Max Jammer analisa em profundidade um lado quase ignorado da vida de Albert Einstein: suas concepções sobre Deus e as relações entre ciência e religião. Além disso, dedica um longo capítulo final ao impacto da Teoria da Relatividade sobre a teologia, discutindo a compatibilidade - ou não - das visões de mundo professadas por cientistas e teólogos contemporâneos. O livro começa recuperando a atmosfera cultural que cercou a infância de Einstein. Mostra o desenvolvimento intelectual de um jovem que se tornou irreligioso aos doze anos de idade e depois, sob inspiração da filosofia de Espinosa, desenvolveu a idéia de uma "religião cósmica", que muito influenciou sua conduta e sua concepção de mundo, mas na qual não havia lugar para um Deus pessoal. Por isso, Einstein foi muitas vezes acusado de ateu. Porém, suas cartas, artigos e conferências, bem como um sem-número de registros de conversas pessoais, não deixam margem a dúvida de que foi um homem dotado de forte sentimento religioso, sempre em busca do sentido profundo da existência e consciente da relação íntima que liga religião e ciência. A revolução que fez em conceitos fundamentais, como os de espaço e de tempo, bem como a criação da cosmologia científica, que seus trabalhos inauguraram, têm despertado crescente interesse entre os especialistas em teologia.
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