As leis físicas da natureza, como por exemplo as
leis da gravidade, da termodinâmica, e do movimento, são ensinadas com a
inferência de que elas sempre estiveram e sempre continuarão a estar em ação.
Semelhantemente, com as grandezas físicas (tais
como a velocidade da luz, a intensidade das ligações químicas, as propriedades
físicas e químicas das substâncias), há de novo essa inferência de que os
valores e as propriedades determinados atualmente são os mesmos que teriam sido
determinados em qualquer tempo, quer no passado, quer no futuro.
Essa inferência, contudo, é verdadeira somente para
o período de tempo que decorre desde a Criação pelo onipotente Criador até o
dia em que “os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se
desfarão abrasados e a Terra e as obras que nela existem serão atingidas” (1).
Além disso, a palavra de Deus relata que Deus “é
antes de todas as coisas, nEle tudo subsiste” (2).
De fato, porque Deus é imutável (3), não é
irrazoável deduzir que a maioria das leis que regem a Ciência, bem como as
propriedades físicas e químicas da matéria, não se têm alterado desde a
Criação, e não se alterarão até a “destruição”. Deve, entretanto, ser notado
que certas propriedades mensuráveis não são constantes, o seu valor variando de
ano a ano, como por exemplo a posição na esfera celeste para a qual aponta o
Polo norte (4) e o valor do momento magnético terrestre (5).
É dada pouca consideração, pelos estudantes das
Ciências, à veracidade e/ou às implicações da inferência anterior, porque, de
maneira geral, a Hipótese Uniformista está integrada no todo da Ciência, e é
aceita consciente ou inconscientemente como verdade sem contestação. Essa
hipótese, que foi divulgada por Charles Lyell (1797-1875) no seu famoso livro
“Princípios de Geologia”, pode ser expressa resumidamente como “o presente é a
chave para o passado”.
Pensa-se comumente que essa hipótese é aplicada
somente ao campo da Geologia, onde se ensina que todos os processos geológicos
ora em operação na Terra, estiveram em ação da mesma maneira no passado, ao
longo de períodos de tempo extremamente longos, e que tais processos graduais
são os responsáveis pelo mundo tal qual o vemos hoje, com os seus continentes
de montanhas, vales e estratos fossilíferos. Pode-se ver, entretanto, que a
hipótese do Uniformismo de Lyell está em ação não só no campo da Geologia, como
também em todas as áreas da Ciência.
Referências:
(l) II Pedro 3:10 (Tradução da “Authorized
Version”).
(2) Colossenses 1:17 (Tradução da “The Amplified
Bible”).
(3) Malaquias 3:6.
(4) Moore, Patrick. 1961. Astronomy. Oldbourne,
London, p. 22.
(5) Barnes, Thomas G. 1971. Decay of the earth's
magnetic moment and the geochronological implications, Creation Research
Society Quarterly, 8(1): 24 - 29. June.
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