Daniel L.
Gard: Professor de Teologia Exegética no Concordia Theological Seminary.
Ponto de vista: Continuidade Escatológica
A proposta de Daniel L. Gard segue o seguinte
pensamento:
Deus não agia com justiça apenas para com os povos
pagãos. Israel também sofreu genocídios devido a sua desobediência à Deus. Diversas
vezes Deus usou outras nações para trazer juízo contra Israel.
Há também o álibi da proposta de paz que Dt 20
relata:
10 Quando te
achegares a alguma cidade para combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz.
11 E será
que, se te responder em paz, e te abrir as portas, todo o povo que se achar
nela te será tributário e te servirá.
12 Porém, se
ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a sitiarás...
Nisso fica explícito que em alguns casos, Israel
antes de atacar uma cidade deveria antes de tudo propor a paz. Porém, não
sabemos se houve esta proposta para com o caso dos cananeus.
As guerras de Javé em alguns casos foram
literalmente uma guerra entre Deus e os exércitos inimigos. Em alguns casos, o
exército israelita apenas assistiu a destruição do exército inimigo.
No NT a Igreja é o povo de Deus e não mais Israel.
O povo de Deus no NT não tem fronteiras políticas nem territoriais. Não forma
exércitos, nem luta em batalhas com armamento, antigo ou moderno. Apesar dos
cristãos estarem envoltos em guerras, entretanto, a sua identidade é apenas a
de organismo teológico, cuja guerra não é carnal, mas espiritual. Nisto,
nenhuma nação a partir do Messias pode reivindicar ser povo de Deus. Definitivamente
o termo pertence à Igreja. E esta não reivindica mais guerras no sentido físico.
Quando Israel o fez, o fez sobre ordens dEle. A
guerra entre o povo de Deus e os inimigos dele não acabou. A Parousia trará o
final absoluto das duas dimensões da guerra (Espiritual e física).
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