Editora Paulus
No terceiro volume da sua série
"Origens Cristãs e a Questão de Deus" N. T. Wright vira a mesa da
erudição bíblica contemporânea ao demonstrar que os autores do Novo Testamento
acreditavam em uma ressurreição corporal literal de Jesus Cristo, e não numa ressurreição
meramente "espiritual" inventada posteriormente, e que sua crença é a
melhor explicação da evidência disponível, em prejuízo dos dogmas naturalistas
da divisão moderna. Combinando sua vasta erudição bíblica e clássica com uma
metodologia rigorosa e filosoficamente consciente, Wright enraíza o julgamento
sobre a realidade da ressurreição no chão do juízo histórico, sem com isso
negar o seu significado religioso e teológico, superando de um modo magistral o
dualismo de "fatos históricos" e "significados religiosos"
que infesta o mundo da teologia acadêmica. Wright desenvolve com lucidez as
implicações de seus resultados, como a confirmação a identidade de Jesus Cristo
como Messias e Filho de Deus, a obsolescência da visão antiga e popular da vida
eterna como "morada celeste", ou a "vida após a morte", e o
significado moral e político da ressurreição, ontem e hoje. "A
Ressurreição do Filho de Deus" é uma obra monumental, plena de resultados
científicos e de significado espiritual, que certamente manterá um assento
privilegiado entre os estudos clássicos sobre a história e a identidade de
Jesus Cristo.
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