terça-feira, 18 de março de 2014

Criacionismo é religião?


Um dos graves erros cometidos sobre a Teoria da Criação (Criacionismo ou Inteligent Design) é o de achar que ela está baseada na religião.

Michael Denton, biólogo molecular, esclarece esta questão da seguinte forma:
“Pelo contrário, a inferência do planejamento (teoria da criação) é uma indução puramente a posteriori [posteriormente à experiência] baseada numa aplicação inexoravelmente consistente da lógica e da analogia. A conclusão pode ter implicações religiosas, mas não depende de pressuposições religiosas.”
(Evolution, A Theory in Crisis (Bethesda, MD: Adler and Adler, 1986) p. 341)

Henry Margenau e Roy Abraham Varghese, editores do livro ”Cosmos, Bios, Theos”, que foi produzido juntamente com outros 60 cientistas, 24 dos quais receberam um prêmio Nobel, confirmam a estrutura consistente da lógica e da analogia da ciência criacionista afirmando que:
“… só há uma resposta convincente para explicar a enorme complexidade e as leis do Unvierso – a criação por um Deus onisciente e onipotente.”
(“The Laws of Nature Are Created by God” em Cosmos, Bios, Theos (LaSalle, IL: Open Court, 1992), p. 61)

Portanto, a questão de alguém não aceitar que uma forma de vida inteligente e superior tenha criado todo o Universo e a vida que nele se encontra, não está baseada na falta de evidências científicas ou até mesmo da lógica científica como explicam Fred Hoyle e Chandra Wickramasinghe:
“De fato, tal teoria é tão obvia que ficamos imaginando porque não é largamente aceita como auto-evidente. As razões são mais psicológicas do que científicas.”
(Evolution from Space (Londres: J.M. Denton & Sons, 1981), p. 130)

Colocando em uma linguagem mais simples, o Criacionismo estuda a Criação e não o Criador.

Design Inteligente: intencional ou não?
Quando o termo Criacionismo é mencionado, geralmente é feita uma associação mental com religião. No entanto, a ciência criacionista não trabalha com pressuposições religiosas. O diagrama abaixo mostra especificamente a parte científica do criacionismo e a sua implicação religiosa.

A base da ciência criacionista:
- O que ocorreu: design inteligente
- O modo como teria ocorrido: criação (design inteligente intencional)
- Evidências (algumas): complexidade de todos os códigos genéticos o balanço do ecossistema da Terra para sustentar vida sintonia e equilíbrio do universo fósseis e a similaridade com as formas de vida atuais
- Implicações religiosas: teismo (quem seria o Criador - Esta não é uma pergunta que a ciência criacionista procura responder, pois ela está relacionada com a fé e não com a ciência propriamente dita).

Compare com a base da ciência naturalista:
- O que ocorreu: geração espontânea
- o modo como teria ocorrido: evolução
- Evidências (algumas): mutações desenvolvimento do planeta em eras geológicas expansão do universo começando com um big-bang elos de transição no registro fóssil
- Implicações religiosas: ateismo (não existe um criador sobrenatural - O ateismo é também uma crença desde que não é possível provar de forma absoluta empiricamente que um ser superior (Deus) não exista.

A questão que paira sobre a ciência hoje é a origem da informação encontrada no código genético das formas de vida. Num artigo recente publicado na revista Nature por Yuichiro Ueno, do Research Center for the Evolving Earth and Planet, Tokyo Institute of Technology, juntamente com os seus colaboradores, associaram metano (CH4) como sendo microbial, encontrado em dykes de sílica hidrotérmica, datados com 3,46 bilhões de anos.(1)

Para um planeta com uma idade sugerida pelos evolucionistas de 4,5 a 4,6 bilhões de anos, e um tempo de formação inicial (resfriamento da nuvem de gases superaquecidos – teoria nebular) assumido como sendo de 800 milhões de anos, deixariam à disposição (segundo a escala de tempo evolucionista) cerca de 340 milhões de anos para vida surgir do nada até esta suposta evidência de bactérias metanogênicas perfeitamente desenvolvidas.

É fato que 340 milhões de anos é muito tempo. Mas examinemos apenas o aspecto genético da bactéria e então façamos uma relação com os 340 milhões de anos.

Todo ser vivo possui um código genético. As bactérias também possuem esse código genético. Tomemos como exemplo o genoma da bateria Methanococcus maripaludis. (A descrição do genoma completo pode ser encontrado no site http://wishart.biology.ualberta.ca/BacMap/index_12.html) Esta bactéria possui 1,661,137 pares de bases (AT – CG) distribuídos em 1821 genes, dando uma média de 912 pares/gene. É importante ressaltar que estamos tratando com informação codificada. O número de possibilidades de combinações das bases é de 1,661,137! (factorial), sem contar possíveis repetições. Tomemos apenas o número médio de pares por genes, 912, como exemplo. Qual seria a probabilidade por chance apenas de que um gene dessa bacteria se formasse espontaneamente? Em outras palavras, cerca de 912 pares se combinando perfeitamente, formando uma seqüência codificada de informação que tornaria esse gene perfeitamente apto para realizar sua função ou funções específicas.

Para se ter uma idéia dentro da questão das probabilidades, se houvessem apenas 100 pares, haveria uma possibilidade de se criar 1.844674407370956e+146 combinações diferentes. Este número seria aproximadamente 2 com mais 146 zeros seguidos! A formação aleatória do código genético de um único gene da bactéria já é algo absolutamente inimaginável. Seria um milagre. Quanto mais todo o código genético. Mas vamos relacionar esta informação com o tempo de 340 milhões de anos. Este tempo equivale a 2.57510016e+17 segundos. Se um único gene tivesse apenas 100 pares de bases, e assumindo que apenas 10% de qualquer tipo de combinação fizesse com que o gene “funcionasse normalmente”, (ou seja, apenas um décimo de 1.844674407370956e+146) o número de combinações que precisariam acontecer por segundo, durante o espaço de 340 milhões de anos é de 1.719241312031254e+129 (quase o número 2 seguido de 129 zeros)!

Estes valores são tão impróprios para que tal fenômeno tenha acontecido que somente um “milagre de geração espontânea” poderia explicar o aparecimento de um organismo como uma bactéria num espaço de 340 milhões de anos, seguindo a proposta evolucionista.

A resposta plausível do surgimento de um organismo vivo, com a complexidade do seu código genético, como a bactéria, só poderia ser a de um design inteligente intencional. Qualquer outra explicação, probabilisticamente falando, cairia na questão da fé e não da ciência.
Apenas para refletir.

O ser humano possui 23 pares de cromossomos.
O cromossomo 2 possui 227,823,994 de bases.
O cromossomo 4 possui 167,738,416 de bases.
O cromossomo 7 possui 136,812,268 de bases.
O cromossomo Y possui 22,481,124 de bases.

Somente o cromossomo Y do ser humano possui 13,5 vezes mais informação do que todo o código genético da Methanococcus maripaludis.

Definitivamente não somos fruto de uma evolução!

Referência:
1. Yuichiro Ueno et al., “Evidence from fluid inclusions for microbial methanogenesis in the early Archaean era”. Nature Vol 440, 23 March 2006, doi:10.1038, nature 04584, p. 516-519.

Mais informações sobre o criacionismo podem ser obtidas nos sites:

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