3.630 (Ed 2:35) ou 3.930 (Ne 7:38).
Descontradizendo:
Gleason Archer em seu livro: “Enciclopédia de Temas Bíblicos” pela editora Vida,
pg.197-199 nos traz os seguintes argumentos para as supostas contradições do
capítulo 2 de Esdras e 7 de Neemias:
“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos).
Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.
Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).
As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.
“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos).
Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.
Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).
As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.
Há dois fatores importantes que precisamos ter em mente ao deparar com
essas várias discrepâncias do Texto recebido:
1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário:
”É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.
2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copias nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.
Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.
1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário:
”É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.
2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copias nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.
Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.
Ha outras considerações a serem feitas:
1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.
2.Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:
- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.
3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).
4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.
1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.
2.Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:
- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.
3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).
4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.
Conclusão:
Não se trata de uma contradição e sim de dois relatos diferentes. As
duas listas estão separadas por uma distância de cinco anos e de contextos e
intenções diferentes. No caso de Esdras, escrita na Babilônia em 450 a.C.
descrevia aqueles que estavam saindo. Já Neemias escrita em Jerusalém em 445
a.C. descrevia aqueles que haviam conseguido chegar ou decidiram de última hora
se juntarem a multidão de viajantes.
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