por Henry M. Morris,
Ph.D
"Se uma casa
estiver dividida contra si mesma, tal casa não poderá subsistir" (Marcos
3:25).
Evolucionistas
defendem vigorosamente sua casa contra estranhos, mas brigam ruidosamente entre
si dentro da mesma. Neste artigo apresentamos uma coletânea de recentes
citações de evolucionistas, atacando diferentes aspectos de suas próprias
teorias básicas. A fim de que nós não sejamos acusados de citações fora do
contexto, enfatizamos que cada pessoa mencionada é convictamente evolucionista,
embora suas notas façam-no parecido com um criacionista.
Evolução Cósmica
A base do conceito
evolucionário para a origem do universo é a teoria do Big Bang (Grande
Explosão), contudo muitos astrônomos eminentes, de um modo geral, a rejeitam.
Ambos os modelos, do
Big Bang e da parte teórica das partículas elementares da física, contam com
alto número de suposições especulativas. (1) Mas se não houvesse o Big Bang,
como e quando o universo teria se iniciado?... (Hannes) Alfven responde:
"É somente a fábula que tenta dizer como surgiu o universo..." (2)
Um argumento para o
Big Bang é o "desvio para o vermelho mas Halton Arp e outros importantes
astrônomos dizem "não."
(Arp) insiste que os
quasares, por exemplo, com seus grandes desvios para o vermelho, sugerem ser os
mais distantes objetos no universo, mas que no momento não estão mais distantes
do que as galáxias ... (3)
Evolução de Vida de Não-Vida
É comumente declarado
que vida evoluiu da não-vida química, por um processo puramente naturalístico.
Porém, um importante cientista deste campo diz: No presente todas as discussões
de teorias e experimentos sobre o princípio, em um ou outro campo, acabam em um
beco-sem-saida ou em uma confissão de ignorância... O problema é que o
principal processo evolucionário das moléculas prebióticas para as progenóticas
não tem sido provado pelas experiências, e que as condições nas quais estes
processos ocorreram não são conhecidas. (4)
Evolução das Espécies
A base das teorias
darwinista e neodarwinista da evolução argumenta que novas espécies são
desenvolvidas por uma seleção natural de variações ao acaso, isto para apoiar
mudanças ambientais. Muitos evolucionistas hoje, porém, estão rejeitando o
darwinismo, apesar deles ainda se apegarem à evolução. Um desses cientistas é
Kenneth Hsu.
A lei da seleção
natural não é, eu acredito, ciência. É uma ideologia, e uma ideologia
abominável, e em muito tem interferido em nossa habilidade de perceber a
história da vida com claridade, bem como tem interferido em nossa habilidade de
ver outros com tolerância... A lei da sobrevivência do mais apto pode ser,
conseqüentemente, uma tautologia na qual aptidão é definida pelo fato da
sobrevivência, não por critérios independentes que formariam a base para a
predição. (5)
Evolução da Vida Humana
Muito barulho tem sido
feito sobre as pegadas fósseis em Laetoli na Tanzânia, datadas de 3,5 milhões
de anos de idade, supostamente provando que os ancestrais humanos
australopitecíneos andaram eretos.
Mas o primeiro estudo
detalhado do porte e pegadas de pessoa moderna que anda descalça indicou que
marcas de Laetoli são muito parecidas com aquelas do Homo sapiens e
provavelmente não foram produzidas pelos parentes de Lucy, declarou Russell H.
Tuttle, da Universidade de Chicago. (6)
Deveria ser óbvio que
estas pegadas foram feitas por seres humanos verdadeiros; a única razão para
rejeição deste fato é o adotado 3,5 milhões de anos de idade, um extenso tempo
antes do homem ter supostamente evoluído.
A Evidência Fóssil
O registro fóssil tem
sido tradicionalmente considerado a melhor evidência para a evolução, mas a
completa falta de verdadeiras formas transicionais continua a ser um embaraço.
Se fôssemos aguardar
encontrar os predecessores ou intermediários entre suas maiores taxas, seria
nas rochas do velho Precambriano para o Ordoviciano, quando o maior volume de
taxas de animais do mundo evoluiu. Até agora similaridades transicionais são
desconhecidas ou não confirmadas por qualquer dos filos ou classes então
existentes. (7)
"Concluímos
que... nenhuma das contenciosas teorias da variação evolucionária a nível de
espécies, gradualismo filético ou equilíbrio pontuado, parecem aplicáveis à
origem de novos grupos de seres. (8)
Extinção Versus Formação de Espécies
Evolucionistas parecem
ser incapazes de compreender a anomalia no baixo índice de formação de espécies
versus o alto em extinção. O índice de hoje (de extinção) pode ser estimado
através de várias técnicas analíticas para ser um mínimo de 1000, e
possivelmente vários milhares de espécies por ano... Normalmente leva dezenas
de milhares de anos para que um vertebrado terrestre ou uma nova espécie de
planta se desenvolva completamente, e já as espécies com rápido índice de
transformação, notadamente os insetos, usualmente requerem séculos, se não
milênios, para gerar nova espécie?
Então, como já foi
observado, nenhuma nova espécie está sendo agora formada. Parece que a
evolução, se é que existe tal coisa, está indo numa direção errada!
Uniformitarianismo
Embora a história da
terra e da vida por muito tenha sido interpretada pelo axioma uniformitariano:
"o presente é a chave para o passado," mais e mais geólogos estão
retomando ao catastrofismo.
Nossa ciência está tão
embaraçada com o conceito uniformitariano que projeta o moderno sistema
Terra/Vida como o modelo primário para a interpretação da evolução e extinção
das espécies nos antigos ecossistemas. Datação paleoambiental detalhada
mostra-nos que o passado é chave para o presente, não vice-versa. (10)
Uma das chaves para a
evidência de uma extensa idade é a da interpretação uniformitariana dos
"evapóritos"... mas este termo real é ilusório.
Em referência aos
"evapóritos"... o termo reivindica a pergunta do que significa
dessecação. Para esclarecer, geólogos precisam de um novo termo; a saber
"precipitado", rochas criadas por precipitação. Conseqüentemente
rochas de fácies evaporíticas poderiam ser... precipitados, depositadas pela
precipitação de uma solução super-saturada. (11)
Precipitação é, é
claro, um processo muito mais rápido do que evaporação.
Nocividade Social da Evolução
Evolucionistas
censuram fortemente os criacionistas quando estes apontam, historicamente, as
evidências malévolas do evolucionismo. Muitos evolucionistas, contudo, reconhecem
este fato.
... nós fomos vítima
de uma ideologia social cruel, que ensina competição entre indivíduos, classes,
nações ou raças como sendo uma condição natural da vida, e que também é natural
que o superior despoje o inferior. Desde o século passado em diante esta
ideologia tem sido ensinada como sendo uma lei natural da ciência, o mecanismo
da evolução, o qual foi formulado mais poderosamente por Charles Darwin, em
1859 ... (12)
(Robert Proctor)
mostra como as maiores sociedades alemãs de antropologistas físicos colaboraram
com o programa da SS de higiene da raça, ajudando a criar uma política
racial... Eugene Fischer, o mais eminente antropologista físico da alemanha,
considerado por muitos como o fundador da genética humana, foi pessoalmente um
ajudador destes esforços... Mas certamente antropologistas físicos americanos
falaram claramente contra a Nazi-perversão de sua ciência? Não! (13)
Intolerância Científica
Criacionistas não são
os únicos que encontram dificuldades para ter confiança nas instituições
científicas. Já evolucionistas que não se conformam com o ponto de vista da
maioria sobre o dogma evolucionário até certo ponto, encontram esta mesma
intolerância, embora o assim chamado processo de "inspeção
meticulosa". Um dos mais eminentes astrônomos modernos, vencedor de um
prêmio Nobel, Hannes Alfven, que aderiu a uma alternativa cosmológica para o
Big Bang (Grande Explosão). Aqui está o seu testemunho (laureado com o Nobel
pela submissão ao estabelecimento científico!).
... tem me dado uma
séria desvantagem. Quando descrevo o fenômeno de acordo com este formalismo,
mais juizes não entendem o que eu digo e jogam fora meus papéis . (14)
Mas o argumento
"todas as pessoas inteligentes concordam que..." (com a tácita adição
de que por não concordarem com sua demonstração, você seja um excêntrico) não é
um argumento válido na ciência. Se publicações científicas sempre foram
decididas pelas apurações do Gallup e não por argumentos científicos, muito
cedo a ciência será petrificada eternamente. (15)
Por razão de espaço,
estas citações têm algumas partes abreviadas mas elas fazem representar
completamente (de forma parcial) as opiniões dos respectivos autores. É óbvio
que evolucionistas se digladiam vigorosamente entre eles mesmos, embora
apresentem uma sólida fachada quando estão lutando contra criacionistas.
Possivelmente, a combinação de ataques externos por criacionistas, com os
internos entre os evolucionistas causará eventualmente o colapso da casa de
palha da evolução. Apesar de tudo, ninguém tem visto evolução real em ação, e
ninguém sabe como funciona, então seu fundamento é muito fraco. Algum dia será
dito: "...e assopraram os ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi
grande a sua queda" (Mateus 7:27).
Referências
1. R.L. Oldershaw,
"The Continuing Case for a Hierarchical Cosmology", Astrophysics and
Space (v. 92, 1983), p. 354.
2. E. J. Lerner,
"The Big Bang Never Happened," Discover (v. 9, June 1988), p. 78,.
Astrônomo sueco Alfven, que tem um Prêmio Nobel em Física, defende que o
Universo sempre tem sido essencialmente o mesmo.
3. John Horgan,
"Big-Bang Bashers", Scientific American (v. 257, September 1987), p.
22.
4. Dose, Prof. Dr.
Klaus, "The Origin of Life; More Questions than Answers",
Interdisciplinary Science Reviews (v. 13, n. 4, 1988), p. 348. Dose é Diretor
do Institute for Biochemistry, Universidade de Gutemberg, Alemanha.
5. Kenneth J. Hsu,
"Is Darwinism Science?" Earthwatch (March 1989), p. 17. Hsu é Earth
Science Head no Swiss Institute of Earth Sciences.
6. Bruce Bower,
"A Walk Back Through Evolution," Science News (v. 135, April 22,
1989), p. 251.
7. J. W. Valentine and
D. H. Erwin, "The Fossil Record," in Development as an Evolutionary
Process (lias, 1987), p. 84.
8. Ibid, p. 96.
Valentine é um geólogo da U. C. Santa Barbara, Erwin, no Estado de Michigan.
9. Normal Myers,
"Extinction Rates Past and Present," Bioscience (v. 39, January
1989), p. 39.
10. Eric Kauffman,
"The Uniformitarian Albatross," Palaios (v. 2, n. 6, 1987), p. 531.
11. Robert S. Dietz
and Mitchell Woodhouse, "Mediterranean Theory May Be All Wet,"
Geotimes (v. 33, May 1988), p. 4.
12. Kenneth J. Hsu, op
cit, p. 15.
13. Matt Cartmill,
"Misdeeds in Anthropology," Review of Bones, Bodies, Behavior: Essays
on Physical Anthropology (Wisconsin University Press, 1988). Science (v. 244,
May 19, 1989), p. 858.
14. Hannes Alfven,
"Memoirs of a Dissident Scientist," American Scientist (v. 76,
May-June 1988), p. 250.
15. Ibid, p. 251.
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