Harold S.
Slusher
Este artigo comenta alguns dados, observações e
descobrimentos recentes, que são significativos em relação ao tempo. Se a terra
e o Universo são bastante jovens, as implicações são tremendas, uma vez que
todas as teorias evolucionistas tornam-se sem sentido sem a imensidão do tempo.
A MASSA
"AUSENTE"
As galáxias e os aglomerados das galáxias estão
sendo minuciosamente estudadas nos dias de hoje. As galáxias aglomeradas
mantêm-se unidas através de forças gravitacionais e, assim, fornecem uma
espécie de laboratório para observação das interações de incríveis quantidades
de matéria. As galáxias nunca aparecem sozinhas. Encontram-se aos pares ou em
aglomerados maiores. Alguns pares ou galáxias múltiplas encontram-se ligadas
por meio de pontes de matéria luminosa. Em alguns poucos casos as velocidades
das galáxias ao longo da direção radial são da ordem de muitos milhares de
quilômetros por segundo de modo que não é provável que essas galáxias estejam
gravitacionalmente ligadas. Por isso poderiam ter-se originado bastante
recentemente. De um modo geral, a massa das galáxias que são membros de um
grupo fisicamente bem isolado ou um aglomerado parece ser menor do que a massa
que seria necessária para manter essas galáxias gravitacionalmente unidas.
Uma galáxia é uma coleção de algumas centenas de
milhares de estrelas mantidas juntas pela gravidade. A nossa galáxia, a Via
Láctea, faz parte de um aglomerado que consiste de cerca de vinte galáxias ao
todo, chamado Grupo Local. O Grupo Local é muito pequeno quando comparado com a
maioria das centenas de aglomerados assim observados e catalogados.
Um aglomerado médio tem de uma a duas centenas de
membros, enquanto que o maior contém diversos milhares de galáxias.
O aglomerado mais aproximado fora do Grupo Local
pensa-se que se encontra cerca de 500 bilhões de quilômetros distante no espaço
euclidiano. Os aglomerados mais distantes conhecidos encontram-se cerca de 200
vezes mais longe, no limite do universo observável. As distâncias são obtidas
através de métodos mais ou menos indiretos com base em pressuposições difíceis
de serem comprovadas. Isso deveria sempre ser mantido em mente quando se
apresentam distâncias de objetos astronômicos. Dois dos mais ricos aglomerados,
um na direção da constelação da Virgem e outro na Cabeleira de Berenice,
encontram-se a relativamente pequenas distâncias e têm sido cuidadosamente
estudados.
Nas galáxias estudadas no aglomerado da Cabeleira,
a velocidade média de recessão é de cerca de 7.000 quilômetros por segundo.
Isso é determinado através de estudos dos deslocamentos vermelhos da luz dessas
galáxias, que se consideram indicarem um movimento radial na direção do
observador ou afastando-se dele, presumindo-se que o deslocamento vermelho da
luz estelar é um verdadeiro efeito de Doppler-Fizeau. Cada galáxia individual
tem originalmente um movimento menor, fortuito dentro do aglomerado. Essa
velocidade é de cerca de diversas centenas de quilômetros por segundo com
referência às galáxias vizinhas. Assim, os membros deveriam finalmente escapar do
aglomerado da Cabeleira e vagar pelo espaço intergalático se não houver força
suficiente para mantê-los aglomerados. Se o Universo tem pelo menos 4,5 bilhões
de anos de idade, os fortuitos das galáxias deveriam há muito tempo ter
desfeito os aglomerados e as galáxias não poderiam estar tão unidas como se
encontram atualmente. Na verdade, não haveria mais aglomerados. A força que
neutralizaria esta tendência de fuga é a força da gravidade da massa do
aglomerado na galáxia. A força da gravidade da matéria na terra puxa de volta
unia bola que é jogada de sua superfície.
No aglomerado da Cabeleira, os movimentos fortuitos
das galáxias deveriam ser equilibradas pela atração gravitacional da matéria no
aglomerado para que fique coeso. Este movimento fortuito das galáxias no
aglomerado é chamado de dispersão de velocidade.
A dispersão de velocidade do aglomerado pode ser
calculado medindo-se os deslocamentos vermelhos das galáxias. A massa de uma
galáxia está relacionada com a sua luminosidade. Quando a massa total de todas
as galáxias no aglomerado fica determinada, a força da gravidade pode ser
calculada e comparada com a dispersão da velocidade observada. O resultado tem
surpreendido e assustado os astrônomos imensamente. No aglomerado da Cabeleira
a massa é muito pequena para contrabalançar a dispersão da velocidade, por um
fator de sete. Em outras palavras, para cada 7 quilogramas de massa necessários
para manter o aglomerado unido, apenas um quilograma pode ser considerado. Não
é um assunto sem impor Há apenas quatorze por cento da matéria no aglomerado
que deveria estar ali para que o aglomerado se mantivesse coeso. Os astrônomos
têm procurado por toda parte essa "massa ausente" mas não se encontra
em parte alguma. As coisas pioram nessa pesquisa quando outros aglomerados além
da Cabeleira são estudados: duas vezes em cada dez a massa está ausente.
Há quem pense que a " massa ausente"
encontra-se no espaço intergalático. Para ser detectada, a matéria deveria
emitir alguma forma de radiação eletromagnética como o raio X, luz visível, ou
ondas de rádio. A radiação X inócua que incide na atmosfera terrestre pode ser
explicada por outros meios além da presença de um material intergalático difuso
que permeia o espaço emitindo raios-x. Se existe matéria fria entre as galáxias,
ondas de rádio poderiam ser emitidas e os rádio-astrônomos poderiam
detectá-las. Contudo, não é o que tem sido observado, e se pequenas quantidades
de matéria fria escaparam à detecção seriam muitíssimo pequenas para manter os
aglomerados coesos.
Um gás quente emitiria raios-x. Certamente a
radiação X tem sido notada em associação com algumas galáxias. Mas a presença
de radiação tem sido muito bem explicada em termos de não envolvimento de um
meio intergalático. Um material levemente quente seria difícil de detectar uma
vez que a radiação se encontraria nos limites ultravioleta do comprimento das
ondas, que são principalmente expelidas por nossa atmosfera. Contudo, o uso de
equipamento de detecção em foguetes de elevadas, altitudes, balões e satélites
não indicou um gás levemente quente entre as galáxias. A "massa
ausente" não está na forma de um gás difuso no espaço intergalático.
Outras condições têm sido aplicadas a essa
"massa ausente". Um estudo da dinâmica da dispersão das galáxias
indicaria que a matéria não pode ser postulada como se existisse em um objeto
muito maciço que não tem luminosidade. A matéria tem de ser distribuída como um
constituinte comum do espaço intergalático. Se alguém diz que os alegados
"buracos negros" (que, se existem realmente, teriam um empuxo
gravitacional tão tremendamente forte que a luz não poderia escapar de sua
superfície e, assim, seriam invisíveis) explicam esta matéria, teriam de supor
que esses "buracos negros" sejam tão comuns quanto as galáxias. Como
Margon 1, destaca, deveria haver centenas de milhares deles. Não há evidência
dessa situação. Novamente é Margon 2 quem diz que a mesma objeção pode ser
aplicada às galáxias "mortas" (não luminosas) ou ao grande número de
estrelas frias.
A conclusão óbvia parece ser que a "massa
ausente" não está realmente ausente uma vez que provavelmente não estava
lá desde o princípio. O Universo poderia ser bastante jovem, e outras linhas de
evidência dão fortes indícios disso. O momento da dispersão desses aglomerados
(o momento em que as galáxias se dispersam deixando de haver aglomerados) é
muito, muito mais recente do que a alegada idade evolucionista do Universo.
Isto significa que os aglomerados, considerando que
não foram destruídos, são jovens, como também as galáxias que os formam. Essas
galáxias contêm estrelas que os evolucionistas alegam ser os objetos mais
antigos do Universo (de nove a vinte bilhões de anos de idade no esquema
evolucionista). Essa rápida dispersão dos aglomerados junto com a sua presença
ainda no Universo indicariam que essas estrelas supostamente antigas não são
nada antigas. O aglomerado da Cabeleira não poderia ser mais jovem do que a Via
Láctea. Portanto, se o aglomerado é jovem, a galáxia é jovem e os objetos
dentro da galáxia são jovens. Os momentos de dispersão dos aglomerados
encontram-se em apenas alguns poucos milhares de anos no máximo. Portanto a
atual existência de aglomerados conclui que o Universo ainda não atingiu em
ponto algum essa idade, muito menos a idade exigida pelos evolucionistas.
Tem-se notado que os movimentos do s aglomerados
parecem os movimentos dos sistemas fechados que não estão se dispersando. Nesse
caso, então, os aglomerados certamente seriam jovens, não tendo atingido um
estágio no qual indicassem frouxidão de organização comprovando idade avançada.
Para evitar conclusões quanto ao tempo que
constitui o ponto central das hipóteses evolucionistas, os astrônomos avançam
inventando explicações quanto à "massa ausente". Margon 3, sugere que
"chegamos a uni impasse, quase ao ponto que Thomas Kuhn chamou de
revolução científica. Aparentemente, a não ser que os dados experimentais
estejam espafalhatosamente errados, é inevitável que algum princípio
astronômico ou físico acalentado tenha de ruir. Pareceria que o machado teria
de cair sobre a idade avançada que é atribuída a priori ao Universo, ao Sistema
Solar, à Terra, pois este conceito de imensos períodos de tempo leva a uma
posição contraditória e ilógica em certos aspectos da astrofísica.
AS
"CONSTANTES" VARIÁVEIS
A radioatividade foi descoberta no final do século
passado. Foi declarado logo que nenhum efeito externo poderia alterar as
constantes desintegrações dos elementos radioativos. Os elementos radioativos
são aqueles elementos químicos que se decompõem em elementos filhos através da
emissão ou absorção de energia e partículas no núcleo de seus átomos. Com base
em evidências experimentais naqueles primeiros anos de estudo desses elementos
concluí-se que a decomposição radioativa não se altera, que a sua taxa não pode
ser afetada por meios externos, e que apenas o núcleo dos átomos desses
elementos radioativos estavam envolvidos nos processos de decomposição.
Os geólogos imediatamente apoderaram-se desses
processos de decomposição como se constituíssem relógios para determinar quando
os eventos geológicos ocorreram e qual é a idade da terra. Se o urânio se
decompõe em chumbo a uma taxa constante e se a rocha de determinada montanha
contém urânio e chumbo, a idade da rocha e da montanha talvez pudesse ser
descoberta simplesmente calculando o tempo para se obter o chumbo pela
decomposição do urânio. Naturalmente há mais coisas envolvidas, mas essa é a
essência do método pelo qual os "relógios" radiométricos funcionam.
Entre as diversas exigências para que um elemento
radioativo e seu derivado constituam um "relógio" para os eventos
geológicos encontra-se a necessidade de que o "relógio" opere sem
variações. Bem, os geólogos evolucionistas há muito ignoraram a evidência da
variabilidade no rádio dos halos pleocróicos que indicam que as taxas de
decomposição não são constantes e poderiam, assim, negar que alguns elementos
radioativos, tais como o urânio, constituíssem relógios. Mas agora temos
excelentes evidências de laboratórios de que influências extemas podem alterar
as taxas de decomposição. 4
Quatorze diferentes radionuclídeos tiveram suas
propriedades de decomposição alteradas, através de efeitos tais como pressão,
temperatura, campos elétricos e magnéticos, tensão na disposição monomolecular
etc. 5.
Dudley 6 propôs: "Em vez de aceitar que a
radioatividade é uma série de acontecimentos não relacionados (expontâneos) que
ocorrem sem uma causa anterior, foi criado um método teórico que traduz o
conceito do "mar neutrino" da astrofísica e da cosmologia em física nuclear.
Este admite que um átomo radiativo é um "sistema ressonante linear sujeito
à excitação paramétrica". Assim, a decomposição constantemente usada nas
equações para se obter idades dos eventos geológicos torna-se uma variável
dependente do estado da energia de todo o átomo e não apenas do núcleo.
Meias-vidas não poderiam ser constantes. A constante decomposição seria em vez
disso um índice da estabilidade do elemento.
Nesse caso, como as evidências parecem demonstrar,
as forças e as tremendas porções de energia envolvidas em alguns processos e
acontecimentos no universo poderiam alterar fortemente as taxas de
"decomposição". Os supostos "relógios" radiométricos não
são, nesse caso, realmente úteis como determinadores de idade. Contudo, na realidade,
eles têm sido usados como disfarces, principalmente pelos geólogos,
considerando que os pontos de vista preconceituosos da geologia
histórico-teórica da fé evolucionista estabelecem a idade da história da terra
antes mesmo da descoberta da radioatividade.
QUANTO TEMPO
LEVA PARA FORMAR UMA PARTÍCULA INTERSTELAR?
O espaço entre as estrelas é composto de átomos,
moléculas e partículas de matéria. As estrelas são supostamente formadas pelo
colapso gravitacional das nuvens desse material. É um tanto desconcertante como
uma partícula interstelar de matéria se forme considerando que a densidade da
matéria no espaço interstelar é tão baixa.
Considere a taxa de crescimento de uma partícula
que começa com um pouco de rádio que, naturalmente, vai mudar com o tempo. Se
esta partícula se forma no espaço pelo ajuntamento de átomos e moléculas
interstelares com esse núcleo quando eles colidem a determinada velocidade, a
taxa de crescimento pode ser calculada. Na mais favoráveis condições e com a
capacidade máxima possível de junção das partículas, Harwil determinou uma taxa
de crescimento de (10) 22 centímetros por segundo (ou dez mil bilhões de
bilionésimos de centímetros por segundo). Para atingir o tamanho de apenas cem
milionésimos de um centímetro de raio sob tais condições muito favoráveis
levaria cerca de três bilhões de anos. Aplicando valores mais prováveis para a
capacidade de adesão das partículas, levaria mais tempo do que a alegada idade
da galáxia - mais de vinte bilhões de anos. Naturalmente, na suposição da
partícula se formar, embora pareça impossível, uma vez que o hidrogênio que
estaria depositado sobre a partícula naturalmente se evaporaria muito
rapidamente. Os espirros dos prótons que se movimentam rapidamente podem
facilmente soltar os átomos da superfície da partícula mesmo depois de fixados.
A formação de moléculas apresenta uma tão grande dificuldade quanto a formação
de partículas de pó. E fácil destruí-las mas muito difícil, se não impossível,
formá-las no espaço interstelar.
Se leva tanto tempo para formar um objeto tão
simples como uma partícula interstelar como indicam os cálculos sob as
condições mais aspiciosas (que na verdade não existem), como poderiam as
imensas idades das estrelas e galáxias terem qualquer credibilidade se levadas
a sério? Efeitos tais como a evaporação,, os "espirros" e a pressão
do vapor destruiriam quaisquer partículas que se formassem.
CONCLUSÕES
O mito de que um tempo ilimitado está à disposição
para os evolucionistas estruturarem os seus esquemas para explicar as coisas
tem rolado por aí durante algum tempo. Contudo, as evidências científicas
continuam acumulando etiquetas com idades imensas no universo, no sistema solar
e na terra, como uma fábula não uma conclusão alcançada pelo apego a uma prova
científica.
BIBLIOGRAFIA
1 Margon. Bruce, TU V MISSING MASS, Mercury,
January/February 1975, p.6.
2. Ibid. p.6.
3. Ibid. p.6.
4. Emery, G.T. PERTURBATIONS OF NUCLEAR DECAY
RATES, Ann. Review Nucl. Science, Vol. 22 (1972).
5 Dudley, H.C. RADIOACTIVITY RE-EXAMINED. Chemical
and Engineering News, April 1975, p.2.
6 Ibid. p. 2,
7 Harwit. M. ASTROPHYSICAL CONCEPTS, New York (John
Wiley and Sons. Inc., 1973) p.394.
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