Na véspera
João 19:14-16 - Era o dia da
preparação da páscoa, e quase à hora sexta. Disse Pilatos ao judeus: Eis o
vosso Rei. Mas eles gritaram: Fora! Foras! Crucifica-o! Perguntou-lhes Pilatos:
Hei de crucificar o vosso Rei? Responderam os principais sacerdotes: Não temos
rei, senão César. Finalmente Pilatos o entregou para ser crucificado.
Um dia
depois
Marcos 14:12 - Era a hora terceira
quando o crucificaram.
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Descontradizendo:
Josh McDowel
e Don Stewart respondem esta:
”Há duas
soluções possíveis que têm argumentações de peso.
Primeira
solução:
Uma solução
concentra-se na expressão “cerca de” na afirmação de João sobre a hora. Ele diz
que não era exatamente a sexta hora, mas por volta daquela hora.
A noite era
dividida em quatro vigílias, cada uma com três horas (veja Marcos 13:35), e o
dia do mesmo modo era dividido em períodos. Baseado nisto, podemos imaginar que
a afirmação de Marcos por volta da “terceira hora” significa, simplesmente, que
Jesus foi crucificado durante a terceira hora (entre 9 e 12 horas), enquanto a
declaração de João de que o julgamento terminou por volta do meio-dia, pode
significar antes das doze.
Assim, se a
crucificação realizou-se entre 9 e 12 horas, Marcos pode tê-la colocado mais
próximo das nove horas, e João mais próximo das 12 horas, não havendo nenhuma
discrepância.
“Se a
crucificação se deu entre as nove e as doze horas, era bastante natural que um
observador se referisse a uma hora mais cedo, enquanto o outro, a uma mais
tarde.
A posição do
sol no céu era o parâmetro da hora do dia; enquanto era fácil saber se era
antes ou depois do meio dia, ou se o sol estava mais ou menos na metade do
trajeto entre o zênite e o horizonte, diferenças menores de hora não eram
reconhecíveis sem se consultar o relógio de sol, que nem sempre estava à mão”
(The Expositor´s Greek New Testament, comentário de João 19:14).
Segunda
Solução:
"Outra
possibilidade é a de João estar usando um método diferente do de Marcos para
contar o tempo. Sabemos como fato comprovado através de Plutarco, Plínio, Aulus
Gellius e Macróbios, que os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite,
exatamente como nós fazemos hoje.
Assim, a
sexta hora de João seria 6 horas da manhã. Isto faria 6 horas da manhã a hora
do último julgamento de Jesus, e de sua sentença, sobrando tempo suficiente
para os preparativos da crucificação que em Marcos ocorram às 9 horas da manhã
ou depois.
Há uma boa
prova de que João usou este método de contagem de tempo. Não é raro nas
Escrituras autores usarem métodos diferentes de medida de tempo e determinação
de datas.
No Antigo
Testamento, os escritores freqüentemente fixavam suas datas importantes pelo
sistema de calendário do país onde eles estavam servindo na época. Por exemplo,
Jeremias 25:1 e 46:2 e Daniel 1:1 referem-se ao mesmo ano: Jeremias, pelo
calendário palestino, e Daniel, pelo babilônico.
Um exemplo no
Novo Testamento é João 20:19. A noite do dia em que Jesus ressurgiu da morte é
considerada parte deste mesmo dia. Evidentemente João não está contando o dia
pelo tempo judeu. De acordo com o sistema judaico de contagem de tempo, a noite
em questão seria parte da segunda-feira, para os judeus o primeiro dia da
semana, visto que o dia judaico começa com o pôr-do-sol".
Conclusão:
"Este
provável fator, juntamente com o já anteriormente mencionado, mostra que o
problema destas duas passagens não é impossível de ser solucionado, nem
apresenta qualquer dificuldade que não tenha uma explicação razoável".
Portanto, não há nenhuma contradição!
Fonte:
Josh McDowell & Don Stewart; "Respostas
Àquelas Perguntas"; editora Candeia; pg.61-63.
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Por Guilherme Born:
Na verdade as duas respostas estão corretas.
João contava as horas de 12 em 12, sendo sexta
hora, jesus foi julgado às 6 da manhã. João está relatando os momentos finais
do Julgamento e não da crucificação. João utiliza este método de contagem do
tempo por estar escrevendo aos gregos. Esse método foi muito utilizado pelos
homens citados por Josh Mcdowell.
Marcos utiliza o método judaico de contagem do
tempo, como aparece em Marcos 13:35. Por isso ele narra terceira hora. E outra,
ele está narrando a crucificação e não o julgamento.
L. Franco
A contradição na verdade é sustentada pelos relatos
de "sexta hora" e "terceira hora".
Como poderia Jesus ser julgado na sexta hora e
crucificado na terceira? Ou seja, três horas antes?
Eis aí a contradição. Porém como o Pipe explicou,
João e Marcos usam de contagem de tempo diferentes. Cada um escreve para uma
cultura e povo diferente, portanto, é um pouco óbvio que usariam da contagem de
tempo destes povos. Por isso a contradição não persiste.
qual dia Ele comeu a páscoa? 11, 12, 13 ou 14?
ResponderExcluir11, 12, 13 ou 14 de que dia?
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