domingo, 31 de janeiro de 2016

Jonas foi engolido por um peixe ou uma baleia?


Jonas foi engolido por um peixe grande.
Jn 1:17 - Deparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.

Jonas foi engolido por uma baleia.
Mt 12:40 - pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra.

-----------------------------------------------------------------------------

Descontradizendo:

Comentário da Bíblia de estudo NVI:
"O hebraico aqui e a palavra grega de Mt 12:40 são termos genéricos usados em referência a um peixe grande, não necessariamente a uma baleia. A palavra grega não significa "baleia", mas "criatura marítima", isto é, algum grande peixe".


Ou então simplesmente "O Senhor fez com que uma grande criatura marinha engolisse Jonas, e ele ficou dentro da criatura marinha três dias e três noites".

sábado, 30 de janeiro de 2016

A. J. (Monty) White: Probabilidade

Examinemos essa hipótese da origem da vida por acaso, a partir de moléculas orgânicas inanimadas.

Suponhamos que temos 20 aminoácidos distintos, e que desejamos construir aleatoriamente uma pequena proteína de 100 aminoácidos distribuídos numa determinada seqüência. Nesse caso, há um total de 20100 ou 10130 configurações possíveis para essa proteína. A hidrosfera terrestre (12) tem a dimensão de 1,37 x 109 quilômetros cúbicos, contendo cerca de 1047 moléculas (13).

Vamos supor agora que o oceano terrestre prebiótico fosse das mesmas dimensões que a atual hidrosfera, mas que ao invés de conter 1047 moléculas de água, contivesse l047 moléculas dos aminoácidos considerados, o que não deixaria de ser um caldo primordial bastante concentrado, considerando-se que, de acordo com os evolucionistas químicos, teriam sido necessários 3 x 108 anos para que os oceanos terrestres abiogênicos desenvolvessem uma solução de 1% de matéria orgânica (14).

Suponhamos, então, que todos esses aminoácidos se combinassem para formar uma molécula de proteína de 100 aminoácidos em cada segundo. Isso produziria l045 proteínas por segundo. Um ano tem cerca de 3 x 107 segundos, ou, arredondando-se, 108 segundos. Assim, seriam formadas cada ano 1053 proteínas com 100 aminoácidos.

Embora variem as cosmologias, muitos evolucionistas sustentam que a Terra se condensou de uma nuvem de poeira há cerca de 4,5 a 4,8 x 109 anos (15). Mesmo supondo que fosse há 1010 anos, isso significaria que, durante todo esse período de tempo, ter-se-iam formado 1063 proteínas de 100 aminoácidos.

Isso, entretanto, ainda seria 1067 vezes menor do que as 10130 configurações possíveis, o que significa que é de 1 para 1067 a probabilidade de formar-se por acaso, durante 1010 anos, uma simples proteína de 100 aminoácidos, com 20 aminoácidos distintos, a partir dos oceanos da Terra compostos de tão somente aqueles 20 aminoácidos!

Os evolucionistas químicos, como Lemmon, já citado, insistem entre tanto que moléculas orgânicas inanimadas compuseram-se por acaso para formar organismos vivos, no intervalo de cerca de 109 anos. Para que no exemplo anterior pudesse ser produzida a proteína de 100 aminoácidos no período de 109 anos, os aminoácidos deveriam combinar-se diferentemente cerca de 1068 vezes por segundo!

Referências:
(12) Water (in) Van Nostrand's Scientific Encyclopedia. 1947. D. Van Nostrand Company, Inc. New York.
(13) Com a hipótese de que a densidade da água seja 1 g/cm3, e que 1 molécula de água pese 3.10-23 g.
(14) Shklovskii, I. S. and C. Sagan. 1966. Intelligent life in the universe. Holden-Day, Inc., San Francisco, Calif., p. 233.

(15) Tilton, G.R. and R.H. Steiger. 1965. Lead isotopes and the age of the earth, Science, 150:1805-1808.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Em qual geração afinal Jesus voltará?


 Respondendo:
Para ficar mais claro, comentarei cada texto dentro do seu contexto para vermos de que trata a palavra geração dentro dele.

Vamos primeiro ao contexto de Mt 24:
1 – ”Jesus saiu do templo e, enquanto caminhava, seus discípulos aproximaram-se dele para lhe mostrar as construções do templo”.
2 – “Vocês estão vendo tudo isto?”, perguntou ele. “Eu lhes garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas”.
3 - ”Tendo Jesus se assentado no monte das Oliveiras, os discípulos dirigiram-se a ele em particular e disseram: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?”
4 – ”Jesus respondeu: “Cuidado, que ninguém os engane.
5 – ”Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo!’ e enganarão a muitos”.
6 – ”Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, [b ]mas ainda não é o fim”.
7 - ”Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá fomes e terremotos em vários lugares”.
8 – ”Tudo isso será o início das dores”.
9 – “Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa”.
10 – ”Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros,”
11 – ”e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos”.
12 – ”Devido ao aumento da maldade, [b ]o amor de muitos esfriará,”
13 – ”mas aquele que perseverar até o fim será salvo”.
14 – ”E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.
15 – “Assim, quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’, do qual falou o profeta Daniel, no Lugar Santo quem lê, entenda”
16 – ”então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes”.
17 – ”Quem estiver no telhado de sua casa não desça para tirar dela coisa alguma”.
18 – ”Quem estiver no campo não volte para pegar seu manto”.
19 – ”Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para as que estiverem amamentando!”
20 – ”Orem para que a fuga de vocês não aconteça no inverno nem no sábado”.
21 – ”Porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá”.
22 – ”Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria; mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados”.
23 – ”Se, então, alguém lhes disser: ‘Vejam, aqui está o Cristo!’ ou: ‘Ali está ele!’, não acreditem”.
24 – ”Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos”.
25 – ”Vejam que eu os avisei antecipadamente”.
26 – “Assim, se alguém lhes disser: ‘Ele está lá, no deserto!’, não saiam; ou: ‘Ali está ele, dentro da casa!’, não acreditem”.
27 – ”Porque assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, assim será [b ]a vinda do Filho do homem”.
28 – ”Onde houver um cadáver, aí se ajuntarão os abutres”.
29 – “Imediatamente após a tribulação daqueles dias“ ‘o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu, e os poderes celestes serão abalados’”.
30 – “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e
grande glória”.
31 – ”E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”.
32 – “Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo”.
33 – ”Assim também, quando virem todas estas coisas, saibam que ele está próximo, às portas”.
34 – ”Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas estas coisas aconteçam”.
35 – ”Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão”.

Conclusão de Mt 24:
Jesus está claramente falando de um tempo que se estenderia até a Sua segunda vinda. O fator final é a Parousia!

A geração de que Jesus está falando, é a geração dos eleitos. Observem estes versículos:
22 – ”Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria; mas,por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados”.
31 – ”E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”.
34 – ”Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas estas coisas aconteçam”.
Ele fala que não haveria a necessidade destas coisas acontecerem se não fosse pelos eleitos. É por causa dos eleitos que estas coisas serão toleradas.

Uma parafrase do texto seria:
"Eu lhes asseguro que não passará os eleitos até que todas estas coisas aconteçam".

Ou seja, Estas coisas somente acontecerão até que todos os eleitos sejam redimidos.
Jesus certamente não estava falando da geração dos apóstolos, ou da igreja do primeiro século. Pois se estivesse, teríamos que afirmar que se trata de uma falsa profecia. Portanto, teríamos que dizer que Jesus errou.

Porém, como o fator finalizante que evidencia a profecia é a Parousia, certamente a geração a qual se refere é a geração de todos os eleitos, e não uma geração de 40 anos.

Leia também:
I Pe 1:1 - "aos eleitos de Deus,...".

2 Pe 2:9 - "Vocês, porém, são geração eleita,...".

Será que Pedro está se referindo apenas a geração do seu tempo, ou a todos os eleitos de todos os tempos desde Adão?

Jesus por tanto, está se referindo como "geração", a toda a Geração Eleita nEle.

Lucas 1:48:
''Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,''

Idem acima, ou seja, a geração dos eleitos a chamarão de bem-aventurada. Pois, se Maria estivesse se referindo literalmente a todas as gerações, mesmo as do mundo secular não alcançado, ela teria dito algo pouco provável. Pois, até os dias de hoje existem gerações inteiras em países não alcançados pelo Evangelho que jamais ouviram falar dela. Porém, onde o Evangelho adentrou, os eleitos a consideram bem-aventurada!

At 2:40 - "Com muitas outras palavras os advertia e insistia com eles: “Salvem-se desta geração corrompida!”.

Observem o versículo anterior:
39 - "Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus, chamar”.

O texto está novamente falando dos eleitos, daqueles que Deus chama. Por tanto, quando Pedro fala "desta geração corrompida", está falando dos não-eleitos.

At 13:36 - “Tendo, pois, Davi servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com os seus antepassados e seu corpo se decompôs".

Aqui é óbvio que está falando literalmente da geração de Davi, e não dos eleitos.

Ef 3:5 - "Esse mistério não foi dado a conhecer aos homens doutras gerações, mas agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Deus,"
Está falando literalmente das gerações passadas que não tinham a revelação completa como agora os apóstolos tinham em mãos

Conclusão Geral:
O significado da palavra geração dependerá do contexto em que se encontra a palavra. Não tem como dizer que toda vez que aparece a palavra geração na Bíblia, está se referindo a mesma coisa.

Pipe
___________________

Cooperação de Gato Crente:
Mat 12:41 - Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas.

Mat 12:42 - A rainha do meio-dia se levantará no dia do juízo com esta geração, e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis que está aqui quem é maior do que Salomão.

Notem que os ninivitas e a rainha RESSURGIRÃO/ se levantará (((COM))) ESTA GERAÇÃO.

Se o julgamento final acontecesse na geração dos contemporâneos de Jesus, Jesus teria dito:
OS NINIVITAS RESSURGIRÃO NESTA GERAÇÃO.
A RAINHA SE LEVANTARÁ NESTA GERAÇÃO.
Argumento massacrado!
____________________________________________________
Por Caio Fábio:

"Ele não está falando da sua segunda vinda, porque a sua segunda vinda não é para alguns de seus discípulos; é para todos. A sua segunda vinda encerra a morte, e o Mestre está aqui dizendo que eles não vão morrer antes de ver o Reino. Significa que, depois que vissem, iriam morrer".

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Jesus, Maria e José foram para o Egito ou Nazaré?


Eles foram para o Egito depois do nascimento de Jesus.
Mt 2:14 - E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito.

Eles foram para Nazaré depois do nascimento de Jesus.
 Lc 2:39 - E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para a sua cidade de Nazaré.

----------------------------------------------------------
Descontradizendo:
Lucas não menciona:
1. A vinda dos magos;
2. O perigo da parte de Herodes;
3. A fuga para o Egito e a volta de lá.

Lucas propositalmente não menciona este intervalo entre Belém, Jerusalém, Egito e Nazaré. Ele menciona apenas Belém, Jerusalém e direto para a Galiléia. Isto não significa que não houve o intervalo do Egito. Mas, simplesmente por razões que desconhecemos, ele omitiu o intervalo no Egito.

Porém, devemos considerar Mt 2:22-23 - "E, ouvindo que Arquelau reinava na Judéia em lugar de Herodes, seu pai, receou ir para lá; mas, avisado em sonhos por divina revelação, foi para as regiões da Galiléia. E chegou e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno".

Ou seja, Mateus revela que Jesus voltou do Egito para Nazaré. Portanto, ambos concordam que Jesus viveu sua infância em Nazaré.

Diante disto, fica implícito que Herodes morreu logo em seguida ao advento do infanticídio provocado nas redondezas de Jerusalém e Belém por sua ordem. Portanto, Jesus não permaneceu muito tempo no Egito. O tempo de permanência dele no Egito pode ter sido de dias ou meses apenas, vejam Mt 2:21 - "Então, ele se levantou, e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel".

Jesus ainda era menino quando voltou para Israel. Lucas olhando para este advento, não achou necessário citar o período em que Jesus permaneceu no Egito.

Outra consideração que deve ser vista, é a de que Mateus explora em todo o seu escrito, as profecias cumpridas em Cristo. Ou seja, mostrar que Jesus de Nazaré era o Rei Messias da profecia hebraica. Já Lucas tem em mente apenas um relato histórico daquilo que testemunhas oculares relatavam a respeito de Jesus. E nesta compilação de testemunhos, não houve a inclusão do período no Egito.

Conclusão:
Não há nenhuma contradição. São dois relatos que trazem propósitos e pontos de vista diferentes um do outro. Mateus tinha a necessidade de ser preciso nas descrições mais minuciosas a respeito das profecias messiânicas que deveriam se cumprir no Cristo. Lucas não tinha isto em mente. Lucas poderia se dar ao direito de omiti-las. Porém, Mateus, deveria estar atento a tudo o que a Antiga Aliança revelava a respeito do Messias. E isto ele fez com precisão, evidenciando que Jesus era de fato o que dizia de si mesmo: O Messias!


Pipe

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A quem Deus se dirigiu no batismo de Jesus?


No batismo dele, Deus se dirigiu a Jesus diretamente.
Mc 1:11 - E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em quem me comprazo.

Lc 3:22 - e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido.

Deus se dirigiu à aqueles que testemunharam o batismo de Jesus.
Mt 3:17 - E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

----------------------------------------------------
Descontradizendo:
São relatos diferentes e não contraditórios. Pois segundo o relato, quem estava ali ouviu a voz dizendo o que disse. Deus pode ter dito as duas coisas, uma vez direcionada ao Filho, outra para quem estava ali.

Marcos e Lucas tratam de quando Deus se dirige ao Filho. Já Mateus relata quando Deus se dirige aos demais que ouviam a sua voz.

Pipe

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

José era o pai de Jesus?


 José era o pai de Jesus.
At 2:30 - Sendo, pois, ele profeta e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono,

13:23 - Da descendência deste, conforme a promessa, levantou Deus a Jesus para Salvador de Israel,

Rm 1:3 - acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,

II Tm 2:8 - Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho;

Hb 2:16 - Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão.

Ap 22:16 - Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da manhã.

José não era o pai de Jesus.
Mt 1:18 - Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.

22:45 - Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é seu filho?

Mc 12:35-37 - E, falando Jesus, dizia, ensinando no templo: Como dizem os escribas que o Cristo é Filho de Davi? O próprio Davi disse pelo Espírito Santo: O Senhor disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Pois, se Davi mesmo lhe chama Senhor, como é logo seu filho? E a grande multidão o ouvia de boa vontade.

Lc 1:31-35 - E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.

---------------------------------------------------------
Descontradizendo:

R: Maria também era descendente de Davi. E Jesus foi gerado nela. Portanto, segundo a carne era de fato de descendência de Davi.

Conclusão:

Não há nenhuma contradição!

domingo, 24 de janeiro de 2016

Historicidade de Lucas é Inquestionável

Sir William Ramsey, St. Paul the Traveller and Roman Citizen [São Paulo o Viajante e Cidadão Romano] (Grand Rapids, Michigan: Baker Book House reprint; 1949 das palestras de 1894). Com a intenção de desacreditar os escritos de Lucas, no último século, este hostil estudioso viajou por todo o Mediterrâneo. Mas ele se impressionou ao descobrir que seus achados arqueológicos confirmavam a plena exatidão dos costumes, locais, e títulos governamentais (e.g. “magistrados” Atos 16:35; "procônsul" Atos 18:12) que Lucas tinha mencionado. Estes variavam grandemente de região para região. Ramsey conclui, "Grandes historiadores são os mais raros dos escritores...[Eu reconheço Lucas] entre os historiadores de primeira classe." (pp. 3-4).

“Os primeiros pregadores do evangelho reconheciam o valor do testemunho de primeira mão,e repetidas vezes fizeram uso dele.’Somos testemunhas destas coisas’ era a afirmação constante e confiante que faziam. E, ao contrário do que parecem pensar alguns escritores, não teria sido absolutamente fácil inventar palavras e obras de Jesus naqueles primeiros dias, quando tantos discípulos estavam por ali espalhados, os quais poderiam lembrar-se do que tinha e do que não tinha acontecido.”
Fonte: Bruce, Frederick Fyvie - Merece Confiança o Novo Testamento? p. 33

A.N. Sherwin-White, Roman Society and Roman Law in the New Testament [A Sociedade Romana e o Direito romano no Novo Testamento] (Oxford, 1963). Sherwin-White é um renomado historiador de Oxford que escreve: "é impressionante que enquanto os historiadores greco-romanos vêm crescendo em confiabilidade, o estudo das narrativas dos evangelhos no século XX, partindo de materiais não menos promissores, tem dado uma curva tão sombria no desenvolvimento da crítica de forma... que o grau de confirmação, em termos greco-romanos, é menor para os evangelhos que para [O Livro de] Atos, devido... a diferenças em sua localização regional. Tão logo Cristo entra na órbita romana de Jerusalém [e.g., Herodes e Pôncio Pilatos] a confirmação se inicia. Para Atos [escrito por Lucas], a confirmação de historicidade é assombrosa." (p. 107f).

O mais perto que pudemos chegar dos documentos originais de cada um dos escritores seculares clássicos mencionados foi entre 900 e 1300 anos. Por outro lado, o Fragmento do Novo Testamento “João Rylands”, contendo João 18:31-33, tem sido datado já por volta de 115 D.C. Manuscritos completos do Novo Testamento podem ser datados dentro de 300 anos de seu fechamento. Livros virtualmente completos do Novo Testamento, bem como fragmentos extensos, podem ser datados até 100 anos de seu desfecho. Aproximadamente o Novo Testamento inteiro pode ser encontrado em citações dos escritores cristãos primitivos. Veja Frederick Fyvie Bruce, The New Testament Documents: Are They Reliable? [Os Documentos do Novo Testamento: São Confiáveis?] (Downer's Grove, IL: InterVarsidade Press, 1972), p. 14f.

O historiador militar C. Sanders aponta três testes em seu Introduction to Research in English Literary History [Introdução à Pesquisa em História Literária Inglesa] (New York: Macmillan, 1952), p. 143f. E Behan McCullagh cita sete fatores como critério para análises de documentos históricos. Utilizando-se desses grupos de critérios, João Warwick Montgomery e William Lane Craig respectivamente, defendem os relatos evangélicos da vida, morte, e ressurreição de Jesus de modo inequívoco. O conhecido historiador clássico de Oxford, Michael Grant, escreve, "Se nós aplicarmos os mesmos critérios que nós aplicaríamos a fontes literárias antigas, as evidências são firmes e plausíveis o bastante para levar à conclusão de que o túmulo foi realmente achado vazio." E Paul Meier escreve, "Se todas as evidências forem pesadas cuidadosa e justamente, é realmente justificável, segundo o cânones de pesquisa histórica, concluir que [o túmulo de Jesus] estava verdadeiramente vazio... E ainda nenhuma sombra de evidência fora encontrada em fontes literárias, epígrafe, ou arqueologia que pudesse contrariar esta afirmação."
.

sábado, 23 de janeiro de 2016

SOBRE A BÍBLIA, FACTOS CIENTÍFICOS E A TERRA PLANA (RESPOSTA A UM ATEU)

No post “Treta da Semana: A Ciência confirma a Bíblia” do blogue “Que Treta”, o autor diz que em Isaías 40:22 a Bíblia afirma que a Terra é um círculo plano e achatado. Na verdade, este versículo não lhe é suficiente para tirar esta conclusão e tem de recorrer a outros versículos… e vocês já sabem o que acontece, normalmente, quando o ateu fala de versículos bíblicos.

Isaías 40:22 usa o termo hebraico «chuwg», literalmente círculo ou compasso (2). Isto está de acordo com a mitologia hebraica, que imaginava a Terra como um círculo plano.

No hebraico, a palavra “círculo” é chuwg e também significa “circuito” ou “compasso”, dependendo do contexto. É uma palavra que indica algo circular, redondo e não algo achatado ou quadrangular, como os ateus sugerem.
O hebraico não tem uma palavra específica para “esfera”, isto é, um círculo tridimensional. Não quer isto dizer que os hebreus não estivessem familiarizados com o conceito de esfericidade (eles comiam romãs, por exemplo (Números 13:23)), mas simplesmente não viram necessidade de criar uma segunda palavra para isso.
Portanto, dizer que Isaías 40:22 afirma que a Terra é uma pizza achatada é apenas interpretação do ateu, na medida em que, quanto muito, o versículo só refere um padrão circular e não uma forma ou formato.

Jó 38:12-14 diz «Desde que começaram os teus dias, deste tu ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar, para que agarrasse nas extremidades da Terra, e os ímpios fossem sacudidos dela? A Terra se transforma como o barro sob o selo». Nem a esfera tem extremidades para agarrar nem o barro sob o selo fica esférico.

Aqui é outro exemplo onde a firewall anti-Deus está a funcionar na perfeição. O ateu só considera aquilo que lhe interessa. Deixem-me perguntar uma coisa: a madrugada pode agarrar o que quer que seja? Óbvio que não. Então, a linguagem utilizada aqui é poética. Seria fácil de descortinar, caso a mente do ateu não estivesse tão programada contra Deus.

Em Mateus 4 o diabo leva Jesus a uma montanha alta de onde se podem ver todos os reinos da Terra

Vamos considerar o argumento do céptico, para mostrar o ridículo das suas afirmações. Se uma pessoa do tempo de Jesus pensasse que a Terra era plana… essa pessoa acreditaria que poderia ver todas as nações colocando-se numa montanha muito alta? Qual a diferença de a Terra ser plana ou redonda, no relato bíblico de Mateus 4? Plana ou redonda, é impossível ver toda a Terra colocando-se numa montanha alta, mesmo que não haja obstrução da paisagem, e os antigos sabiam disto muito bem, uma vez que viajavam a pé e as suas jornadas duravam, por vezes, vários dias.

Independentemente da opinião que o ateu tenha sobre a Bíblia e sobre Jesus Cristo, a verdade é que era impossível o sobrenatural estar ausente deste encontro entre Jesus e o diabo.

(1) De que maneira o diabo encontraria Jesus no deserto (Mateus 4:3)? GPS?
(2) Como o diabo levaria Jesus até ao ponto mais elevado do templo (Mateus 4:5)? Escada? Andaime?
(3) Como o diabo colocaria Jesus em um monte muito alto (Mateus 4:8)? Helicóptero? Alpinismo?

A descrição de Mateus acerca do encontro entre Jesus e o diabo envolve o sobrenatural. Então, como o diabo mostrou a Jesus “todos os reinos do mundo e a glória deles”? A resposta parece óbvia: Através do sobrenatural.

e Daniel 4 relata uma visão de uma árvore tão alta que dela se podia ver o fim de toda a Terra.

A passagem de Daniel 4 trata-se de uma afirmação de um rei pagão (babilônico) e não quer dizer que a Bíblia apoie essa visão. Para além do mais, Nabucodonosor está a descrever um sonho que teve. Os sonhos não têm que traduzir necessariamente uma imagem da realidade. O sonho do rei babilônico não é mais do que o sonho das sete vacas magras e sete vacas gordas do Faraó (Gênesis 41).

Ao dizer “Daniel 4 relatava uma visão de uma árvore tão alta que dela se podia ver o fim de toda a Terra”, o ateu passa a ideia de que esse relato foi transmitido como sendo algo histórico, mencionado pelo profeta Daniel. Nem uma coisa nem outra! E nós sabemos que os cépticos engolem tudo o que se lhes diga contra a Bíblia, sem irem confirmar nada.

Por outro lado, séculos antes do cristianismo já os gregos tinham demonstrado que a Terra era esférica, e a partir daí foram raras as pessoas cultas que julgavam a Terra plana.

Calculo que por “antes do cristianismo” o autor esteja a referir-se aos tempos imediatamente após a vida de Jesus Cristo na Terra. Se assim for, a afirmação do autor está correta. Mas o que o autor se esquece de referir é que o livro de Isaías foi escrito entre 740 e 680 A.C., ou seja, pelo menos 300 anos antes de Aristóteles ter sugerido, em “Sobre os céus”, que a Terra tinha a forma de uma esfera.

o Rodrigo diz que a Bíblia e a ciência moderna recomendam que «[q]uando se lida com doenças, as mãos devem ser lavadas em água a correr». Mas o que a ciência recomenda é um bactericida eficaz. E a Bíblia diz que as doenças são castigo divino. Não é a lavar as mãos que alguém se safa disso.

Uma vez que o autor já mostrou que não considera os contextos dos versículos bíblicos, ficarei à espera que ele indique o(s) versículo(s) que afirma(m) isso, bem como a explicação do porquê (contexto). Só assim se poderá comentar.

A ciência diz para usarmos bactericida, e isso é conhecimento porque inclui a explicação que as mãos têm bactérias, que as bactérias se propagam, que a sua propagação causa doenças e até quais bactérias causam quais doenças. Essa rede de hipóteses interligadas e justificadas é conhecimento. A Bíblia não tem nada disso. O Rodrigo refere Levítico 15:13, «Quando, pois, o que tiver o fluxo e ficar limpo do seu fluxo, contará para si sete dias para a sua purificação, lavará as suas vestes, banhará o seu corpo em águas vivas, e será limpo.» Isto não é conhecimento nenhum. É um ritual religioso. Não explica, não informa, não diz por quê nem para que fim.

É engraçado notar que aqui o autor já está preocupado com um contexto. O autor esquece-se que as ordens foram dadas por Deus, e quem melhor que Ele para conhecer todas as coisas? De resto, mesmo que fosse um ritual religioso, não invalida o facto de a prática de lavar as mãos estar referida na Bíblia como uma prática de higiene, muito antes de as bactérias serem conhecidas pelo ser humano.

Para terminar, a respeito da terra achatada, há uma declaração de Jesus que os ateus nunca usam quando abordam o assunto de a Bíblia dizer que a Terra é plana. As palavras de Jesus a respeito da sua segunda vinda (Lucas 17:34-35 e Mateus 24:40-41) não fazem sentido, se a Terra fosse plana. Numa Terra plana, o sol nasce para todos ao mesmo tempo. Não esperarias pessoas a dormir de noite, enquanto outros trabalhavam no campo.

“O norte estende sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada.” (Jó 26:7)

Adenda às 17h26 de 13 de Outubro de 2008: O leitor Mário Miguel disse que a minha afirmação de que “o hebraico não tem uma palavra específica para “esfera”, isto é, um círculo tridimensional” é falsa. Acrescentou:

As palavras “círculo” existe em hebraico e “círculo” “esfera” em hebraico são duas inequivocamente distintas:
Círculo: chuwg (חוג)
Esfera: duwr (דור)

No entanto, a palavra duwr não significa esfera, mas sim “bola” ou, igualmente, “círculo”. O mesmo céptico poderia aqui dizer que se Isaías quisesse dizer que a Terra é redonda, ele teria utilizado esta palavra em vez de chuwg. Contudo, esta palavra não significa mais esfericidade do que aquela que Isaías utilizou em 40:22, uma vez que também é utilizada para se referir a um círculo ou um circuito:

“Acamparei contra ti em redor, e te sitiarei com baluartes, e levantarei tranqueiras contra ti.” (Isaías 29:3)
Como era suposto um exército acampar em forma de esfera à volta de uma cidade? Iam soldados para debaixo da terra e outros espalhados pelo ar?


Com base nisto, a palavra duwr refere um padrão circular e não necessariamente uma determinada forma ou formato.

Fonte:

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Gn 1:1: "No princípio Deus...".

Esta é uma das declarações mais marcantes da história. No princípio Deus... (Gênesis 1:1). Não o princípio de Deus, mas sim o princípio daquilo que nós criaturas chamamos de realidade: a nossa realidade.
A existência do ser de Deus ultrapassa os limites dessa nossa realidade, a saber, o tempo, o espaço, a matéria e a energia.
“No princípio (origem do tempo) criou Deus os céus (origem do espaço) e a terra (origem da matéria)”.
(Gênesis 1:1) Portanto, Deus está acima de toda e qualquer investigação científica, estabelecida nos moldes dessa nossa realidade.
Perguntas como: Quem criou Deus? ou Quando Deus “apareceu”?, só fazem sentido dentro da nossa realidade, mas não dentro da realidade final que é a de Deus.
Ele não foi criado. Caso tivesse sido, Ele não seria Deus, mas sim uma criatura. Deus não “apareceu”. O tempo, sim, é que veio a existir porque Deus o criou.
Uma pergunta que exemplifica a diferença entre a realidade humana e a realidade divina, em termos científicos, é: Deus usou (no sentido de gastar) energia para criar a energia disponível no universo?
Segundo a nossa realidade, para Deus criar energia Ele teria que ser ou ter energia, o que a Bíblia ensina claramente não ser o caso (João 4:24).
Então como entender dentro deste contexto a lei da conservação que diz que na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma? Esta é uma das leis criadas por Deus para que dentro da nossa realidade o universo criado pudesse funcionar segundo o planejado. (Compare Eclesiastes 3:14 com esta lei – Lei de Antoine Lavoisier).
Gênesis 1:1 nos ensina que Deus criou todas as coisas do nada (criação ex-nihilo). Ele não começou com alguma coisa para então aperfeiçoá-la ou moldá-la. Não havia nada disponível para que Ele usasse, nem mesmo o tempo. No entanto, o universo é resultado do ato criador de Deus, portanto, o universo traz em si mesmo características inerentes do Deus Criador.
Romanos 1:20 nos diz:
“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas...”
A expressão “por meio das coisas que foram criadas” é a tradução de uma só palavra grega: poiema. A mesma palavra que deu origem à palavra poema na língua portuguesa.
Colocando de uma forma prática, toda a criação é o “poema” de Deus. Sendo assim, a natureza é um grande “outdoor” de Deus para as suas criaturas. Ela demonstra as qualidades do Deus Criador por meio do design inteligente e intencional tão claramente visto na natureza através da complexidade de cada organismo vivo e da complexidade das interações de cada organismo vivo com o meio ambiente onde este se encontra. Tudo interagindo em perfeita harmonia. Tudo funcionando em perfeita sintonia. Tudo funciona assim por uma única causa: "No princípio Deus..."
Deus: a causa primeira e a causa única.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Lei da Biogenética: Criação X Evolução

A Argumentação Evolutiva:
Resumo da Lei Biogenética:
"Toda criança nascida neste mundo tem a sua origem numa célula única em estado embriônico e, através de uma séria de transformações, torna-se um ser completo. As mudanças operadas no desenvolvimento do embrião reproduzem, exatamente, cada um dos estágios representados pelo conceito darwiniano do desenvolvimento do protozoário ao ser humano, e cada etapa é claramente distinta no progresso do embrião. A célula única se transforma num peixe completo, com a abetura das guelras; o peixe se torna um lagarto, o lagarto passa a ser pássaro, o pássaro se transforma em macaco e, então, chega a ser gente".
Esta teoria foi engendrada pelo zoólogo Haeckel.
--------------------------------------------------------------
Discordantes:
"Provavelmente, uma das mais propaladas falácias da recapitulação diz respeito ao fato de que, em determinado estágio do desenvolvimento, o embrião humano possui (como o embrião de muitos mamíferos), estruturas que superficialmente se parecem com guelras dos peixes. Estas características embrionárias, tidas erradamente como "bolsas de guelras" ou "aberturas de guelras", repetiriam ou recapitulariam, segundo a teoria, o estágio do peixe em nossa evolução. Contudo, este não é exatamente o caso. É verdade que uma série de cinco saliências estreitas e compridas estão presentes nos embriões de mamíferos, aproximadamente na mesma região em que as saliências das guelras aparecem em vertebrados aquáticos, tais como os peixes. Nos peixes, estes sulcos se abrem para a faringe, formando a verdadeira fenda das guelras, por onde passa a água para a respiração. Em mamíferos, pássaros e répteis, contudo, estas estruturas nunca funcionam para a respiração, nem existem sequer aberturas que levam à faringe. Além de tudo, nos mamíferos, essas barreiras faríngeas começam de imediato a sofrer um desenvolvimento posterior... O primeiro arco e sua bolsa (isto é, abertura) formam os maxilares superiores e inferior e o ouvido interno dos vertebrados superiores. O segundo, o terceiro e o quarto arcos contribuem para a formação da língua, das amígdalas, da glândula paratireóide e timo.
Nenhuma dessas estruturas, como se pode notar, está associada à respiração. Assim, o uso da "lei" biogenética para sustentar que o peixe é o ancestral de mamífero e outros vertebrados não aquáticos, não tem apoio nos fatos".
Glen W. Wolfron, "Perpetuation of the Recapitulation Myth"em Creation Reserach Society Quarterly, p.199.
"As várias evidências citadas pelos evolucionistas para sustentar sua religião podem ser igualmente bem compreendidas ou, de fato, podem ser melhor compreendidas em termos de criação. Por exemplo, aquelas evidências baseadas sobre semelhanças superficiais, tais como anatomia comparada, desenvolvimento embrionário, soro sangüínio e outras semelhantes, dão forte testemunho não a favor do parentesco evolucionista, mas a favor da criação realizada por um Arquiteto comum, que usou estruturas e padrões semelhantes para realizar funções análogas".
Henry M. Morris, hidrólogo, em "Evolution, the Established Religion of the State".
"A prole de certas amonites possui características que desaparecem no estágio adulto, enquanto as mesmas características reaparecem subseqüentemente nos representantes mais altamente organizados do mesmo grupo, pertencentes a espécies que ocorrem em estratos geológicos mais recentes".
A.P.Pavlov, "Le Cretace inferieur de la Russe et sa faune", Nouv.Mem.Soc.Nat.Moscov Novv Serie XVI livr.3, pg.87.
"Leo Berg, discutindo acerca da teoria da recapitulação, propagou a idéia de que os embriões não mostravam de onde a espécie se desenvolveu, mas apenas para onde ela evoluía.
Ele demonstrou que no primeiro estágio de desenvolvimento, as mandíbulas embrionárias de todos os animais são tão curtas quanto a do homem.
O cérebro dos embriões de pássaros se parece mais com o dos mamíferos do que com o dos anfíbios. Esta condição persiste durante um terço da existência do embrião.
A fece do embrião da galinha, afirma ele, assemelha-se muito à de um ser humano.
O girino do sapo tem um bico igual ao de um pássaro.
Essas semelhanças não deveriam existir, se a teoria da recapitulação fosse correta".
Leo Berg,"Nomogenesis" pg.108-109.
”Torna-se difícil, se não impossível, desenhar uma árvore genealógica dos vertebrados com base apenas em dados embriológicos. Assim sendo, a teoria da recapitulação não é aceita e aplicada tão livremente como antes”.
Waldo Shumway e F.B. Adamstone, ”Introduction to Vertebrate Embriology” , pg.05.
”Muita pesquisa tem sido realizada no campo da embriologia desde os dias de Haeckel e sabemos que existe um número excessivo de exceções nesta simples analogia, e que a ontogenia não reflete exatamente o curso da evolução. Por exemplo, sabemos que os dentes se desenvolvem antes da língua nos vertebrados, todavia, no embrião, a língua aparece primeiro”.
Robert H. Dott e Roger L. Batten, Evolution of the Earth pg.86.
Apesar desses fatos, quase todos os paleontólogos irão falar com autoridade sobre o desenvolvimento da mandíbula a partir dos arcos das brânquias de um peixe.
“Evolution of the earth”, pg.263.
”Estudos comparatives de ágnatos fósseis (peixes sem maxilar ou mandíbula) e crânios de placodermos (peixes com mandíbula, fósseis primitivos), acrescidos de observações sobre o desenvolvimento da mandíbula nos embriões de vertebrados vivos, mostram que as mandíbulas do placodermo evoluíram provavelmente dos apoios ósseos da guelra anerior desses ágnatos sem mandíbula”.
A.Lee McAlester, ”The History of Life”, pg.75.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Embriologia e Evolução

Wayne Frair, Ph. D.
Resumo:
Alguns professores e livros de texto persistem em expor a simplista hipótese darwiniana do século dezenove de que um embrião em desenvolvimento resume a história evolutiva d dito organismo. Este ponto de vista, que se designa como recapitulação, está rejeitado a mais de meio século pelos embriólogos acadêmicos.
O principal promotor da recapitulação foi o ateísta Ernst Haeckel, que elaborou umas ilustrações falseadas para dar apoio a seu ponto de vista. Inclusive em nossos dias alguns autores seguem usando inflexivelmente algumas destas falsas ilustrações em seções de livros de textos onde promulgam o evolucionismo.
Graças a modernos estudos sobre processos de desenvolvimento incluindo os genes homeóticos, nossa compreensão da origem das formas de vida está sofrendo grandes mudanças. O desígnio com uma criação divina de tipos não relacionados está se convertendo em uma opção crescentemente mais viável.
Recentemente, um estudante universitário escreveu a Sociedade de Investigação da Criação perguntando acerca da situação em que estava a embriologia em relação com a evolução, porque seu professor de zoologia havia apresentado a chamada “Lei Biogenética” ante sua classe. Esta “Lei” anuncia que em seu desenvolvimento, os embriões passam pelas diversas etapas que alcançaram seus antecessores ao ascender pela “escala evolutiva”.
Reminiscências de anos passados:
Senti-me identificado com este estudante, porque na primavera de 1947, quando eu era estudante do primeiro ano e estudando meu primeiro semestre de zoologia na Universidade de Massachusetts em Amherst, vivi uma experiência similar. Meu professor, Gilbert L. Woodside, um doutor em embriologia formado em Harvard, e que então era pioneiro nesta disciplina, apresentou em nossa classe o argumento da embriologia para a evolução. Em geral, este conceito se designa como recapitulação, porque se supõem que o embrião em desenvolvimento “resume” ou “recapitula” toda a historia de sua raça. Quando se apresentam certas observações acerca deste desenvolvimento embrionário de uma forma convincente, este argumento induz a aceitar uma seqüência macro-evolutiva das espécies animais ou vegetais. Lembro-me que depois desta classe pensei: “Como eu poderia duvidar da realidade da evolução diante desta evidência?”.
Surgiu o desejo de me aprofundar no conhecimento da biologia, de modo que mudei minha especialidade de psicologia para Zoologia, e estudei fisiologia e entomologia em meu segundo ano. Havia me convertido ao cristianismo enquanto estava na marinha, antes de minha educação universitária, mas depois de dois anos na universidade, minhas crenças cristãs faziam frente a uns desafios ante os que resultava difícil de resistir. Haviam me proposto o posto de assistente de laboratório para a classe de fisiologia para o outono seguinte, e eu tinha gostado muito da proposta. Porém, mudei para um instituto cristão de ensino superior (Houghton em Nova York), onde me especializei em zoologia, com graus em Bíblia e em química. Recebi uma diplomatura em letras em 1950, e no verão de 1951 uma diplomatura em ciências, também em zoologia, em outro instituto cristão (Wheaton, em Illinois). E neste último estendi meus conhecimentos em ciência e teologia. Logo ensinei ciências a estudantes de secundário durante um ano na Escola Ben Lippen, que estava na Carolina do Norte. Em 1952 voltei como estudante graduado a Universidade de Massachusetts, de onde consegui um posto como professor auxiliar e auxiliar de investigação.
Mudança de perspectiva:
Sem eu prever, me encontrei em um curso de embriologia experimental com o doutor Woodside, que era agora Catedrático Numerário do Departamento de Zoologia e decano da Escola de Graduados. Senti-me cativado pelo doutor Woodside e por seu campo de embriologia. Empreendi uma investigação e fiz umas teses sobre a embriologia do frango e a primeira droga inibidora do câncer, a 8-azaguanina (ver Frair e Woodside, 1956).
Durante meu estudo e investigação, me decidi a sondar as profundidades da recapitulação embrionária. Mas, para minha total surpresa aprendi pelo doutor Woodside que a “Lei Biogenética” estava morta! De modo que o homem que me havia convencido da importância da recapitulação em meu primeiro ano de carreira, cinco anos depois, estava me convencendo de todo o contrário. O doutor Woodside não só não cria mais, se não que realmente a desprezava. A recapitulação já não podia ser nada mais que uma hipótese no menor dos casos, e não quis que eu gastasse tempo com ela.
O professor Woodside cria que a embriologia como disciplina havia sofrido um atraso devido a recapitulação. Me contou que na metade do século 20 nenhum embriólogo bem informado podia aceitar o conceito da recapitulação. Muitos cientistas haviam abandonado seus projetos frustrados ao ficarem presos em aléias sem saída e o intento de fazer concordar seus dados embriológicos dentro de um contexto evolutivo. O professor Woodside cria também que só havia um único Prêmio Nobel em embriologia (Hans Spemann) devido a que muitos outros excelentes investigadores em embriologia haviam estado centrando-se na evolução e fracassado. Um exemplo das muitas exceções a hipótese da recapitulação é que em um esquema evolutivo a medula espinhal está presente antes que o cérebro, mas em embriologia o cérebro se desenvolve antes. Por acaso não é a evolução o processo que unifica a toda a biologia?
Ao menos, fazem 50 anos já sabemos, e seguimos sabendo na atualidade, que a recapitulação darwinista não forma parte de tal unificação (ver Bergman, 1999; Wells, 1999ª).
Ernst Haeckel:
Com freqüência se tem atribuído a Charles Darwin idéias que ele promoveu, inclusive no caso de que dessas idéias se tiveram originado na mente de outras pessoas. Assim sucede com a recapitulação, que parece fundir suas mais antigas raízes entre os gregos de mais de meio milênio antes de Cristo (veja Osborn, 1929). Durante o século dezoito se expuseram alguns pensamentos tocantes a recapitulação, mas o propagador mais famoso da recapitulação foi o zoólogo e filósofo Ernst Haeckel (1834-1919). Ele foi o partidário mais destacado, dogmático e ativo do evolucionismo darwinista na Alemanha, mas sua influência se estendeu por todo o mundo. Depois de conhecer a Darwin em 1866, Haeckel tratou de por não só na ciência, se não também na filosofia e na religião debaixo do guarda-chuva evolucionista ateu (Jenkins-Jones, 1977).
É interessante observar que desde a década dos anos 80 se tem sabido que Haeckel havia falseado suas ilustrações empregadas para “demonstrar” a recapitulação. O tratamento mais extenso desta questão em inglês é o livro de Asmuth e Hull, publicado em 1915. Estes autores fazem referência a uma enorme quantidade de material que revela que os membros da comunidade científica haviam reconhecido que em sua defesa de seu ponto de vista, Haeckel perpetrou fraudes e falsidades de maneira constante e com todo a impudência. Há denuncias claras que se remontam a 1908, a 1875. e a data mais antigas como 1868. Muito cientistas se uniram em condenar “os métodos de Haeckel, nos exemplos que havia ficado denunciados... por oitenta e três pessoas (um grupo de 46 e outro de 37) de boa posição em diversas ramos da ciência e do mundo acadêmico, além disso, outros que publicaram suas condenações a título individual” (Assmuth e Hull, p.23). Veja também Rusch, 1969. As muitas dúzias de fraudes e falsificações de Haeckel tinham que ver com a embriologia e com outros campos científicos.
Tanto nos tempos de Haeckel como na atualidade os cientistas tem admitido que os investigadores tem de ter liberdade para erigir suas hipóteses e teorias sobre a base da evidência empírica. Mas tem reconhecido de maneira uniforme a impropriedade de apoiar estes conceitos mediante dados imaginários não identificados ou mediante falseamentos dos dados obtidos ou apresentados ante outros. Como exemplo das fichas de Haeckel.
As atividades de Haeckel (a parte de possivelmente sua investigação científica efetiva em zoologia sistemática) parece haver estado tão estreitamente unidas a sua filosofia que parece impossível separar suas ações de suas atitudes. Por exemplo, quando alguém apresentava objeções as pretensões embriológicas de Haeckel e de seus seguidores, estes diziam:
”Esta questão pertence a embriologia, e por lê vós outros, que não sois embriólogos, sois incompetentes para formar um juízo neste tema”. Inclusive se seu oponente resultava ser um embriólogo, o desacreditavam se encontrassem que mantinha o mais mínimo vestígio de crença em Deus, no livre-arbítrio ou na alma humana. Imediatamente o taxavam de teólogo, de clerical, cujas superstições dualistas o privavam do livre uso de sua razão. As páginas de Haeckel estão salpicadas desta tática de “sentenças ex-cátedra”... (Assmuth e Hull, p.54).
Um crítico explícito de Haeckel era J. Reinke, professor de Botânica na Universidade de Kiel.
Em um opúsculo titulado “O último sobre o Haeckelismo” (Heilbronn 1908) Reinke enche sete páginas com colunas paralelas, com uma que contém “O que disse Haeckel”, e a outra, “A verdade”. Da vinte e quatro exemplos de falsificações perpetradas por Haeckel, e acrescenta: “Estes são exemplos tomados ao azar. Seria possível multiplicá-los por muitas vezes” (Assmuth e Hull, p.31).
Mas parece que Haeckel, o divulgador, não se refreou devido as esta denuncias, e manteve suas manobras enganosas em seus anos posteriores, intentando justificar-se as vezes que estava seguindo procedimentos normais em biologia. Como resultado, incontáveis cientistas e estudantes de ciência, incluindo muitos autores, tem sido levados ao engano, embaixo de uma influência que tem ido manifestando-se até o final do século vinte. Inclusive apesar de que na atualidade muitos cientistas tendem a crer que a eliminação da “Lei Biogenética” foi um fenômeno que teve lugar entre meio e final do século vinte, inclusive em 1915 já se podia manter a seguinte declaração, totalmente explícita:
”Dificilmente se pode encontrar na atualidade um cientista destacado que aceite esta lei como expõem. A razão deles, totalmente convincente, e que a investigação recente tem demonstrado com claridade que as exceções a esta lei são muito mais freqüentes que suas materializações. A maior parte das etapas que passam os embriões individuais de diferentes animais não se correspondem em sua maior parte com as gradações que, segundo a teoria da evolução, constituem a história do desenvolvimento da vida (Assmuth e Hull, p.98).
Provavelmente, Haeckel era conhecedor destas dificuldades, porque distinguiu as mudanças embrionárias que conduziam ao progresso evolutivo (“Palingénesis”) de outros desvios (“cenogénesis”). Mas, as chamadas mudanças cenogenéticas são tão numerosas que não sustentam a “lei”, se não, que a refutam.
Como se indica no começo deste artigo, alguns professores seguem apresentando a “Lei biogenética” em apoio a macro-evolução, ainda que tem estado moribunda durante décadas a luz dos ensinos de muitos cientistas pioneiros, incluindo o falecido biólogo canadense, W.R.Thompson, que em 1956 escreveu uma “introdução” para uma reedição de A Origem das espécies de Darwin, na qual observa:
“Quando a “convergência” dos embriões não resultou totalmente satisfatória, Haeckel alterou a ilustrações das mesmas para que concordassem com sua teoria. As alterações eram ligeiras mas significativas. A “Lei Biogenética” como prova da evolução carece de todo valor (pp.xv-xvi)”.
Durante os últimos anos, as ilustrações de Haeckel tem voltado a estar nas notícias devido a que alguns livros de texto em favor da evolução tem estado publicando o material fraudulento de Haeckel ( ver Richardson, et al., 1998).
Sir Gavin de Beer:
Sir Gavin de Beer (1899-1972) foi um célebre zoólogo e evolucionista britânico, influente no campo da embriologia. Foi diretor da divisão de História Natural do museu Britânico em 1950-1960. Em 1930 publicou um livro, Embryology and Evolution, no que rechaçou o conceito da recapitulação embriológica. Publicou versões apmliadas de seus pontos de vista anti-haeckelianos em Embryos and Ancestors, com copyright em 1940, 1951 e 1958. Sir Gavin de Beer, 1958, se referiu a teoria de Haeckel como caduca e como “uma camisa de força mental que tem tido lamentáveis efeitos sobre o progresso da embriologia” (p.172), e conclui em que “a evolução não explica a embriologia” (p.173). Por exemplo, durante a filogenia dos dentes chegaram antes da língua, mas nos embriões dos mamíferos a língua se desenvolve antes dos dentes (p.7). No caso dos embriões dos frangos, o coração funciona já em uma etapa muito cedo no desenvolvimento, mas na rã (que se supõem que está mais perto da linha ancestral) o coração aparece em uma etapa muito mais posterior do desenvolvimento. De forma específica, a dê-semelhança se relaciona com a necessidade que tem o frango em seu desenvolvimento de receber gema; enquanto que o ovo da rã tem muito menos quantidade de gema. Por ele, as diferenças se devem a condições estruturais e funcionais de ambos animais, não a seu presuma relação evolutiva. A miúdo se precisa de um considerável período de tempo antes que se modifiquem posturas estabelecidas na ciência devido a novas evidências. Isto fica ilustrado por Perry, 1952, que parece haver compreendido que a lei biogenética havia ficado refutada, mas que quando escreveu seu texto de zoologia geral parece haver sido bastante relutante em suas menções acerca da recapitulação.
“Se tem descoberto diversos fatos que contradizem a teoria da recapitulação, o que a menos são difíceis de interpretar embaixo dos mesmos. Na atualidade, muitos biólogos respeitados questionam a significância do aparente acordo de alguns dos fatos com a teoria (p.519)”.
Sir Gavin de Beer empregou muitos exemplos para expor como os órgãos chamados homólogos (estruturas semelhantes) podiam proceder de estruturas embrionárias muito diferentes entre diversos embriões. Do mesmo modo, manteve-se acordado que comumente as estruturas homólogas não vão determinadas por genes idênticos (ver de Beer, 1971). Uma recente avaliação desta questão por Wells e Nelson, 1997, ressalta isto:
“Investigações posteriores tem confirmado de forma oprimida a correção da observação de Beer. A homologia, tanto si se define morfologicamente como filogenéticamente, não pode atribuir-se a vias de desenvolvimento a genes semelhantes (p.17)”.
Em outras palavras, órgãos similares nos corpos de diferentes organismos não resultam de seqüências similares de nucleótidos na DNA dos genes. Recentes descobertas parecem estar levando a alguma melhor compreensão de uma solução deste quebra-cabeça.
Genes homeóticos:
Durante umas duas décadas tem sido crescente o conhecimento acerca dos genes homeóticos, pequenas seqüências de nucleótidos que se comportam de maneira parecida a ativadores mestres para o controle do desenvolvimento de diversas partes do organismo. Os genes homeóticos tem uns papéis críticos na produção de braços, pés, olhos e outras partes do corpo em animais em desenvolvimento de muitas classes. Caracteristicamente, em cada gene homeótico há uma seqüência determinada em redor de 180 pares de bases de DNA muito semelhantes em seqüência nos correspondentes genes homeóticos de outros animais, tanto do rato como do homem, da mosca da fruta ou do Anfioxus. Por exemplo, em uma mosca um tipo determinado de gene afetará a antena, e em um rato um gene muito similar afeta a parte posterior do cérebro. Outro gene homeótico parece ser um controlador mestre do desenvolvimento dos olhos, incluindo os olhos compostos dos insetos e dos órgãos visuais muito diferentes dos polvos e inclusive dos humanos (ver Well, 1998).
Cada gene homeótico produz pequenas moléculas de proteínas que servem para ativar a transcrição de outros genes ao unirem-se a seus loci promotores. Como resultado se dá uma cascata de acontecimentos químicos que leva em seu momento a formação de uma estrutura de corpo como um olho ou uma pata.
Nos últimos anos se tem chegado a saber, para grande desconcerto dos cientistas, que os genes e suas mutações não vão vinculados a componentes estruturais do corpo. Por exemplo, uma espetacular ilustração desta discrepância tem resultado de experimentos de hibridação do DNA que indica uma similitude no DNA de 98 a 99% nos chipanzés e nos humanos, enquanto que as pessoas, no morfológico e fisiológico, dariam mais bem um valor de 70 a 80% respeito aos símios. O DNA está situado nos 48 cromossomos dos chimpanzés e nos 46 cromossomos dos humanos. Por ele, além das seqüências básicas dos nucleótidos no DNA deve haver outros fatores que tem uma significativa influência sobre o desenvolvimento. Estes fatores poderiam incluir efeitos relacionados com as diferentes disposições do DNA nos cromossomos dos chimpanzés e dos humanos (ver Hopkin, 1999).