sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O Cavalo evoluiu?


A suposta linhagem evolucionária do cavalo é a mais famosa de todas as linhagens. Em qualquer debate sobre a evolução do cavalo, cinco estágios perfeitamente esquematizados são geralmente apresentados.

Cerca de 50 milhões de anos atrás, segundo se acredita, uma pequena criatura chamada eohippus deu início à evolução do cavalo. Acredita-se que o eohippus evoluiu do período oligoceno, transformando-se em uma criatura chamada mesohippus.

O mesohippus, por sua vez, evoluiu para o merychippus que origiou o pliohippus no período plioceno, há cinco milhões de anos. O pliohippus evoluiu, então, para o cavalo moderno. Isto, pelo menos, é o que nos contam.

Vários problemas estão ligados a esta interpretação. Primeiro, só cinco espécimes são mostrados. A medida que aumenta de tamanho, suas quatro úngulas (ou seja, cascos partidos em quatro) diminuíram gradualmente, até que o cavalo atual passou a correr sobre uma única úngula. Esses cinco espécimes são selecionados dentre um bom número de possiblidade. J. Z. Young diz:

"Os tipos conhecidos de cavalos dividem-se em 350 espécimes, mas apenas uma pequena proporção deles pode ser seguramente classificada como próxima à linha direta de evolução até o equus (o cavalo)". (1)

Em outras palavras, cinco espécimes dentre os 350 disponíveis foram incluídos na linha evolucionária direta, em detrimento dos outros 345.

Como esses cinco espécimes foram escolhidos? A linhagem evolucionária do cavalo foi proposta por V. C. Kowalevsky, em 1874 (2). Ele traçou uma linhagem que incluía três "cavalos" fósseis do hemisfério oriental e o cavalo moderno. esta linhagem foi substituída quando H. F. Osborn, ex-diretor do Museu Norte-americano de História natural, publicou sua teoria sobre a linhagem evolucionária do cavalo. Nenhum dos espécimes de Kowalevsky foi incluído no trabalho de Osborn, e os quatro espécimes fósseis propostos por Osborn são correntemente aceitos.

Ficamos imaginando se a linhagem proposta por Kowalevsky poderia ser ainda aceita sem a intervenção de Osborn... É também provável que linhagens completamente diferentes pudessem ser elaboradas com base nos 350 espécimes disponiveis.

Dott e Batten comentam sobre a obra de Osborn:
"Até recentemente estávamos sob a ilusão de que a tese de Osborn estava correta e plenamente desenvolvida. Coleta intensa durante mais de 30 anos mostrou que o quadro ortogenético traçado por Osborn não passa de uma grosseira e exagerada simplificação. Desde que a nossa exposição precisa ser breve, iremos seguir sua descrição simplificada, reconhecendo que as tendências nem sempre são consistentes nos grupos". (3)

Os professores admitem que Osborn exagera na simplificação do quadro, todavia eles o apresentam aos alunos como fato comprovado. A extensão do excesso de simplificação fica evidente depois de lermos a explicação de Young de como certo espécime fóssil é enquadrado na linhagem. Ele diz:

"Os restos fósseis não são geralmente encontrados em uma longa série de estratos, de modo a termos certeza de que uma população evoluiu para outra. Todavia, a datação dos fósseis pode, com freqüência, ser feita com considerável exatidão por meio de animais associados, e uma série pode ser, assim, produzida como seria de se esperar no progresso do hyracotherium para o equus. Existem, porém, muitos fósseis que mostram desenvolvimentos especiais e não podem ser enquadrados na série direta. Supõe-se que essas sejam linhas divergentes. É preciso enfatizar que isto é arbitrário, embora, provavelmente, seja um procedimento justificável. Essas ´linhas secundárias` são tão numerosas que imediatamente lançam suspeita sobre a idéia de que houve qualquer ´tendência`única e uniforme na evolução do cavalo. São conhecidos pelo menos doze tipos suficientemente marcantes para serem classificados como gêneros, além daqueles que levam diretamente ao equusna linhagem. Existe, naturalmente, um número muito maior de linhas evolucionárias mais curtas e independentes nesses gêneros". (4)

O primeiro problema
O primeiro problema apresentado por Young é que esses fósseis acham-se tão espalhados ao redor do mundo que ninguém tem qualquer prova de que um grupo poderia evoluir para outro.

O segundo problema
O segundo problema ocorre quando se tenta enquadrar um espécime na linhagem. Não existe prova de que aqueles que não se "enquadram" sejam "linhas secundárias" em relação à principal. Os cinco espécimes não poderiam sempre ser mostrados como "linhas secundárias" e um outro conjunto como a linha principal?

Finalmente
Finalmente, Young admite que é duvidoso ter havido uma "tendência" uniforme na evolução do cavalo. Se não existe essa "tendência", por que insistem em apoiar o excesso de simplificação uniforme de Osborn?

Notas:
(1). J. Z. Young, The Life of vertebrates, pg.726.
(2). Bolton Davidheiser, Evolution and Christian Faith; pg.324.
(3). Robert H. Dott Jr e Roger L. Batten, Evolution of the earth, pg.434.
(4). J. Z. Young, The Life of Vertebrates, pg.735-736.

Fonte:

Josh McDowell & Don Stewart; "Razões para os Céticos Considerarem o Cristianismo"; ed. Candeia, pg.189-191

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