Michael Reiss, diretor de Educação da prestigiada
Royal Society, do Reino Unido, é obrigado a deixar cargo por defender também o
ensino da Criação em sala de aula.
O delicado debate entre ciência e religião acaba de
ganhar mais um capítulo. O comentário de um renomado pesquisador inglês sobre o
criacionismo abriu um racha no meio científico inglês e culminou com a renúncia
do biólogo Michael Reiss, diretor de Educação da prestigiosa Royal Society, a
academia de ciências do Reino Unido. Há uma semana, durante um Festival da
Ciência, em Liverpool, Reiss – que também é pastor da igreja Anglicana – disse
ser favorável à discussão sobre todas as formas alternativas para a origem do
universo, inclusive o criacionismo, que defende a ideia de que o mundo foi
criado por Deus, conforme registra a Bíblia Sagrada.
Segundo ele, embora o criacionismo não tenha
qualquer base científica, o assunto deveria ser discutido nas salas de aula,
porque a sua exclusão somente faria com que muitas crianças, vindas de famílias
religiosas, se distanciassem cada vez mais da ciência. Criticado por outros
cientistas e pressionado pela sua própria instituição, Michael Reiss, que disse
ter sido mal interpretado, foi levado a abandonar o cargo. O fato gerou
críticas também à Royal Society. Em comunicado oficial divulgado na
terça-feira, a entidade, que já teve o naturalista Charles Darwin, o pai da
teoria da evolução, entre seus integrantes declarou seu apoio ao pedido de
demissão de Reiss.
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