Chandu Ray aos 14 anos já havia lido grande parte da
literatura religiosa do seu povo, sua mãe que era super-religiosa, o havia
convidado para fazer uma viagem pelas montanhas da Índia em busca de fluidos
dos deuses. Haviam-lhes dito que, se subissem certa montanha, jamais desceriam
dali da mesma maneira. Eles foram, mas, conta ele, "descemos do mesmo
jeito que éramos antes de subirmos". Vazio, angustiado, triste, continuo
lendo tudo que vinha para às suas mãos. Não satisfeito, converteu-se ao Budismo.
Cursou uma escola budista durante quatro anos, aprofundou-se no assunto e,
ainda descontente, converteu-se ao Maometismo. Estudou a religião e chegou a
fazer faculdade maometana. Mas não se satisfez. Apostatou de tudo, até que um
dia, enfermo, foi parar num hospital. Ali o colocaram ao lado do leito de um
cristão. Tratava-se de um homem cego que seria operado na manhã seguinte.
Foi o próprio cego quem lhe perguntou:
- Quem é você?
- Sou Chandu Ray - veio a resposta.
- Você é cristão?
- Não, não sou.
- Então, quero compartilhar uma coisa com você -
declarou o cego. E falou da morte e ressurreição de Jesus.
Chandu Ray arregalou os olhos e quis a confirmação:
- E você crê mesmo nisto?
- Eu creio - garantiu o cego.
- Então, se ele ressuscitou, por que você vai fazer
essa operação amanhã?
- Eu não entendo - disse o cristão.
- Ele ressuscitou? - Tornou a perguntar.
- Ressuscitou - confirmou o outro.
- Então, você não quer que, hoje à noite, nós
peçamos ao Jesus que ressuscitou que cure os seus olhos?
- É... não sei. Pode ser. Quem sabe?
E foi Chandu Ray quem propôs:
- Vamos orar.
Desde a primeira hora em que ouviu falar de Jesus,
dobrou os joelhos. E ele conta que oraram de meia-noite até às seis da manhã. E
que haviam chorado muito. "Enquanto eu pedia por ele, entregava o meu
próprio coração a Jesus," afirmou Chandu.
Às seis da manhã, levaram o homem para sala de
cirurgia mas, dentro de pouco tempo, o médico voltou correndo ao quarto,
perguntando:
- O que vocês fizeram durante a noite?
- Nós oramos - respondeu Chandu Ray - Por que?
- Porque eu tirei a venda dos olhos dele e ele está
curado. O que foi que vocês fizeram? Vocês choraram?
- Foi só o que nós fizemos: oramos e choramos a
noite toda.
E o médico pensou alto, um tanto
supersticiosamente:
- Quem sabe as lágrimas foram um santo
colírio?..."
Chandu Ray hoje é Bispo da Igreja Anglicana na
Índia.
Uma dramática história acontecida neste século é a
vida do jovem Sadu Sundar Sing, filho de um importante homem da Índia. Ele
conheceu Jesus Cristo como Senhor e Salvador e se deixou envolver inteiramente
por ele. Convertera-se a deus de toda a sua alma. O pai achou que ele cometera
uma loucura, e na esperança de dissuadi-lo mandou raspar-lhe a cabeça,
tirando-lhe o direito à herança. Mas o jovem Sundar Sing não se deixou
intimidar. Enviado à própria corte do Rei, este lhe prometeu todas as
honrarias, contanto que abandonasse a fé. Ao que ele respondeu: "Saiba,
vossa Majestade, que o tesouro que encontrei em Jesus ninguém neste mundo pode
me oferecer".
Em vista disso um tio seu, triste e furioso ao
mesmo tempo, apelou para uma última tentativa. Levou-o aos porões de sua casa,
onde se encontrava o depósito de todos os bens da família: jóias, prata, ouro,
riquezas em abundância. Tirou o turbante da cabeça - sinal de maior humilhação
para um homem daquela estirpe - e lhe disse: "tudo isto será seu, se você
abandonar Jesus". E o garoto de apenas quatorze anos se manteve firme na
sua inabalável recusa.
O tio o devolveu ao pai, que o envenenou. Ainda
espumando, agarrou-se a um trem e foi socorrido por dois missionários numa
cidade vizinha. Por um milagre de Deus sua vida foi preservada - milagre tão
evidente que o médico que cuidou dele converteu-se na manhã seguinte.
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