Por Dr. Thomas G. Barnes
Há três campos de força importantes associados com
o planeta terra, um campo gravitacional, um campo elétrico, e um campo
magnético. O campo gravitacional nos atrai para a terra e nos impede de sair
voando para o espaço devido à rotação da terra. O campo elétrico da terra é
muito instável e produz tempestades elétricas de lugar em lugar e em momentos
impossíveis de se prever.
O campo magnético da terra é devido a uma corrente
elétrica enorme, bilhões de Ampères, circulando no núcleo da terra. Mas as
complicações principais são o fato que há uma infinidade de fontes estranhas
que produzem distorção no campo magnético. Como conseqüência, o campo magnético
da terra é muito complexo. A instabilidade aparece às vezes como tremendas
tempestades magnéticas e impede transmissões transoceânicas de rádio. Existem
todo tipo de anomalias que resultam em distorção no campo magnético. Muitas
variações no campo magnético são impossíveis de serem previstas no tempo e na
sua localização.
Navegantes não dependem mais da bússola magnética
como antigamente. Quando os navegantes usavam a bússola magnética eles tinham
que atualizar os mapas magnéticos para prover correções de divergências
grosseiras no campo magnético da terra de lugar para lugar sobre o globo
terrestre. Isto lhes ajudava a corrigir as orientações para "falsas"
direções indicadas pela bússola, mas os mapas não podem corrigir todas as
distorções.
Apesar de toda a distorção do campo magnético, há
métodos modernos de redução de dados ao tomar uma época de dados mundiais e
"lavando" o "ruído" (distorção) obtendo assim o campo
magnético básico. O campo básico é aquele campo produzido pela corrente que
circula no núcleo da terra. Este campo básico é chamado de campo dipolo. É
semelhante ao campo magnético de um único imã localizado perto do centro da
terra e tendo um polo norte e outro polo sul, daí o nome de dipolo. Às vezes
este é chamado de o campo magnético principal da terra. O campo magnético
dipolo é o campo magnético de interesse neste artigo.
RÁPIDO
DECAIMENTO DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA
É de conhecimento que o campo magnético da terra
está se deteriorando mais rapidamente que qualquer outro fenômeno geofísico
mundial. Uma reportagem técnica da ESSA dá os valores do momento do dipolo
magnético da terra (o vetor que dá a força e direção do imã) desde o tempo em
que Karl Gauss fez a primeira avaliação em 1835. As avaliações foram feitas a
cada 10 ou 15 anos. Cada avaliação requereu leituras mundiais precisas durante
um período (em torno de um ano cada) e uma redução matemática especial para
"lavar" o "ruído". Estes dados fidedignos mostram
claramente a decadência relativamente rápida. O relatório declarou que o campo
magnético da terra, em projeção de linha reta, desapareceria no ano de 3991 DC.
Mas uma decadência deste tipo é exponencial e neste caso tem uma meia-vida de
1400 anos.
Um relatório preliminar, relativamente recente, de
um satélite da NASA, evidencia uma decadência rápida do campo magnético da
terra. Nenhum cientista sério desmente o fato da diminuição rápida do campo
magnético da terra, nem questiona que a corrente elétrica a ele associada, no
núcleo da terra, está gastando energia. A taxa presente de perda é sete bilhões
de quilowatts hora por ano. A terra está esgotando aquela energia original que
teve em seu campo magnético original.
DEGRADAÇÃO
PREVISÍVEL DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA
A fonte original do campo magnético da terra era a
corrente elétrica original que circulava no núcleo da terra. Ninguém sabe sobre
como aquela corrente elétrica começou mais do que se sabe por que a terra
estava girando originalmente ao redor do seu eixo. Os dois não são relacionados
entre si mas ambos são estados originais da terra.
A corrente elétrica e seu campo magnético associado
têm se deteriorado desde a origem da terra. Alguém poderia perguntar por que a
corrente elétrica não desapareceu mais rapidamente? A lei de indução de Faraday
impediu o desaparecimento mais rápido. A medida que o campo magnético diminui
ele induz uma corrente elétrica que se opõe à decadência e esta estende seu
tempo de vida. O enorme balanço deste fenômeno responde por tal vida estendida.
O raio do núcleo da terra é de 3.473 x 106 metros. A questão física total deste
problema é formidável mas foi resolvido2-3. A solução prediz a decadência. A
equação de meia-vida se escreve:
* Meia-vida = 2,88 x 10 -15 (Condutividade) (Raio
2) (onde a meia-vida está em anos, o raio em metros, e a condutividade está em
mhos/metro).
O senhor Horace Lamb obteve esta equação em 1833.
Como mencionado na seção anterior, pela análise estatística dos dados foi
obtida uma meia-vida de 1400 anos. Lamb não teve um bom valor para a
condutividade e por isto não foi capaz de fazer uma boa previsão, mas ele sabia
que duraria apenas por alguns milhares de anos e que isto era uma explicação
plausível para o campo eletromagnético da terra. Ainda é a única explicação
teórica/matemática razoável. Esta agora pode ser usada para avaliar a
condutividade elétrica do núcleo da terra, porque os dados mostram uma
meia-vida de 1400 anos. O valor da condutividade elétrica do núcleo é, por esta
equação, igual a 4.04 5 x 104 mhos/meter. Isto é um valor muito razoável para
ferro fundido debaixo das temperaturas calculadas para o núcleo da terra. Este
é o único bom meio de se fazer uma avaliação da condutividade do núcleo da
terra.
Retrocedendo no tempo para muitos milhares de anos,
esta equação fornece um valor insuportavelmente grande para o campo magnético e
do calor eletricamente gerado, armazenado no núcleo da terra. (Veja Monografia
Técnica do ICR: Origem e Destino do Campo Magnético da Terra.4) Nesta
monografia foi mostrado um postulado razoável para se obter um limite superior
de idade de 10,000 anos para a terra.
REFUTAÇÃO DA
HIPÓTESE DA REVERSÃO
Para proteger a cronologia de longa idade, os evolucionistas
mantém uma hipótese de reversão. É dito que o campo magnético tem permanecido a
essencialmente o mesmo valor durante o tempo geológico, com exceção de
intervalos, nos quais entrou por uma reversão, diminuindo para zero e se
levantando novamente com a polaridade inversa. Supõe-se que a última reversão
tenha acontecido uns 700.000 anos atrás.
A hipótese de reversão não tem nenhum apoio teórico
válido. Isso é reconhecido em um recente artigo da Cientific American:
"Ninguém desenvolveu uma explicação de por que as reversões de sinal
acontecem. As reversões fortuitas aparentes do campo do dipolo da terra
permaneceram inescrutináveis." (5)
Também não se dispõe de quaisquer dados seguros
para apoiar a hipótese de reversão. Já foi feita referência ao grande número de
perturbações magnéticas, "ruído" que dificulta avaliar o momento do
dipolo magnético da terra sempre quando se usa medidas absolutas para toda a
terra. No entanto, é absolutamente essencial que se avalie o momento magnético
da terra se se pretende reivindicar conhecer o estado do imã da terra naquele
momento.
A grande quantidade de dados sobre anomalias
magnéticas é importante em exploração porque elas são evidências de não
uniformidades onde se poderia esperar por encontrar minerais, etc. Mas elas são
inúteis no que concerne a história do imã dipolo da terra.
Em referência para as reivindicações sobre os
padrões de magnetização do fundo do mar que se relacionam a uma história do
campo magnético da terra e vento continental, A.A. e Howard Meyerhoff dão uma
refutação extensa e muito firmemente concluem: " As denominadas anomalias
magnéticas não são o que se pretende que elas sejam - uma " gravação de
fita" de eventos magnéticos durante a criação do chão do oceano novo entre
continentes ". (6)
Um dos fatores que fazem a magnetização de pedra
completamente independente como evidência para as alegadas reversões é o
processo de auto-reversão que é conhecido existir em pedras, totalmente
independente do campo magnético da terra. Richard Doell e Alan Cox atestam que:
" A magnetização invertida de algumas pedras é agora conhecido ser devido
a um mecanismo de auto-reversão. Além disso, foram propostos muitos mecanismos
de auto-reversão teóricos. . . Porém, para definitivamente rejeitar a hipótese
de reversão de campo é necessário mostrar que todas as pedras reversamente
magnetizadas as são devido à auto-reversão. Esta seria uma tarefa muito difícil
porque alguns dos mecanismos de auto-reversão são de difícil detecção e não são
reproduzíveis em laboratório". (7) É interessante notar que estes autores
tentam mudar o peso da prova para os oponentes da hipótese da reversão, mas
fazendo assim eles destróem a confiabilidade dos mesmos dados dos quais eles
dependem.
J.A. Jacobs afirma que: "Isto mostra que a
gente deve ser cauteloso sobre interpretar todas as reversões como sendo devido
a uma reversão de campo e o problema de decidir quais pedras indicam uma
reversão do campo, pode em alguns casos ser extremamente difícil. Provar que
uma amostra de pedra invertida foi magnetizada por uma reversão do campo da
terra, implica em mostrar que não pode ter sido invertido por um processo
físico-químico. Esta é então uma tarefa virtualmente impossível porque mudanças
físicas podem ter ocorrido desde a magnetização inicial ou podem acontecer
durante certos testes " de laboratório".
Um forte conflito de dados acontece quando uma
comparação direta é feita entre
1) as avaliações em tempo real do campo dipolo
magnético através de Gauss et al, e
2) deduções de avaliações do "campo"
magnético seguindo suposições evolutivas sobre a magnetização em pedras e
artefatos.
Durante os dois séculos passados o trabalho de
Gauss et al mostrou uma degradação contínua do campo magnético da terra. Isso
geralmente é aceito como fato, considerando-se que o método de pedra-artefato
magnetizado não mostra qualquer traço desta tendência.
CONCLUSÃO
A única explicação matemática teórica válida e os
únicos dados sustentáveis apoiam a conclusão de que o campo magnético da terra
foi criado com uma quantia considerável de energia magnética original e tem se
deteriorado continuamente desde então e que está indo em direção à sua extinção
em mais alguns mil anos. Olhando para trás no tempo, há uma idade limite porque
há um limite para a quantidade de energia magnética que a terra poderia ter
tido originalmente. Postulados razoáveis sobre o campo magnético máximo da
terra poderia ter o limite para sua idade para alguns mil anos.
A hipótese de reversão que foi proposta para
estender o campo magnético por bilhões de anos não tem, nem uma base matemática
teórica válida, nem apoio observacional. Os dados de paleo-magnetismo dos quais
se depende para apoio não se correlacionam com o estado do campo magnético da
terra, isto é, seu momento magnético.
REFERÊNCIAS
1. McDonald, K.L. and R.H. Gunst, Earth’s Magnetic
Field 1835 to 1965, ESSA Tech. Rept. U.S. Dept. Com, 1967, pp 1 & 15.
2. Lamb, H., Phil. Trans., London V. 174, 1883, pp.
519-549.
3. Barnes T. G. Creation Research Society
Quarterly. Vol 9(l) 1972, pp. 47-50.
4. Barnes T. G.., Origin and Destiny of the Earth’s
Magnetic Field, ICR Tech. Mon. No. 4, 1973.
5. Carrigan C. R. and David Gubbins The source of
the Earth’s Magnetic Field. Sci. Amer., feb. 1979 p 125
6. A. A. and Howard Meyerhoff, "The new Global
Tectonics, Amer. Assoc. Petr. Geolo., Bul. V. 56 (2),1972 p. 337. Doell,
Richard and Allrn Cox, Mining Geophysics, V. II, Soc. Expl. Geophysicist’s,
1967, p. 452.
8. Jacobs, J. A., The Earth’s Core and
Geomagnetism, MacMillan, pp 105-106.
9. Burlatskaya, S. P. "Change in Geomagnetic
lntencity in the Last 8500 Years," Inst. of Terrestrial Physics, USSR
Acad. Sci., 1969, pag. 547.
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