Dr. Gary E. Parker,
EdD.
Crianças, fila após
outra, boquiabertas, olhos anciosos fitados num meio-homem cabeludo, clava na
mão, ouvindo o seu líder de grupo repetir:
Há quatro milhões de
anos, uns poucos animais com aparência de macaco começaram a andar eretos,
dando os seus primeiros e vacilantes passos em direção ao ser humano, O tempo,
a probabilidade e a luta pela sobrevivência continuaram a nos moldar. Como Gari
Sagan o colocou: “Graças à morte de um número imenso de organismos levemente mal
adaptados, eis nós aqui hoje com cérebro e tudo mais"
Ao longo da caminhada,
grupos sociais tornaram-se a chave da sobrevivência, e a vida humana evoluiu
quando o prazer do sexo foi oferecido em troca de comida e proteção (2).
Agora nós estamos
aptos a dirigir a nossa própria evolução futura, mas para evitar a extinção
temos que entender as nossas origens e instintos animais. Verdadeiramente
evolução é a ciência da sobrevivência humana.
O discurso continua,
frequentemente repleto de especulação composta e detalhe sexualmente explícito,
e sempre com uma propaganda subliminar: “ciência é salvação”.
Aos nossos filhos é
repetidamente contada essa “velha história” nas revistas científicas, nos
livros didáticos sobre ciência usados nos colégios, nos desenhos animados da
TV, nos shows falados, nos noticiários especiais e documentários, e é claro, em
museu após museu.
Às vezes elas ouvem as
palavras “talvez”, “teoria” ou “pode ter sido”, mas a força total da constante
repetição dos peritos no assunto não poderia ter sido melhor planejada para
conquistar os nossos jovens e fazê-los crer que “a evolução, é um fato igual a
maçãs caindo das árvores" (3).
Quais porém são os fatos?
Tragicamente, os fatos
são virtualmente inacessíveis à maioria dos estudantes.
Os museus raramente
distinguem as partes reais das reconstruções, das imaginações artísticas nas
suas exposições.
Livros didáticos,
enciclopédias, e artigos científicos de jornais, as fontes mais comuns dos
estudantes, raramente comentam os fatos admitidos por uma conferência
internacional dos principais evolucionistas, a saber, que os elos perdidos
entre o homem e os macacos, como também supostos elos entre outros grupos de
plantas e animais, ainda estão faltando (Veja ref. 3).
De fato, é realmente
só nas obras dos criacionistas que os estudantes podem obter uma visão
científica crítica para os assim chamados “fatos” atrás das exposições
evolucionistas dos museus, e ilustrações da nossa suposta “árvore genealógica”
nos livros didáticos. (4)
Agora, graças a duas
novas exposições, o Museum of Creation and Earth History do Institute for
Creation Research (Instituto para Pesquisa da Criação) concede aos estudantes e
outros visitantes uma visão precisa dos fatos concernentes à origem da
humanidade.
Uma das exposições
destaca as réplicas em tamanho natural de famosos crânios fósseis, e a segunda
inclui um filme e moldes de pegadas de dinossauro e pegadas iguais ás do homem,
do Rio Paluxy no Texas.
Os estudantes são
animados a praticarem o seu conhecimento do processo científico, e a examinar
todas as características e facetas de cada espécime. Os “fatos” que os
evolucionistas citam são incluídos, mas da mesma forma também faltam assuntos
da exposição ordinária, que só visa a evolução. Considere os seguintes como
exemplos:
Os Neanderthais foram
outrora descritos pelos evolucionistas como “brutos com sombrancelhas
proeminentes, tórax como barril e pernas tortas”, um elo entre os macacos e o
homem. Hoje é possível diagnosticar as várias doenças ósseas comuns aos
Neanderthais, e sabemos que os criacionistas sempre estiveram certos nesse
assunto: Os neanderthais eram simplesmente pessoas — completamente humanas (4).
Infelizmente os
Neanderthais não têm sido as únicas pessoas outrora consideradas subumanas por
autoridades evolucionistas. O Dr. Downs chamava o bem-conhecido síndrome do
Neanderthal de "idiotia mongolóide”, porque pensava que as crianças
nascidas com essa condição (um extra vigésimo-primeiro cromossomo) eram uma
regressão ao “estágio mongolóide” na evolução humana. (5)
Ainda mais triste,
Henry Fairfield Osborn certa vez argumentou que os cientistas imparciais
classificariam a humanidade em várias espécies distintas, senão em gêneros
diferentes. Dessa forma escreveu, “O padrão de inteligência do negro adulto
comum (o qual o evolucionista Osborn colocou numa espécie subumana distinta) é
em média similar a de um jovem de 11 anos da espécie Homo sapiens" (6).
Essas idéias,
rejeitadas pelos evolucionistas atuais, foram, no entanto, os “fatos da
evolução" no tempo de Osborn, e são cruciais para o entendimento dos
eventos mundiais das décadas de 30 e 40.
Piltdown
Quase todos agora
sabem que o homem Piltdown foi um logro deliberado. Mas por mais de quarenta
anos, desde 1912 até 1950 a mensagem sutil da autoridade científica era clara
“Você pode crer em criação se você quiser, mas todos os fatos estão do lado da
evolução”. Os fatos neste caso, acabaram sendo os fragmentos da mandíbula de um
macaco com os seus dentes limados e um crânio humano, ambos tingidos para
fazê-los aparentar mais antigos.
Pelo menos o Piltdown
responde a uma pergunta freqüentemente feita: “Podem virtualmente todos os
cientistas estarem errados sobre um assunto tão importante como as origens
humanas?". A resposta, o mais enfaticamente possível é: “Sim, e não seria
a primeira vez”.
Mais de 500
dissertações doutorais foram feitas sobre o Piltdown, no entanto, todo esse
intenso escrutínio científico falhou em expor a fraude.
Os estudantes têm todo
direito de estarem atônitos com o que vai acontecer com os “fatos da
evolução" dentro dos próximos quarenta anos.
Chega de dentes?
Uma das exibições do
nosso museu mostra o que aconteceu quando pessoas foram zelosas demais para
interpretar dados carentes. Todos os cientistas, quer criacionistas quer
evolucionistas, estão embaraçados pelo Hesperopithecus haroldcookii (Homem de
Nebrasca), a reconstrução da carne, do cabelo, e da família, partindo de um
único dente. Pregado como um outro “fato da evolução” durante a época do
julgamento de Scopes, o Homem de Nebrasca acabou sendo simplesmente o dente de
um porco extinto.
Evolucionistas hoje são bem mais cuidadosos sobre tais zelosas
superestrapolações.
Porém não foi antes de
1979 que o Ramapithecus —"reconstruído como um bípede somente na base de
dentes e mandíbulas" — foi dado por perdido como um “falso início do
desfile humano" (7).
Mesmo agora o
Aegyptopithecus está sendo descrito como o “ancestral psicológico” da
humanidade (aquilo queElwyn Simons chamou de coisinha chata) baseado na
“análise de comportamento” altamente imaginativa dos dentes caninos dos machos
"Lucy" e o Australopithecines.
Especulações atuais
sobre a descendência humana giram em torno de um grupo de fósseis chamados
australopithecines, especialmente um espécime chamado “Lucy”. (9) Estudantes
visitando o museu do ICR vêem uma foto do esqueleto de Lucy, além de uma
reconstrução em tamanho natural de um crânio.
Próximo a esse
gracioso crânio australopithecines, no entanto, o estudante também vê um modelo
de tamanho natural de um crânio de chimpanzé. As similaridades são notáveis. De
fato, as similaridades entre o australopithecines grácil e os chimpanzés são
tão notáveis que os chimpanzés modernos, de acordo com essa definição (de
Richard Leakey) seriam classificados como A. Africanus (australopithecines)
(10).
O descobridor de Lucy,
D d Jihanson, fez essa afirmação sobre a definição de Leakey, e ele continua
dizendo que Lucy é ainda mais “primitivo” (isto é, mais parecido com macaco) do
que o australopithecines de Leakey. Talvez a inferência mais lógica pelas
nossas observações — certamente uma que os estudantes deveriam ser permitidos a
considerar — é que Lucy e seus parentes são simplesmente variedades de macacos
e nada mais.
Um evolucionista
poderá contestar, "mas aqui está a diferença crucial: Lucy andou ereta, e
isto a faz a antepassada evolucionária do homem.”
Mas vamos nos
certificar de que os nossos estudantes ouçam também ambos os lados dessa
história.
Primeiro, como os
principais antropólogos apontam, o chimpanzé vivo da floresta úmida gasta muito
tempo andando ereto,” de maneira que somente essa característica faz Lucy
semelhante apenas ao homem ou ao chimpanzé — e todas as suas outras
características argumentam a favor da semelhança com o chimpanzé.
Em segundo lugar temos
evidências de que as pessoas andavam eretas antes de Lucy ser fossilizada — o
Kanapoi hominid, o Homem de Castenedolo, talvez mesmo as pegadas do Laetoli
descobertas por Mary Leakey, e mais especialmente as pegadas iguais às do homem
preservadas com as dos dinossauros no fundo rochoso do Rio Paluxy no Texas.
(12)
A nova e esplêndida
exposição Paluxy do museu do ICR (doada por Paul e Marian Taylor) exibe um
filme da pesquisa em progresso, e moldes das pegadas iguais às do homem, cujo
tamanho os jovens podem experimentar para ver se servem. Se as pessoas andavam
eretas antes de Lucy ser fossilizada, então evidentemente ela não poderia ter
sido nossa antepassada.
Mas será que Lucy realmente andou ereta?
... "feições
anatômicas em alguns desses fósseis dão uma advertência contra uma aceitação
precipitada dessa estória" diz o anatomista Charles Oxnard em um discurso
publicado para professores de biologia. (13)
Baseado na análise
multivariada, uma técnica objetive de computador para análises de similaridades
parentescas entre esqueletos, Oxnard chega a duas conclusões.
Sua conclusão
científica: "A evidência é clara de que o australopithecines não andou
ereto, pelo menos não conforme a maneira dos seres humanos".
Em seguida, para os
professores reunidos, ele expressou a sua conclusão educacional: “sejam
críticos".
Temos que ensinar aos
nossos estudantes a serem críticos, para examinarem os fatos que estão por
detrás das teorias populares, para explorarem teorias alternativas, e para
testarem idéias e suposições contra a evidência em mãos.
É, todavia, impossível
para os estudantes pensarem de maneira crítica sobre as origens, se a eles são
apresentados, como única idéia aceitável na ciência, uma forma qualquer de
evolução.
Professores sem nenhum
interesse especial em criação, reconhecem que apresentar somente idéias
evolucionistas não é nem boa ciência, nem boa educação, e isso deve fazer os
estudantes ficarem maravilhados em como a ciência pode ser denominada de
pesquisa aberta pela verdade.
Um número crescente de
professores, pais e especialmente estudantes, está vendo que a verdadeira
liberdade acadêmica deve envolver não somente a liberdade de discutir como, mas
também se de fato, a evolução ocorreu — e ainda com mais importância, a
liberdade para discutir a sua única alternativa lógica, a concepção científica
da criação.
Nenhum cientista tem
dificuldade em distinguir o tipo de ordem encontrada em objetos moldados pelo
tempo e pelo acaso (ex : uma pedrinha qualquer) e aquela criada com objetivo e
finalidade (ex: uma ponta de flecha).
De acordo com os
cientistas criacionistas, a evidência de anatomia, fisiologia, e genética nos
capacita a reconhecer seres humanos e macacos como espécies criadas
separadamente.
Os fósseis até aqui
encontrados, indicam que macacos e seres humanos existiram como espécies
separadas, com grande mas limitada variabilidade no passado, como também no
presente. Na base de tal evidência, muitos cientistas estão agora desenvolvendo
e defendendo a criação como um modelo científico, plenamente apto para competir
com a evolução no mercado de idéias.
Sabemos que a
aceitação de uma ou outra concepção afeta profundamente o modo de vida de uma
pessoa. Mas vamos deixar de lado, para o momento, as nossas preferências
pessoais e perguntar: qual dos conceitos se encaixa melhor nos fatos — evolução
ou criação? “O velho e bom sistema americano de jogo limpo é o de mostrar ambos
os lados e deixa-los tomar as suas próprias decisões.” Esse pensamento simples
e honesto foi expresso por Wayne Moyer durante uma entrevista de televisão com
Richard Threlkeld. (14) essa é a maneira em que tentamos encarar o problema na
seção do “modelo duplo”; do Museum of Creation and Earth History do ICR:
". mostrar às pessoas ambos os ladose deixá-las tomar as suas próprias
decisões.”
Paradoxalmente, Moyer
não crê que as regras de jogo limpo possam ser aplicadas na questão da
criação/evolução. Porquê? “É como misturar maçãs e laranjas; trabalha-se a
partir de duas séries de suposições" Essa é a “posição oficial” dos
anticriacionistas, mas isso simplesmente não pode ser verdade.
Primeiro, nada é mais
crucial para a boa ciência e boa educação do que a habilidade de comparar
criticamente duas séries de suposições.
Os nossos estudantes o
fazem em estudos sociais, em literatura, na vida real — porque não em ciência,
onde comparar fato e suposição tem que ser a espinha dorsal de afrontamento
científico de ponta aberta para resolver o problema?
Segundo, quando se
trata dos aspectos científicos das origens, qualquer indivíduo de mente aberta
e todos os cientistas — criacionistas, evolucionistas, ou indecisos — trabalham
a partir da mesma suposição: o respeito pela lógica e observação e pelos
princípios de pesquisa científica aprovados pelo tempo.
Certamente todos nós
podemos ser beneficiados pela plena e livre discussão desta questão básica:
Qual é a inferência mais lógica das nossas observações de fósseis humanos: a
criação ou a evolução? Certamente os nossos estudantes merecem a liberdade de
escolha e a liberdade de olhar para todos os dados necessários para tomar uma
decisão inteligente.
Referências:
1. Cari Sagan, citado
no “The Cosmic Explainer,* Time, 20 out. 1980,pág.68.
2. Rensberger, Boyce,
“Our Sexual Origins,” Science Digest, Winter, (1979 Edição especial), (“Sexual
intercourse evolved into ‘makinglove’.")págs. 46-47
3. Stephen Gould,
citado em “Is Man a Subtie Accident?”, Newsweek, 3 de nov. 1980, pág. 96,
4. Veja, Duane T.
Gish, Evolution.’ The Fossils Say No!, Creation Ufe Publishers, San Diego,
1979, págs. 106-162.
5. Gould, S, ‚“Dr.
Down’s Syndrome,” Natural History, abril 1980, págs. 142-148
6. Osborn, Henry, “The
Evolution of Human Races,” Natural History, jan./fev. 1926; rpt. abril 1980,
pág. 129
7. Zihlman, Adrienne,
e Jerold Lowenstein, “False Start of the Human Parade,” Natural History,
agosto/set. 1979, pág. 86
8. Elwyn Simons,
citado em “Just a Nasty Little Thing," Time, 18 de fev. 1980, p. 58.
9. Johanson, Donald, e
Maitland Edey, “Lucy: The Beginnings of Hwnanldnd," Reader LNge#, set.
1981, págs. 49s.
10. Johanson, D. e
T.D. White, “On the Status of Australopithecus afarensis," Science, 7mai.
1980, pág. 1105.
11. "The Case for
a Living Link,” Time, 4 de dez. 1978, pág. 82.
12. Parker, Gary,
Creation: The Facts of Life, Creation-LÀfe Publishers, San Diego, 1980, págs.
108-1 19.
13. Oxnard, Charles,
“Human Fossils: New Views of Old Bones,” Ameriorn Biology Teacher, maio de
1979, págs. 264-276.
14. CBS “Sunday
Morning,”23 de nov. 1980.
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