1. De onde veio e para onde foi a água do dilúvio?
Os oceanos contêm água suficiente para cobrir a
Terra. Se a superfície da Terra fosse perfeitamente plana, sem montanhas ou
bacias oceânicas, ela seria coberta por uma camada de água com 3 km de
profundidade (1). Há água suficiente para inundar a Terra. Antes do dilúvio,
certa quantidade de água estava provavelmente nos mares, certa quantidade na
atmosfera e uma quantidade desconhecida de água poderia ser subterrânea. A
maior parte da água está agora em bacias oceânicas. É possível que mais água
tenha sido acrescentada durante o dilúvio pela colisão de um ou mais cometas,
que podem ser compostos em grande parte de água.
2. Como o dilúvio pôde encobrir o Monte Everest?
Durante o dilúvio, a área onde está agora o Monte
Everest era uma bacia na qual sedimentos estavam se acumulando. Isto é mostrado
pela presença de fósseis marinhos no Monte Everest (2). Após o soterramento dos
fósseis, atividades catastróficas elevaram os sedimentos a uma altura bem acima
de sua posição anterior, formando as montanhas do Himalaia. A maioria das
montanhas atuais pode ter se formado de maneira semelhante, durante o dilúvio
ou logo após.
3. Como a Terra poderia ser destruída por 40 dias e
40 noites de chuva?
O dilúvio não consistiu apenas de 40 dias de chuva.
As águas do dilúvio aparentemente não começaram a diminuir antes de 150 dias
(Gênesis 7:24). Outros 150 dias se passaram antes que a arca pousasse (Gênesis
8:3, 4). Dez meses de inundação contínua provavelmente seriam capazes de
produzir grandes mudanças geológicas na superfície da Terra. Em regiões mais
distantes do ponto em que a arca pousou, o dilúvio pode ter durado bem mais do
que um ano. A água não foi o único agente envolvido na catástrofe mundial. As
camadas fósseis contêm mais de 100 crateras formadas por impactos de objetos
extraterrestres tais como asteróides, meteoritos e cometas (3). A crosta
terrestre passou por grandes modificações durante o dilúvio. Sem dúvida, a chuva
teve um papel importante, mas houve muito mais do que chuva na catástrofe
conhecida como o dilúvio.
4. Como sabemos que o dilúvio foi mundial? Ele não
poderia ter sido restrito a algum lugar do Oriente Médio?
Jesus usou o dilúvio como um exemplo do julgamento
universal (Mateus 24:37-38). Pedro confirma que apenas oito pessoas foram
salvas (II Pedro 2:5). As expressões do texto de Gênesis parecem inconsistentes
com um dilúvio local (4). A linguagem é o mais universal possível: "... e
cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu;" Gênesis 7:19. Se
a água cobriu os altos montes, iria também cobrir as regiões mais baixas. Como
o propósito de Deus era destruir todos os seres humanos (Gênesis 6:7), o
dilúvio deveria necessariamente ter se estendido pelo menos a todas regiões
habitadas por seres humanos. Além do mais, Deus prometeu que nunca mais
ocorreria outro dilúvio como aquele (Gênesis 9:11, Isaías 54:9), como
simbolizado pelo arco-íris (Gênesis 9:13-17). Tem havido muitas inundações
locais bastante destrutivas, que literalmente varreram muitas pessoas. O
arco-íris é visto em todo mundo, indicando que a promessa se aplica a todo
mundo. O dilúvio do Gênesis deve ter envolvido um nível de atividade diferente
de qualquer coisa vista desde então. Se o dilúvio foi local, a história bíblica
do dilúvio não faz sentido. Não haveria necessidade de uma arca para salvar Noé
e seus animais. Noé poderia ter migrado com seus animais para outra região para
evitar o dilúvio local.
Notas:
1. Dubach H. W., Taber R. W. 1968. Questions about
the oceans. Publication G13. Washington DC: U.S. Naval Oceanographic Office, p
35.
2. Odell N. E. 1967. The highest fossils in the
world. Geological Magazine 104(1):73-74.
3. (a) Grieve R. A .F. 1987. Terrestrial impact
structures. Annual Review of Earth and Planetary Sciences 15:245-270; (b)
Grieve R. A .F. 1990. Impact cratering on the Earth. Scientific American 262(4):66-73;
(c) Lewis F. S. 1996. Rain of iron and ice. NY: Helix Books, Addison-Wesley Publishing;
(d) Gibson L. J. 1990. A catastrophe with an impact. Origins 17:38-47.
4. (a) Hasel G. F. 1975. The biblical view of the
extent of the flood. Origins 2:77-95; (b) Hasel G. F. 1978. Some issues
regarding the nature and universality of the Genesis flood narrative. Origins 5:83-98;
(c) Davidson R. M. 1995. Biblical evidence for the universality of the Genesis
Flood. Origins 22:58-73.
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