encontrados, foram datadas como sendo do período Cretácio superior, dentro de uma escala geológica de tempo uniformitarianista.
Implicações Climáticas
Para animais do tipo do crocodilo, a variação de temperatura durante as estações quentes é de 25°C a 35°C, sendo a temperatura média do mês mais frio de 5,5°C, gerando uma temperatura média anual de 14°C (referencial: estado da Flórida, EUA).
A temperatura média anual para a região da Ilha Axel Heiberg é de 20°C negativos (-20°C), sendo de 38°C negativos a temperatura média do mês mais frio.
Temperaturas para os dias mais frios do ano variam entre -45°C e -55°C.
O contraste de climas é, portanto, real. Este caso não é um incidente isolado.
Outros achados indicam também que o Ártico e Antártida já sustentaram condições tropicais e subtropicais durante o período Cretáceo.
Procurando por Soluções Uniformitarianistas
Para a proposta uniformitarianista, este tipo de evidência é um exemplo de que o oposto (não uniformitarianismo) é verdadeiro.
Uma lenta movimentação continental não pode ser uma explicação convincente, pois muitos geólogos acreditam que a paleoatitude da Ilha Axel Helberg foi pouco diferente da condição atual.
Modelos uniformitarianistas que trabalham com uma geografia diferenciada (proporções de terra/mar) ou com uma quantidade de CO2 do período Cretáceo deferenciada da atual, não oferecem uma resposta adequada, pois à medida que aumentam a temperatura da região estudada, também elevam as temperaturas equatoriais a valores exorbitantemente altos.
A contradição entre a paleofauna e o paleoclima uniformitarianista é tão grande, que uma reavaliação da validade do conceito uniformitariano se faz necessário.
Explicação Criacionista
A tsunami de 2004 deu à ciência uma nova perspectiva sobre o hidro-catastrofismo e algumas conseqüências práticas deste tipo de evento.
Vegetação foi encontrada flutuando, dias após o tsunami, a dezenas de quilômetros da costa.
Diferente da explicação uniformitarianista, uma explicação plausível seria um hidro-catastrofismo de dimensão global envolvendo uma grande quantidade de água, onde vegetação e animais teriam sido transportados (flutuação) em direção as latitudes acima dos 70°, onde fósseis de origem tropical e subtropical têm sido encontrados.
Esta explicação é também coerente com a origem do carvão de pedra proposta por vários criacionistas.
Fontes:
http://creation.com/a-tropical-reptile-in-the-cretaceous-arctic

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Abiatar era pai ou filho de Aimeleque?

Abiatar era filho de Aimeleque:
I Sm 22:20 - Porém escapou um dos filhos de Aimeleque, filho de Aitube, cujo nome era Abiatar, o qual fugiu atrás de Davi.

I Sm 23:6 - E sucedeu que, quando Abiatar, filho de Aimeleque, fugiu para Davi, a Queila, desceu com o éfode na mão.

Abiatar era pai de Aimeleque:
II Sm 8:17 - E Zadoque, filho de Aitube, e Aimeleque, filho de Abiatar, eram sacerdotes, e Seraías, escrivão

I Cr 18:16 - E Zadoque, filho de Aitube, e Abimeleque, filho de Abiatar, eram sacerdotes; e Sausa, escrivão.

I Cr 24:6 - E os registrou Semaías, filho de Natanael, o escrivão dentre os levitas, perante o rei, e os príncipes, e Zadoque, o sacerdote, e Aimeleque, filho de Abiatar, e os chefes dos pais entre os sacerdotes e entre os levitas; uma dentre as casas dos pais se tomou para Eleazar, e se tomou outra para Itamar.
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Descontradizendo:
Vamos lá então:

1. Zadoque era filho de Aitube:
II Sm 8:17 - "E Zadoque, filho de Aitube,..."

I Cr 18:16 - "E Zadoque, filho de Aitube,..."

2. Aimeleque (1) também era filho de Aitube, por tanto irmão de Zadoque:
I Sm 22:9 e 11-12 – ”Então, respondeu Doegue, o edomita, que também estava com os criados de Saul, e disse: Ao filho de Jessé vi vir a Nobe, a Aimeleque, filho de Aitube, ... Então, o rei mandou chamar a Aimeleque, sacerdote, filho de Aitube, e a toda a casa de seu pai, e aos sacerdotes que estavam em Nobe; e todos eles vieram ao rei. E disse Saul: Ouve, peço-te, filho de Aitube. E ele disse: Eis-me aqui, senhor meu.”

3. Em I Sm 14:3 fala a respeito de Aitube: “E Aías, filho de Aitube, irmão de Icabô, filho de Finéias, filho de Eli, sacerdote do SENHOR em Silo...”.

4. Abiatar era filho de Aimeleque (1): ”Porém escapou um dos filhos de Aimeleque, filho de Aitube, cujo nome era Abiatar, o qual fugiu atrás de Davi”.

5. Abiatar teve um filho e colocou o nome de seu filho Aimeleque (2) em homenagem ao seu pai, II Sm 8:17 – ”E Zadoque, filho de Aitube, e Aimeleque, filho de Abiatar, eram sacerdotes, e Seraías, escrivão.

6. Se Zadoque era filho de Aitube e irmão de Aimeleque (1), logo, Zadoque era tio-avô de Aimeleque (2) e tio de Abiatar.

7. Eu afirmo que o Aimeleque (2) que era contemporâneo de Zadoque em II Sm 8:17 não é o seu irmão (1) e sim seu sobrinho-neto (2). Porque Aimeleque (2 - irmão de Zadoque) foi morto por Saul em I Sm 22:6-20.

Diante disto, não há nenhuma contradição e sim pura especulação da BDC.


Pipe

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Deus habita as trevas ou a luz?


 Deus habita as trevas.
I Rs 8:12 - Então, disse Salomão: O SENHOR disse que habitaria nas trevas.

II Cr 6:1 - Então, disse Salomão: O SENHOR tem dito que habitaria nas trevas.

Sl 18:11 - Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus.

Sl 97:2 - Nuvens e obscuridade estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono.

Deus habita a luz.
I Tm 6:15-16 - a qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém!
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Descontradizendo vs. por vs.:
A Bíblia de Estudo NVI traduz da seguinte maneira os textos:
I Rs 8:10-12 - "Quando os sacerdotes se retiraram do Lugar Santo, uma nuvem encheu o templo do Senhor, de forma que os sacerdotes não podiam desempenhar o seu serviço, pois a glória do Senhor encheu o seu templo. E Salomão exclamou: "O Senhor disse que habitaria numa nuvem escura!".

II Cr 6:1 - "E Salomão exclamou: "O Senhor disse que habitaria numa nuvem escura!"

Sl 18:11 - "Fez das trevas o seu esconderijo, das escuras nuvens, cheias de água, o abrigo que o envolvia".

Sl 97:2 - "Nuvens escuras e espessas o cercam; retidão e justiça são a base do seu trono".

Sobre o que os textos estão falando?
Os textos estão falando da manifestação de Deus quando se apresentava ao povo.

Para demonstrar que estava se manifestando, Deus se ocultava numa nuvem. Pois, caso não o fizesse, o povo seria fulminado pela sua Glória ou imarcescível Luz.

É disto que os textos estão falando. Deus não habitava naquelas nuvens. Ele se manifestava ocultamente naquelas nuvens. Porém, aquelas nuvens não eram a sua habitação permanente.

Conclusão: Não há nenhuma contradição!


Pipe

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Quando a figueira amaldiçoada morreu?



Morreu imediatamente.
Mt 21:19-20 - E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente. E os discípulos, vendo isso, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira?

Ela não morreu até a manhã seguinte.
Mc 11:13-14 e 20-21 - Vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isso...
E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes. E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira que tu amaldiçoaste se secou.
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Descontradizendo:
A questão é que mais uma vez Mateus junta dois episódios num só:
01.   A maldição (Mt 21:19 e Mc 11:14)
02.   O momento em que os discípulos veem a figueira seca (21:20 e Mc 11:20-21).

Agora percebam que foi somente no segundo episódio que eles falaram que a figueira secou imediatamente, porque é somente no segundo episódio que Jesus lhes fala sobre o poder da fé (Mt 21:21 e Mc 11:22-23). Por isso, a expressão "secou imediatamente" ocorreu no segundo episódio e não no primeiro. Mateus porém somou os dois num só.

É interessante também observar a tradução na NVI que diz:
"Ao verem isso, os discípulos ficaram espantados e perguntaram: "Como a figueira secou tão depressa?". Ou seja, a figueira secou de fato muito rápido, de um dia para o outro. E isso de certa forma condiz com a soma dos dois relatos.

A palavra παραχρημα no grego, também pode ser traduzida por "logo" (Chave linguística do NT, pg.46). Por isso, uma outra forma de traduzir o vs.21 é “Ao verem isso, os discípulos ficaram espantados e perguntaram: "Como a figueira secou tão logo?".

Portanto não há nenhuma contradição.


Pipe

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Quando Jesus amaldiçoou a figueira?



Antes de expulsar os comerciantes do templo.
Mc 11:12-17 - E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. Vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isso. E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E não consentia que ninguém levasse algum vaso pelo templo. E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada por todas as nações casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.

Depois de expulsar os comerciantes do templo.
Mt 21:12 e 17-19 - E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas... E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia e ali passou a noite. E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome. E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente.
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Descontradizendo:

Gleason Archer responde esta:
”Quando estudamos a técnica da narrativa de Mateus, em geral, descobrimos que o evangelista às vezes dispõe seus textos pela ordem de tópicos, ou de assunto, em vez de pela cronológica que caracteriza mais freqüentemente seus colegas Marcos e Lucas. A coletânea de ensinos de Mateus, que encontramos nos três capítulos (5-7) do sermão do monte, Jesus talvez a houvesse ensinado em certo momento, estando a multidão sentada ao pé do monte, em um nível abaixo do Senhor, no tradicional local do monte das Bem-aventuranças, junto à praia ao norte do mar da Galiléia. O fato de que algumas porções dos ensinos do sermão do monte encontrarem-se às vezes noutras passagens, em ambientes diversos, como no sermão da planície (Lc 6:20-49) e em outras passagens pode significar que Jesus com freqüência se referia a esses mesmos temas por onde passava, ao longo de seu ministério de três anos na Palestina e regiões adjacentes. Todavia, a tendência de Mateus de agrupar seus textos numa seqüência lógica de temas demonstra-se com clareza na série de oito parábolas sobre o reino dos céus que compõem o capítulo 13. Iniciada a discussão de um tema, Mateus prefere prosseguir nele até o fim; é a regra geral que ele segue.

Mateus e Marcos concordam que tão logo entrou em Jerusalém, no domingo da Páscoa, encaminhou-se diretamente para o templo (Mt 21:12; Mc 11:11).

Eles estão de acordo também que o Senhor entrou no templo nesse domingo. Marcos dá sua contribuição, dizendo que essa visita ocorreu no domingo à tarde, e o Senhor observou tudo ao seu redor. Sem dúvida, ele ficou perturbado pelo que viu e ouviu, a comercialização irreverente e barulhenta, exatamente como três anos antes, quando o Senhor expulsara os vendilhões com “um chicote de cordas” (Jo 2:13-17). Nessa ocasião, ele os havia denunciado por transformarem o templo em “mercado” (em vez de mencionar Is 56:7, como fizera no episódio da semana santa).

Diz-nos Marcos, a seguir, que Jesus nada fez em público a fim de expressar sua indignação, naquela tarde de domingo. Ao contrário, Ele voltou a Betânia – presumivelmente ao lar de Lázaro, Maria e Marta – onde passou a noite. Podemos ter certeza de que o Senhor ficou parte da noite em oração, procurando a orientação do Pai quanto ao que deveria fazer no dia seguinte.
Prossegue, pois, Marcos, segundo seu método de seqüência cronológica, dizendo que Cristo voltou para Jerusalém, indo visitar o templo. O Senhor então expulsou os mercadores barulhentos, veniais, e os cambistas do recinto sagrado,...

Mateus, no entanto, julgou ser mais adequado e eficiente usar sua abordagem tópica, e incluiu um ato acontecido na segunda-feira à tarde na observação inicial de domingo à tarde, enquanto Marcos preferiu seguir a estrita seqüência cronológica".

Fonte: "Enciclopédia de Temas Bíblicos"; ed. Vida; pg.283-284

Obs: A Bíblia de estudo NVI também afirma que "Mateus muitas vezes condensava suas narrativas".

Conclusão:
A prova que Mateus condensava suas narrativas e não se preocupava com a ordem cronológica e sim tópica, está em que:
1. Ele não cita que Jesus esteve duas vezes no templo (como Marcos descreve).
2. Ele descreve que a figueira secou imediatamente. Já marcos diz que só no outro dia eles perceberam verdadeiramente o milagre. Porém, a questão da percepção tratarei no próximo tópico.

Isto demonstra, que nos dois assuntos, Mateus foi bem reducionista, pois, ao invés de dizer que Jesus esteve duas vezes no templo antes de expulsar os cambistas, ele vai direto ao ocorrido.

O mesmo, ele faz com relação a figueira. Ao invés de dizer que os discípulos no outro dia viram a figueira seca e comentam isto com Jesus, ele diz que ela secou imediatamente e não cita o ocorrido do outro dia quando os discípulos voltam ao assunto.


Portanto, baseando-se neste reducionismo proposital, não há nenhuma contradição.