sábado, 31 de agosto de 2013

Novas pesquisas questionam teoria da evolução

Oxford Science Archive
INFLUÊNCIA Dos pensadores mais importantes do século XIX, Marx e Freud perderam o brilho. Só Darwin se mantém no topo. Mas já há correções às suas teorias
O século XIX produziu três grandes pensadores que revolucionaram o pensamento humano: Sigmund Freud, o pai da psicanálise, Karl Marx, o teórico do comunismo, e Charles Darwin, autor da teoria da evolução das espécies. Neste início do século XXI, só um deles sobrevive a pleno vigor. O marxismo perdeu sua aura a partir de 1989, com a queda do Muro de Berlim e a subsequente falência dos Estados comunistas. A teoria psicanalítica de Freud, baseada na interpretação do inconsciente, já sofreu inúmeras revisões e, nas duas últimas décadas, foi ofuscada pelo sucesso dos remédios antidepressivos (como, aliás, o próprio Freud previra). Darwin teve outra sorte. Suas teses foram tão amplamente confirmadas no século passado que pareciam inquestionáveis. Não mais. Enquanto se comemoram os 200 anos de seu nascimento (dia 12), a árvore da vida – um conceito central na teoria da evolução – está para cair.
Isso não significa que Darwin vá seguir o caminho de Freud e Marx. Para começar, a revolução que ele provocou tem outra dimensão, comparável apenas ao abalo provocado pelo astrônomo polonês Nicolau Copérnico, em 1543.
Copérnico descobriu que a Terra girava em torno do Sol. Não era, portanto, o centro do Universo. Darwin fez o mesmo com o homem. Ao descobrir que obedecemos às mesmas regras evolutivas dos chimpanzés, das orquídeas, até dos fungos e bactérias, tirou-nos do centro da criação. Essas regras – o mecanismo da seleção natural, revelado com a publicação deA origem das espécies, há 150 anos – não estão em xeque, e só elas já lhe garantem o status de um dos maiores gênios que a humanidade produziu. Onde está, então, o erro de Darwin?
Para Darwin, igual em importância à seleção natural estava o conceito da árvore da vida. E ela está sob forte ataque. O ataque não parte do criacionismo, o movimento que repudia a seleção natural e defende a interpretação literal da origem bíblica do homem. Ele parte de um grande número de cientistas.
A árvore da vida surgiu em 1837. Fazia dez meses que o jovem naturalista Charles Robert Darwin, de 28 anos, retornara de uma viagem de cinco anos pelo mundo a bordo do brigue Beagle, onde reuniu uma enorme coleção de animais, plantas, fósseis e insetos. Era julho. Darwin trabalhava em sua casa quando teve uma faísca. Em uma página de seu caderno de anotações, escreveu: “Eu acho”. Logo abaixo, fez o rascunho da árvore da vida. Foi a primeira vez que usou o conceito da árvore evolucionária para explicar as relações entre as espécies. Darwin percebeu que as dezenas de milhões de espécies que habitam ou habitaram o planeta descenderiam de um antigo Ancestral Universal Comum, que ficaria na base da árvore. Dele desponta um tronco, que se divide e vai criando ramificações. Cada ramo representa uma espécie. Quando ele se bifurca, surgem novas espécies.
“Sob a figura de uma grande árvore (...) os ramos e gomos representam as espécies existentes; os ramos produzidos nos anos precedentes representam a longa sucessão das espécies extintas”, escreveu Darwin, em A origem das espécies. Desde sua publicação, a árvore da vida é o princípio unificador da história da vida. Por 150 anos, biólogos e paleontólogos preenchem sua copa, identificando os seres vivos e extintos de cada ramo. Um exemplo é a linhagem humana. Apesar de o Homem de Neanderthal ter sido achado na Alemanha, em 1856, Darwin levou em conta a semelhança entre homens e chimpanzés para propor, em A descendência do homem (1871), que a origem do Homo sapiens devia estar na África. No século XX, uma dezena de ancestrais do homem foi desenterrada na África. A mais famosa é Lucy, a fêmea da espécie Australopithecus afarensis. Achada na Etiópia, em 1974, Lucy viveu há 3,5 milhões de anos.
Quando os cientistas investigaram a evolução por meio da genética, perceberam que a árvore da vida era uma teia, a teia da vida
É extraordinário que Darwin tenha intuído o mecanismo da seleção natural sem ter a menor ideia de como os pais transmitem aos filhos as características que garantem a sobrevivência de uma espécie. Ele não conheceu as pesquisas genéticas de seu contemporâneo, o monge austríaco Gregor Mendel. Nunca ouviu a palavra gene, criada em 1905, nem sabia do DNA, o responsável pela transmissão genética, descoberto em 1953.
Nos anos 1990, passou a ser possível investigar a evolução no nível dos genes. Aí as coisas se complicaram. A comparação dos genomas do homem com os do chimpanzé mostrou que 98,5% dos genes são idênticos, como seria esperado em duas espécies que se separaram, na árvore da vida, há tão pouco tempo. Mas como explicar a existência de trechos de DNA de cobra no genoma do gado? Bois são mamíferos e cobras répteis. Mamíferos e répteis, descendentes de um mesmo ancestral anfíbio, trilharam caminhos separados há 250 milhões de anos. Outros estudos revelaram anomalias parecidas em plantas, insetos e peixes. Havia algo de podre no reino evolutivo.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

AS MARCAS DA PERFEIÇÃO DE DEUS

EU VI SEU RASTRO NA AREIA E NO CÉU

Certa vez um homem que se dizia ateu, durante uma viagem ao Oriente, viu pela manhã o árabe que conduzia a caravana ocupado em suas orações. Intencionando embaraçar o árabe, o ateu aproximou-se e perguntou-lhe em tom de zombaria:

— Como sabes tu que Deus existe?
O condutor de caravanas respondeu, sem alterar o tom da voz:
— Quando observo a areia do deserto, posso facilmente saber pelas pegadas se passou um homem ou um animal. Igualmente, quando observo o mundo, a natureza ao meu redor e o Céu, posso afirmar que por eles passou a mão de Deus.

Sim. Os Céus, a Terra e a vida que há em nós proclamam a glória e a existência de Deus. Contemplando a vastidão dos mares, a imensidão dos céus e a admirável harmonia reinante no Universo, o homem sabe que não é o criador de tanta grandeza, e conscientiza-se de sua pequenez e da insignificância de suas forças. Se estiver entre as pessoas que vivem na incerteza da existência do Criador de tantas maravilhas, exclamará, repetindo as palavras do filósofo francês Blaise Pascal: "O silêncio eterno desses espaços infinitos me apavora!"

Porém, se estiver entre aqueles que nasceram de novo, não segundo a carne e o sangue, mas da água e do Espírito (João 3:5), reconhecerá a existência do Criador, e exclamará como o autor da Carta aos Hebreus: 'Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê"(Hebreus 11:3).

O justo há de contemplar as belezas da Criação como mostras da formosura de seu Criador, como espelhos de sua glória, como mensageiros que nos trazem notícias dele, como reflexos de suas perfeições, como presentes que o Esposo envia à sua Esposa — a Igreja — para enamorá-la, até o dia em que a tomará pela mão para com ela celebrar aquele eterno casamento no Céu. O mundo todo parece-lhe um livro que fala sempre de Deus, uma carta que seu amado lhe envia, um longo documento e testemunho de seu amor. Nenhum cristão, nenhuma pessoa que já tenha sido resgatada do pecado poderá ficar indiferente à grandiosa voz da Natureza, que proclama a existência e a glória de Deus.

O formosura tão antiga e tão nova — exclamou Agostinho, esse grande cristão do passado, ao contemplar o rastro de Deus impresso na Criação — quão tarde te conheci, e quão tarde te amei! Porventura és tu, Senhor, aquele de quem diz o salmista que és formoso entre os filhos dos homens?... Se nesse desterro não vejo a formosura de tua divina majestade, assim como és formoso no Céu, ao menos pelos efeitos chego ao conhecimento da causa, e pela formosura dos Céus, planetas, árvores, flores e variedade das mui vivas cores das coisas que tuas divinas mãos criaram, entendo, meu Deus e Senhor, ser abismo infinito de formosura a formosura de onde essas formosuras tiveram sua origem.3

VOLTAIRE, ATEU, RECONHECE: DEUS EXISTE!
Portanto, a existência do Deus invisível é demonstrável pelos seus efeitos, pelas suas obras. O próprio escritor francês Voltaire (1694-1786), apesar de ter passado para a história como ateu e perseguidor do evangelho, escreveu certa vez em uma de suas cartas ao imperador da Prússia, Frederico II (1712-1786): "A razão me diz que Deus existe, mas também me diz que nunca poderemos saber quem é."

Ora, Voltaire era um homem que não levava em consideração o tesouro de revelação e conhecimento que a fé pode abrir para nós; após rejeitá-la, ele procurou viver à luz da razão, acreditando tão-somente naquilo a que sua capacidade intelectual o conduzia. Mas, apesar de sua incredulidade, Voltaire, através do raciocínio, chegou à seguinte conclusão, registrada no capítulo 2 de seu Tratado de Metafísica: 'Vejo-me forçado a confessar que há um Ser que existe necessariamente por si mesmo desde toda a eternidade, e que é origem de todos os demais seres.' No mesmo livro, algumas páginas adiante, o famoso "ateu" declarou: ´Todas as coisas da Natureza, desde a estrela mais distante até um fino talo de grama, devem estar submetidos a uma Força que os movimenta e lhes dá vida.` Ora, que força é essa senão Deus?

Eis aí um homem considerado por todos um terrível ateu, curvando sua cabeça em reconhecimento da existência do Criador, após maravilhar-se diante de tantas e tão sublimes provas da existência de Deus, perfeitamente visíveis na Criação!

NATUREZA: MISTÉRIO DE DEUS
Portanto, conforme ficou demonstrado até agora, Deus tem-se revelado tanto na Natureza como na consciência de todos os povos (a chamada consciência coletiva), e também na consciência de cada ser humano (assunto do próximo capítulo). Ele infundiu em nossa alma a luz interior (essa voz interior que dá, dentro de nós, testemunho de sua existência), e em seguida ofereceu aos nossos olhos os sinais exteriores de sua existência, sabedoria e glória: as obras de suas mãos. Tudo quanto vemos nas criaturas de beleza, verdade, bondade e perfeição existe em Deus em um grau muito mais alto, puro e completo, pois tudo quanto se manifesta no efeito, deve existir necessariamente, e nos mais alto grau, na causa produtora: Deus.

Enquanto a formosura das criaturas é particular e limitada, a formosura de Deus é universal e infinita, porque nele está contida toda a formosura de tudo o que ele criou... Por mais belo que o imaginemos, Deus é mais belo ainda. Todas as perfeições se encontram nele. Sua força é infinita, sua beleza inigualável, sua existência é desde toda a eternidade e jamais terá fim. Ele é invisível a toda criatura mortal, mas visível através de suas obras. "Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória", disse o salmista Davi (Salmo 108:5. ARA), e o profeta Isaías, erguendo sua voz na mesma tonalidade de adoração, disse: "Ó Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, que habitas entre os querubins, só tu és o Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste os céus e a terra" (Isaías 37:16).

É IMPOSSÍVEL DEFINIR OU DESCREVÊ-LO
Portanto, é absolutamente impossível apresentarmos uma completa e essencial definição de Deus, pois ele, sendo perfeito e infinito, jamais poderia ser colocado dentro dos limites de uma definição. Definir não passa de uma tentativa de limitar aquilo que definimos, separando-o e distinguindo-o das demais coisas. Diante disto, Deus fica sempre infinitamente além de qualquer palavra ou conjunto de palavras empregadas com o intuito de defini-lo.

Pertence a um famoso cristão do V século a afirmação de que as perfeições de Deus são tão grandes e tão admiráveis que, se o mundo estivesse cheio de papel que pudesse ser usado na preparação de livros; se todas as pessoas existentes fossem escritores, e se toda a água dos mares se transformasse em tinta, tornar-se-iam repletos de palavras todos os livros, se cansariam todos os escritores e se esgotariam toda a água dos mares, e ainda assim não teria sido explicada uma só de suas perfeições.

"Assim como o mar é grande — declarou certa vez um admirador dos mistérios de Deus —, não só porque todas as águas dos rios entram nele, senão também por suas próprias águas, que são incomparavelmente muito mais abundantes, assim dizemos que vós, Senhor, sois mar de infinita formosura, porque não só tendes em vós as perfeições e formosuras de todas as coisas, mas também outras infinitas, que são próprias de vossa grandeza... Só o fato de ver e gozar de tua formosura basta para fazer bem-aventurados aqueles seres que moram junto a ti no Céu"... "Eu fiz a terra, e criei nela o homem. As minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos, dei as minhas ordens", disse o Senhor através do profeta Isaías (45:12).

O ASTRÔNOMO E SEU AMIGO
Conta-se que o grande astrônomo Kirchner no seu tempo de estudante tinha um amigo que dizia não acreditar na existência de Deus. Ora, Kirchner sabia o quanto o seu amigo costumava apelar para a lógica dos fatos. Ambos moravam juntos. Aproveitando-se da prolongada ausência do companheiro de estudos, Kirchner fabricou um globo representando a Terra e o colocou em cima da mesa. Ao retornar, o amigo do astrônomo perguntou:

— Quem fez este globo?
__Ninguém — respondeu Kirchner. — Havia pedaços de madeira esquadros, papel, uma esfera, cola e pregos sobre a mesa. Eu estava distraído, procurando um livro na estante, quando de repente vi que no lugar onde estava aquele material apareceu este globo.
__Ah! ah! ah! ah! — gargalhou o rapaz. — Deixe de brincadeira e diga logo quem foi que fabricou isto, ou você acha que eu vou acreditar que o globo criou-se a si mesmo?
— Pois é, você está rindo diante da explicação que eu estou lhe dando, mas eu lhe digo que é mil vezes mais fácil aceitar que esse pequeno globo tenha se criado por vontade própria, do que acreditar que a Terra e todo o Universo criaram-se a si mesmos e são obra do acaso. Vamos, por que você não ri também disto?

APAGUEM AS ESTRELAS!
E impossível não reconhecer a marca de Deus impressa em tudo aquilo que ele criou. E é impossível também apagar essa marca.

Isto ficou provado durante um interessante episódio em 1789, em plena Revolução Francesa. Esse acontecimento histórico de repercussão mundial tinha sido intelectualmente preparado por políticos e filósofos inimigos do cristianismo. Durante a revolução, pilhas de Bíblias foram queimadas, igrejas fechadas e muitos cristãos lançados em úmidos cárceres, na tentativa de que a idéia da existência de Deus fosse apagada no espírito do povo.

Em uma aldeia francesa, um dos responsáveis pela perseguição religiosa disse a um camponês que a igreja da aldeia e tudo o que fizesse lembrar Deus seriam destruídos.

- Assim — disse o perseguidor — conseguiremos apagar os meios que levam o povo a crer na existência de Deus.
- Então o senhor terá que mandar apagar também as estrelas — respondeu o camponês. 8
O SOL É UM DOS SEUS EMBAIXADORES
— Onde esta o seu Deus? Você pode mostra-lo?— perguntou a vez o terrível imperador romano Trajano, ao rabino Josué.
— Meu Deus não pode ser visto, Excelência — respondeu-lhe o rabino. — Nenhum olho humano suportaria o fulgor de sua glória. Posso, porém, mostrar à Vossa Majestade um de seus embaixadores.
— Onde? Onde posso vê-lo?
— Aí fora, em vossos jardins, Majestade.
O imperador dirigiu-se para fora do seu palácio seguido pelo rabino. O sol brilhava esplendorosamente no céu, na força total do meio-dia.
— Levantai os olhos para o céu e vede, Majestade. Eis aí um dos embaixadores do meu Deus.
— Ora, mas não posso fitá-lo. Sua luz me deixaria cego!
— Senhor, não podeis olhar face a face uma das criações de Deus, e pretendeis ver o próprio Criador? 9

CÍCERO E O HOMEM DA CAVERNA
O testemunho da Criação é por demais eloqüente, claro e visível a todos; homem algum poderá ficar indiferente a esta voz, a este grandioso espetáculo produzido pelas mãos do Criador. Por mais destituído de cultura ou por mais materialista que seja o ambiente onde o ser humano vive, as provas da existência de Deus, essas vozes que proclamam a majestade e a glória do Criador, estarão sempre ressoando dentro do seu espírito, lá no interior de sua consciência, e fora dela, em seus ouvidos e diante dos seus olhos.

O conhecido orador romano Marco Túlio Cícero (106-43 a.C), para demonstrar ser quase impossível admitir que haja pessoas descrentes na existência de Deus, fez uso da seguinte ilustração:

Suponhamos haja um homem que sempre tenha vivido afastado da convivência social, preso em um lugar subterrâneo, de modo que nunca tenha podido ver nada; suponhamos que um dia esse homem saia de sua morada subterrânea, olhe a paisagem que se estende ao seu redor, e veja o céu pontilhado de estrelas que brilham maravilhosamente, numa noite tranqüila de verão, enquanto a Lua difunde a sua luz suave. Suponhamos que alguém explique a esse homem que o número de astros contemplados pelos seus olhos nada representa diante do infinito número que seus olhos não conseguem contemplar. Horas depois, o sol ergue-se no horizonte, inundando de luz o firmamento.

Pois bem, dizei-me: diante do espetáculo do Céu estrelado e da harmonia que reina entre os astros; ao contemplar o esplendor da luz e do Sol e as maravilhas da natureza, que pensamento nasceria na mente desse homem? Que pergunta brotaria dos seus lábios? Tomado de espanto, esse homem não faria senão exclamar: "O maravilha, ó grandeza! E quem fez este Céu? Quem lhe pôs estes astros, e lhes regulou os movimentos? Quem criou este Sol e o pôs lá em cima?" E restaria a nós responder-lhe tão-somente: "Quem fez tudo isto não foi certamente um homem; não foram muito menos todos os homens juntos, mas sim Deus! Só Deus poderia criar essas maravilhas de poder e sabedoria."10

NECESSIDADE DE UMA COMPLETA REVELAÇÃO DE DEUS
Diante do que foi exposto até agora, é necessário, porém, que isto fique bem claro: a crença coletiva demonstrada por todos os povos quanto à existência de um Deus soberano, e o testemunho de sua existência proclamado em suas obras não se constituem numa completa revelação de Deus ao homem. Apesar de ver as "pegadas do Criador" impressas na Criação, não são essas maravilhas da natureza que conduzem o ser humano aos pés do verdadeiro Deus; não são elas que o levam a aceitar e a se incluir no plano traçado pelo Criador para salvar suas criaturas. Por isso, além de ter-se revelado na voz da natureza e na consciência do homem, Deus se revelou também na Bíblia, através dos profetas, e sobretudo no seu Filho, Jesus Cristo.

O caminho para Deus não está, portanto, nas estrelas (apesar de elas proclamarem, em todo o Universo, sua existência), e sim no interior do homem, na fé que nasce dentro dele e se projeta na pessoa de Jesus Cristo — autor e consumador dessa fé. O universo fala a todos da existência de Deus, mas quem reconduz o homem ao seu Criador é Jesus Cristo, a mais completa e perfeita revelação de Deus à humanidade.

BIBLIOGRAFIA
1. Frederic Bettex. Op. Cit., p. 314.
2. Blaise Pascal. Pensamentos. Tradução de Sérgio Milliet, 2ã edição, São Paulo, Abril Cultural, 1979, p. 91.
3. Aurélio Agostinho. Confissões. Tradução de Ambrósio de Pina. 2- edição, São Paulo, Abril Cultural, 1980, Livro X, capítulo 27, parágrafo 38.
4. Voltaire. Tratado de Metafísica. Tradução de Marilena de Souza Chauí, 29 edição, São Paulo, Abril Cultural, 1978, p. 64.
5. Agostinho, citado por J. Pantaleão dos Santos in Deus: As Mais Belas Afirmações em Prosa e Verso. Petrópolis, Vozes, 1963, p. 78.
6. Luís de Granada. Introdução dei Símbolo de Ia Fé. 2- edição. Argentina, Espasa-Calpe, 1947, p. 263.
7. Citado por Martin Ortuza Arriaga, in Los Prenotandos dei Conocimiento Natural de Dios. Madri. Edição da "Revista Estúdios", 1963, p. 117.
8. Citado por Jesus Garcia Lopes, in Nuestra Sabedoria Racional de Dios. Tall Graf, Montaria, 1950, p. 129.
9. Citado por Luiz Waldvogel, in Vencedor em Todas as Batalhas, 2- edição, São Paulo, CPB, s/d., pp. 13, 14.
10. Marco Túlio Cícero. A Natureza dos Deuses, segundo citação de Alfredo Maria Mazzei, Op. Cit. pp. 179, 180.

Fonte:

"Provas da Existência de Deus"; Jefferson Magno Costa; editora Vida; pg.29-35.

domingo, 18 de agosto de 2013

Arqueólogos alemães encontram palácio da rainha de Sabá na Etiópia

Arqueólogos alemães encontraram os restos do palácio da lendária rainha de Sabá na localidade de Axum, na Etiópia, e revelaram assim um dos maiores mistérios da Antigüidade, segundo anunciou a Universidade de Hamburgo.

"Um grupo de cientistas sob direção do professor Helmut Ziegert encontrou durante uma pesquisa de campo realizada nesta primavera européia o palácio da rainha de Sabá, datado do século X antes de nossa era, em Axum-Dungur", destaca o comunicado da universidade.

A nota diz que "nesse palácio pode ter ficado durante um tempo a Arca da Aliança", onde, segundo fontes históricas e religiosas, foram guardadas as tábuas com os Dez Mandamentos, que Moisés recebeu de Deus no Monte Sinai.

Os restos da casa da rainha de Sabá foram achados sob o palácio de um rei cristão.

"As investigações revelaram que o primeiro palácio da rainha de Sabá foi transferido pouco após sua construção, e levantado de novo orientado para a estrela Sirius", dizem os cientistas.

Os arqueólogos acreditam que Menelik I, rei da Etiópia e filho da rainha de Sabá e do rei Salomão, foi quem mandou construir o palácio em seu lugar definitivo.

Os arqueólogos alemães disseram que havia um altar no palácio, onde provavelmente ficou a Arca da Aliança, que, segundo a tradição, era um cofre de madeira de acácia recoberto de ouro.

As várias oferendas que os cientistas alemães encontraram no lugar onde provavelmente ficava o altar foram interpretadas pelos pesquisadores como um claro sinal de que a relevância especial do lugar foi transmitida ao longo dos séculos.

A equipe do professor Ziegert estuda desde 1999, em Axum, a história do início do reino da Etiópia e da Igreja Ortodoxa Etíope.

"Os resultados atuais indicam que, com a Arca da Aliança e o judaísmo, chegou à Etiópia o culto a Sothis, que foi mantido até o século VI de nossa era", afirmam os arqueólogos.

O culto, relacionado à deusa egípcia Sopdet e à estrela Sirius, trazia a mensagem de que "todos os edifícios de culto fossem orientados para o nascimento da constelação", explica a nota.

O comunicado também diz que "os restos achados de sacrifícios de vacas também são uma característica" do culto a Sirius praticado pelos descendentes da rainha de Sabá.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL462856-5603,00-ARQUEOLOGOS+ALEMAES+ENCONTRAM+PALACIO+DA+RAINHA+DE+SABA+NA+ETIOPIA.html

sábado, 17 de agosto de 2013

Pegada encontrada pode mudar teoria da evolução

Pegada encontrada próximo ao lago Titicaca seria de ser bípede Foto: EFE
Pegada encontrada próximo ao lago Titicaca seria de ser bípede
Um grupo de pesquisadores da Bolívia anunciou hoje a descoberta do que pode ser a pegada mais antiga do mundo encontrada próximo ao lago Titicaca. Se eles estiverem certos, o registro nega a teoria da evolução humana e provaria a existência de "outras humanidades", anteriores à atual. O registro teria entre cinco e 15 milhões de anos, o que provaria a existência de uma humanidade anterior à atual.
De acordo com a agência EFE, o grupo, liderado por Jorge Miranda e Freddy Arce, apresentou a teoria no Ministério de Relações Exteriores e quer a opinião de especialistas internacionais.
A pegada de um pé esquerdo de 29,5 cm está em uma rocha de arenito. Segundo os pesquisadores, teria sido feita por um ser humano de 1,7 m, com peso de 70 kg, que caminhava ereto.
"A teoria da evolução teria muitas dificuldades com esta evidência que estamos mostrando agora" disse Arce. A rocha foi encontrada na localidade de Sullkatiti, onde é objeto de culto. Os moradores da região acreditam que o objeto é uma pegada de seus antepassados, conhecida popularmente por "pisada do inca".
A pegada foi encontrada no ano passado e é estudada desde então. O objeto, que está petrificado, mostra cinco dedos cuja forma demonstra que o ser que o gerou era bípede, segundo o podólogo Guillermo Lazcano disse à agência ANSA.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Livro: "Mostre-me Deus" de Fred Heeren

O Que a Mensagem do Espaço Nos Diz a Respeito de Deus

Para escrever "Mostre-me Deus", o jornalista Fred Heeren realizou uma extensa pesquisa sobre física e cosmologia, além de entrevistar alguns dos maiores cientistas da atualidade, como Stephen Hawking e dois ganhadores do Nobel de Física, George Smoot e Arno Penzias.

No livro, o autor mistura fé e ciência. Depois de pesquisar o assunto por sete anos, ele concluiu que todos os fenômenos do universo podem ser explicados por suas causas e afirma que a maior prova da existência de Deus é a descoberta da finitude do universo.

O autor é jornalista científico e acumula trabalhos publicados em jornais como "Boston Globe", "Chicago Tribune", "Wall Street Journal" e "Washington Times".

FRED HEEREN
Fred Heeren é jornalista. Nascido em 1953, já escreveu para os jornais "The Boston Globe", "The Chicago Tribune", "The Wall Street Journal", para a revista "Insigh"t do "Washington Times" e muitos outros importantes veículos de comunicação.


É autor de "Mostre-me Deus", livro que mistura fé e ciência e traz a tona uma série de questionamentos difíceis de responder. Para elaborar o livro, fez uma extensa pesquisa sobre física e cosmologia, além de entrevistar vencedores do Prêmio Nobel.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Diabo - Quem ele é, e/ou era?


Perguntas enviadas por Eduardo:

1. O diabo era um anjo?
A resposta: Pelo menos é o que a Bíblia revela em alguns textos:

Jó 1:6 - "Certo dia os anjos vieram apresentar-se ao Senhor, e Satanás também veio com eles".

Mt 41 - "Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ´Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos".

Veja que ele é sempre colocado junto com a palavra anjos.

Esta tem sido a opinião que vem de séculos nas três maiores religiões: Cristianismo, Judaísmo e Islamismo.

2. Ele foi um anjo que se revoltou contra Deus?

Sim, apesar da Bíblia não falar claramente a respeito disto. Fica implícito que se trate de um anjo que caiu do seu estado original:

Lc 10:18 - "Ele respondeu: "Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago".

Jd 6 - "E, quanto aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande dia".

e outros textos mais que demonstram que de fato ele caiu do seu estado original de anjo de luz.

3. Ele era o "regente da orquestra celestial"?

Bom, esta história é bem falada no meio evangélico. Porém, de onde tiraram isto eu não tenho nem ideia. Eu asseguro que se trata de uma falácia e que não tem nenhum fundamento bíblico.

4. "Por isso o ministério de música é o mais atacado nas igrejas"?

O ministério de música não é o mais atacado pelo Diabo. É o mais atacado pelos super-egos do músicos e não pelo diabo.

O inimigo do ministério de música é o meu próprio ego. O mais se trata apenas de questões normais em qualquer relação humana. Conviver não é fácil e nem sempre as coisas acontecem e como desejamos.

Quem fala este tipo de coisa deveria ir perguntar para os evangelistas de rua, os missionários na janela 10/40 (região islâmica), etc... se eles também não são ou até, mais atacados pelas investidas do diabo.

Isto tudo é falácia pura que se cria no meio evangélico e o povo ignorante engole sem ver de fato o fundamento bíblico disto.

É aquela velha conversa de colocar no diabo a culpa de tudo, ao invés de tratar com o ego dos músicos.

5. O nome dele é Lúcifer?

Is 14:12 - "Como caíste do céu, ó estrela da manhã (Lúcifer), filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!"

"Lúcifer (em latim, ´portador da luz`) - Esse era o nome latino para o planeta Vênus, o objeto mais brilhante do céu, excetuando o sol e a lua, que algumas vezes aparece de noite, e outras vezes de manhã, como estrela matutina.

Em Isaías 14:12 aparece como tradução do vocábulo helel (´brilhante`: a septuaginta traduz por heosphoros, ´portador da luz`; cf. o árabe para Vênus, zuhratum, ´o brilhante resplandecente`), sendo título aplicado insultosamente ao rei da Babilônia, o qual, em sua glória e pomposidade, se considerava entre os deuses.

Esse nome é apropriado em vista do fato que a civilização da babilônia teve início na madrugada cinzenta da história, e tinha fortes ligações astrológicas. Os babilônicos e assírios costumavam personificar a estrela matutina como Belite e Istar.

A similaridade da descrição dessa passagem bíblica com outros trechos como Lc 10:18 e Ap 9:1 (cf.12:9) tem levado à aplicação desse título a Satanás.

Lc 10:18 - "E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.

Ap 1:9 - "E o quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo".

Mas o verdadeiro candidato a esse título, conforme é demonstrado em Ap 22:16, é o Senhor Jesus Cristo em sua glória que agora tem, depois da sua ascensão".

Ap 22:16 - "Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da manhã (Lúcifer)".


Fonte: "O Novo Dicionário da Bíblia"; organizado por J. D. Douglas; ed. Vida Nova; pg.967.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Estudo refuta a complexidade irredutível (?)

Pesquisa mostra como seleção natural reusa peças para criar novas máquinas moleculares Kenneth Chang escreve para o New York Times:

"Reconstruindo genes de animais extintos, cientistas demonstraram pela primeira vez o processo gradual pelo qual a evolução cria uma nova peça de maquinário molecular ao reusar e modificar partes existentes. Os pesquisadores dizem que sua descoberta, publicada na última sexta-feira no periódico Science, dá um contra-argumento aos céticos da evolução, os quais questionam como uma progressão de pequenas mudanças poderia produzir os intricados mecanismos encontrados nas células vivas.

A evolução da complexidade é uma velha questão da biologia evolutiva, disse Joseph Thornton, professor de biologia na Universidade do Oregon e autor principal do artigo científico. Não há controvérsia sobre se esse sistema evoluiu. A questão para os cientistas é como ele evoluiu, e foi isso o que o nosso estudo mostrou. Os experimentos de Thornton miraram em dois receptores de hormônios. Um é um componente de sistemas de resposta a estresse. O outro, apesar de ter uma forma parecida, participa de processos biológicos diferentes, incluindo função renal em animais.

Hormônios e seus receptores funcionam como pares de chave e fechadura. Seu encaixe levou à questão de como novos pares evoluem, já que um sem o outro aparentemente seria inútil. Os pesquisadores encontraram os equivalentes modernos ao receptor de hormônio de estresse na lampréia, um peixe primitivo, e também em arraias.

Depois de comparar semelhanças e diferenças nos genes, os cientistas concluíram que ele descendia de um gene ancestral comum há 450 milhões de anos - antes de os animais conquistarem terra firme. O grupo, então, recriou o receptor ancestral em laboratório, e descobriu que ele se encaixava no hormônio de estresse, o cortisol, e no de regulação renal, a aldosterona.

Assim, o receptor para a aldosterona existia antes da aldosterona aparecer - o hormônio só evoluiu em animais terrestres. Ele tinha uma função diferente e foi aproveitado para participar de um novo sistema complexo quando o hormônio apareceu, disse Thornton. Ele afirma que o estudo refuta a tese da complexidade irredutível invocada pelos criacionistas, segundo a qual o maquinário celular é complexo demais para ter evoluído gradualmente. (Folha de SP, 10/4)

COMENTÁRIO SOBRE A NOTÍCIA FEITO PELO COORDENADOR DO NBDI
Núcleo Brasileiro de Design Inteligente

A pesquisa trombeteada na revista Science não falsifica a Complexidade Irredutível de Behe.

A Folha de São Paulo de 10/04/2006 publicou um artigo de Kenneth Chang (New York Times) sobre um estudo publicado na revista Science que refutaria a teoria da complexidade irredutível de Behe. Em 1997 a FSP declara no seu Manual de Redação que orienta a sua conduta [sic] por um projeto editorial... com o objetivo de produzir um jornalismo crítico, moderno, pluralista e apartidário, p. 10. Nada mais falso no que diz respeito a Darwin e à Teoria do Design Inteligente (TDI), apesar das reclamações cientificamente fundamentadas enviadas aos ombudsmen desde 1998. Mais uma vez a FSP não segue o seu próprio manual de redação que recomenda ouvir o outro lado (p. 46) e nem fez o cruzamento de informações (p. 26-27). A FSP sabe como entrar em contato com os teóricos e proponentes da TDI.

Após vários anos afirmando que não há debate sobre a Teoria do Design Inteligente (TDI) três pesquisadores publicaram um artigo trazendo o debate para as páginas da última edição da revista Science. Os pesquisadores Jamie Bridgham, Sean Carroll e Joe Thornton afirmam ter demonstrado como que um sistema complexo irredutível conforme descrito por Michael Behe, pesquisador sênior do Discovery Institute, pode ter surgido como resultado de duplicação de gene e algumas mudanças de pontos mutacionais.

Isso continua na venerável tradição darwinista de fazer afirmações grandiosas baseadas em resultados insignificantes, disse o bioquímico Michael Behe, que desenvolveu a teoria da complexidade irredutível no seu livro best-seller "A Caixa Preta de Darwin" (Rio de Janeiro: Zahar, 1997). Não há nada no artigo que um proponente do DI pensasse estivesse além do alcance da mutação aleatória e da seleção natural. Em outras palavras, é um argumento tipo espantalho.

Se a FSP tivesse ouvido o outro lado, seus milhares de leitores tomariam conhecimento que os teóricos do DI rebateram as conclusões do artigo publicado na Science:

* How to Explain Irreducible Complexity – A Lab Manual - Fellows do CSC, 7 de abril de 2006 http://www.discovery.org/scripts/viewDB/index.php…
* The Science Stories that Fizzled (and the one that Might Have Been) - By Bruce Chapman, 7 de abril de 2006
http://www.evolutionnews.org/…/the_science_stories_that_fiz…
* Irreducible Complexity Stands up to Biologist's Research Efforts - Discovery Institute, 6 de abril de 2006
http://www.discovery.org/scripts/viewDB/index.php…
* Michael Behe's response to Thornton research on irreducible complexity - ID The Future, 6 de abril de 2006


Os autores (inclusive Christoph Adami no seu comentário publicado na Science) estão definindo convenientemente a complexidade irredutível em nível abaixo, bem abaixo. Eu certamente não classificaria o sistema deles com nada próximo de complexidade irredutível (CI). Os sistemas CI que eu discuti no livro A Caixa Preta de Darwin contêm múltiplos fatores ativos de proteínas. O sistema deles, por outro lado, consiste apenas de uma proteína e a sua ligação. Embora na natureza o receptor e a ligação façam parte de um sistema maior que não tem uma função biológica, a parte daquele sistema maior que eles escolheram não faz nada sozinho. Em outras palavras, os componentes isolados que eles trabalharam não são irredutivelmente complexos.
No experimento, apenas resíduos de dois aminoácidos foram modificados, não foram adicionados novos componentes, nem componentes antigos foram removidos continuou Behe. O fato que tais resultados muito modestos são trombeteados deve-se mais, eu suspeito, à antipatia que muitos cientistas têm em relação ao DI do que ao valor intrínseco do próprio experimento.

* CSC Director Stephen C. Meyer’s initial response - 6 de abril de 2006 http://www.discovery.org/scripts/viewDB/index.php…
Se isso é o melhor que o establishment darwinista pode fazer após dez anos tentando refutar a teoria de design inteligente de Behe, então a teoria neodarwinista se encontra num estado sofrível, disse o Dr. Stephen Meyer, diretor do Center for Science & Culture. Na verdade, o caso de Behe fica mais forte com cada tentativa sucessiva de testá-lo por meio de refutação experimental.
* Debating the Controversy that doesn’t exist - Por Paul Nelson - ID The Future, 6 de abril de 2006

http://www.idthefuture.com/…/debating_the_controversy_that_…

O jornalismo científico da FSP não é crítico, moderno, pluralista e nem apartidário!

Fonte:

http://www.scb.org.br/

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A fé vai pra gaveta

A fé vai pra gaveta

No pensamento contemporâneo, a religiosidade é um elemento da vida responsável pelo consolo (apoio psicológico), esperança (na acepção de crença em algo futuro) e fundamento místico (provendo uma ligação com os aspectos irracionais, não-empíricos da existência). Essa maneira de encarar a religião a torna distante de algo verificável, que possa ser entendido em termos de certo ou errado; não há uma crença melhor, ou mais correta. Há simplesmente um determinado tipo de credo que sirva melhor a um paladar e não a outro. Cada vez mais aparecem exemplos que comprovam haver um reducionismo no papel da religião para o homem do século 21. Foi-se o tempo em que a herança judaico-cristã formava a base do pensamento social e da própria cultura.

A religião ganhou a sua própria gaveta – ela não passa de uma pequena esfera incapaz de influenciar a vida como um todo. Quase não se pode apresentar o que se crê em pontos lógicos, porque a crença é difusa, ilógica, utilitária e circunstancial. Tão enfraquecida como está, não é à toa que a religião seja relegada a um papel sem importância, e apenas em nível particular para a maioria das pessoas.

Eventualmente as pessoas se unem em passeatas ou fóruns religiosos, eventos de caráter humanitário capazes de convergir elementos e indivíduos oriundos de culturas religiosas diferentes em uma massa guiada pelos mesmos objetivos.

Assim, enquanto crenças tradicionais perdem seus referenciais na mente de indivíduos no século 21, torna-se mais comum que ocorram esforços no sentido de reunir todos sobre uma fé comum, na qual crenças tradicionais são diluídas em alguns poucos valores aceitos por quase todos: amor/tolerância pelos diferentes, concepção de Deus como sendo Amor (mas sem o senso de Justiça que a Bíblia Lhe atribui), fazer bem ao próximo (causas humanitárias) e a busca da satisfação imediata de problemas de várias áreas da vida através da comunhão mística com Deus (proporcionada pela forma contemporânea de culto, com seus apelos emocionais, discursos subjetivos e o emprego de música popular com a qual as pessoas se identifiquem).

Dentro do quadro descrito acima, não choca mais que algumas pessoas afirmem crer em Deus, conquanto não pautem sua conduta pessoal pelo entendimento tradicional do Cristianismo. Quero destacar um caso que exemplifica a premissa pós-moderna da fé como sendo independente da conduta da pessoa.

Recentemente, a cantora Katy Perry, 23 anos, passou a ser uma das mais populares cantoras de sua geração. A moça, filha de pastor, começou como cantora gospel, mas já declarou em uma de suas músicas sentir-se atraída por uma garota (a canção chama-se “I Kissed a Girl”, ou “Eu beijei uma garota”).

A própria Perry afirma: "Já cantei músicas gospel, sim. Tenho fé, acredito em Deus, acredito que haja algo muito maior do que nós, mas minha perspectiva mudou um pouco."

Katy Perry não é a única que mudou de perspectiva. O engavetamento da fé é um processo admitido por muitos cristãos, em detrimento da perspectiva bíblica. Resta saber até quanto tempo mais uma fé soft se sustentará, a despeito das contradições que possui.

(Blog Questão de Confiança)

domingo, 11 de agosto de 2013

É possível acreditar em Darwin e em Deus, diz pesquisador

Em entrevista a ÉPOCA, o professor de Oxford Alister McGrath afirma que a fé ajuda a explicar o que a ciência não consegue.
LUCIANA VICÁRIA
Alister McGrath e Richard Dawkins, autor do livro Deus, um delírio, têm trajetórias bastante parecidas. Ambos são cientistas de Oxford, estudiosos das ciências naturais e mostram-se abertos a novas formas de pensar, desde que as evidências o levem a isso. A diferença é que o raciocínio lógico levou Dawkins a pregar o ateísmo e McGrath a acolher a fé. Leia, nesta entrevista, como ele considera que a existência de Deus pode ajudar o conhecimento científico.
ÉPOCA - Quando você passou a acreditar em Deus?
Alister McGrath
 - Na juventude estive apaixonadamente persuadido pela veracidade e relevância do ateísmo. Quando fui para Oxford estudar química, comecei a refletir sobre se aquilo faria sentido. Mais tarde conheci Joanna (sua atual esposa) e percebi que a força dos argumentos que levam a Deus é mais satisfatória do que a que leva ao ateísmo.
ÉPOCA - Vocês e Richard Dawkins são amigos?
McGrath
 - Não, somos apenas professores da mesma universidade. Nós estamos presentes em alguns congressos e nos encontramos. Somos cordiais. Mas não posso dizer que somos amigos. Nós nos conhecemos mais pelas publicações que um e outro produziu. E nossas divergências também aparecem no que escrevemos.
ÉPOCA - Você diz que Dawkins se tornou um fanático. Qual a sua suspeita?
McGrath
 - A agressividade de Dawkins é reflexo de sua frustração. Ele passou a ser mais agressivo porque sabe que a religião está cada vez mais presente na vida das pessoas. Ele convoca seus leitores para militar contra a religião e rompe com sua própria argumentação. Seu único argumento é de que a religião não descobriu nenhum indício sobre a existência de qualquer realidade que não seja a natural. É por frustração que ele afirma que toda a religião é perniciosa e deve ser banida da sociedade.
ÉPOCA - Quais seus argumentos para acreditar que Deus existe?
McGrath
 - Neste meu livro, eu realmente não dou argumentos para acreditar em Deus, mas rebato os de Dawkins. A forma como você acredita em Deus dá sentido ao mundo. Acreditar em Deus traz esperança e motivação para se manter vivo e se relacionar com as pessoas.
ÉPOCA - Você acredita na evolução?
McGrath
 - Eu discordo de Dawkins em sua insistência de que a evolução biológica exclui Deus do processo. Não entendo como ele chegou a essa conclusão. Na minha opinião, as duas coisas são compatíveis.
ÉPOCA - As pessoas religiosas têm a moral mais desenvolvida que os ateus?
McGrath
 - Não quero dizer que ateus são pessoas ruins. O que quero dizer é que acreditar em Deus dá habilidade e ferramentas para tratar melhor deste assunto.
ÉPOCA - Dawkins diz que é importante submeter a fé a um exame crítico. Você acredita nisso?
McGrath
 - Sim, acho que isso é uma importante coisa a se fazer. Acredito que todo mundo deveria submeter suas crenças a um exame crítico. Sempre. A razão pela qual sou cristão é porque submeti minhas crenças e descobri que elas não ficavam em pé. Para mim, acreditar em Deus tem razões muito mais robustas.
ÉPOCA - Quando a ciência não pode explicar Deus?
McGrath
 - Penso que a ciência é extremamente efetiva para explicar o mundo natural. Mas quando tenta explicar questões como valores ou significados, não acredito que ela consiga com êxito. Dawkins diz que a ciência pode explicar todas as coisas. Eu digo que acreditar em Deus ilumina partes da vida que a ciência não pode explicar. As duas podem trabalhar muito bem juntas.
ÉPOCA - Você votaria em um candidato ateu?
McGrath
 - Eu não escolheria meu candidato considerando a religiosidade dele. Dawkins exagerou no preconceito. Eu não cultivo o preconceito que ele próprio tem. Há um grande preconceito dentro da universidade, especialmente contra cristãos.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Felicidade diminui risco de câncer de mama

Felicidade diminui risco de câncer de mama

Uma pesquisa realizada por especialistas israelenses sugere que se sentir feliz e ter uma atitude positiva diante da vida pode ser uma arma eficaz na prevenção contra o câncer de mama. A equipe, da Universidade de Ben-Gurion, afirma que mulheres que se dizem felizes têm menos chances de desenvolver a doença, enquanto as que viveram eventos traumáticos estão mais vulneráveis a desenvolver o tumor. Os especialistas entrevistaram mais de 250 mulheres com idades entre 25 e 45 anos, diagnosticadas com câncer de mama.

As pacientes responderam a perguntas sobre sua atitude em relação à vida e se tinham passado por episódios tristes, como a morte de um membro da família ou outro acontecimento traumático. Os resultados foram comparados com as de um outro grupo de voluntárias saudáveis.

Os cientistas observaram que as mulheres que se declararam mais otimistas tinham 25% menos chances de apresentar câncer de mama. “Descobrirmos que o sentimento de felicidade e otimismo tem um efeito de proteção”, disseram os pesquisadores.

Ainda segundo eles, um único evento traumático não influencia no desenvolvimento da doença, mas duas ou mais crises pessoais aumentam os riscos da doença em dois terços.

Os cientistas esclareceram que o fato de as entrevistas terem ocorrido pouco depois do diagnóstico pode ter levado as pacientes a darem respostas “mais nostálgicas e negativas sobre o seu passado”. Mas insistiram que vivenciar mais de um evento traumático é um fator de risco para o câncer de mama.

Os especialistas disseram, entretanto, que a ligação entre o estado mental e os sistemas imunológico e hormonal ainda não é clara e que outros estudos são necessários.

Pesquisas anteriores sugeriram que o estresse pode aumentar os níveis de estrogênio em mulheres, um hormônio que pode desencadear e alimentar o câncer.

(BBC Brasil) 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

MILENAR CRISE ÁRABE-ISRAELENSE

Este trecho foi extraído de um comentário postado no site www.cafetorah.com, sob o título MILENAR CRISE ÁRABE-ISRAELENSE.

Tomo as palavras do Apóstolo Paulo...

“Que diremos pois diante destas coisas?”

O mesmo DNA. Hoje, a genética tem confirmado o mesmo DNA entre árabes e judeus ratificando a veracidade dos relatos do Livro de Gênesis. A propósito, diz Norton Godoy:

“Ninguém estranha quando tem notícia de dois irmãos que vivem às turras. Mas o que dizer de sujeitos que vivem brigando, mas não sabem que são tão irmãos quanto parecem? Ainda mais quando dividem o poder em uma região tão estratégica para o mundo quanto o Oriente Médio. Mas é o que acontece hoje com judeus e árabes. Um ambicioso estudo genético, realizado em conjunto por cientistas dos EUA, de Israel, da Itália, Grã-Bretanha e África do Sul, colheu amostras do DNA de 1.300 homens das duas etnias em 30 países. Estudando o cromossomo Y – aquela herança genética que é passada apenas de pai para filho sem nenhuma modificação –, obteve-se a confirmação científica de que todas as comunidades judaicas espalhadas hoje pelo mundo têm forte parentesco não apenas entre si mas também com palestinos, sírios e libaneses. A pesquisa revela que todos esses povos possuem um ancestral comum: uma população que teria habitado o Oriente Médio há quatro mil anos.


O estudo também mostra que todas essas comunidades judaicas conseguiram manter praticamente intacta sua identidade biológica, mesmo tendo migrado para regiões tão distintas do planeta. Segundo o chefe do Departamento de Estudos Judaicos da Universidade de Nova York, essa pesquisa corrobora os relatos bíblicos segundo os quais uma variedade de famílias do Oriente Médio se originou de um mesmo patriarca”.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

DEUS NA CONSCIÊNCIA DO SER HUMANO

A VOZ DA CONSCIÊNCIA
A ideia da existência de Deus e a necessidade de render-lhe culto é a primeira grande inclinação do espírito e do coração humanos. Elevando o seu pensamento na busca da causa de sua existência e de tudo o que ele contempla no êxtase da admiração, o homem banha a fronte nos raios da glória do Onipotente, e curva-se ante a majestade infinita do seu Criador. Tudo fala de Deus ao seu pensamento e ao seu coração. "Há um Deus", é a voz que ecoa no íntimo de sua consciência. Como diz o inspirado autor de O Gênio do Cristianismo, o francês René Chateaubriand(1768-1848), "as ervas do vale e os cedros da montanha o glorificam, o inseto sussurra os seus louvores, o elefante o saúda ao nascer do sol, o pássaro o canta na folhagem, o raio manifesta o seu poder, e o oceano declara a sua imensidade."

E o homem o adora, fala com Deus em oração. Nota harmoniosa que se ergue da terra para as alturas do infinito, a oração do homem é a sua grande escada para subir a Deus. Porém, a súplica não é somente o impulso do coração desejoso de socorro, de forças e de consolo para as dores do corpo e da alma; ela tem sido, desde os mais remotos tempos, a expressão de uma fé instintiva ou refletida, obscura ou clara, vacilante ou firme, na existência, na presença, no poder e na misericórdia do Deus supremo a quem essa oração é dirigida. Ela é a expressão do sentimento da existência de um laço permanente que une a humanidade ao seu Criador, laço esse cujas raízes se encontram na voz da consciência.

CONSCIÊNCIA: INSCRIÇÃO DE DEUS NA ALMA
A consciência humana é, na verdade, a inscrição que Deus gravou na alma com letras lapidares, inapagáveis, infalsificáveis. Todo homem nasce trazendo dentro de si essa voz interior. Todos os seres humanos, mesmo aqueles de consciência cauterizada, ou que tenham tido uma educação má, ou sejam produto de um meio social corrompido, conhecem o que é certo e o que é errado, e sabem muito bem que ambos não são a mesma coisa. É a consciência que os acusa diante da prática do mal (mesmo que muitos não deem ouvidos a essa acusação) e os aprova pela prática do bem.

Essa diferença entre o bem e o mal é independente da vontade e dos caprichos humanos. O bem, uma vez reconhecido pelo homem como dever, exige cumprimento incondicional — ao mesmo tempo que proíbe absolutamente a prática do mal, por mais belo e sedutor que este se apresente. A consciência nos diz, portanto, que temos obrigação de praticar o bem e de evitar o mal. Ora, se não existe, conforme afirmam os ateus, um ser supremo, infinitamente bom e santo, que aprova o bem e reprova o mal, de onde vem essa voz, ou quem a colocou dentro dos seres humanos?

O senso do dever moral presente em nossa consciência é uma das formas como Deus se manifesta a cada pessoa. O sentimento de obrigação que leva os seres humanos a fazerem aquilo que eles julgam certo é, na verdade, a pressão indireta (em suas consciências) do Criador sobre suas criaturas, impulsionando-as para o bem. Aliás, todos aqueles que conhecem a Deus são esforçados na prática do bem.

Jeremias, profetizando contra Jeoaquim, rei de Judá, fala dos homens de consciência cauterizada, e apresenta um exemplo de alguém que conhecia a Deus — o pai de Jeoaquim:

Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito, que se serve do serviço do seu próximo sem paga, e não lhe dá o salário do seu trabalho. Ele diz: Edificarei para mim uma casa espaçosa, e largos aposentos. De modo que lhe abre janelas, forra-a de cedros e a pinta de vermelho. Reinarás tu, só porque procuras exceder no uso do cedro? Acaso o teu pai não comeu e bebeu, e não exercitou o juízo e a justiça? Por isso lhe sucedeu bem. Julgou a causa do aflito e do necessitado, e por isso lhe sucedeu bem. Não é isto conhecer-me? diz o Senhor (Jeremias 22:13-16).

QUEM NOS IMPULSIONA PARA O BEM?
Ora, segundo o que o próprio Deus declarou em Gênesis 8:21: "... é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade" (ARA), a natureza humana está inclinada para a prática do que é desagradável ao Senhor. Diante disto, somos levados a concluir que aquilo que impulsiona uma pessoa a praticar algo contrário à sua própria natureza, ou seja, o bem, deve obrigatoriamente proceder de alguém que lhe é superior. Se fosse o homem o autor dessa lei, dessa força, ele poderia entregar-se à prática de tudo quanto é ruim, e depois ir dormir tranquilamente. Mas não o pode. Quando o homem deixa de obedecer a essa lei, ouve dentro de si uma voz insistente que o reprova, acusando-o de ter praticado o mal. Essa voz, que ressoa em sua consciência, é mais uma das provas da existência de Deus.

O célebre poeta alemão Johan Wolgang Goethe (1749-1832) escreveu em um de seus poemas:
Baixinho nos segreda Deus no peito, Baixo sim, mas bem claro nos indica O que evitar, o que fazer devemos.

Esse mesmo Goethe perguntou em um trecho de um de seus livros, quando falava sobre a existência de Deus:

"Não sentes no coração a ação de uma força desconhecida que paira à tua volta, visível num mistério invisível? Enche com ela a tua alma, e quando tiveres achado a felicidade neste sentimento, chama-lhe o que quiseres; chama-lhe alegria, paz, amor: eu chamo-lhe Deus!"2

A IDÉIA DA EXISTÊNCIA DE DEUS DENTRO DE NÓS
Portanto, a idéia da existência de um Ser infinito e perfeito foi colocada dentro do homem, essa criatura finita e imperfeita. Essa idéia que todos temos do Ser infinitamente perfeito é que nos faz reconhecer as imperfeições que se acham em todas as criaturas. Pela idéia que temos desse Ser infinito, concluímos que nenhuma coisa, de todas quantas nos cercam, lhe é igual, e somos levados a distinguir o mal e o bem. Essa idéia é a manifestação de Deus dentro de nós. Pois só Deus teria poder para colocar dentro do homem algo que é contrário à sua inclinação, que está acima de sua natureza, e é infinitamente superior ao seu entendimento.

"Eis aqui o espírito do homem (escreveu o filósofo francês Fénelon): débil, incerto, limitado, cheio de erros. Quem tem posto a idéia do infinito e do perfeito em um ser tão limitado e tão cheio de imperfeições? Quem tem posto em mim essa idéia do infinito? Ela está em mim, mas não sou eu.”

Muitos filósofos e teólogos têm falado dessa voz existente na consciência do homem, onde Deus manifesta a sua vontade; têm falado desse ponto em que Deus toca a alma para suspendê-la até ao conhecimento dele. Agostinho, expressando-se à semelhança de um simples pecador destituído da graça de Deus, colocou em seus próprios lábios as palavras que esse pecador, distante dos caminhos eternos, pronunciaria:

Há dentro de mim mesmo uma profundidade que não conheço e que tu conheces, Senhor, profundidade que não é mais que trevas, até converter-se em luz, sob o resplendor de tua face!4

ORAÇÃO ANTES DA MORTE
A oração que se segue foi encontrada no bolso de um soldado norte-americano desconhecido. Ele tombou em pleno campo de batalha, estraçalhado por uma granada. Dele só havia restado, intacta em um de seus bolsos rasgados e ensangüentados, uma folha de papel contendo esta oração em forma de poema. Ora, tendo sido um homem que antes jamais se preocupara com Deus ou com o destino de sua alma na eternidade, o que o teria levado a pensar no seu Criador horas antes de morrer, senão a voz da consciência, e o testemunho da Criação?

Escuta Deus:
Jamais falei contigo.
Hoje quero saudar-te. Bom dia, como vais?
Sabes, disseram que tu não existes,
e eu, tolo, acreditei que era verdade.
Nunca havia reparado a tua obra.
Ontem à noite, da trincheira rasgada por granadas
vi teu céu estrelado
e compreendi então que me enganaram.
Não sei se apertarás a minha mão.
Vou te explicar e hás de compreender.
É engraçado: neste inferno hediondo causado pela guerra
achei a luz para enxergar teu rosto.
Dito isto, já não tenho muita coisa a te contar:
só que... que... tenho muito prazer em conhecer-te.
Faremos um ataque à meia-noite.
Não sinto medo.
Deus, sei que tu velas...
Ah! é o clarim! Bem, Deus, devo ir-me embora.
Gostei de ti, vou ter saudades... Quero dizer:
será cruenta a luta, bem o sabes,
e esta noite pode ser que eu vá bater à tua porta!
Muito amigos não fomos, é verdade.
Mas... sim, estou chorando.
Vês, Deus, penso que já não sou tão mau.
Bem, Deus, tenho que ir. Sorte é coisa bem rara.
Juro, porém: já não tenho medo da morte.5

A voz da consciência, a chamada lei moral, existe dentro de cada ser humano, recriminando-o pela prática de más obras e proclamando a existência de Deus. O orador romano Cícero chamou a atenção de todos para o fato de não existir uma lei natural em Roma, outra em Atenas, outra agora, outra depois, mas uma eterna e imutável lei, que se estende a todos os povos e em todos os tempos. E também de Cícero a seguinte observação:

Os verdadeiros sábios estão sempre convencidos de que a lei moral não é uma invenção humana, mas eterna, e é a regra do Universo... Todo o fundamento da lei moral se acha em Deus, que ordena e que proíbe.6

DESEJO DE ETERNA FELICIDADE
Além de existir dentro do homem essa voz que reprova suas más ações, e a idéia de que acima de nós há um Ser superior e perfeito, devemos nos lembrar também que dentro de toda pessoa existe um desejo de total felicidade. Porém, conforme tem mostrado a experiência humana, não é possível chegar-se à plena felicidade aqui na Terra. Deve existir então alguma coisa ou um Ser capaz de satisfazer essa sede de felicidade, pois a natureza não criaria algo impossível de ser atingido. Conclui-se, portanto, que a felicidade pela qual todos anseiam, existe. Não nas coisas criadas, e sim fora deste mundo há um Ser com totais poderes de satisfazer plenamente o desejo de felicidade dos seres humanos. Este ser é Deus.

Foi ele quem colocou no coração do homem o desejo de felicidade eterna. E por esse motivo que o ser humano vive sempre faminto de algo que está além do mundo e muito acima dele mesmo. Na tentativa de satisfazer esse anseio, muitas vezes as pessoas mergulham nos prazeres que o mundo lhes oferece; porém, no fim de tudo elas sempre se sentem frustradas, e reiniciam sua busca de felicidade eterna, como um prisioneiro que mede todos os limites de sua prisão, e conta, com impaciência, todas as horas do seu exílio.

O homem buscará a Deus em todos os tempos, por todos os caminhos e no mais profundo de sua consciência. Porém, apesar de estar ciente de que a Natureza, além de o sustentar com suas dádivas e sua força, tem sido dominada em parte pela tecnologia e está a serviço da humanidade, o homem sabe que através dela não conseguirá descobrir qual é a finalidade de sua existência. Na própria sociedade onde vive, e na qual busca proteção, ele reconhece que corre perigo de ser aniquilado. Nela, o homem também não conseguirá saber qual é a razão de sua vida.

Se o ser humano tivesse sido dotado de poderosas asas que lhe permitissem voar, certamente seu desejo de desvendar o Mistério o conduziria às moradas do Altíssimo, às regiões superiores onde vive Aquele que exerce domínio sobre todas as coisas. Sua consciência lhe diz que há um Deus soberano, oculto na obscuridade do Mistério, mas sua inteligência limitada, finita, não pode chegar até ele. O escritor francês Littré expressou esse desejo e essa insatisfação do homem ainda não alcançado pela graça, ao escrever: "O Absoluto, o Infinito é como um oceano que vem bater às nossas praias, para o qual não temos nem barcos nem asas."

Porém, esse "barco", essas "asas" de que fala Littré poderão ser dadas ao homem por Jesus Cristo. Ele é a maior revelação de Deus à humanidade, a única resposta a todos os anseios do ser humano, o único caminho que conduz a Deus: "... Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim", disse Jesus (João 14:6). Deus fez uso de vários meios para testemunhar de sua existência ao homem, mas de nenhum desses meios ele fez um caminho de salvação, a não ser através de seu Filho Jesus Cristo, o Salvador da humanidade.

Até aqui temos visto que, profunda e desconhecida, a voz da consciência tem sido uma das maneiras através da qual Deus tem-se revelado ao ser humano, assim como tem-se revelado no sentimento religioso dos povos e nas obras de suas mãos existentes no Universo. É necessário, porém, examinarmos no próximo capítulo, se a primeira idéia que os homens tiveram acerca da divindade estava relacionada com um único Deus ou com vários deuses. Ou seja: qual foi a crença inicial? A da existência de um Deus, ou a da existência de vários deuses?

Se os descendentes do primeiro casal, até uma determinada geração, temiam e curvavam-se diante da idéia de um Deus único e verdadeiro, como surgiram ou quem inventou os outros deuses? É o que estudaremos a seguir.

Encerramos citando a bela oração do escritor inglês Martineau (1802-1876): “O Deus, que és, que eras e que hás de ser, perante as gerações que se levantam e passam; de geração em geração os vivos te buscam, e sabem que tua fidelidade não tem fim. Tu, fonte única da paz e da justiça, tira o véu de todo o coração, e une a todos nós em verdadeira comunhão com os teus profetas e santos, que confiaram em ti e não foram decepcionados”.

Bibliografia:
1. René Chateaubriand. O Gênio do Cristianismo. Tradução de Camilo Castelo Branco. 3a edição, Porto, Cruz Coutinho, 1874, Vol. 1, p. 102.
2. J. Pantaleão dos Santos. Op. Cit. p. 72.
3. François de Fénelon. Op. Cit. p. 83.
4. Aurélio Agostinho citado por August Gratry, in De Ia Con-naissance de Dieu. Huitiéme edition. Tome Premier, P.Téqui, Libraire-Editeur, Paris, 1903, p. 238.
5. Raimundo Cintra e Rose Marie Muraro. Op. Cit. p. 139.
6. Marco Túlio Cícero, no livro De Legibus, II, 4, apud Fran-cesco Gaetani. Op. Cit. p. 143.
7. Segundo citação de Leonel Franca, in O Problema de Deus. 2- edição, Rio de Janeiro, Livraria Editora Agir, 1955, p. 58.

Fonte:

"Provas da Existência de Deus"; Jefferson Magno Costa; editora Vida; pg.37-43.