É geralmente suposto que o fato de que o mundo contém uma vasta quantidade de sofrimento, muito do sofrimento verdadeiramente horrível, confronta aqueles que acreditam em um Criador todo-poderoso e benevolente com um problema sério: explicar por que tal Criador permitiria isso. . Muitas pessoas reflexivas estão convencidas de que o problema, o problema do mal, é insolúvel. As razões subjacentes a essa convicção podem ser formuladas como um poderoso argumento para a não-existência de Deus, o chamado argumento do mal: se houvesse um Deus, ele não permitiria a existência de vastas quantidades de sofrimento verdadeiramente horrível; já que existe tal sofrimento, não há Deus. Peter van Inwagen examina esse argumento, que ele considera um argumento paradigmaticamente filosófico. Sua conclusão é que (como a maioria dos argumentos filosóficos) é um fracasso. Ele procura demonstrar, não que Deus existe, mas o fato de que o mundo conter uma vasta quantidade de sofrimento não mostra que Deus não existe.
Ao longo do caminho, ele discute uma ampla gama de tópicos de interesse para filósofos e teólogos, tais como: o conceito de Deus; o que pode ser entendido por descrever um argumento filosófico como um fracasso; a distinção entre versões do argumento do mal que dependem da vasta quantidade de mal no mundo e versões do argumento que dependem de um mal em particular, como o terremoto de Lisboa ou a morte de um cervo em um incêndio florestal; a defesa do livre-arbítrio; sofrimento animal; e o problema do ocultamento de Deus.
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