Um grupo de pesquisadores norte-americanos, europeus e etíopes
recentemente observou uma grande fissura no noroeste da Etiópia, que poderia
dar origem a um novo oceano.
A fissura tem cerca de 60 km de comprimento e 4 m de largura, e
formou-se em apenas três semanas, em conseqüência de um terremoto em 14 de
setembro de 2005. Os geólogos já sabiam que o continente africano estava se
dividindo em duas partes, na sua metade mais oriental, a uma velocidade de cerca de 2 cm por ano, ao longo de uma linha
traçada desde o norte, passando pelo Mar Vermelho, e chegando à Etiópia,
Quênia, Ruanda, Uganda e Tanzânia. Mais ao norte dessa fissura recém-formada, existem
numerosas outras que estão sendo inundadas por água procedente do Mar Vermelho.
Quando essas outras se ligarem à anterior, começará a formar-se um novo oceano.
Os
geólogos associam este fenômeno com a teoria da tectônica de placas, que aceita
que a crosta terrestre é formada por várias placas, como uma casca de ovo
fraturada. Essas placas se deslocam entre si mediante mecanismos ainda não bem
entendidos, movimentando as massas continentais (deriva continental) e
originando fortes tensões nas massas rochosas. Os modelos atuais da crosta
terrestre mostram que as bordas das placas em movimento correspondem a faixas
de elevada sismicidade e vulcanismo, como o litoral oeste das Américas, as
ilhas do Japão, Filipinas, Borneo, Sumatra, Nova Zelândia e zonas
intracontinentais, como as cordilheiras do Himalaia e os Alpes.
Segundo
a maioria dos geólogos, esses deslocamentos das placas ocorrem ao longo de
quase toda a história da terra, que atinge vários bilhões de anos. Diversos
cientistas criacionistas estão desenvolvendo modelos informatizados para explicar
a tectônica de placas em um intervalo de tempo reduzido. Austin et al.
sugeriram um modelo catastrófico de placas, ocorrendo durante o dilúvio
relatado em Gênesis (1). Qualquer modelo de tectônica de placas deve explicar
vários aspectos importantes da estrutura e composição da crosta terrestre: os
cinturões de sismicidade e vulcanismo nas regiões dos Oceanos Pacífico, Índico,
Atlântico e nas zonas continentais, a distribuição e elevação das cadeias de
montanhas associadas à colisão de placas, a distribuição de faunas e floras
fósseis semelhantes em ambos os lados de certas bacias oceânicas (Atlântica e
Índica), e a presença de sinais de paleomagnetismo nas rochas do leito oceânico
que parecem emergir das profundezas à medida em que as placas se separam.
Referências:
1. Austin, S.A., Baumgardner, J.R., Humphreys R., Snelling A.A., Vardiman L., Wise K.P. 1994. "Catastrophic Plate Tectonics: A Global flood model of earth history". The third intenational Conference on Creationism, Pittsburgh, Pennsylvania, Proceedings: 609-621.
1. Austin, S.A., Baumgardner, J.R., Humphreys R., Snelling A.A., Vardiman L., Wise K.P. 1994. "Catastrophic Plate Tectonics: A Global flood model of earth history". The third intenational Conference on Creationism, Pittsburgh, Pennsylvania, Proceedings: 609-621.
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