quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Evolução: O Oceano diz não!


Stuart E. Nevins, M.S.

A questão das idades da terra e do oceano é de extrema importância. Se há evidências de um oceano antigo, esse fato poderia ser usado para apoiar a suposição evolucionista de que a vida surgiu de primitivos químicos inorgânicos marinhos, há bilhões de anos atrás. Se, contudo, for possível comprovar que o mundo oceânico é relativamente jovem, o evolucionista perderia sua causa por falta de provas.

Modelos Oceânicos
É possível imaginar dois modelos básicos do mundo oceânico. De acordo com os geólogos evolucionistas uniformitarianos, a terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos. O mundo oceânico foi formado, segundo se supõe, pelo desprendimento de gases da água dos processos vulcânicos no começo da história da terra. No esquema popular, no mínimo há bilhões de anos passados, o oceano chegou ao seu atual tamanho e condição química, e as formas de vidas unicelulares já haviam evoluído por acaso a partir das substâncias químicas inertes. Durante um período de pelo menos um bilhão de anos o oceano permaneceu mais ou menos em constante salinidade enquanto as criaturas unicelulares evoluíram em moluscos, peixes, répteis, mamíferos e finalmente ao homem. Durante esse imenso período de tempo os continentes têm passado pela erosão por um processo mais ou menos contínuo tendo sido depositado regularmente detritos na forma de sedimentos no fundo do oceano.

Uma alternativa à visão evolucionista do oceano é a criacionista, o surgimento do oceano é recente, possivelmente 10.000 anos atrás. A terra em sua condição original estava coberta com água ( Gênesis 1:2 ), posteriormente, porém, Deus formou bacias oceânicas, reunindo as águas e fazendo surgir a terra ( Gênesis 1:9 ). O oceano novamente cobriu a terra durante o Dilúvio universal no tempo de Noé, e retornou às suas atuais bacias depois do Dilúvio.

O nosso propósito é examinar a velocidade da erosão e da sedimentação a fim de sugerir o modelo mais apropriado para o mundo oceânico.

Sedimentos Oceânicos
O fundo do oceano está coberto por uma camada de material mal consolidado chamado sedimento. Pequenas partículas rochosas e substâncias químicas precipitadas derivadas dos continentes, especialmente através das correntezas, formam o grosso desse sedimento. Limo calcário quimicamente precipitado é o sedimento mais comum no fundo do oceano, enquanto que arei e lama vindas dos continentes são mais comuns no oceano mais raso mais próximo das praias.

Perfurações em mar profundo e levantamentos sísmicos forneceram muitas informações sobre a espessura do sedimento no oceano. Esses dados foram bastante surpreendentes para os antigos oceanógrafos que, presumindo que o oceano fosse muito antigo, esperavam sedimentos muito espessos. A espessura média dos sedimentos nos lugares de menores profundezas dos oceanos de menos de 650m. Espessuras maiores de sedimentos se encontram nas plataformas e vertentes continentais. A maior espessura sedimentar encontrada em todo o oceano ( profundo e raso ) seria de 900m.¹ Essa afirmativa é generosa e seria aceita como sendo aproximadamente correta pela maioria dos geólogos evolucionistas uniformitarianos.

Agora podemos calcular o volume dos sedimentos oceânicos simplesmente multiplicando a espessura média ( 900 ) pela área do mundo oceânico ( 357km² ). (2) Os cálculos indicam que 77 milhões de metros cúbicos de sedimentos se encontram presentes no fundo do oceano.

Depois, podemos fazer uma estimativa da massa dos sedimentos oceânicos multiplicando o volume dos sedimentos ( 315 milhões de km³ ) pela densidade média de sedimentos ( 2,3 bilhões de toneladas/km³ = 2,30 g/cm³ ).³ Descobriremos a massa dos sedimentos oceânicos é de cerca de 820 quatriliões de toneladas.

Os atuais continentes topográficos acima do nível do mar têm volume com cerca de 125 milhões de km³ e uma massa de cerca de 383 quatriliões de toneladas. Se os atuais continentes fossem desgastados até o nível do mar, cerca de 383 quatriliões de toneladas de sedimentos se depositariam no fundo do oceano. Essa massa é um pouco menor do que a metade da massa de sedimentos presentes no oceano atualmente. Dito de outra forma, seria necessária a erosão de apenas duas vezes a nossa atual massa continental a fim de produzir a massa de sedimentos oceânicos já existentes!

Médias de Erosão
Um estudo cuidadoso dos rios atuais em escala mundial indica a vasta quantidade de rochas que são transportadas para o oceano. Sedimentos suspensos, pequenas partículas de rochas que são carregadas junto com a turbulência do rio pertencem ao grosso de sedimentos acrescentados ao oceano. A melhor estimativa para os dados referentes aos rios sugere que 20,2 bilhões de toneladas de sedimentos suspensos penetram no oceano todos os anos. (4)

Os rios também transportam substâncias químicas dissolvidas para o oceano. As substâncias químicas são principalmente bicarbonato, sílica e sais que compreendem cerca de 4,6 bilhões de toneladas de sedimentos acrescentados ao oceano todos os anos. (5)

As geleiras das latitudes mais elevadas estão atualmente se desfazendo e acrescentando icebergs ao oceano. Quando o gelo derrete os sedimentos contidos são depositados no fundo do mar. Parece que o gelo está transportando cerca de 2,2 bilhões de toneladas de sedimentos por ano para o oceano. (6)

Embora pouco se saiba acerca de migração dos fluidos nas grandes profundezas da terra, a terra está sendo atualmente acrescentada ao oceano através do fundo do mar vinda dos continentes e de fontes e vulcões no fundo do mar. Essa água também contém substâncias químicas dissolvidas. Uma média conservadora sugere que 0,47 bilhões de toneladas de sedimentos são acrescentados ao oceano por ano pelas águas freáticas. (7)

As praias estão sendo constantemente desgastadas pelas ondas que levam sedimentos para o mar. Uma boa estimativa sugere que a erosão marinha acrescenta 0,28 bilhões de toneladas de sedimentos por ano. (8)

A poeira levada pelo vento especialmente vindas de áreas deserta e a poeira vulcânica acabam sendo levadas para mar. Cerca de 0,06 bilhões de toneladas vão para o mar anualmente. (9)

A evaporação e o vento removem uma pequena quantidade de sais do oceano e os depositam sobre a terra. A porção de sedimentos removida nesse processo de chuviscos salinos aerosóis é calculada em 0,29 bilhões de toneladas por ano. (10)

Agora que examinamos o processo que leva e remove os sedimentos do oceano, estamos prontos para calcular a quantidade total de sedimentos que vai para o fundo oceânico todos os anos. O acréscimos dos cálculos da erosão anterior apresenta o total de uma injeção de sedimentos no oceano de 27,5 bilhões de toneladas por ano. É uma quantidade enorme de sedimentos! A maioria dos geólogos evolucionistas uniformitarianos admitiria que esse total é aproximadamente certo.

A título de ilustração, imagine que todos os sedimentos desse ano fossem colocados em vagões de carga cada um com capacidade de 11 toneladas. Precisaríamos de 2,5 bilhões desses vagões! Seria um trem que se estenderia até a lua, ida e volta, 34 vezes! Se esse trem viajasse a 95 km/h, levaria 32 anos para passar por você. O total dos sedimentos indica que 80 vagões de sedimentos por segundo estão sendo acrescentados ao oceano!

Quanto tempo levaria para transportar os atuais continentes para o oceano se a média de erosão continuasse ? Temos cerca de 125 milhões de km³ de crosta continental acima do nível do mar com uma massa de 383 quatriliões de toneladas. Para se calcular a quantidade de tempo necessária para transportar os atuais continentes para o oceano temos de apenas dividir a massa dos continentes acima do nível do mar pela média anual de erosão. O cálculo seria o seguinte:
383 quatriliões de toneladas/27,5 bilhões de toneladas por ano = 14 milhões de anos.

TOTAL DE SEDIMENTOS LEVADOS PARA O OCEANO +27,5 bilhões de toneladas por ano.
Os continentes estão sendo desnudos numa velocidade tal que seriam necessários uns simples 14 milhões de anos para nivelá-los! Mas os geólogos evolucionistas uniformitarianos acham que os continentes existem há pelo menos 1 bilhão de anos. Durante esse suposto intervalo de tempo os atuais continentes teriam se desfeito pela erosão 70 vezes! Mas, milagre dos milagres, os continentes ainda estão aí e não parece que se desfizeram pela erosão nem uma única vez sequer!

A Idade do Oceano
Embora os continentes possam ser desfeitos pela erosão e transportados para o oceano em apenas 14 milhões de anos, vamos imaginar que algum misterioso processo de soerguimento continue a aumentar os continentes enquanto estão se desgastando pela erosão. Quanto sedimento se formaria pela média atual de erosão em um bilhão de anos ? A resposta se encontra multiplicando a média anual de acréscimo de sedimentos ao oceano ( 27,5 bilhões de toneladas por ano ) pela alegada idade evolucionista ao oceano ( 1 bilhão de anos ). Durante 1 bilhão de anos 27,5 bilhões de toneladas de sedimentos seriam produzidos. Isso bastaria para cobrir o fundo do oceano com 30 km de sedimentos! A fim de produzir essa quantidade colossal de sedimentos seria necessária a erosão de uma incrível camada de rocha de 61 km de espessura de continentes. Assim, se aceitamos que a atual média de erosão e volume continental visível já existiam durante os supostos 1 bilhão de anos de história do mundo oceânico dos evolucionistas, já teríamos de esperar uma camada desconcertante de sedimentos de quase 30 km de espessura cobrindo o fundo do mar atualmente! Sendo que essa monumental camada não existe, parece que os evolucionistas superestimaram grosseiramente a idade do atual oceano mundial.

Outra questão é levantada. Quanto tempo levaria para depositar a atual espessura de sedimentos no fundo do oceano presumindo-se uma média constante de erosão ? Para se obter a resposta temos que dividir a massa de sedimentos que se encontra no oceano pela média anual de injeção de sedimentos. O cálculo é o seguinte:

820 quatriliões de toneladas / 27,5 bilhões de toneladas por ano = 30 milhões de anos.

Em apenas 30 milhões de anos todos os sedimentos do oceano poderiam ter-se acumulado aceitando-se uma média constante de erosão. Essa idade não se encaixa no bilhão de anos aceito pelos geólogos evolucionistas uniformitarianos.

É importante observar importante observar que de acordo com geólogos evolucionistas uniformitarianos os últimos 30 milhões de anos foram um período de considerável desnudamento continental. As grandemente aceleradas médias de erosão da era cenozóica posterior chegaram ao clímax na era glacial, "um período em que o clima tornou-se selvagem".¹¹ Planícies aluviais da atualidade mostram evidências de grande quantidades de água já passaram para o oceano, excedendo a descarga dos rios hodiernos. Cientistas que têm realizado perfurações de sedimentos em mar profundo, ficaram recentemente surpresos pelas evidências de um longo período de tempo no passado de glaciação e clima úmido no registro sedimentário. Portanto, a pressuposição de uma média constante de sedimentação não é valida exigindo médias de erosão grandemente aumentadas no passado. Essa média de injeção de sedimentos aumentada no oceano poderia diminuir a idade aparente dos sedimentos oceânicos calculada acima por um fator de dez a cem tornando ainda mais difícil reconciliá-la com o modelo evolucionista.

Enquanto as dificuldades encontradas no modelo evolucionistas sejam muito visíveis, o modelo criacionista é consistente com as evidências. De acordo com o modelo da criação, o oceano chegou a sua condição atual apenas depois do Dilúvio de Noé. Alguns dos sedimentos mais antigos do oceano parecem ter sido depositados imediatamente após o Dilúvio. Essas camadas sedimentares não exigem uma longa história de erosão continental.

Os sedimentos oceânicos mais recentes parecem ter sido depositados nos séculos após o Dilúvio quando o clima era bastante úmido e quando a média de erosão era significativamente maior do que atualmente. A maioria dos sedimentos oceânicos recentes provavelmente não derivam da erosão do granito continental, mas de rochas sedimentares. Assim os sedimentos oceânicos mais recentes parecem principalmente "reciclados" e não necessitam de uma história longa. É bastante razoável crer em um oceano jovem com cerca de 10.000 anos ou menos.

O Dilema dos Evolucionistas
Se o oceano da terra tem 1 bilhão de anos, deveria haver um enorme quantidade de sedimentos oceânicos. Mas, mesmo os evolucionistas têm consciência da escassez de sedimentos. Qual seria a refutação deles diante dos argumentos até agora apresentados?

Para que haja um oceano com mais de 1 bilhão de anos de idade e ainda assim possuidor de um magro tapete de sedimentos, o evolucionista deve Ter algum processo que constantemente remova os sedimentos do fundo do mar. O primeiro processo que vem à mente é a remoção dos sedimentos através do levantamento do fundo do mar e devolução dos sedimentos oceânicos aos continentes. Isso significaria uma pequena perda de sedimentos oceânicos, mas a porção total de sedimentos nos continentes é mais ou menos igual a proporção dos sedimentos no fundo oceânico. Somando todos os sedimentos dos atuais continentes aos do oceano atual ainda faltaria muito para os 30.480m esperados de sedimentos oceânicos que existiriam se o oceano tivesse 1 bilhão de anos de idade. Este processo não resolve o dilema do evolucionista.
O segundo processo é muito engenhoso. Se a maior parte dos sedimentos não está sendo removida de oceano pelo levantamento, então o evolucionista deve supor algum processo que faz os sedimentos oceânicos mergulharem nas profundezas da terra! O método predileto é chamado "alastramento no fundo do mar", e sugere que o fundo do oceano é como uma correia transportadora. Supõe-se que a crosta oceânica se forma continuamente nas cristas das montanhas oceânicas, acumulando então sedimentos enquanto lentamente se afasta da crista e, finalmente, ambos, a crosta e os sedimentos são destruídos liqüidificando-se quando arrastados sob as fossas oceânicas. Os melhores cálculos feitos pelos geólogos evolucionistas uniformitarianos sugerem que cerca de 2,75 bilhões de toneladas de sedimentos por ano,¹² estão sendo destruídos pelo alastramento do fundo do mar. Essa média é apenas um décimo da média atual de acréscimo de sedimentos ao oceano. Por assim dizer, os sedimentos oceânicos estão se formando atualmente a uma velocidade dez vezes maior do que estão sendo destruídos pelo alastramento do fundo do mar! Assim, o alastramento do fundo do mar não é capaz de destruir os sedimentos com a rapidez necessária.

Depois de cuidadosa análise da erosão dos continentes e da sedimentação conseqüente no oceano da terra, temos de fazer duas perguntas urgentes. Onde estão todos os sedimentos se, como supões os evolucionistas, o oceano tem mais de 1 bilhão de anos ? Quem tem o melhor modelo para o oceano, o evolucionista ou o criacionista ? Cremos que as verdadeiras respostas referentes à origem do oceano se encontram nas Escrituras. "Dele é o mar, pois Ele o fez." (Salmo 95:5).

Referências
1. Na minha estimativa sobre a espessura média dos sedimentos da terra, usei dados mais recentes de M. Ewing, G. Carpenter, C. Windisch e J. Ewing: "Sediment Distribution in the Oceans: The Atlantic", Geological Society of America Bulletin, Vol.84, Janeiro de 1973, pág. 83. Corrigimos os dados referentes aos sedimentos do Oceano Pacífico que não são tão espessos quanto a média dos sedimentos do Oceano Atlântico.
2. John N. Holeman: The Sediments Yield of Major Rivers of the World", Water Resources Research, Vol.4, Agosto de 1968, pág. 737.
3. A densidade dos sedimentos do fundo do mar segundo diversas autoridades é de mais ou menos 2,3 g/cm.
4. Robert M. Garrels e Fred T. Mackenzie: Evolution of Sedimentary Rocks, W.W.Norton & Co.,New York, 1971, págs. 104-106.
5. lbid.,págs.102,103.
6. lbid.,pág.110.
7. lbid.,págs.103,104.
8. lbid.,págs.110,111.
9. lbid.,pág.111.
10. lbid.,pág.108.
11. Consulte a excelente discussão sobre a erosão cenozóica posterior de R.W. Fairbridge: "Denudation", em The Encyclopedia of Geomorphology, Reinhold Book Co.,New York, 1968, págs. 261-271.
12. Y. Li: "Geochemical Mass Balance amont Lithosphere, Hydrosphere, and Atmosphere", American Journal of Sience, Vol.272, Fevereiro de 1972, pág. 133.


O autor: Stuart E. Nevins é B.S. e M.S. em geologia e professor assistente de geologia no "Christian Heri tage College".

Nenhum comentário:

Postar um comentário