Mt 2:14 - E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e
foi para o Egito.
Eles foram para Nazaré depois do nascimento de Jesus.
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Descontradizendo:
Lucas não menciona:
1. A vinda dos magos;
2. O perigo da parte de Herodes;
3. A fuga para o Egito e a volta de lá.
Lucas propositalmente não menciona este intervalo
entre Belém, Jerusalém, Egito e Nazaré. Ele menciona apenas Belém, Jerusalém e
direto para a Galiléia. Isto não significa que não houve o intervalo do Egito.
Mas, simplesmente por razões que desconhecemos, ele omitiu o intervalo no
Egito.
Porém, devemos considerar Mt 2:22-23 - "E, ouvindo que Arquelau reinava na Judéia em lugar
de Herodes, seu pai, receou ir para lá; mas, avisado em sonhos por divina
revelação, foi para as regiões da Galiléia. E chegou e habitou numa cidade
chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será
chamado Nazareno".
Ou seja, Mateus revela que Jesus voltou do Egito
para Nazaré. Portanto, ambos concordam que Jesus viveu sua infância em Nazaré.
Diante disto, fica implícito que Herodes morreu
logo em seguida ao advento do infanticídio provocado nas redondezas de
Jerusalém e Belém por sua ordem. Portanto, Jesus não permaneceu muito tempo no
Egito. O tempo de permanência dele no Egito pode ter sido de dias ou meses
apenas, vejam Mt 2:21 - "Então, ele
se levantou, e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel".
Jesus ainda era menino quando voltou para Israel.
Lucas olhando para este advento, não achou necessário citar o período em que
Jesus permaneceu no Egito.
Outra consideração que deve ser vista, é a de que
Mateus explora em todo o seu escrito, as profecias cumpridas em Cristo. Ou
seja, mostrar que Jesus de Nazaré era o Rei Messias da profecia hebraica. Já
Lucas tem em mente apenas um relato histórico daquilo que testemunhas oculares
relatavam a respeito de Jesus. E nesta compilação de testemunhos, não houve a
inclusão do período no Egito.
Conclusão:
Não há nenhuma contradição. São dois relatos que
trazem propósitos e pontos de vista diferentes um do outro. Mateus tinha a
necessidade de ser preciso nas descrições mais minuciosas a respeito das
profecias messiânicas que deveriam se cumprir no Cristo. Lucas não tinha isto
em mente. Lucas poderia se dar ao direito de omiti-las. Porém, Mateus, deveria
estar atento a tudo o que a Antiga Aliança revelava a respeito do Messias. E
isto ele fez com precisão, evidenciando que Jesus era de fato o que dizia de si
mesmo: O Messias!
Pipe
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