sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Evolução: Uma Teoria em Crise

Trechos traduzidos do Livro: “Evolution: A Theory in Crisis”, by Michael Denton*, Adler & Adler, Publishers, Incorporated.

O Systema Naturae de Aristóteles até a Cladística** Pág's 139, 140.

Em última análise, evidência para a evolução existe e somente existe em arranjos seqüenciais ou de ancestrais. Pouca surpresa então que a comunidade evolucionista vê cladismo com uma sensação crescente de desconforto, reconhecendo dentro desta as sementes de uma revolução intelectual que poderia ameaçar, eventualmente seriamente, a credibilidade do inteiro modelo evolucionista da natureza. Quando Wilma George descreveu recentemente o cladismo como uma "classificação não-evolucionista" (19) [ênfase adicionada] ela pode também não ter estado longe da verdade. Keith Thompson da Universidade de Yale usou o termo antitético para descrever a relação de cladismo à biologia evolucionista: (20)

"Ninguém precisa nos lembrar que estamos em uma fase revolucionária no estudo da evolução, de sistemáticas, e de inter-relação de organismos... à tese da evolução Darwiniana... foi adicionada uma nova antítese de cladística que afirma que a procura por ancestrais é uma incumbência de tolo, e que tudo o que podemos fazer é determinar relações de irmandade de grupos baseado na análise de características derivadas... . É uma mudança de abordagem que não é fácil de se aceitar porque, de certo modo, corre contra tudo o que nós temos sido ensinado [ênfase adicionada]".

Qualquer que seja o futuro do cladismo, o fato que um número significativo de biólogos da década de 1980 está insistindo, nas palavras de Beverly Halstead (Ele não é nenhum amigo de cladismo), que "nenhuma espécie pode ser considerada ancestral de qualquer outra" (21) [ênfase adicionada] marca, sem dúvida, uma divisória no pensamento evolucionista.

Agassiz certamente teria sorrido ao ver a sua percepção de descendência ser reafirmada, através do cladismo moderno, como essencialmente ausente na natureza. Quão irônico pensar que em contemplar o padrão hierárquico da natureza que Darwin viu como um dos seus aliados mais importantes, conduziu um número significante dos biólogos contemporâneos de renome a concluir, como Patterson: "Muito da explicação atual sobre a natureza, em termos de neo-Darwinismo, ou a teoria sintética, pode ser retórica vazia.” (22) E em insistir no que concerne a ancestrais: "eles não existem na natureza mas na mente do taxonomista, como abstrações... mesmo assim eles sempre são discutidos como se tivessem alguma realidade..." (23)

De certo modo o antagonismo entre cladismo e biologia evolucionista é só a mais recente manifestação da contradição inerente entre taxonomia, com suas divisões distintas e hierarquia ordenada, e a necessidade fundamental da biologia evolucionista para demonstrar a existência de sucessão na natureza. O cladismo está apenas deixando explícito um fato entesourado em esquemas de classificação desde Aristóteles mas que tem se mantido dormente para a maioria do século passado - que, em última análise, a ordem da natureza não é seqüencial.
páginas 172 e 173

Seria insensato continuar citando exemplos para ilustrar a natureza descontínua do registro fóssil. Qualquer um que duvida da realidade das lacunas pode, ou pegar a palavra dos mais renomados paleontólogos ou simplesmente abrir um dos trabalhos vulgares de paleontologia como o Vertebrate Paleontology (50) de Romer ou Schrock e Twenhofel's Invertebrate Paleontology (51) e examinar quaisquer dos quadros de estratigrafia que mostram a abundância de vários grupos durante eras geológicas diferentes e linhas pontilhadas que sugestionam as relações filogenéticas hipotéticas. Até mesmo um olhar superficial mostra claramente que aquelas descontinuidades indubitáveis e profundas existem de fato.

Não há nenhuma dúvida que pelo estado atual das coisas o registro fóssil provê um tremendo desafio para a noção da evolução orgânica, porque a dose das lacunas consideráveis que ora separam os grupos conhecidos necessariamente teriam requerido grandes números de formas transitivas. Inúmeras vezes no Origem Darwin reitera o mesmo ponto de vista e deixa o leitor sem nenhuma dúvida sobre a convicção dele de que para atravessar as inumeráveis lacunas formas transitivas teriam que ser postuladas: (52)

"Pela teoria da seleção natural todas as espécie vivas foram conectada com a espécie-pai de cada, gênero, através de diferenças não maiores que nós observamos entre as variedades naturais e domésticas da mesma espécie hoje em dia; e estas espécie-pai, agora geralmente extintas tenha em sua volta sido conectado semelhantemente com formas mais antigas; e assim ininterruptamente para trás, sempre convergindo ao antepassado comum de cada grande classe. De forma que o número de elos intermediários e transitivos, entre toda espécie, viva e extinta, deveriam ter sido inconcebivelmente grande. Mas seguramente, se esta teoria é verdade, tais [elos] viveram na terra. [ênfase adicionada] "

A insistência de Darwin de que uma evolução gradual através de seleção natural requereria inúmeras formas transitivas pode ter sido algo exagerado mas é difícil escapar de concluir que em alguns casos ele pode não ter sido tão longe da realidade.

Comentários da Sociedade Origem & Destino:
* O autor do livro citado é um biólogo australiano de renome mundial e não é criacionista.
** O cladismo tenta organizar organismos vivos, agrupando-os pelas suas características comuns. Quanto maiores as características comuns, mais próximas são relacionadas, nada, no entanto, tem a haver com suas descendências evolutivas. Ex.: Pêlos, glândulas mamárias, bolsas para filhotes (marsupial), escamas, esqueletos ósseos ou cartilaginosos, tipos de ossos de ouvido, etc.

Imaginem um grande lago repleto de todo tipo de seres vivos, animais e vegetais. Ao seu redor planícies e montanhas também abundantes em seres vivos e vegetação. De repente irrompe um grande vulcão do meio do fundo do lago. Os seus gases ricos em SO2 são absorvidos pela água, transformando-se em ácido sulfúrico, além de inúmeras outras substâncias venenosas contidas nos gases do vulcão. Além destas substâncias tóxicas o vulcão expele um enorme volume de água, em forma de vapor mas que se condensa em contato com a água do lago, e um volume enorme de detritos/lava.

Os seres vivos dotados de locomoção própria fugirão do vulcão. Os mais lentos serão alcançados por primeiro com a água envenenada, depois também os mais rápidos. Os seres vivos sem locomoção serão os primeiros soterrados pelos detritos, em seguida os seres vivos com locomoção mais lenta e depois os outros.

O nível d’água do lago sobe rapidamente e começa a ameaçar a vida das margens do lago. O que tem capacidade de se locomover foge, cada qual com sua velocidade. Os alcançados morrem afogados ou envenenados. Os maiores conseguem fugir mais longe mas também não escapam. Enquanto vivos pisam sobre os detritos depositados pelo vulcão. Após mortos, também são soterrados. Quem vence é o vulcão e seus depósitos de detritos.

Muito tempo depois destes acontecimentos, um paleontólogo descobre este site arqueológico e faz o seu registro dos fatos encontrados.

Você acha que seria muito diferente do Registro Fóssil?


E, se o lago em questão tivesse sido todos os oceanos da terra, os fósseis estariam em toda parte, sempre, ou quase sempre na ordem acima descrita, os mais simples, menos locomóveis, no fundo e os mais ágeis no topo. Seria justo classificá-los por este motivo em “primitivos” e “evoluídos”.

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