quinta-feira, 13 de junho de 2013

Criacionista demitido


Michael Reiss, diretor de Educação da prestigiada Royal Society, do Reino Unido, é obrigado a deixar cargo por defender também o ensino da Criação em sala de aula.

O delicado debate entre ciência e religião acaba de ganhar mais um capítulo. O comentário de um renomado pesquisador inglês sobre o criacionismo abriu um racha no meio científico inglês e culminou com a renúncia do biólogo Michael Reiss, diretor de Educação da prestigiosa Royal Society, a academia de ciências do Reino Unido. Há uma semana, durante um Festival da Ciência, em Liverpool, Reiss – que também é pastor da igreja Anglicana – disse ser favorável à discussão sobre todas as formas alternativas para a origem do universo, inclusive o criacionismo, que defende a ideia de que o mundo foi criado por Deus, conforme registra a Bíblia Sagrada.


Segundo ele, embora o criacionismo não tenha qualquer base científica, o assunto deveria ser discutido nas salas de aula, porque a sua exclusão somente faria com que muitas crianças, vindas de famílias religiosas, se distanciassem cada vez mais da ciência. Criticado por outros cientistas e pressionado pela sua própria instituição, Michael Reiss, que disse ter sido mal interpretado, foi levado a abandonar o cargo. O fato gerou críticas também à Royal Society. Em comunicado oficial divulgado na terça-feira, a entidade, que já teve o naturalista Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, entre seus integrantes declarou seu apoio ao pedido de demissão de Reiss.

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