segunda-feira, 11 de julho de 2011

Filósofo cristão prova que Deus não está morto e recebe prêmio acadêmico

Alvin Plantinga é reconhecido como "o principal filósofo protestante dos Estados Unidos" e tem desempenhado um papel importante no cenário acadêmico ao representar os cristãos.


Alvin é ex-presidente da Sociedade de Filósofos Cristãos e da Associação Filosófica Americana. (Foto: Reprodução).

Este homem trouxe de volta a crença em Deus ao estudo da filosofia e por isso recebeu o Prêmio Templeton 2017. O filósofo cristão Alvin Plantinga, de 84 anos, é o último de uma linha de religiosos que foram homenageados por suas contribuições espirituais para o mundo, incluindo Billy Graham, Chuck Colson e Bill Bright.

Alvin é professor de filosofia na Calvin College e na Universidade de Notre Dame. Ele remodelou o lado espiritual de sua disciplina, insistindo que os filósofos cristãos podem permitir que suas convicções conduzam o trabalho acadêmico.

"Plantinga reconheceu que não só a crença religiosa não entra em conflito com o trabalho filosófico sério, mas que é possível fazer contribuições cruciais para resolver problemas perenes na filosofia", disse Heather Templeton Dill, presidente da John Templeton Foundation, que concedeu o prêmio de 1,4 milhão de dólares (o equivalente a 4,4 milhões de reais).

Grandes Contribuições
Começando no final dos anos 50, Alvin contrapôs a suposição acadêmica de que a fé não tinha um lugar no campo. Ao longo de décadas de estudos, ele revolucionou como as pessoas vêem a relação entre religião e filosofia. O artigo de 1984 de Alvin, "Aconselhamento aos filósofos cristãos", moldou três gerações de cristãos, assim como filósofos religiosos em todas as tradições.

Alvin recebeu elogios "pelo seu trabalho na filosofia da religião, da epistemologia, da metafísica e da apologética cristã". Desde 2000, ele focou seu estudo sobre a compatibilidade entre a crença religiosa e a ciência. Entre suas obras, destaca-se “Deus e outras mentes: um estudo da justificação racional da crença em Deus” (1967), que levou a um renascimento da filosofia cristã e teísmo na academia americana, como relatado em uma matéria de 2008 publicada por William Lane Craig.

Reconhecido como "o principal filósofo protestante ortodoxo dos Estados Unidos" ​​ou mesmo "o maior filósofo do século XX", Alvin explica que o livre-arbítrio "é agora quase universalmente reconhecido como tendo posto o problema lógico do mal contra o teísmo". Sua "Trilogia de Ordem" explora a racionalidade e a justificação de acreditar em Deus.

John G. Stackhouse, professor da Regent College, descreveu o profundo impacto de Alvin ao defender a fé contra as críticas comuns do dia (algo que ele continua a fazer nos últimos anos).

Alvin, então, estabeleceu as bases intelectuais para que os cristãos continuem a acreditar em Deus, e particularmente o Deus da histórica, diante dos dois desafios filosóficos mais assustadores deste século. Ele fez isso, no entanto, de forma distinta do século XX. Ele não ofereceu uma teodicéia, ou seja, uma explicação de como Deus, de fato, dirige o mundo. Tudo o que Alvin fez foi mostrar que não é contraditório acreditar que Deus é bom, que Deus é todo-poderoso e que o mal ainda existe.

Em resposta a premiação que recebeu, Alvin observou que ficaria satisfeito se seu trabalho tivesse desempenhado um papel na transformação do campo da filosofia nas últimas décadas. Ele que é ex-presidente da Sociedade de Filósofos Cristãos e da Associação Filosófica Americana, disse que espera que sua homenagem "incentive jovens filósofos, especialmente aqueles que trazem perspectivas cristãs e teístas para o trabalho, para uma maior criatividade, integridade e ousadia", concluiu.

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