Editora Fiel
O Livro de Gênesis (significando 'princípios',
'origens') é, nestes dias de cinismo, frequentemente considerado como nada mais
que uma coleção de lendas antigas de épocas primevas menos sofisticadas. Alguns
tomam as histórias do Gênesis como alegorias contendo certos valores morais e
espirituais, embora não verazes no sentido histórico." "Mas o cristão
que crê na Bíblia não pode aceitar essas ideias. Para ele, Gênesis constitui o
alicerce sobre o qual se ergue todo o edifício da Escritura. O Novo Testamento,
por exemplo, cita Gênesis diretamente, ou a ele se refere, nada menos de sessenta
vezes. Cristo e os apóstolos obviamente aceitaram Gênesis como histórico e
divinamente inspirado." "Ao considerarmos os onze primeiros capítulos
de Gênesis, veremos que todos os dados verdadeiramente científicos e históricos
apoiam a verdade do registro bíblico. Veremos também que os propósitos de Deus
em Seu grandioso plano de salvação ligam-se inseparavelmente a esses mesmos
fatos." (p. 8). Lendo isso me lembrei da seguinte frase de A. W. Tozier:
"Se eu crer em Gênesis 1:1, 'No princípio Deus...', o restante da Bíblia
não será problema para mim." Já li livros que tentam (desastrosamente,
vejo hoje) conciliar o evolucionismo com os relatos bíblicos, tais como o livro
Criação e Evolução - Deus, o Acaso e a Necessidade, de Newton Freire-Maia, e
alguma coisa dos trabalhos de Teilhard de Chardin; mas para tanto, eles
ignoraram e/ou interpretaram incoerentemente outras passagens bíblicas tanto no
Novo como no Velho Testamentos que apresentam os relatos de Gênesis como sendo
literais (excluindo ~5% dos textos, que são simbólicos. Ex: Gn 3:15). Ou seja,
tentaram misturar água e óleo. O apóstolo Paulo, por exemplo, citou Adão como
sendo uma pessoa real e por meio de quem entrou o pecado no mundo:
"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos
pecaram. Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é
levado em conta quando não há lei. Entretanto, reinou a morte desde Adão até
Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de
Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir." (Romanos 5:12-14 -
destaque provido). Aceitar que a Bíblia concorda com a evolução (como faz a
Igreja Católica, por exemplo) é quebrar sua teologia e chamar os escritores da
Bíblia de mentirosos (incluindo até Jesus indiretamente, pelas palavras que
disse e que são citadas nela). Mas o pior de tudo é dar ao entender que foi
Deus quem criou o sofrimento e a morte, uma vez que a evolução diz que estes
sempre existiram desde o início e sempre existirão, sendo natural. Ora, isso
implica dizer que não existe pecado, pois sofrimento e morte não seriam
consequências deste. Sendo assim, para quê Jesus morreu? Vê onde está o
problema com esta ideia? Se a evolução for um fato, Jesus morreu em vão.
Louvado seja Deus que não é assim! Logo logo estaremos com o Rei, salvos do
sofrimento e da morte, por meio da fé nEle.
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