Em nossa Nota Editorial sobre "O Microscópio e
as Células", publicada na Folha Criacionista número 58, de março de 1998,
destacamos que haviam sido encontrados em ruínas de cidades assírias, como
Nínive, artefatos em forma de lente plano-convexa, de modo que, também pela
extrema precisão dos registros astronômicos encontrados nos tabletes de argila
descobertos na Mesopotâmia, se poderia inferir que lunetas teriam sido
utilizadas na mais remota antigüidade para a observação astronômica.
A respeito deste assunto, o periódico "The
Biblical Astronomer", em seu número 89, volume 9, do verão de 1999, trouxe
importante notícia sobre a publicação de um livro intitulado "La Scrittura
Celeste", de autoria do Professor Giovanni Pettinato, docente de
Assiriologia na Universidade italiana "La Sapienza", em Roma. Neste
livro, o Professor Pettinato declara que realmente foram os assírios os
inventores do telescópio. Esta sua declaração baseia-se em artefatos hoje
guardados no Museu Britânico, e que incluem uma lente encontrada em 1850, em
Nínive, pelo arqueólogo britânico Professor A. H. Layard.
O Professor Layard foi talvez o maior arqueólogo do
século XIX, se não de todos os tempos. Destacou-se ele por ter usado a Bíblia
para a descoberta dos sítios arqueológicos que explorou. Este seu método deixou
embaraçados os ateus seus contemporâneos, que particularmente com relação à sua
descoberta de Nínive, não aceitavam a descrição bíblica daquela grande cidade,
achando ser ela um mito exagerado. As descobertas de Layard comprovaram que a
atitude deles estava errada.
O Professor Pettinato correlaciona a mencionada
lente com textos cuneiformes dos arquivos reais de Nínive, datados de 750 A.
C., e que não se encontram no Museu Britânico. Esses textos foram traduzidos e
publicados em 1992, e apresentam listas de bens que foram arrolados por vários
setores da corte, e que incluíam "lentes" e "tubos de
ouro". Outros documentos mencionam que as "lentes" eram usadas
pelos astrônomos da corte, com o propósito de "alargar a vista".
O Professor Pettinato ressalta que as observações
feitas pelos astrônomos da antigüidade não poderiam ter sido feitas a olho nu.
De conformidade com declarações dele ao "Corriere de la Sera",
"o primeiro verdadeiro Compêndio de Astronomia é de origem babilônica, e certamente
data de antes de 1000 A. C.. Nesta obra estão listadas 72 estrelas e
constelações, bem como planetas".
Acrescenta ele, ainda, que existem mais de 4.000
textos cuneiformes sobre Astronomia, descobertos até agora. "Dentre esses
documentos, que apresentam listas de não menos do que 4.000 estrelas,
encontram-se textos que mostram como calcular o movimento do Sol, da Lua, e dos
cinco planetas então conhecidos (Mercúrio, Venus, Marte, Júpiter e
Saturno)".
Paralelamente, deve ser considerado o fato de que o
nome de Saturno, na língua de Babilônia, descreve a forma do planeta como sendo
a de um arco com raios, o que coincide com a vista que se tem dele quando a
visão de seus anéis está plenamente desenvolvida. Fica claro que na antigüidade
se sabia que Saturno era mais do que um simples ponto luminoso, e que não se
apresentava como esférico. Tal noção ou provinha de observações feitas por
pessoas de extrema acuidade visual, ou pelo uso de instrumentação telescópica.
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