Gary E. Parker, Ed.D.
Cavalos com apenas 40 cm de altura, 141 espécies de
árvores em apenas meio hectare de floresta tropical, que variedade espetacular
vemos entre os seres vivos, tanto em variação dentro da espécie, quanto em
estupenda quantidade de diferentes espécies. A maioria das pessoas fica
admirada com a incrível diversidade dos seres vivos, e a função que vemos
dentro e entre a incrível diversidade dos seres vivos que agraciam o nosso
planeta. Por que tanta variação?
Para os primeiros cientistas da era moderna, a
resposta parecia óbvia. Afinal, normalmente associamos o uso generoso de cores
e formas, variações sutis sobre um tema e produção prolífica com a obra dos
artistas renomados e dos artesãos. Por que não esperar beleza generosa e
abundância do Autor da Vida, cujos talentos criativos tão fragilmente
refletimos?
Esta incrível diversidade também impressionou,
espantosamente, a mente jovem e inquieta de um naturalista amador, enquanto
navegava a bordo do H.M.S. Beagle. (1)
Embora Charles Darwin estivesse consciente das
evidências da criação, o que mais o impressionava era o horrível desperdício da
natureza, a contínua luta pela sobrevivência na descendência superabundante de
cada espécie, na competição por alimentos e recursos limitados. Não entendendo
essa luta pela sobrevivência, com a corrupção de uma ordem, originalmente
criada harmoniosa, Darwin elevou a sobrevivência dos mais qualificados ao lugar
do Criador:
"...a partir da guerra da natureza, da fome e
da morte...resulta diretamente a produção dos animais superiores".
Foi o que Darwin escreveu, resumindo a teoria da
Origem das espécies através da seleção natural. (2)
A seleção natural foi um sucesso imediato, como uma
nova religião ( uma "religião sem revelação", usando a frase de
Julian Huxley ). Teve um impacto revolucionário em nossa visão cultural, do
homem e da sociedade ( Darwinismo social ). Realmente, o muito conhecido
historiador e filósofo Will Durant, disse em um recente entrevista, que a atual
era pagã na história humana começou em 1859, com a publicação das Origens de
Darwin. (3)
Mas apesar do seu sucesso como uma nova religião
cultural, o Darwinismo fracassou completamente como explicação científica das
origens. Darwin, um cientista muito mais astuto do que a maioria dos seus
devotos, reconheceu três áreas de problemas importantes:
1. Perfeição de adaptação;
2. A origem da variação;
3. As evidencias fósseis.
Considere o olho, por exemplo, "com todas as
suas inimitáveis minúcias", como Darwin as chamava, que podem admitir
diferentes quantidades de luz, focalizar diferentes distâncias, e corrigir
aberrações esféricas e cromáticas.
Considere, também, o rompimento das moléculas
pigmentarias, que devem ser acopladas ao início do impulso nervoso, e considere
que nenhum desses impulsos tem qualquer significado à parte de milhões de
neurônios integrados aos centros interpretativos do cérebro.
Cada um desses aspectos de estrutura ótica e suas
funções é, por si só, uma característica complexa, e nenhum desses componentes
separados teria qualquer significado ou "capacidade de
sobrevivência", até que quase todos sejam reunidos em um conjunto
funcionante de complexidades combinadas.
Por isso Darwin escreveu: "supor que o olho...
poderia ter sido formado pela seleção natural parece, confesso francamente, um
absurdo no mais alto grau."
Pois as características combinadas, cujas partes
separadas não teriam capacidade de sobrevivência, são a regra não uma exceção.
É fácil citar muitos outros exemplos:
* as partes interpretativos de envio e recepção do
mecanismo de localização da transformação do eco em botos e ornitorrincos;
* o relacionamento entre a veia umbilical e o ducto
venoso na circulação sangüínea do feto;
* o ácido elonas/triose
isomerase/2,3-difosfoglicério no metabolismo glicótico, etc., etc. ( sem dúvida
você poderia citar exemplos ainda melhores! )
Em tais características combinadas o todo é muito
maior do que a soma de suas partes. As estruturas têm propriedades de
organização que não têm e não poderiam desenvolver, por si só ( um fenômeno que
normalmente reconhecemos como o resultado da atividade criadora. Através de
organização e planos criativos, por exemplo, o fósforo, o cobre e o vidro
receberam a capacidade de falar ) ao ponto de contar piadas, apresentar
notícias e fazer todas aquelas coisas que associamos à televisão.
Os seres vivos também têm propriedades de
organização, que claramente transcendem o potencial de suas partes. Como
Richard Lewontin, de Harvad, resumiu recentemente, que os organismos
"...parecem Ter sido cuidadosa e engenhosamente planejados". (4) Ele
afirma que a "perfeição dos organismos" é um desafio ao Darwinismo e,
de outra maneira mais positiva, "a principal evidência de um Planejador
Supremo".
Depois que uma característica complexa ou
combinação foi criado, fica mais fácil citar, e até mesmo elaborar, nos mínimos
detalhes, sua "aptidão" ou capacidade de sobrevivência. (Esse esporte
é, às vezes, considerado como a epítome da erudição acadêmica!) Mas como se
originou a característica cuja capacidade de sobrevivência está sendo considerada?
Darwin achava que vinha da "ação direta e
indireta das condições da vida", e "do uso e do desuso". Assim Darwin,
exatamente como Lamark (com o qual ele é, freqüentemente, falsamente
contrastado), acreditava que o longo pescoço das girafas se originou porque era
esticado, em busca de folhas nas árvores. O pescoço ampliado, pensava ele,
produzia mais "pangenes" do que permitia a herança dessa
característica adquirida.
A descoberta da genética mendeliana tornou o
Darwinismo clássico indefensável na virada do século, e os neo-darwinistas
passaram dos pangenes para as mutações, para explicar as origens.
Mas a extrapolação dos livros escolares ortodoxos,
da mutação - seleção para a evolução, falhou nos testes matemáticos de 1960, e
os efeitos danosos de bagagem mutacional (carga genética), afastou outros
evolucionistas da década de 1970. (5)
Com esperanças em "monstros promissores",
Stephen Gould, de Harvard, afirma que os cientistas da década de 1980 são
forçados a perguntar: "Será que está surgindo uma nova e geral teoria da
evolução?" (6)
Mas as falhas dos pangenes + seleção, das mutações
+ seleção e dos monstros promissores + seleção, não significa que haja alguma
coisa errada com o conceito da seleção natural propriamente dita.
Na verdade, a seleção natural funciona bem, se uma
espécie tem grande variabilidade genética "embutida nela", através de
plano, propósito e criação especial.
Usando o exemplo de Lewontin, as plantas que
crescem numa região, que se torna progressivamente mais seca, podem reagir
desenvolvendo raízes mais profundas e uma cutícula cerácea mais espessa em seus
caules e folhas,"mas somente se o seu conjunto genético contiver uma
variação genética para raízes longas ou cutículas espessas". Por isso
Lewontin também dizer: "Enquanto uma adaptação relativamente maior conduza
à seleção natural, a seleção natural não conduz necessariamente a uma adaptação
maior". Se as adaptações originam-se em atos especiais da criação, então a
seleção natural poderia ajudar a explicar como as espécies criadas se
multiplicaram e encheram a terra em uma variedade ecológica e geográfica tão
tremenda.
Na realidade é um fato pouco conhecido que Edward
Blyth publicou a teoria da seleção natural 24 anos antes que o seu compatriota
inglês, Charles Darwin, o fizesse. (7)
Por que o nome de Blyth não é um nome conhecido?
Por que ele não foi sepultado na Abadia de Westminster? Talvez, simplesmente,
porque Blyth foi um criacionista, e ele não deu maior importância à seleção
natural do que podia ser observada e comprovada cientificamente. Os
darwinistas, entretanto, fizeram da seleção natural (dos pangenes) a base de
uma nova religião, uma "religião sem revelação".
A revolução darwiniana de 1859 não foi cientifica
(a ciência fora considerada 24 anos antes); foi um movimento religioso e
filosófico. Na verdade, os zelotes darwinianos extrapolaram da seleção natural
para o absurdo científico.
A evidência fóssil esclarece mais esse ponto.
Darwin, o mesmo cientista astuto que reconheceu que os pangenes e as adaptações
complexas constituíam "dificuldades para a teoria", disse que as
evidências fósseis "talvez fosse a objeção mais óbvia e mais séria",
à extrapolação da evolução da seleção natural. Dada a escassez de fósseis nessa
época, Darwin tentou acusar o conflito entre a sua teoria e os fatos fósseis de
falta de fatos: "a imperfeição do registro geológico".
"Bem estamos agora cerca de 120 anos após
Darwin", escreve David Raup, do famoso "Field Museum" de
Chicago,"e o conhecimento do registro fóssil foi grandemente
expandido". (8)
Será que essa riqueza de novos dados produziu os
"elos pedidos" que os darwinistas procuravam
encontrar?"...ironicamente," diz Raup, "temos ainda menos
exemplos de transição evolucionária do que no tempo de Darwin. Com isso quero
dizer que alguns dos clássicos casos de alterações darwinianas (sic) no
registro fóssil, tais com a evolução do cavalo na América do Norte tiveram de ser
descartados ou modificados, como conseqüência de informações mais
detalhadas".
Em vez de forjar elos na hipotética cadeia
evolucionária, a riqueza de dados fósseis tem servido apenas para aguçar as
fronteiras entre as espécies criadas. Como Gould diz, a nossa capacidade de
classificar as espécies vivas e fósseis distintamente, usando o mesmo critério,
"encaixa-se esplendidamente nos princípios criacionistas". "Mas
como", pergunta ele, "poderia uma divisão do mundo orgânico, em
discretas entidades, ser justificada por uma teoria evolucionista que proclamou
mudanças interessantes como o fato fundamental da natureza?" (9)
"...ainda temos um registro que indica
mudanças", diz Raup, "mas que dificilmente poderia ser considerado
como seqüência racional da seleção natural". A alteração que vemos é
simplesmente uma variação dentro das espécies criadas, mais a extinção.
Na verdade, Raup reconhece que as formas de vida
que desapareceram, parecem ter sido exatamente tão aptas a sobrevivência, como
aquelas que sobreviveram. Os perdedores ele argumenta, não foram lentamente
extintos ou transformados pela "sobrevivência dos mais aptos"; antes
sucumbiram aos caprichos das circunstâncias ou das catástrofes - uma espécie de
"sobrevivência dos mais sortudos". Os criacionistas, que a muito
aceitaram os efeitos devastadores de um dilúvio global, não podem deixar de se
divertir com a idéia de que os fatos finalmente despertaram o interesse dos
evolucionistas para uma "teoria de catástrofe" e o
"neo-catastrofismo".
A evolução darwiniana discorda dos fatos da
adaptação, da genética e da paleontologia desde o princípio.
Portanto qual é a base dessa idéia revolucionária e
por que sua aceitação tão rápida?
Nas palavras de Stephen Gould e Niles Eldredge:
"O gradualismo filético (evolução gradual) foi a priori, uma afirmação
desde o princípio: ela não foi "constatada" nas rochas; expressava os
preconceitos culturais e políticos do liberalismo do século XIX". (1)
Karl Marx achou interessante observar com que
facilidade os cientistas ingleses a competitividade criminosa do século XIX, em
que o "vencedor leva tudo", que a Inglaterra refletia (e talvez
justificava) na "sobrevivência dos mais aptos" como uma lei da
natureza.
Na filosofia darwiniana, até mesmo a evolução da
cooperação só pode acontecer sobre o cadáver daqueles que não cooperam. Os
criacionistas reconhecem o desperdício da super - reprodução e a luta feroz
pela sobrevivência na atual ordem do nosso mundo. Mas, diferindo dos
evolucionistas, os criacionistas não consideram esses processos como meios da
criação. Antes, refletem a corrupção da ordem criada que seguiu ao pecado do
homem. De fato, foi a violência que encheu a terra e atraiu o julgamento e a
purificação do Dilúvio (Gênesis 6:5).
Contra essa tela de fundo da criação, corrupção e
catástrofe, a seleção natural age como um freio para diminuir a deterioração da
qualidade genética, causada pelas mutações. De outro, a seleção (junto com o
declínio genético e a escolha do habitat) ajuda cada espécie criada a manter
uma variedade de subtipos especializados em ambientes diversos e mutantes. Nas
palavras de Darwin, a seleção natural, embora falhe em explicar a "origem
das espécies", ajuda a explicar "a preservação de raças favorecidas
na luta pela vida" (a segunda metade do título do seu livro).
Como Lewontin declara: "...a seleção natural,
afinal de contas, não parece melhorar a chance de sobrevivência de uma espécie,
mas simplesmente capacita-a a prosseguir, ou não ficar para trás do ambiente
constantemente mutante". A função observada, conservativa da seleção
natural não é de maneira nenhuma tão atraente como a função hipotética,
criativa, que lhe foi atribuída pelos evolucionistas, mas, na realidade, é um
papel importante, e cientificamente comprovável. A seleção natural não é
ciência mal aplicada, apesar de produzir religião ruim.
Raup sem dúvida foi severo demais quando,
condenando com um pequeno elogio escreveu: "Portanto a seleção natural,
como um processo, está certa. Também temos toda a certeza que ela existe na
natureza, embora bons exemplos sejam surpreendentemente raros". O que
Darwin pensaria se soubesse que os criacionistas estão agora descobrindo que a
sua teoria é mais útil do que alguns conhecidos evolucionistas acham?
Mas, para os criacionistas, a seleção natural e a
luta pela sobrevivência vão acabar quando Cristo voltar e "o lobo habitará
com o cordeiro... Não se fará mal nem dano algum...porque a terra se encherá do
conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar" (Isaías 11).
Referências
1. Asimov, Isaac, "The Voyage of Charles
Darwin" (A Viagem de Charles Darwin). TV Guide, Jan. 26, 1980, pp.13,14.
2. Darwin, Charles, The Origin of Species (A Origem
das Espécies), New York: Washington Square Press, 1963, p.470, ( 5 ed., 1859)
3. Durant, Will, "Historian Will Durant: We
Are in the Last Stage of Pagan Period" (Historiador Will Durant: Nós
Estamos na Última Cena do Período Pagão), artigo do The Daily Californian
(Diário Californiano), El Cajon, CA, de 8 de abril, 1980, p. 5b, por Rogers
Worthington da Tribuna de Chicago.
4. Lewontin, Richard, "Adaptation"
(Adaptação), Scientific American (Americano Científico), V. 239, n.3, 1978, pp.
212-230.
5. Para a íntegra da discussão e documentação, veja
Gary Parker, Creation: The Facts of Life (Criação: Os Fatos da Vida), San
Diego: CLP Publishers, 1980.
6. Gould, Stphen, "Is a New and General Theory
of Evolution Emerging" (É Uma Nova e Geral Teoria da Evolução Surgindo)
"Paleobiology", V.6, n.1, 1980, pp.119-130.
7. Eisley, Loren, Darwin and the Mysterious Mr. X
(Darwin e o Misterioso Sr. X), New York: Dutton Publishing Co., 1979. Veja
também o livro de Revisão por Wendell Cochran, "Evolution and
Catastrophe" (Evolução e Catástrofe), Geotimes, V.24, n.10, 1979, p.17.
8. Raup, David,"Conflicts Between Darwin and
Poleontology" (Conflitos entre Darwin e a Paleontologia), Field Museum of
Natural History Bulletin (Boletim do Museu de Campo de História Natural), V.50,
n.1, 1979, pp. 22-29.
9. Gould, Stphen, "A Quahog is a Quahog"
Natural History (História Natural), V.88, n.7, 1979, pp. 18-26.
10. Gould, Stphen, and Eldredge, Niles,
"Punctuated Equilibria: The Tempo and Mode of Evolution Reconsidered"
(Equilibrio Pontuado: O Tempo e o Método da Evolução Reconsiderada),
Paleobiology, V.3, n.2, 1977, p.115.
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