segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quem as mulheres viram na tumba?


Um anjo.
Mt 28:2 - E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela.

Um homem jovem.
Mc 16:5 - E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida e branca; e ficaram espantadas.

Dois homens.
Lc 24:4 - E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes.

Dois anjos.
Jo 20:12 - e viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
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Por Guilherme Born

Descontradizendo:

Mateus 28

1 - E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.

2 - E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela.

3 - E o seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste branca como a neve.


Marcos 16:
5 - E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida e branca; e ficaram espantadas.

Marcos diz um JOVEM e Mateus um ANJO. Reparem as características dos dois:

Mateus: E o seu aspecto era como um
 relâmpago, e a sua veste branca como a neve.

Marcos: E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida e branca; e ficaram espantadas.

A descrição dos dois autores é a mesma. O homem estava com uma roupa branca, porém um diz que era como um relâmpago e outro diz que as mulheres se espantaram.

Imagine um relâmpago caindo na sua frente. Você ficaria parado ou se assustaria?

Portanto a descrição dos dois é a mesma, porém utilizando palavras diferentes.


Lucas 24

1 - E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.

2 - E acharam a pedra do sepulcro removida.

3 - E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.

4 - E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas
 dois varões com vestes resplandecentes.

5 - E, estando elas muito atemorizadas e
 abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?

Em diversas passagens de encontro de homens com anjos, os homens se prostravam de joelhos e colocavam o rosto no chão, pois temiam a presença destes anjos. Então porque elas se prostariam para dois varões (homens)? Obviamente porque eles eram anjos e elas sabiam disso. Como homens comuns teriam roupas resplandecentes, ou seja, que brilham fortemente?


João 20:
1 - e viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.

Totalmente concordante com Lucas.

Vamos classificar agora todas as informações:

Mateus -
 Um anjo de roupas brancas
Marcos -
 Um homens que espantava as mulheres. Usava roupas brancas.
Lucas -
 Dois Homens que usavam roupas e que as mulhreses se prostraram, ou seja, confirmou que eram anjos.
João -
 Dois anjos com roupas brancas.

Sendo assim, os 4 evangelistas dizem que os anjos (homens) estavam de branco e que sua aparência assustava.

Mas Mateus e Marcos dizem que tinha apenas um anjo. Já Lucas e João dizem que tinha dois.

Mateus e Marcos apenas dizem acerca do anjo que se dirigiu às mulheres. Por isso eles relatam apenas um anjo. Já Lucas e João foram mais detalhistas e relatam que, além deste, havia mais um que acompanhava. Mateus e Marcos apontam apenas o anjo que conversou com as mulheres.

Isso não contradiz João e Lucas quando eles relatam que os anjos disseram. Na verdade os dois dizem de uma forma "generalizada".
 

Vamos a um exemplo:

Eu tenho uma equipe de funcionários, porém eu sou o porta-voz desta equipe. Então desenvolvemos um projeto e temos que apresentá-lo ao chefe. Porém, como eu sou o porta-voz da equipe, sou eu que apresento.
Assim o chefe pode dizer o seguinte: O Calvin disse que o projeto vai ser assim ou assado. Porém ele também pode dizer: Eles (a equipe) disseram que o projeto seria assim ou assado.

Conclusão:
Os 4 evangelistas dizem a mesma coisa, porém Lucas e João são mais detalhistas no relato.

Portanto, não há Contradição.
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Por Pipe

Mais uma observação:

Se vocês observarem Lucas 24:23, diz: "e, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive".

Ou seja, mesmo Lucas usando a palavra
 homens", ele tinha em mente que se tratava de anjos e não de homens comuns.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Quanto poder Jesus teve?



Algumas coisas Jesus não tinha poder para fazer.
Mt 20:23 - E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado.

Mc 6:5 - E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.


Jesus é todo-poderoso.
Mt 28:18 - E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

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Por Pipe

Descontradizendo:
Mt 20:23 - "E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado".

A questão aqui não era se Jesus poderia ou não. O texto não diz que ele não poderia tê-lo feito. O texto diz que não 
pertencia a ele este papel e sim ao Pai.

Isto implica no que ele fez na cruz. Pois afinal, foi Cristo quem morreu na Cruz. Se fosse perguntado ao Pai: "Por que você não morreu na cruz?". Ele responderia: "Não pertence a mim morrer e sim ao Filho".

Isto não significa que o Pai não poderia tê-lo feito, e sim que no plano Divino implicava no Filho fazê-lo.

Portanto, o termo "não me pertence", nada tem a ver com "não poder fazê-lo".


Mc 6:5 - "E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos".

Vamos ao contexto:
1 - "E, partindo dali, chegou à sua terra, e os seus discípulos o seguiram".
2 - "E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm essas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos?"
3 - "Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele".
4 - "E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa".
5 - "E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos".
6 - E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando".

Por que Jesus não pode fazer ali muitos milagres? Vamos ao que o texto diz:

1. Primeiro eles menosprezaram as maravilhas que Jesus estava fazendo quando ligavam isto ao fato de o terem conhecido em sua infância até a fase adulta. Eles não acreditavam que aquele menino, que depois se transformou em homem pudesse estar fazendo aqueles milagres. Por isso Jesus diz que um profeta não tem honra na própria terra (vs.3-4).

2. É que Ele não pode realizar muitos milagres porque de fato eles não acreditavam que pudesse realizá-los (vs.6).

O texto está apenas ensinando uma verdade a respeito da fé. Uma verdade que o autor de Hebreus nos traz:

Hb 11:6 - "Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam".

Portanto, Jesus não tinha a obrigação nenhuma de fazer milagres diante de pessoas que não acreditavam que poderia.

É neste sentido que o texto está dizendo que não pode fazê-lo.

Ex: Se eu me disponho a ir na casa de alguém concertar o chuveiro estragado, e o dono da casa simplesmente não aceita o meu favor por não acreditar que eu possa fazê-lo, isto implica que eu não podia fazê-lo? É lógico que não é isto! O que implica é que o fato dele não acreditar que eu pudesse fazê-lo, me impediu de fazê-lo, e não que eu não pudesse fazê-lo de fato.

É neste sentido que o texto está dizendo que Jesus não pode fazê-lo. Ele não pode fazê-lo não porque não pudesse fazê-lo, mas, porque eles não acreditavam que ele (alguém que eles "conheciam muito bem") pudesse fazê-lo.

Conclusão:

A Bíblia nos ensina que Deus não tem obrigação nenhuma de fazer milagres a quem não crê em milagres. A fé é o requisito para que o milagre então se torne realidade na vida dos que creem. 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Livro: "There is Life After Death" de Roy Abraham Varghese

A morte é o fim? Ou, em outras palavras, sobrevivemos à morte corporal? Alguns dão de ombros e declaram que simplesmente não podemos saber. Outros apenas dizem "não". E alguns, voando suas cores filosóficas, pretensiosamente professam não entender a questão. Curiosamente, a esmagadora maioria dos seres humanos ao longo da história tem como certo que a morte não é o fim, que existe uma vida após a morte. Essa crença impressionante e aparentemente instintiva foi incorporada nas tradições religiosas e reflexões filosóficas da maioria das culturas. Há Life After Death é o primeiro de seu tipo em que reúne e analisa uma ampla gama de dados sobre a vida após a morte e, em seguida, fornece uma estrutura para entender os dados. Nenhum livro anterior deu uma estrutura concreta da vida após a morte que é baseada nos relatos de testemunhas "oculares", bem como em dados de diversas fontes. 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Livro: "Belief in God in an Age of Science" de John Polkinghorne


John Polkinghorne traz qualificações únicas para sua exploração das possibilidades de acreditar em Deus em uma era da ciência: ele é conhecido internacionalmente como um físico teórico e como teólogo. Neste livro instigante, Polkinghorne concentra-se na colegialidade entre ciência e teologia, argumentando que as investigações desses "primos intelectuais" são paralelas. 

"Polkinghorne [apresenta] um argumento polido e logicamente coerente."
(Freeman J. Dyson, Nova York Revisão de Livros)

"Este livro deve ser lido amplamente." 
(Colin Tudge, New Statesman e Society)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Livro: "God? - A debate between a christian and a atheist" de William Lane Craig & Walter Sinnott-Armstrong


A questão de se Deus existe ou não é profundamente fascinante e importante. Agora dois porta-vozes articulados - um cristão, o outro ateu - duelam sobre a existência de Deus em uma batalha iluminadora de ideias.

William Lane Craig e Walter Sinnott-Armstrong trazem para a página impressa dois debates que tiveram antes do público ao vivo, preservando toda a sagacidade, clareza e imediação de suas trocas públicas. Evitando argumentos excessivamente esotéricos, eles abordam diretamente questões como a experiência religiosa, a Bíblia, o mal, a eternidade, a origem do universo, o design e a suposta conexão entre a moralidade e a existência de Deus. Empregando argumentos afiados e bem-humorados, cada filósofo ataca rapidamente o coração do caso de seu oponente. Por exemplo, Craig afirma que devemos acreditar em Deus para explicar valores morais objetivos, como por que o estupro é errado. Sinnott-Armstrong responde que o que faz o estupro errado é o dano às vítimas de estupro, então o estupro é imoral, mesmo que não haja Deus. Ao assumir um conceito tradicional de Deus em sua discussão, os autores asseguram que estão realmente abordando os pontos de vista uns dos outros e se engajando em um desacordo sobre uma questão unificada. O livro é composto de seis capítulos que alternam entre Craig e Sinnott-Armstrong, de modo que cada ponto separado pode ser discutido à medida que surge. Ideal para cursos na filosofia da religião e introdução à filosofia, esse diálogo direto e animado estimulará os estudantes e qualquer pessoa interessada na existência de Deus,

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Livro: "God and Design" de Neil A. Manson


Descobertas recentes em física, cosmologia e bioquímica capturaram a imaginação do público e fizeram o Argumento do Design - a teoria de que Deus criou o mundo de acordo com um plano específico - o objeto de renovado interesse científico e filosófico. Esta introdução acessível, mas séria ao problema do design reúne novas perspectivas de cientistas e filósofos proeminentes, incluindo Paul Davies, Richard Swinburne, Sir Martin Rees, Michael Behe, Elliot Sober e Peter van Inwagen.

Ele investiga a relação entre ciência moderna e crença religiosa, considerando seus pontos de conflito e seus muitos pontos de semelhança. É o verdadeiro Deus do criacionismo o 'mestre relojoeiro' que coloca o mecanismo do mundo em um curso perfeitamente duradouro, ou uma presença miraculosa que continuamente intervém e altera o mundo que conhecemos? A ciência e a fé, ou evolução e criação, estão realmente em conflito? Expandindo os parâmetros de um debate animado e urgente, Deus e Design consideram como questões perenes de origem continuam a nos fascinar e nos perturbar.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Livro: "Teoria Quântica" de John Polkinghorne

- Uma breve introdução - 
"Não é exagero algum pensar na teoria quântica como uma das realizações intelectuais mais incríveis do século XX, e em sua descoberta como a representação de uma verdadeira revolução em nossa compreensão do processo físico."
A teoria quântica é uma das descobertas mais revolucionárias do mundo da física. Este livro fascinante relata o esforço que tem sido feito para entender as propriedades fundamentais da matéria, mas sem a complexidade de fórmulas e equações (para os mais curiosos, há um apêndice matemático). John Polkinghorne, renomado físico e teólogo inglês, apresenta o tema por meio da história das descobertas quânticas e de referências a cientistas e experimentos destacando os conceitos centrais da teoria, como descoerência, complementaridade, caologia quântica e o princípio da incerteza, conduzindo o leitor pelos mistérios do mundo subatômico.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Quantos conselheiros reais foram levados para a babilônia?

Cinco:
“Dos que ainda estavam na cidade, ele levou o oficial responsável pelos homens de combate e cinco conselheiros reais. Também levou o secretário, principal líder responsável pelo alistamento militar no país e sessenta homens do povo. O comandante Nebuzaradã levou a todos ao rei da Babilônia, em Ribla”.
(2 Reis 25:19,20)

Sete:
“O comandante da guarda tomou como prisioneiros o sumo sacerdote Seraías, o sacerdote adjunto Sofonias e os três guardas das portas. Dos que ainda estavam na cidade, tomou o oficial encarregado dos homens de combate e sete conselheiros reais. Também tomou o secretário que era o oficial maior encarregado do alistamento do povo da terra e sessenta de seus homens que foram encontrados na cidade. O comandante Nebuzaradã tomou todos eles e os levou ao rei da Babilônia em Ribla. Ali em Ribla, na terra de Hamate, o rei fez com que fossem executados. Assim Judá foi para o cativeiro, longe de sua terra”.
(Jeremias 52:24-27)

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R.N.Champlin comenta:
“Jeremias fala aqui em “sete”, em lugar de “cinco” conselheiros, provavelmente seguindo uma fonte diferente de informações. O árabe tem o mesmo número que Jeremias, como também o fazem outras versões”.

Fonte: O AT Interpretado vs. por vs. Vol.03. pg.1572. Editora Hagnos.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Livro: "The Problem of Evil" de Michael L. Peterson


De todas as questões da filosofia da religião, o problema de reconciliar a crença em Deus com o mal no mundo pode gerar mais atenção do que qualquer outra. Por mais de duas décadas, The Problem of Evil: Leituras Selecionadas de Michael L. Petersontem sido a antologia mais amplamente reconhecida e utilizada sobre o assunto. A segunda edição expandida e atualizada de Peterson mantém as principais características do original e apresenta as principais posições e estratégias na mais recente literatura filosófica sobre o assunto. Ela continuará sendo a mais completa introdução ao assunto, bem como um recurso para estudos avançados. Peterson organiza sua seleção de fontes clássicas e contemporâneas em quatro partes: declarações importantes abordando o problema do mal a partir da grande literatura e da filosofia clássica; debates baseados nas versões lógicas, evidenciais e existenciais do problema; grandes tentativas de enquadrar a justiça de Deus com a presença do mal, como Agostinianas, Irenaeanas, process, openness e felix culpa theodicies; e debates sobre o problema do mal, que abrange conceitos como o melhor mundo possível, o mal natural e as leis naturais, o mal gratuito, a defesa do teórico cético e o desenvolvimento da evolução biológica sobre o problema. A segunda edição inclui trechos clássicos do livro de Jó, Voltaire, Dostoiévski, Agostinho, Aquino, Leibniz e Hume, e vinte e cinco ensaios que moldaram a discussão contemporânea, de JL Mackie, Alvin Plantinga, William Rowe e Marilyn Adams. John Hick, William Hasker, Paul Draper, Michael Bergmann, Eleonore Stump, Peter van Inwagen e muitos outros. Seja um filósofo profissional, estudante ou leigo interessado, o leitor será capaz de lidar com uma série de questões relacionadas a como o mal no mundo afeta a crença em Deus.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quem era o pai de José?



Jacó.
Mt 1:16 - e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo.

Eli.
Lc 3:23 - E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José, de Eli,
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Descontradizendo:
Josh McDowell responde esta:

"À primeira vista, tem-se a impressão de que ambos os relatos estão traçando a linha de ascendência de Jesus através de Seu pai terreno, José, e neste caso estamos diante de uma contradição óbvia, porque Mateus 1:16 diz que Jacó é pai de José, enquanto Lucas 3:23 nos diz que Eli é o pai de José.

A solução viável para esse impasse é compreender que Mateus de fato está traçando a linhagem de José, mas Lucas dá a genealogia de Maria. A razão por que Maria não é mencionada em Lucas 3 é pelo fato de já ter sido chamada de mãe de Jesus em várias situações.

Entre os judeus a prática genealógica é dar o nome do pai, avô, etc., da pessoa em questão. Lucas seguiu esse padrão, e não mencionou o nome de maria, mas o nome do pai legal. Contudo, Lucas logo acrescenta que José, na verdade, não é o pai de Jesus, visto que Jesus teve um nascimento virginal (Lucas 1:34-35).

Assim, Lucas está dando os antecedentes de Jesus através de Sua mãe, Maria, que era uma descendente de Eli. O nome de José é mencionado de acordo com a prática normal, mas é claramente descrito como o suposto pai de Jesus, e Deus como o verdadeiro Pai".


Fonte: "Respostas àquelas perguntas"; ed. Candeia; pg.78-79.


Gleason Archer responde:
"Mateus 1:1-16 registra a genealogia de Jesus por meio de José, que também era descendente do rei Davi. Sendo filho adotivo do carpinteiro de Nazaré, tornou-se seu herdeiro legal, com direito a herança. 

Observe cuidadosamente as palavras dos versículo 16:
 "E jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo".

Essa declaração contrasta com a fórmula seguida nos versículos precedentes sobre a sucessão dos ancestrais de José:
 "Abraão gerou (egennesen) Isaque; Isaque gerou Jacó...".

Não está escrito que ele gerou a Cristo; antes, dele se diz apenas que era
 "marido de Maria, da qual (genitivo feminino) nasceu Jesus".

Lucas 3:23-38 registra a linhagem genealógica de Maria, dirigindo-se ao passado remoto, pois ultrapassa Abraão até chegar a Adão, o início da raça humana. Isso está implícito nas palavras do versículo 23: "(Jesus) era, como se pensava, filho de José, filho de Eli".

A expressão
 "como se pensava" indica que na verdade Jesus não era um filho biológico de José, ainda que essa paternidade fosse presumida pelo povo. 

Chama-nos também a atenção o fato de que Maria necessariamente foi Mãe de Jesus, sem que este tivesse tido pai humano.

Por intermédio dela, Jesus participou de uma linhagem que passava por Davi. Essa genealogia inicia-se com Eli, na verdade, com seu sogro, pois o pai de José chamava-se Jacó (Mt 1:16). A ascendência de maria passava por Natã, filho de Bate-Seba (ou Bate-Sua, de acordo com 1 Cr 3:5), esposa do segundo rei de Israel.

Portanto, Jesus descendeu de davi de forma natural, por meio de Natã e, de modo legal, por intermédio de Salomão".

Fonte: Gleason Archer; "Enciclopédia de Temas Bíblicos"; ed. Vida; pg.267.


Norman Geisler responde:
”Os pais da igreja entediam que Mateus referia-se à linhagem de José, pai legal de Jesus, ao passo que Lucas apresenta a linhagem de Maria, sua mãe”.

Fonte: "A Inerrância da Bíblia"; ed. Vida; pg.81-82:

Parece ser meio óbvio que os dois autores (Mateus e Lucas) não descrevem a mesma linhagem (José), uma vez que diferem tanto nos nomes.

Outra questão, é que se os pais da igreja afirmam esta versão para as genealogias, torna-se muito mais evidente ainda. Uma vez que, estes estavam muito mais próximos da era apostólica e tinham ainda em suas memórias a tradição apostólica.

Outra questão, é que caso se tratasse de fato de uma contradição, porque os pais da igreja e os discípulos dos apóstolos permitiriam tamanha "contradição"?

Fica evidente, que todos conheciam o propósito de Mateus e de Lucas ao descreverem suas genealogias.
 

E, portanto, não se tratava de uma "contradição" e sim de uma estratégia que os evangelistas trouxeram e que é aceito, defendida e explicada pelos pais da igreja.

Vamos olhar mais de perto as duas genealogias:

Lc 3 vai desde Adão até José e Mt vai desde Abraão até José.
 

Primeiro vamos ver desde Adão até Abraão.
 

Apenas Lucas descreve a genealogia de José até o início da humanidade:

Adão; Sete; Enos; Cainã; Maalaleel; Jarede; Enoque; Matusalém; Lameque; Noé; Sem; Arfaxade; Cainã; Sala; Éber; Faleque; Ragaú; Serugue; Naor; Terá e Abraão.

Tudo indica que Lucas usou
 I Cr 1:1-4 e 24-27, Gn 5:3-32 e 11:10-26 como fonte. Na Septuaginta aparece inserido Cainã entre Arfaxade e Selá.

Tanto Lucas quanto Mateus descrevem a genealogia de José de Abraão a Davi com os mesmos nomes:

Abraão; Isaque; Jacó; Judá; Perez; Esrom; Arão ou Ram; Aminadabe; Naassom; Salmom; Boaz; Obede; Jessé e Davi.

A fonte dos dois deve ter sido
 1 Cr 2:4-15; Rt 4:18-22.

De Davi a Salatiel as duas genealogias diferem totalmente. A de Mateus começa em Salomão e a de Lucas começa com Natã:

Mateus:
 Davi; Salomão; Roboão; Abias; Asa; Josafá; Jorão; Uzias; Jotão; Acaz; Ezequias; Manasses; Amom; Josias; Jeconias e Salatiel.Lucas:Davi, Natã; Matatá; Mena; Meleá; Eliaquim; Jonã; José; Judá; Simeão; Levi; Matata; Jorim; Eliezer; Josué; Er; Elmadã; Cosã; Adi; Melqui; Néri e Salatiel. 

Obs: Mateus nos fornece 16 nomes de Davi a Salatiel. E Lucas nos fornece 22 nomes. Com exceção de Davi e Salatiel, todos os demais nomes são diferentes nas duas genealogias.

De Salatiel a José:
Mateus:
 Salatiel; Zorobabel; Abiúde; Eleazar; Matã; Jacó e José.Lucas: Salatiel; Zorobabel; Ressa; Joana; Judá; Joseque; Semei; Matatias; Máate; Nagai; Esli; Naum; Amós; Matatias; José; Janai; Melqui; Levi; Matate; Eli e José. 

Obs: Mateus nos fornece 12 nomes de Salatiel a José. E Lucas nos fornece 21 nomes. Com exceção de Salatiel, Zorobabel e José, todos os demais nomes são diferentes nas duas genealogias.

Fica evidente portanto que se trata de fato de genealogias de pessoas diferentes.
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Outra resposta por Bruno Godoi  

O mais antigo registro(preservado) sobre a "concordância" entre as genealogias, é a carta de Africanus (que não era mau historiador) dirigida a Aristides na época de Orígenes. É sobre esta carta que Eusébio se refere.

...Porém,se Cristo não é Filho de José mas apenas de Maria por ação do Espírito Santo , por que é dito que Cristo descende de Davi?(Sendo membro da casa de Davi):
 

...Simplesmente porque José era membro da linhagem de Davi , e a tradição natural tenha se mantido, casando-se com mulher da mesma tribo, Maria também procederia da linhagem real da Casa de David. De que modo? O bisavô de Maria , Panther , foi irmão de Mathat. Seu bisavô Bapanther foi primo de Heli. E seu pai Joaquim foi primo de José , filho por levirato de Heli.

Se estivesse assim: Fulano GEROU Maria, ou "Maria FILHA DE ", como TODO o restante da genealogia, tudo bem, mas SOMENTE dizer que a expressão "era como se cuidava" quer dizer que a genealogia é de Maria, é forçar BASTANTE o texto.

O argumento de Erasmo é o mais antigo e mais consistente. E segundo o site dos judeus messiânicos de "Apologética", eles também asseguram o mesmo argumento de Erasmo de que: Tanto a gen de mat quanto a de Luc se refere a José. Uma por levirato, outra por nascimento.

Lá diz:
...Se as genealogia apresentam ou não a descendência por parte de ambos os pais de Yeshua, de José e de Maria, o certo é que Maria também era descendente de Davi (Luc.1:27,32; 2:4,5). O testemunho dos pais da igreja confirma esta ideia (Hegesipo, Jerônimo e Eusébio).

... Tanto a genealogia de Mateus quanto a de Lucas, se trata da descendência de José. E isto confere também pelo contexto, veja:

GENEALOGIA DE MATEUS:
Salomão de David (Mateus 1.6)
Matã (v.15) gerou a Jacó (v.15)
Jacó gerou > José marido de Maria (v.16) da qual (dela) nasceu Yeshua.
Mateus 1:20 ...E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: JOSÉ, FILHO DE DAVI...


GENEALOGIA DE LUCAS
Natã de David (v.31)...
José de Matatias (v.25)...
Levi de Melqui(v.24)
Matã de Levi(v.24)
Heli de Matã(v.24)
Lucas 1:27..A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era JOSÉ, DA CASA DE DAVI...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Livro: "A Assinatura de Deus" de Grant R. Jeffrey

Editora Bom Pastor

A busca pela verdade, a confirmação de que a Bíblia é realmente a Palavra inspirada de Deus, são questões que sempre incomodam aos cristãos, principalmente quando a Ciência é usada para contestar a Bíblia e a própria existência de Deus. 'A Assinatura de Deus' é um livro único, por usar justamente a Ciência para comprovar a existência de um Deus soberano, que sabe e domina todas as coisas, e que usou a Bíblia como meio de manifestar a sua existência e o seu plano para a Humanidade. Com uma série de estudos baseados em descobertas científicas e arqueológicas, 'A Assinatura de Deus' mostra uma série de fatos interessantes: os códigos existentes no hebraico que revelam, Hitler e Rabin, entre outros; o nome de Jesus existente ao longo de todo o Antigo Testamento; a medicina avançada existente na Bíblia, e o cumprimento preciso das profecias bíblicas.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Livro: "A Arte não precisa de Justificativa" de H.R. Rookmaaker

Editora Ultimato

A Arte Não Precisa de Justificativa é uma leitura para todos os cristãos que desejam usar seus talentos para a glória daquele que os presenteou. É um chamado aos artistas, artesãos e músicos cristãos para que chorem, orem, pensem e trabalhem. Para o autor, qualquer discussão sobre o papel da arte deve ser precedida por uma afirmação básica: a arte não precisa de justificativa — nem por motivos religiosos ou propósitos evangelísticos, nem por fins econômicos ou políticos.

É verdade que, quase sempre, vemos os artistas como sumos sacerdotes da cultura — nossos gurus — ou como celebridades e bobos da corte. Ao mesmo tempo, esperamos que eles criem coisas de valor quase eterno, sobre as quais se possa conversar séculos depois. No entanto, se os artistas quiserem alcançar sucesso, é preciso aderir à moda e ter apelo comercial. Para Rookmaaker, esse não é um problema novo.

“As coisas têm valor por aquilo que são, e não pelas funções que exercem, por mais que estas sejam importantes.”

“Às vezes os cristãos produzem música ruim porque não têm talento, porque não se esforçam o suficiente ou porque demonstram sua natureza pecaminosa. Às vezes o mundo produz boa música. [...] A música não é apenas letra. Sua expressão é total, e mais na melodia, no ritmo e na harmonia do que na letra. Claro, isso não significa que se pode escrever qualquer coisa. [...]

A vida e a arte são complexas demais para aplicarmos regras legalistas. Porém, isso não significa que não há normas. [...] Falar de música cristã não significa necessariamente falar de uma música cuja letra transmita uma mensagem bíblica explícita ou expresse a experiência de uma vida de fé e obediência piedosa. [...] A “Paixão de São Mateus”, de Bach, é cristã, assim como os “Concertos de Brandenburgo” o são. Não são apenas as letras das cantatas que são cristãs, mas também a parte instrumental. Se não for assim, estaremos reduzindo o cristianismo e excluindo do comprometimento com Deus, nosso Senhor e Salvador, uma grande parte da nossa vida, que deve manifestar o fruto do Espírito.”

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Livro: "O Problema do Sofrimento" de C.S.Lewis

Editora Vida
Em O problema do sofrimento, o maior pensador cristão de nosso tempo trouxe à luz a complicada discussão sobre um dos temas mais difíceis do cristianismo - o sofrimento. Nos tempos de aflição, muitas são as perguntas que angustiam as pessoas em todo o mundo:
Por que sofremos?
Se Deus é bom e todo-poderoso, por que permite que suas criaturas sofram?
A aflição faz parte do plano divino para nosso aperfeiçoamento ou é simplesmente um capricho dele?
A leitura deste clássico ajudará você a manter uma postura adequada nos momentos de dor. A riqueza verdadeira dos filhos de Deus está em outro mundo e o único tesouro real é a presença inefável de Cristo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Livro: "Viciados em Mediocridade" de Frank Schaeffer

- Cristianismo contemporâneo e as Artes -

Editora W4

“Embora escrito na década de 80, a mensagem do livro permanece atual e é especialmente bem-vinda ao Brasil. Enquanto desperdiçamos pelo menos duas décadas esgrimindo para usar bateria nos templos, a fila andou no mundo. E bastante. Claro que sempre existiram vozes dissonantes por aqui. Algumas se levantaram para insurgir contra hinos americanos enlatados. Não sei se o queixume adiantou, mas há quem esteja supersatisfeito com as novidades no cardápio, do tipo canções em versão light… made in Austrália. Como cantava o Cazuza, ‘um museu de grandes novidades’. Não apenas o futuro repete o passado… somos todos repetentes no supletivo da inovação”.
Sérgio Pavarini

O livro fala sobre as muitas coisas que levam o nome de Deus como slogan de marketing, colocando Ele como uma marca qualquer.


O autor diz “sempre que cristãos, evangélicos em particular, tentaram ‘alcançar o mundo’ por meio da mídia – TV, filmes, propaganda etc – o público que pensa tem a idéia de que, assim como a sopa de um restaurante ruim, o cérebro dos cristãos ficaria melhor se não fosse mexido”.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Livro: "25 Estudos Bíblicos Básicos" de Francis A. Schaeffer


A Bíblia fala aos problemas reais de pessoas reais no mundo real? Ela oferece soluções viáveis a esses problemas? Você pode pesar a evidência e decidir por si mesmo com a ajuda desses 25 estudos bíblicos, que mostram o que a Bíblia de fato ensina a respeito das questões mais fundamentais sobre Deus.

Compilados e escritos por um dos maiores pensadores modernos do Cristianismo, este livro dá ênfase às passagens bíblicas sobre as doutrinas centrais do Cristianismo — como a criação, o pecado do homem e a graça divina, a pessoa e obra de Cristo, os acontecimentos futuros — e explica com brevidade como cada passagem apoia o ensino bíblico sobre cada tema. Todas as informações se encontram ali. Estabelecidas de forma simples. Assim você pode ver por si mesmo o que a Bíblia diz — nas palavras do próprio Deus.

Este livro também inclui “Dois conteúdos, duas realidades”, o ensaio de Schaeffer sobre as quatro coisas que o cristão precisa fazer para causar impacto na geração atual. Juntas, essas duas obras servem para mostrar a coerência e credibilidade das Escrituras e sua relevância para as questões críticas da vida.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quando o Espírito Santo foi dado?


O Espírito Santo não foi dado até a ressurreição de Jesus.
Jo 7:39 - E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.

Jo 20:22
 - E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.

At 2:1-4
 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.


O Espírito Santo foi dado antes da ressurreição do Jesus.
Lc 1:41 - E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo,

Lc 1:67
 - E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo e profetizou, dizendo:

Lc 2:25
 - Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.
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Por Pipe

Descontradizendo:
O que está ocorrendo nos textos é que eles estão falando de dois termos:

1. Permanente:
Jo 7:39 - "E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado".

Jo 20:22 - "E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo".

At 2:1-4 -"Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem".

Todos estes textos estão falando do Espírito Santo estar no cristão de modo permanente.


2. Apenas para algo específico, nestes casos, profetizar:

Vamos aos contextos:

Lc 1:41
  ”E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo,”42  ”e exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e é bendito o fruto do teu ventre!”43  ”E de onde me provém isso a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?”44  ”Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre”.45  ”Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas!”

O texto não está falando que o Espírito Santo desceu de forma permanente em Isabel, e sim que veio apenas para revelar a Isabel que Maria estava grávida esperando o Salvador do mundo.


Lc 1:67  ”E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo e profetizou, dizendo:”68 - Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo!"69 - "E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo,"70 - "como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo,"71 - "para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos aborrecem"72 - "e para manifestar misericórdia a nossos pais, e para lembrar-se do seu santo concerto"73 - "e do juramento que jurou a Abraão, nosso pai,"74 - "de conceder-nos que, libertados das mãos de nossos inimigos, o servíssemos sem temor,"75 - "em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida".76 - "E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos,"77 - "para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados,"78 - "pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que o oriente do alto nos visitou,"79 - "para alumiar os que estão assentados em trevas e sombra de morte, a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz".

O texto não está falando que o Espírito Santo desceu de forma permanente em Zacarias, e sim que veio apenas para revelar a Zacarias o ministério de João Batista, seu filho.


Lc 2:25  ”Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.26 - "E fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor".27 -"E, pelo Espírito, foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei,"28 - "ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse:"29 - "Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra,"30 - "pois já os meus olhos viram a tua salvação,"31 - "a qual tu preparaste perante a face de todos os povos,"32 - "luz para alumiar as nações e para glória de teu povo Israel".33 - "José e Maria se maravilharam das coisas que dele se diziam".34 - "E Simeão os abençoou e disse à Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel e para sinal que é contraditado"35 - "(e uma espada traspassará também a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações".

O texto não está falando que o Espírito Santo desceu de forma permanente em Simão, e sim que veio apenas para revelar a Simão que aquele bebê que ele estava circuncidando era o salvador do mundo.


Conclusão:

Isto se encaixa perfeitamente no que Paulo diz em I Co 12:3 - "Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo".

Foi isto que ocorreu com Isabel, Zacarias e Simão. Eles só tiveram revelação porque o Espírito Santo concedeu a eles que vissem o que viram.

Portanto, não há nenhuma contradição. Pois, os textos em Lc falam da era antes da ressurreição.
 

A ressurreição inaugurou uma nova era para a igreja.

Os demais textos falam da era pós-ressurreição, quando o Espírito Santo foi dado à igreja de forma permanente como nunca antes houvera acontecido na história do povo de Deus.
 

E apesar dos discípulos já terem o Espírito Santo neles, foi apenas no Pentecostes que a plenitude do Espírito Santo se concretizou na história do povo de Deus.