quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Forma-se um novo oceano na África


Um grupo de pesquisadores norte-americanos, europeus e etíopes recentemente observou uma grande fissura no noroeste da Etiópia, que poderia dar origem a um novo oceano.

A fissura tem cerca de 60 km de comprimento e 4 m de largura, e formou-se em apenas três semanas, em conseqüência de um terremoto em 14 de setembro de 2005. Os geólogos já sabiam que o continente africano estava se dividindo em duas partes, na sua metade mais oriental, a uma velocidade de cerca de 2 cm por ano, ao longo de uma linha traçada desde o norte, passando pelo Mar Vermelho, e chegando à Etiópia, Quênia, Ruanda, Uganda e Tanzânia. Mais ao norte dessa fissura recém-formada, existem numerosas outras que estão sendo inundadas por água procedente do Mar Vermelho. Quando essas outras se ligarem à anterior, começará a formar-se um novo oceano.

Os geólogos associam este fenômeno com a teoria da tectônica de placas, que aceita que a crosta terrestre é formada por várias placas, como uma casca de ovo fraturada. Essas placas se deslocam entre si mediante mecanismos ainda não bem entendidos, movimentando as massas continentais (deriva continental) e originando fortes tensões nas massas rochosas. Os modelos atuais da crosta terrestre mostram que as bordas das placas em movimento correspondem a faixas de elevada sismicidade e vulcanismo, como o litoral oeste das Américas, as ilhas do Japão, Filipinas, Borneo, Sumatra, Nova Zelândia e zonas intracontinentais, como as cordilheiras do Himalaia e os Alpes.

Segundo a maioria dos geólogos, esses deslocamentos das placas ocorrem ao longo de quase toda a história da terra, que atinge vários bilhões de anos. Diversos cientistas criacionistas estão desenvolvendo modelos informatizados para explicar a tectônica de placas em um intervalo de tempo reduzido. Austin et al. sugeriram um modelo catastrófico de placas, ocorrendo durante o dilúvio relatado em Gênesis (1). Qualquer modelo de tectônica de placas deve explicar vários aspectos importantes da estrutura e composição da crosta terrestre: os cinturões de sismicidade e vulcanismo nas regiões dos Oceanos Pacífico, Índico, Atlântico e nas zonas continentais, a distribuição e elevação das cadeias de montanhas associadas à colisão de placas, a distribuição de faunas e floras fósseis semelhantes em ambos os lados de certas bacias oceânicas (Atlântica e Índica), e a presença de sinais de paleomagnetismo nas rochas do leito oceânico que parecem emergir das profundezas à medida em que as placas se separam.


Referências:
1. Austin, S.A., Baumgardner, J.R., Humphreys R., Snelling A.A., Vardiman L., Wise K.P. 1994. "Catastrophic Plate Tectonics: A Global flood model of earth history". The third intenational Conference on Creationism, Pittsburgh, Pennsylvania, Proceedings: 609-621.

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