Stuart E. Nevins, M.S.
De onde veio a terra?
Através de que processo ela foi construída? Será que uma inteligência
onisciente planejou e dirigiu a criação de nosso planeta? Ou será que a terra
evoluiu através de processos desgovernados, ao acaso, sem um plano
supervisionado? As respostas de uma pessoa às perguntas acima vão afetar
significativamente o seu ponto de vista pessoal em relação à origem, propósito
e destino de ambos, a terra e o homem.
Considerando que os
cientistas concordam que a terra não existiu eternamente, a lógica simples
determina que não existe posição intermediária nessa importante questão do
plano versus acidente. Ou uma mente superior planejou e criou nosso planeta, ou
todo ele se originou através de um acidente fortuito, sem planejamento e sem
propósito! Para ajudar a resolver a questão vamos considerar alguns fatos
espantosos acerca da Terra.
A TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DA TERRA
A temperatura média da
superfície da Terra depende de diversos fatores, sendo os dois mais importantes
a distância entre a Terra e o Sol e a inclinação do eixo rotacional da Terra.
De importância secundária em relação à temperatura da superfície da Terra temos
a área dos continentes, a quantidade de Terra coberta pela luz e calor, as
massas refletoras de gelo (geleiras) e a quantidade de dióxido de carbono e
vapor de água que afeta a transparência da atmosfera tanto para o calor que
entra como para o que sai.
O fator mais
importante que afeta a temperatura da Terra é obviamente a distância entre a
Terra e o Sol. Se a Terra se aproximasse alguns milhares de quilômetros do Sol,
a superfície da Terra se tornaria mais quente provocando o derretimento das
geleiras. Com a diminuição da área das geleiras, a refletividade total da
superfície de nosso planeta diminuiria através desse processo e absorveria mais
o calor do Sol. O derretimento das ge leiras provocaria um aumento do nível do
mar e, além de inundar a maioria de nossas cidades modernas, criaria uma área
total de superfície oceânica maior. Considerando que a água do mar absorve
maiores quantidades de radiação solar do que a mesma área de massa terrestre, o
aquecimento da Terra seria também incrementado. Além disso, depois de aumentar
a temperatura dos oceanos, grande par te do dióxido de carbono dissolvido nos
oceanos seria acrescentado à atmosfera junto com grandes quantidades de água
por causa do aumento de evaporação. O nível do dióxido de carbono e do vapor da
água da atmosfera aumentado produziria novamente um significativo aumento da
temperatura. Considerando tudo isso, uma diminuição por menor que seja na
distância entre a Terra e o Sol te ria um efeito drástico de aquecimento da
superfície da Terra.
E o que aconteceria se
a Terra se afastasse alguns milhares de quilômetros do Sol? O inverso da
situação anterior é o que resultaria. Teríamos grande parte de nosso planeta
coberto de gelo, associado a um aumento da refletividade do calor do Sol. O
oceano cobriria uma porção menor da superfície da Terra e o importante processo
da absorção do calor pela água do mar diminuiria. Considerando que o oceano
ficaria mais frio, a evaporação seria menor com menos vapor de água na
atmosfera para reter o calor. Grande parte do dióxido de carbono da atmosfera
se dissolveria no oceano mais frio. Certos cálculos demonstram que uma
diminuição de dióxido de carbono no ar até a meta de do seu nível atual
diminuiria a temperatura média da superfície da Terra em cerca de 4 graus
Celsius! Assim, aumentar a distância entre a Terra e o Sol resultaria em um profundo
efeito de resfriamento de nosso planeta.
Dos comentários acima
vemos que a Terra está exatamente na distância adequada do Sol para manter a
temperatura de sua superfície apropriada para a vida e para os muitos e
importantes processos geológicos! Para o evolucionista a distância entre a
Terra e o Sol é um estranho acidente, mas para o criacionista é um maravilhoso
testemunho do planejamento de Deus.
A INCLINAÇÃO E A ROTAÇÃO DA TERRA
O eixo da rotação da
Terra está inclinado em 23,5 graus relativamente à perpendicular do plano da
órbita terrestre. Essa inclinação provoca as quatro estações. Durante os meses
de maio, junho e julho, o hemisfério norte fica apontado para o Sol, fazendo o
hemisfério aquecer-se e provocando nele a estação chamada verão. Durante os
meses de novembro, dezembro e janeiro o hemisfério norte afasta-se do Sol,
provocando diminuição da temperatura e a estação chamada inverno. Por que essa
inclinação é de 23,5 graus? Por que não algum outro valor?
O que aconteceria se a
Terra não tivesse inclinação, e o eixo da rotação permanecesse perpendicular ao
plano da órbita? Não teríamos estações e a temperatura da superfície da Terra
em qualquer ponto dela seria a mesma tanto em julho como em janeiro. A região
equatorial de nosso planeta seria intoleravelmente quente o ano inteiro e os
pólos permaneceriam muito frios. O gelo se acumularia nos pólos. Os padrões do
tempo seriam estacionários com massas de ar frio e quente permanentemente
posicionadas. Algumas regiões seriam muito áridas. Apenas as latitudes médias
seriam confortáveis para a habitação humana e adequadas à lavoura. Apenas a
metade de nossas terras cultiváveis seriam produtivas.
E o que aconteceria se
a Terra tivesse o dobro da atual inclinação? Temperaturas extremas entre as
estações seriam muito mais pronuncia das. Até mesmo as latitudes médias
sofreriam um calor intolerável no verão e um frio insuportável no inverno.
Grande parte da Europa e da América do Norte experimentaria uma escuridão muito
prolongada no inverno e dias muito longos no verão. A vida se ria intolerável
na maior parte da superfície da Terra.
A Terra gira uma vez
em cada 24 horas produzindo o intervalo de tempo chamado “dia”. Se a Terra
girasse mais devagar, teríamos temperaturas mais extremas de dia e de noite.
Outros planetas têm “dias” que são muitas vezes mais longos do que os da Terra,
produzindo temperaturas causticantes durante o dia seguidas de noites
congelantes. A rotina normal diária das plantas e dos animais seria impossível
se o dia da Terra fosse muito mais Curto do que o atual. O dia de 24 horas
parece ser ótimo, ser vindo para equilibrar a temperatura da Terra (mais ou
menos como um peru que gira no espeto da churrasqueira).
Assim, dificilmente
poderíamos melhorar o atual arranjo de inclinação e de rotação que parecem ser
planejados para o conforto e a economia. Nossa atual inclinação provoca as
estações associadas a flutuações no tempo, produzindo urna quantidade máxima de
terras cultiváveis e estações agradáveis. A atual rotação da serra ajuda a
aquecer uniformemente a sua superfície e provoca ventos e correntes oceânicas.
A ATMOSFERA DA TERRA
A atmosfera da Terra é
composta de quatro importantes gases. O gás mais abundante é o nitrogênio (N2)
que compõe cerca de 78% da atmosfera. O oxigênio (O2) é o segundo ingrediente
mais comum, estando presente na quantidade de 21%. O gás argônio (Ar) é o
terceiro com um pouquinho menos de 1%. O quarto é o dióxido de carbono (CO2), presente
a 0,03%.
Em nosso estudo sobre
a atmosfera vemos que os seus gases podem ser divididos em duas categorias
principais: gases inertes e reativos. O argônio é inerte e o nitrogênio é
relativa mente inativo. Estes participam em pouquíssimas reações químicas.
Realmente é muito bom que o nitrogênio não se combine facilmente com o
oxigênio, pois, caso contrário, teríamos um oceano cheio de ácido nítrico.
O oxigênio é o gás
reativo mais comum em nossa atmosfera. Sua presença abundante é o aspecto que
mais caracteriza nossa atmosfera, pois não foi encontrado na atmosfera de
nenhum outro planeta a não ser em quantidades muito diminutas.
Por outro lado, o
nitrogênio e o oxigênio, reagem rapidamente com os outros gases, com os
compostos orgânicos e com as rochas. O atual nível de oxigênio parece ser
ótimo. Se o tivéssemos em maior quantidade, a combustão ocorreria com mais
energia, as rochas e os metais se desgastariam mais depressa, e a vida seria
adversamente afetada. Se o oxigênio fosse menos abundante, a respiração seria
mais difícil e teríamos uma quantidade reduzida de ozônio (O) na atmosfera
superior que serve de escudo à superfície da Terra dos raios ultravioleta que
são mortais.
O dióxido de carbono
também é um gás reativo que forma parte essencial de nossa atmosfera. Ele é
necessário às plantas, serve para efetivamente captar a radiação do Sol e
misturá-la com a água para formar um ácido que dissolve as rochas acrescentando
ao oceano uma substância importante chamada bicarbonato. Sem um contínuo
suprimento de carbono da atmosfera, a vida seria impossível.
Importante como é o
dióxido de carbono à atual vida na Terra, ele compreende apenas a
insignificância 0,03% de nossa atmosfera! Contudo, essa pequena quantidade
parece ser ótima. Se tivéssemos menos dióxido de carbono, a massa total das
plantas terrestres e marinhas diminui ria, havendo menos alimento para os animais,
o oceano conteria menos bicarbonato, tornando se mais ácido, e o clima se
tornaria mais frio por causa da transparência aumentada da atmosfera ao calor.
Embora um aumento de dióxido de carbono na atmosfera causasse aumento de flora
(uma circunstância benéfica para o lavrador), haveria alguns efeitos colaterais
ruins. Se o dióxido de carbono aumentasse cinco vezes a sua porcentagem (o
nível ótimo para a produtividade orgânica), provocaria um aumento da
temperatura da superfície da Terra em algumas dezenas de graus Celsius! Um
grande aumento de dióxido de carbono também aceleraria tanto o desgaste dos
continentes que um excesso de bicarbonato nos oceanos levaria a uma condição
alcalina desfavorável vida.
A densidade ou pressão
total de nossa atmosfera parece ser a ideal. A densidade é muito importante
pois age como um cobertor térmico protegendo a Terra da frieza do espaço. Se a
Terra tivesse um diâmetro maior, com uma atmosfera mais densa, o efeito de
cobertor térmico seria acentuado, produzindo um clima muito mais quente. Se a
Terra tivesse um diâmetro menor, com uma atmosfera menos densa, haveria um
clima mais frio. Como já dissemos antes, a Terra tem a temperatura correta,
provando que a atmosfera tem a densidade própria e que a Terra tem o tamanho
adequado!
A atmosfera também
serve para 1 filtrar a luz ultravioleta e os raios cós micos. Ambos são danosos
para a vida e seriam muito mais comuns na superfície da Terra se a atmosfera
fosse menos densa. Ela também queima meteoritos: A comunicação através das
ondas longas do rádio só é possível porque a atmosfera tem a densidade correta
para refletir algumas frequências de rádio. Além disso, ela reflete o ruído
estelar indesejável que poderia interferir com o rádio.
Essa análise indica
que a nossa atmosfera tem a composição e a densidade corretas. Como poderia ter
si do formada se não fosse pelo planejamento e realização divina?
O MUNDO OCEÂNICO
A água é um composto
extremamente raro no espaço. Uma reserva permanente de água líquida, uma
ocorrência muito improvável no espaço, só existe na Terra, até onde sabemos.
Nosso planeta possui um suprimento abundante calculado em cerca de 1392 milhões
de quilômetros cúbicos de água líquida.
A água em forma
líquida possui propriedades físicas e químicas muito exclusivas que a tornam
ideal como componente principal da vida e a solução do mundo oceânico. O
solvente característico da água, por exemplo, toma possível que todos os
nutrientes essenciais necessários à vida sejam dissolvidos e assimilados. O
fato de a água ser transparente à luz visível possibilita às algas marinhas a
realização da fotossíntese abaixo da superfície oceânica e permite que os
animais do mar vejam através da água. A água é uma das poucas substâncias que
se expande quando congela, evitando que nossos lagos e oceanos congelem de
baixo para cima.
Uma das mais notáveis
propriedades da água é a sua capacidade elevada de captar e manter o calor. O oceano
é menos refletivo do que a Terra à radiação solar entrante e, por isso, absorve
mais energia solar do que áreas idênticas da Terra. Também é necessário muito
mais calor para elevar a temperatura de uma unidade de água do mar em um grau
do que seria necessário para uma massa idêntica dos continentes. Considerando
que a temperatura média do oceano é de cerca de 7,2o Celsius, o oceano esfria
as porções de terra equatorial mais quentes do nosso planeta e aquece as
regiões polares mais frias. Além disso, as correntes oceânicas provocadas pela
rotação da Terra servem para fazer circular a água do mar e evita que os mares
equatoriais se tornem quentes demais e os mares polares se tornem frios até o
congelamento total.
Além da água, o mundo
oceânico também serve como um reservatório para determinados produtos químicos
muito importantes. Grande parte do dióxido de carbono do nosso planeta é
dissolvido na água do mar, estando em equilíbrio com a atmosfera. O recente
acréscimo de grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera através da
queima de combustível fóssil não elevou significativamente a porção desse gás
na atmosfera. Grande parte do dióxido de carbono derivado da combustão foi
absorvido pelo oceano.
Desses nossos
comentários fica evidente que a presença do oceano em nosso planeta é uma
evidência do planejamento e da providência de Deus. Não sabemos de nenhum outro
planeta que tenha um suprimento permanente de água líquida. As propriedades
químicas e físicas de água líquida são necessárias à sobrevivência, O mundo
oceânico regula a temperatura da Terra e serve como um reservatório de muitos e
importantes produtos químicos.
A CROSTA TERRESTRE
Os continentes que
cobrem 29% da superfície de nosso planeta têm uma elevação média de cerca de
836m acima do nível do mar. O mundo oceânico que cobre 71% da superfície da
Terra tem uma profundidade média de cerca de 3.812m! Por que temos continentes
assim tão elevados junto com bacias oceânicas tão profundas? Seria de se
esperar, usando simples estimativas das probabilidades, que a Terra tivesse uma
elevação mais ou menos uniforme.
Se fôssemos raspá-los
e jogá-los nos lugares mais profundos dos oceanos para fazer uma Terra de
elevação igual, teríamos uma Terra de aproximadamente 2.440m de água! Nenhuma
área da Terra ficaria exposta e a vida terrestre não existiria. Não haveria
mares costeiros rasos com regiões ecológicas nas quais as criaturas da vida
marinha pudessem proliferar. O oceano com uma Terra de elevação uniforme seria
quase desprovido de vida.
Temos dois motivos
principais por que os continentes permanecem elevados acima do fundo do mar.
Primeiro, os continentes são feitos de rochas que, como um todo, são menos
densas do que as rochas do fundo do oceano. Segundo, a crosta continental é
geralmente mais de duas vezes mais grossa do que a crosta oceânica. A diferença
em densidade e espessura entre as crostas continental e oceânica é exatamente
aquela que é necessária para manter o atual “bordo livre” dos continentes acima
do fundo oceânico! Para o evolucionista isso é um acidente interessante. Mas
para o criacionista esses fatos indicam o plano de Deus.
O estudo de meteoritos
tem revela do que os elementos ferro e oxigênio São mais ou menos iguais na
quantidade. Até onde sabemos acerca da densidade e da estrutura da Terra, os
geólogos dizem que o ferro é o ele mento mais comum na massa terrestre, sendo um
pouquinho mais abundante do que o oxigênio. Contudo, quando se considera a
crosta terrestre, os geólogos calculam que o oxigênio é cerca de oito vezes
mais abundante do que o ferro! Além disso, a crosta terrestre tem quantidades
in comumente grandes de silício, magnésio e alumínio.
Se tivéssemos
quantidades maiores de ferro e magnésio na crosta, o oxigênio da atmosfera rica
em oxigênio se tornaria impossível. Nossa atual crosta, diferente de outros
planetas e meteoritos, já é altamente oxidada e, portanto, permite uma
atmosfera oxidante. Assim, a composição da crosta prova a sabedoria divina.
CONCLUSÃO
Duas diferentes
conclusões podem ser tiradas dos dados que acabamos de apresentar. Eles indicam
que urna Mente onisciente planejou e idealizou nosso espantoso planeta, ou que
ele se originou de um acidente fortuito sem nenhum plano, ou desígnio. Não há
meio termo! E preciso decidir: Deus ou o acaso!
A pessoa que é
evolucionista consistente vai atribuir as muitas maravilhas de nosso planeta (a
temperatura da superfície da Terra, sua inclinação e rotação, a atmosfera, o
oceano e a crosta) ao acaso desorientado. Tal conclusão, embora não seja
impossível, exige muita fé em acontecimentos extremamente improváveis. É como
se imaginássemos que a Mona Lisa surgiu de pingos de tinta jogados sobre a
tela.
O criacionista, de
outro lado, reconhece que a única dedução racional a que se pode chegar a
partir desses dados é que as maravilhas da Terra devem a sua origem à
inteligência e à obra das mãos de Deus. Foi o salmista que disse:
"Nas suas mãos
estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. Seu é o mar, e
ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca. Ó, vinde, adoremos e
prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou." (Salmo 95:4-6).
AUTOR: Stuart E.
Nevins tem B.S. e M.S em geologia e é professor assistente de geologia no
“Christian Heritage College”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário