"Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos
corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir
razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e
temor..." (1 Pedro 3:15).
A palavra traduzida acima por "responder"
é, no grego, apologia (isto é, "defesa"). Essa palavra sugere a idéia
de "defesa da conduta ou procedimento". Wilbur Sinith expressa-o da
seguinte maneira: "... uma defesa verbal, uma palavra de defesa daquilo
que alguém fez ou da verdade que alguém crê...".
Apologia (palavra da qual surgiu em português a
palavra apologia, que significa "discurso para justificar, defender ou
louvar") foi uma palavra usada predominantemente no passado, "mas não
para dar a idéia de pedido de desculpa, de tentativa de atenuar um erro ou de
corrigir um prejuízo causado" , nem para elogiar.
O substantivo apologia (traduzido em português pelo
verbo "responder" em 1 Pedro 3:15, acima citado) é empregado mais
sete vezes no Novo Testamento:
Atos 22:1 "Irmãos
e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós."
Atos 25:16 "A
eles respondi que não é costume dos romanos condenar quem quer que seja, sem
que o acusado tenha presentes os seus acusados e possa defender-se da
acusação."
1 Coríntios 9:3 "A
minha defesa perante os que me interpelam é..."
2 Coríntios 7:11 "Porque, quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que segundo
Deus fostes contristados! que defesa, que indignação, que temor, que saudades,
que zelo, que vindita! em tudo destes prova de estardes inocentes neste
assunto."
Filipenses 1:7 "...
porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e
confirmação do evangelho, pois todos sois participantes da graça comigo."
Filipenses 1:16 "...
estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho."
2 Timóteo 4:16 "Na
minha primeira defesa ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que
isto não lhes sej a posto em conta."
A maneira como a palavra "responder"
(isto é, "defender") é empregada em 1 Pedro 3:15 indica o tipo de
defesa que alguém apresentaria perante um inquérito policial: "Por que
você é cristão?" Um crente é responsável por dar uma resposta adequada a
essa pergunta.
Paul Little cita John Stott como tendo dito:
"Não podemos fomentar a arrogância intelectual de uma pessoa, mas devemos
alimentar sua integridade intelectual" (E eu acrescentaria que devemos
responder a perguntas feitas com sinceridade).
Beattie conclui que: "Ou o cristianismo é TUDO
para a humanidade, ou então não é NADA. Ou é a maior das certezas ou a maior
das desilusões. .. Mas se o cristianismo for TUDO para a humanidade, é
importante que cada pessoa seja capaz de apresentar uma boa razão para a
esperança que possui em relação às verdades eternas da fé cristã. Aceitar tais
verdades sem ponderar a respeito, ou aceitá-las simplesmente por causa da
autoridade que têm, não é suficiente para uma fé inteligente e estável."
A tese "apologética" fundamental destas
anotações é: "Existe um Deus infinito, de sabedoria, poder e amor
absolutos, que se revelou, por meios naturais e sobrenaturais, na criação, na
natureza do homem, na história de Israel e da Igreja, nas páginas das Santas
Escrituras, na sua encarnação em Cristo, e, através do evangelho, no coração
daquele que crê."
Fonte:
Josh McDowell; "Evidências
que exigem um veredito, vol. I"; ed. Candeia, pg.1-2.
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