"Em 1912, William Dawson e A.S.Woodward
anunciaram a descoberta de um homem semelhante ao macaco, nos rochedos do
planalto de Kent, na Inglaterra. O crânio fóssil estava quebrado, mas
praticamente completo e essencialmente humano. A mandíbula, por outro lado,
parecia-se muito com a do macaco. Junto ao crânio, encontravam-se ossos de
elefante afiado na ponta.
Imediatamente, alguns cientistas disseram que a
mandíbula não pertencia ao crânio; outros afirmavam, com igual firmeza, que
pertencia. Enquanto a discussão prosseguia, foram feitas novas escavações que
resultaram na descoberta, em outro local, de dois pedaços de crânio e um dente.
Desde que isto parecia demasiado para uma
coincidência, muitos que haviam refutado a descoberta original mudaram de
opinião e aceitaram. Esta aceitação foi feita apesar do dente na segunda
descoberta ter sido desgastado artificialmente e um dos fragmentos do crânio
parecer parte do encontro anteriormente. Seria, de fato, muito suspeito
encontrar uma parte do crânio original a poucas milhas de distância. Todavia,
esses fatos foram desprezados.
Em 1953, Kenneth Oakley completou alguns testes químicos
sobre o material. Eles provaram que o crânio e a mandíbula não pertenciam à
mesma criatura e que nenhum dos dois correspondia aos ossos de animal
encontrados. O homem de Piltdown acabou sendo apenas a função de um crânio
humano moderno com a mandíbula de um macaco. O material tinha sido tratado
quimicamente para parecer velho, assim como os dentes. Ninguém sabe ao certo
quem preparou o embuste, mas ele foi capaz de enganar a ciência moderna por
mais de quarenta anos. É surprendente como esses fatos passaram despercebidos
durante quarenta anos".
Josh
McDowell
"As
diversas reconstruções do homem de Piltdown feitas por Smith - Woodward, Keith
e outros peritos, diferem muito entre si. Tentar restaurar as partes moles é
mesmo uma tarefa muito arriscada. Os lábios, os olhos, as orelhas e a
protuberância nasal, não representam nenhuma pista que ajude a determinar a
forma esqueletal básica. Alguém pode, com a mesma facilidade, modelar sobre o
crânio de Neanderthal o contorno de um chipanzé ou as feições de um filósofo.
As alegadas restaurações de primitivos tipos de homens têm pouco valor
científico, se é que têm algum. No entanto, têm a capacidade de enganar o
público".
A.E.Hogton
Professor da Universidade de Harward
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