Efraim
retornou ao Egito.
Os 8:11-13 - Porquanto Efraim multiplicou os altares para pecar; teve
altares para pecar. Escrevi para eles as grandezas da minha lei; mas isso é
para eles como coisa estranha. Quanto aos sacrifícios dos meus dons, sacrificam
carne e a comem, mas o SENHOR não a aceitou; agora, se lembrará da sua
injustiça e visitará os seus pecados; eles voltarão para o Egito.
Os 9:3 - Na terra do SENHOR, não permanecerão; mas Efraim tornará ao Egito, e na Assíria comerão comida
imunda.
Efraim não
retornou ao Egito.
Os 11:3-5 - Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os pelos seus
braços, mas não conheceram que eu os curava. Atraí-os com cordas humanas, com
cordas de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas
queixadas; e lhes dei mantimento. Não voltará para a terra do Egito, mas a
Assíria será seu rei, porque recusam converter-se.
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Descontradizendo:
Gleason
Archer responde:
"Oséias 11:5 afirma com clareza: "(Eles,
Israel ou Efraim) não voltarão para a terra do Egito, mas o assírio será o seu
rei, porque recusam converter-se".
Essa passagem confirma que as tribos de Israel em
geral, e o reino do Norte, chefiados pela tribo de Efraim, em particular, não
seriam levados de volta ao Egito, nação que escravizava seus exilados. Isso
reitera a promessa de Deuteronômio 17:16:
"Esse rei, porém, não deverá
adquirir muitos cavalos, nem fazer o povo voltar ao Egito para conseguir mais
cavalos, pois o Senhor lhes disse: jamais voltem por este caminho".
No entanto, Deuteronômio 17:16 sugere que o
desenvolvimento de um exército poderoso, formado de carruagens, e a confiança
nesse tipo de armamento, em vez de no livramento do Senhor, induziria Israel à
atitude egípcia do materialismo e orgulho. Nesse sentido, um rei assim como
Salomão o demonstrou (1 Reis 4:26), estaria de fato reduzindo o povo ao Egito,
ao nível espiritual da arrogância materialista.
Certamente Oséias falava em sentido figurado, em
8:11-13:
"Embora
Efraim tenha construído muitos altares para ofertas pelo pecado... Eles
oferecem sacrifícios e comem a carne, mas o Senhor não se agrada deles.
Doravante, ele se lembrará da impiedade deles e castigará os seus pecados; eles
voltarão para o Egito".
É verdade que essa última afirmação, tomada ao pé
da letra, poderia significar uma ameaça de deportação real para o Egito;
todavia parece harmonizar-se melhor com o contexto se entender-mos que a
linguagem é figurada e se traduzir-mos o verbo yasubu por "eles estão voltando" - tradução legítima
quando se trata do tempo imperfeito no hebraico (i.e., o imperfeito indica uma
ação não completa, podendo ser referência ao futuro, ou ao presente - como aqui
- dependendo do contexto).
Em outras palavras, os israelitas tornaram-se
espiritualmente egípcios, isso é, pagãos, em sua atitude para com Deus, ao
praticar aqueles sacrifícios rituais.
Em vez de virem ao Senhor com arrependimento total
pelo pecado cometido, confiar completamente na graça de Deus e com propósito
sincero fazer sua vontade, vêm ao altar de Deus para tentar suborná-lo, ou
ganhar-lhe o favor - exatamente como pagãos fazem com seus deuses. (Em Isaías
1:9-10 encontramos outro extraordinário exemplo de como se usa o nome de um
país ou cidade como símbolo de perversidade, em vez de mera referência
geográfica: "Ouvi a palavra do Senhor, vós, príncipes de Sodoma" -
muito tempo depois desta cidade ter sido destruída)”.
Fonte:
Gleason Archer; "Enciclopédia de
Temas Bíblicos"; ed. Vida, pg.251.
Conclusão:
A Bíblia de
estudo NVI também reforça a resposta de Gleason Archer afirmando que a
palavra Egito usada pelo autor não é
no sentido geográfico e sim apenas um referencial de escravidão.
Portanto, não há nenhuma contradição!
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