sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Apócrifos 20: Descida de Cristo ao Inferno I


 Versão Grega
* O texto é um relato descrito por alguns dos que ressuscitaram no dia da ressurreição:

Mt 27:
52 E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
53 E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.

Especificamente, os que testemunharam aos sacerdotes foram os filhos de Simeão (aquele que recebeu a promessa de que não morreria antes de ver o Messias). Simeão foi um dos que ressuscitou juntamente com seus filhos. E foram seus filhos que relataram o que ocorreu quando estavam no inferno. Basicamente, eles tratam do que Pedro disse em 1 Pe 3:16-18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água; e em 1 Pe 4:6 Porque por isso foi pregado o Evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito;

O texto confirma a ressurreição de vários santos descrita em Mt 27:52-53. E de alguma forma também trata daquilo que Pedro disse sobre Jesus ir e pregar aos espíritos em prisão.

* Eu achei interessante um versículo do cap.6:2 - "E então o Rei da Glória agarrou o grande sátrapa Satanás pelo pescoço e entregou-o aos anjos, dizendo: "Amarrai com correntes de ferro suas mãos, seus pés, seu pescoço e sua boca". Depois colocou-o nas mãos do Inferno com a seguinte recomendação: "Toma-o e o mantém bem preso até a minha segunda vinda".
Este texto apóia a interpretação amilenismo acerca do milênio. Ou seja, o diabo está preso e já estamos vivendo o milênio.

* O texto também trata a questão das duas testemunhas descritas em Ap 11:
3 E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco.
4 Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra.
5 E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
6 Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem.
7 E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará.
8 E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.
9 E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros.
10 E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.
11 E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
12 E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.
13 E naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu.

O texto diz que estas duas testemunhas são Enoque e Elias.


* O texto também fala do ladrão que confessou Jesus na cruz.

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