terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O Fóssil Tiktaalic roseae

"O Elo Encontrado"

Com este título a mídia de todo o mundo, em particular, a edição 1951 da revista Veja, de 12 de abril de 2006, p. 92, noticiou que um fóssil encontrado no Canadá, em rochas da ilha Ellesmere, batizado de Tiktaalik roseae havia sido o elo de transição entre animais aquáticos e terrestres, ficando essa conclusão por conta do fato de que o referido animal era uma espécie de “peixe com patas”.

O achado, entretanto, não é recente, datando de 2004, apesar de só agora ter ganho as manchetes dos jornais e das revistas semanais de informação. É que só agora, após dois anos de estudo, seus descobridores Neil Shubin, Edward Daeschler e Farish Jenkins Jr. publicaram sua conclusões na revista científica Nature. A expectativa dos cientistas é que esses ossos petrificados ajudem a explicar melhor quando e como se desenvolveram as patas que teriam permitido aos animais aquáticos sair de seu habitat para percorrer terrenos secos. Daeschler disse ainda que outros fósseis que mostram essa transição já foram descobertos, mas que o Tiktaalic a deixa tão evidente que vem sendo considerado um ícone da evolução equivalente ao Archaeopteryx lithographica, o fóssil que supostamente teria explicado a ligação entre os dinossauros e as aves de hoje.

A teoria da evolução, hoje amplamente difundida por todos os meios de comunicação nasceu de observações feitas por Darwin em uma expedição de que ele participou na condição de naturalista. Entretanto, para se fazer Ciência é preciso ir mais adiante, analisando-se criteriosamente o que foi observado e produzindo as devidas explicações. Entretanto, até hoje cientistas evolucionistas não foram capazes de apontar o mecanismo da natureza capaz de proporcionar a suposta evolução dos seres vivos.

Em seu tempo, Darwin disse que o registro fóssil seria o instrumento capaz de remover as dúvidas a esse respeito. Essa expectativa decorria do fato de que ele percebia que os elos de transição eram uma decorrência natural de suas idéias evolucionistas. Mais de 150 anos de extensivas escavações da crosta da Terra, entretanto, não foram suficientes para nos mostrar um único exemplar de algo que poderia ser considerado um fóssil de transição. Em 1974, David B. Kitts, paleontólogo e evolucionista afirmou: “A despeito da brilhante promessa de que a Paleontologia proporciona meios de se 'ver' a evolução, ela tem apresentado algumas desagradáveis dificuldades para os evolucionistas, a mais notória das quais é a presença de lacunas no registro fóssil. A evolução requer formas intermediárias entre as espécies e a Paleontologia não as proporciona.” (“Paleontology and Evoluctionary Theory”, Evolution (28) 1974, p. 466.)

Muito embora seja esta uma declaração de 1974, a situação do registro fóssil não parece ter se alterado desde então, já que só agora, em 2006, cientistas declaram ter encontrado um fóssil de transição entre animais aquáticos e terrestres. Antes disso, desesperados pela realidade dessas lacunas, cientistas evolucionistas conceberam uma idéia alternativa: a do equilíbrio pontuado. Segundo essa nova hipótese, não seria mais necessário procurar elos de transição porque eles não teriam existido, uma vez que a evolução teria, supostamente, ocorrido aos saltos, e não através de mudanças lentas e graduais.

Agora, esses mesmo cientistas voltam à cena com um suposto elo de transição, mostrando que não é só da falta de identificação de um mecanismo da natureza capaz de proporcionar a evolução que a teoria da evolução padece. A ela falta também um mínimo de definição de suas próprias estruturas para que as idéias envolvidas possam ser alvo de um trabalho sério de pesquisa. Afinal, não se pode pretender acertar um alvo que fica sinuosamente se movendo à nossa frente, alternando-se entre pressupostos concebidos gratuita e convenientemente pela fantasia da imaginação dos evolucionistas.

Esse retorno às velhas bases, porém, não resolve problema algum. Nem mesmo muitos fósseis semelhantes ao de Daeschler seriam suficientes para garantir a veracidade da teoria da evolução, porque os fósseis, não importando suas características particulares, são facilmente absorvidos também pelo modelo criacionista, até com mais propriedade. Afinal, neste modelo, os seres vivos foram criados independentemente uns dos outros, em uma variedade muito grande de espécies que bem poderia incluir o animal representado pelo fóssil Tiktaalic!

Um fóssil com as características do Tiktaalic só poderia ser considerado um elo de transição entre animais aquáticos e terrestres se a teoria da evolução fosse o única modelo das origens disponível das origens já devidamente comprovado. Isso, porém, está longe de ser uma realidade em ambos os aspectos: Nem é ela a única explicação das nossas origens, nem foi demonstrada verdadeira por métodos inequivocamente científicos. Assim, por uma questão de coerência lógica, os fósseis não podem ser apontados como evidência da evolução, a menos que os apontemos também como evidência da criação. Na verdade, pelo que temos de concreto até agora no mundo da Paleontologia, os fósseis são uma evidência muito mais significativa a favor da criação.

Se olhamos a teoria da evolução por outros ângulos, encontramos o mesmo impasse: não há evidências na natureza que justifiquem os pressupostos evolucionistas. Cientistas evolucionistas sabem disso mas insistem em se deixar enganar em em servir de pólos retransmissores dessa falácia que é a teoria da evolução. Alguns, porém, são mais intelectualmente honestos, como é o caso do Dr. Colin Patterson (1933-1998), Paleontólogo do Museu Britânico de História Natural em Londres e não hesitam em apresentar a realidade transparente, mesmo que esta entre em choque com suas convicções. Vejam o que o Dr. Patterson afirmou em entrevista que concedeu na BBC, a 4 de março de 1982: “A despeito do que se tem afirmado do ponto de vista teórico, não se demonstrou experimentalmente, até hoje, que organismos evoluem para formas bioquimicamente mais complexas. As evidências são mais consistentes com o padrão de degradação para formas bioquimicamente menos complexas, de acordo com o registro bíblico e com a segunda lei da termodinâmica”.

Estamos hoje vivendo um momento histórico que realça o fato de que não é possível ter todas as pessoas enganadas durante todo o tempo e já se somam aos milhares os cientistas não criacionistas que começam a vislumbrar os erros e as inadequações da teoria da evolução, insistindo para que retomemos o debate e analisemos com mais profundidade e coerência as evidências da natureza a esse respeito. Um deles, o Dr. Edward Blick, cientista aeroespacial, professor de Mecânica Aeroespacial e de Engenharia Nuclear na Universidade de Oklahoma, pesquisador ativo em Aerodinâmica e Biomecânica, com muitos artigos científicos publicados nesses campos, co-autor do livro-texto Fluid Mechanics and Heat Transfer, colocou de modo bem explícito esta questão ao afirmar:

“A evolução é um conto de fadas, exatamente como a teoria da terra plana no século XII. A teoria da evolução diretamente contradiz a segunda lei da termodinâmica, pois esta afirma que, a menos que um planejador inteligente dirija todo o sistema, ele caminhará sempre na direção da desordem e da deterioração. Baseado em simples matemática é possível mostrar que as chances contra a formação de uma simples molécula de proteína, por acaso, é maior do que 1067 para um (um seguido de 67 zeros). A evolução requer uma fé incompreensível! O criacionismo bíblico é a única alternativa sensata”.

Logo, o Tiktaalic roseae representa mais uma tentativa frustrada dos evolucionistas de prover a teoria da evolução de uma evidência baseada em fatos concretos.

Fonte:

O Prof. Christiano P. da Silva Neto é professor universitário, pós-graduado em ciências pela University of London, estando hoje em tempo integral a serviço da ABPC - Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, da qual é presidente e fundador. Autor de 5 livros sobre as origens, entre os quais destacam-se Datando a Terra e Origens - A verdade Objetiva dos Fatos, o Prof. Christiano tem estado proferindo palestras por todo o país, a convite de igrejas, escolas e universidades.

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