quinta-feira, 30 de junho de 2016

Aborto pós-nascimento: uma ideia chocante que ganha corpo no âmbito acadêmico


A defesa até mesmo do infanticídio é resultado inevitável da deriva cultural do Ocidente

Estudantes ativistas pró-vida vêm relatando uma tendência alarmante que se verifica nos corredores das universidades de vários países do Ocidente, em especial nos Estados Unidos: a crescente aceitação, entre os universitários, de uma ideia definida como "aborto pós-nascimento".

Sim, você leu exatamente isso.

Aborto pós-nascimento. Infanticídio.

"Em quase todos os campi que visitamos, encontramos pessoas que acham moralmente aceitável matar bebês que já nasceram", conta Mark Harrington, diretor do grupo pró-vida Created Equal, dos EUA, que trabalha com estudantes universitários. "Este ponto de vista ainda é chocante para a maioria das pessoas, mas está se tornando cada vez mais ‘popular’ entre as novas gerações".

Mais alarmante ainda: a pesquisa registrou que alguns alunos acreditam que não existe nada de errado em matar uma criança até os 4 ou 5 anos de idade.

Para confirmar esta tendência atordoante, outra organização solicitou que os alunos de um campus universitário assinassem uma petição para legalizar o "aborto no quarto trimestre" (ou seja, do nono ao décimo segundo mês do bebê, quando ele já nasceu). E, como podemos ver no vídeo (ao final do texto), muitos assinaram de bom grado.

Há quem minimize a importância dessa tendência considerando que a ideia é mera manifestação de humor negro universitário, mas o fenômeno passa bem longe de ser “apenas” uma questão de comédia de mau gosto. O conceito de “aborto pós-nascimento” foi desenvolvido por profissionais da medicina e apresentado ao público em uma revista médica de grande renome internacional.

Em 2011, o "British Journal of Medical Ethics" (JME) publicou o artigo "Aborto pós-nascimento: por que o bebê deveria viver?", dos professores italianos Alberto Giubilini e Francesca Minerva. A pergunta do título do artigo é apenas retórica, porque, de acordo com os autores, o bebê não deveria necessariamente ser deixado vivo. Os autores equipararam a condição moral de um recém-nascido com a de uma criança ainda não nascida, o que lhes permitiu concluir que, já que um feto pode ser abortado, então é permissível matar também um recém-nascido, realizando-se o que eles chamaram de "aborto pós-nascimento".

(Não passou pela cabeça dos autores o contrário? Que, se o feto é equiparável ao recém-nascido, então matar o feto é um assassinato tanto quanto matar o recém-nascido?).

Felizmente, a publicação do artigo causou tamanho furor que os autores foram forçados a escrever uma carta aberta para tentar explicar as suas motivações. Se, por um lado, aquela indignação foi um sinal positivo de que a cultura da morte ainda enfrenta forte oposição, por outro lado é preciso observar que os professores Giubilini e Minerva não foram os primeiros no mundo acadêmico a elaborar justificativas para o infanticídio.

Em sua carta aberta, Giubilini e Minerva mencionam, e devidamente, o nome de Michael Tooley. Tooley pode ser considerado o "padrinho" do movimento intelectual moderno que defende ética e intelectualmente o infanticídio. Em 1972, um ano antes da legalização do aborto nos EUA, Tooley publicou o artigo "Abortion and Infanticide" [“Aborto e infanticídio”] na revista “Philosophy & Public Affairs” [“Filosofia e Assuntos de Interesse Público”], da Universidade de Princeton. Naquele texto, Tooley apresentava “justificativas éticas” para ambas as práticas. Ele ainda deu novos desenvolvimentos ao assunto em um livro de 1983, com o mesmo título, publicado pela Oxford University Press.

Uma ativista pró-vida citada na pesquisa realizada nos campi fez uma denúncia que ajuda a explicar essa tendência de aceitação, entre os universitários, da ideia de "aborto pós-nascimento": ela declarou que as obras do professor Peter Singer, da Universidade de Princeton, são frequentemente inseridas nas listas de leituras passadas para os alunos.

Em seus livros "Practical Ethics" [“Ética prática”, 1979, Cambridge University Press] e "Rethinking Life and Death" [“Repensando a vida e a morte”, 1994), Singer escreve, como Tooley já tinha escrito antes, tanto em defesa do aborto quanto do infanticídio: “Se deixarmos de lado esses aspectos emocionalmente tocantes, mas estritamente irrelevantes de se matar um bebê, poderemos ver que os motivos que temos para não matar pessoas não se aplicam a crianças recém-nascidas” (Practical Ethics).

No mesmo livro, Singer afirma ainda que, se é que existe mesmo um direito inerente à vida ou um direito a não ser morto, então alguns animais têm mais direito à vida do que um ser humano recém-nascido: “Se o feto não tem o mesmo direito à vida que uma pessoa tem, parece-nos então que o bebê recém-nascido tampouco o tem, e que a vida de um bebê recém-nascido tem assim menos valor do que tem a vida de um porco, de um cão ou de um chimpanzé para o animal não-humano” (Practical Ethics).

A crescente aceitação entre estudantes universitários do "aborto pós-nascimento", ou infanticídio, inclusive no caso de crianças de até cinco anos de idade, é algo certamente preocupante, mas não deveria ser surpreendente. Afinal, a estrutura intelectual que tenta justificar o infanticídio tem feito parte de certos cursos universitários de bioética há décadas.


E mesmo que essas visões levem algum tempo para se espalhar para fora dos campi, o fato é que as ideias, como se sabe, têm consequências…

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O Dilema de ser Cristão

"Quando o cristão não revida dando a outra face, o mundo diz que sua religião o alienou da luta. Porém, quando o cristão vai a luta, o mundo diz que o cristão deveria dar a outra face. Eis o dilema".
Pipe

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Moisés e a filosofia grega

"Tudo que há de valioso entre os gregos eles o tomaram dos bárbaros. Assim, por exemplo, a astronomia aprenderam dos babilônicos, a geometria dos egípcios e a escritura dos fenícius. E o mesmo pode se dizer acerca da filosofia e da religião, pois os escritos de Moisés são muito mais antigos que os de Platão, e até mais antigos que os de Homero. Se Homero e Platão eram pessoas cultas realmente, segundo os próprios gregos dizem, era de se supor que conhecessem os escritos de Moisés. Portanto, qualquer coincidência entre a cultura supostamente grega e a religião dos "bárbaros" hebreus e cristãos deve-se a que os gregos aprenderam sua sabedoria dos "bárbaros", não a entenderam, e portanto adulteraram a verdade que os hebreus conheciam. Portanto, a suposta sabedoria grega não é senão um pálido reflexo e uma caricatura da verdade que Moisés conheceu e que os cristãos agora pregam".

Taciano o Sírio (120-180 AD), discípulo de Justino, o Mártir.

domingo, 26 de junho de 2016

Aborto e Direitos Humanos



"Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal". 
(Artigo 3 - Declaração Universal dos Direitos Humanos)

sábado, 25 de junho de 2016

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Aborto e Estado Laico



"Meu corpo, minhas regras" somado a ideia de Estado Laico é uma brilhante estratégia do diabo no debate sobre o aborto no Brasil. Porque pense bem, se vc extrai do debate o fundamentalismo religioso, e deixa apenas o "estado laico" na discussão, os fetos já perderam a batalha. Porque sem o fundamentalismo religioso só sobra o relativismo moral e social. Dai meus queridos, se o que Deus pensa ou deixa de pensar perde o seu absolutismo, quem pode dizer que matar um feto é errado? Neste debate, sobre o aborto no Brasil, separar o absolutismo fundamentalista religioso do laicismo, é dar nas mãos do relativismo moral o bisturi e o tubo de sucção".

Pipe

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Astrofísica relata a história de seu abandono ao ateísmo e conversão a Jesus Cristo



Repercutiu em sites de todo o planeta, recentemente, o testemunho de Sarah Salviander, pesquisadora do Departamento de Astronomia da Universidade do Texas e professora de Astrofísica na Universidade Southwestern. A incrível história da sua conversão a Cristo começa com os seus estudos científicos e culmina com a morte da filha. Vale a pena investir cinco minutos em ler o depoimento dela.

"Eu nasci nos Estados Unidos e fui criada no Canadá. Meus pais eram ateus, embora preferissem se definir como ‘agnósticos’. Eles eram carinhosos e mantinham uma ótima conduta moral, mas a religião não teve papel nenhum na minha infância".

"O Canadá já era um país pós-cristão. Olhando em retrospectiva, é incrível que, nos primeiros 25 anos da minha vida, eu só conheci três pessoas que se identificaram como cristãs. A minha visão do cristianismo era intensamente negativa. Hoje, olhando para trás, eu percebo que foi uma absorção inconsciente dessa hostilidade geral que existe no Canadá e na Europa em relação ao cristianismo. Eu não sabia nada do cristianismo, mas achava que ele tornava as pessoas fracas e tolas, filosoficamente banais".

Aos 25 anos, quando abraçava a filosofia racionalista de Ayn Rand, Sarah entrou em uma universidade dos EUA: "Entrei no curso de Física da Eastern Oregon University e percebi logo a secura e a esterilidade do objetivismo racionalista, incapaz de responder às grandes questões: qual é o propósito da vida? De onde foi que viemos? Por que estamos aqui? O que acontece quando morremos? Eu notei também que esse racionalismo sofria de uma incoerência interna: toda a sua atenção se volta para a verdade objetiva, mas sem apresentar uma fonte para a verdade. E, embora se dissessem focados em desfrutar a vida, os objetivistas racionalistas não pareciam sentir alegria alguma. Pelo contrário: estavam ferozmente preocupados em se manter independentes de qualquer pressão externa".

A atenção da jovem se voltou completamente ao estudo da física e da matemática. "Entrei nos clubes universitários, comecei a fazer amigos, e, pela primeira vez na minha vida, conheci cristãos. Eles não eram como os racionalistas: eram alegres, felizes e inteligentes, muito inteligentes. Fiquei de boca aberta ao descobrir que os meus professores de física, a quem eu admirava muito, eram cristãos. O exemplo pessoal deles começou a me influenciar e eu me via cada vez menos hostil ao cristianismo. No verão, depois do meu segundo ano, participei de um estágio de pesquisa na Universidade da Califórnia, num grupo do Centro de Astrofísica e Ciências Espaciais que estudava as evidências do Big Bang. Era incrível procurar a resposta para a pergunta sobre o nascimento do Universo. Aquilo me fez pensar na observação de Einstein de que a coisa mais incompreensível a respeito do mundo é que o mundo é compreensível. Foi aí que eu comecei a perceber uma ordem subjacente ao universo. Sem saber, ia despertando em mim o que Salmo 19 diz com tanta clareza: ‘Os céus proclamam a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das suas mãos’".


Depois desse insight, a razão de Sarah foi gradualmente se abrindo ao Mistério: "Comecei a perceber que o conceito de Deus e da religião não eram tão filosoficamente banais como eu pensava que fossem. Durante o meu último ano, conheci um estudante finlandês de ciências da computação. Um homem de força, honra e profunda integridade, que, assim como eu, tinha crescido como ateu num país laico, mas que acabou abraçando Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal, aos 20 anos de idade, graças a uma experiência particular muito intensa. Nós nos apaixonamos e nos casamos. De alguma forma, mesmo não sendo religiosa, eu achava reconfortante me casar com um.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Ator Hugh Jackman é cristão


O ator australiano Hugh Jackman, conhecido por dar rosto ao personagem Wolverine, falou sobre sua fé e disse que, antes de ter sua carreira artística consolidada, acreditava que em algum momento se tornaria pregador.

As declarações foram feitas numa recente entrevista à revista Parade, quando o ator frisou que dedica tudo que faz a Deus, como forma de reconhecer sua gratidão. “Talvez isto soe estranho para você. Em Carruagens de Fogo, o corredor Eric Liddell diz: ‘Quando eu corro, eu sinto o prazer dEle [Deus]’. Eu sinto este prazer quando eu atuo e está indo tudo bem, particularmente no palco”, afirmou o ator, fazendo referência à sua carreira no teatro.

Sem deixar margens para dúvidas, Jackman disse que é um seguidor de Jesus: “Eu sou um cristão. Eu costumava ir a diferentes templos de evangelistas o tempo todo. Quando eu tinha uns 13 anos, eu tinha um pressentimento estranho que um dia eu estaria no púlpito, como os pregadores que eu vi”.

Jackman afirmou ainda que enxerga nas pessoas a busca por Deus, mas que muitas vezes isso fica em segundo plano: “Eu sinto que todo mundo está procurando um sentimento ou alguém que possa nos unir. O chamemos de ‘Deus’. Antes de eu entrar no palco todas as noites, eu paro e dedico o meu desempenho para Deus, no sentido de que ‘eu possa me render a Ele’”, concluiu.

Entre os próximos trabalhos que Jackman fará no cinema está o filme que vai falar sobre a vida do apóstolo Paulo. No longa-metragem, o ator vai interpretar o apóstolo que fundou diversas igrejas, além de ser um dos responsáveis pela produção, ao lado dos também atores Matt Damon e Ben Affleck.

Chamado de “Apostle Paul”, o filme vai abranger a história de vida do apóstolo quando ele ainda se chamava Saulo e perseguia os cristãos, o encontro com Jesus na estrada de Damasco (Atos 9), sua conversão ao Evangelho e sua dedicação à missão de plantar igrejas, que rendeu a ele muitas prisões e sua morte.

Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/sou-cristao-dedico-tudo-deus-hugh-jackman-79622.html

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Podemos fazer juramentos?



Os juramentos são aprovados.
Gn 21:23-24 - agora, pois, jura-me aqui por Deus que me não mentirás a mim, nem a meu filho, nem a meu neto; segundo a beneficência que te fiz, me farás a mim e à terra onde peregrinaste. E disse Abraão: Eu jurarei.

Gn 24:2-3 - E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe agora a tua mão debaixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo SENHOR, Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito,

Gn 24:9 - Então, pôs o servo a sua mão debaixo da coxa de Abraão, seu senhor, e jurou-lhe sobre este negócio.

Gn 31:53 - O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus de seu pai, julguem entre nós. E jurou Jacó pelo Temor de Isaque, seu pai.

Gn 47:31 - E disse ele: Jura-me. E ele jurou-lhe; e Israel inclinou-se sobre a cabeceira da cama.
Lv 27:2 - Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando alguém fizer particular voto, segundo a tua avaliação serão as pessoas ao SENHOR.

Nm 30:2 - Quando um homem fizer voto ao SENHOR ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação, não violará a sua palavra; segundo tudo o que saiu da sua boca, fará.

Dt 6:13 - O SENHOR, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás.

Dt 10:20 - Ao SENHOR, teu Deus, temerás; a ele servirás, e a ele te chegarás, e pelo seu nome jurarás.

Dt 23:21 - Quando votares algum voto ao SENHOR, teu Deus, não tardarás em pagá-lo; porque o SENHOR, teu Deus, certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado.

Sl 63:11 - Mas o rei se regozijará em Deus; qualquer que por ele jurar se gloriará; porque se tapará a boca dos que falam mentira.

Is 45:23 - Por mim mesmo tenho jurado; saiu da minha boca a palavra de justiça e não tornará atrás: que diante de mim se dobrará todo joelho, e por mim jurará toda língua.

Is 48:1 - Ouvi isto, casa de Jacó, que vos chamais pelo nome de Israel e saístes das águas de Judá, que jurais pelo nome do SENHOR e fazeis menção do Deus de Israel, mas não em verdade nem em justiça.

Is 65:16 - De sorte que aquele que se bendisser na terra será bendito no Deus da verdade; e aquele que jurar na terra jurará pelo Deus da verdade; porque já estão esquecidas as angústias passadas e estão encobertas diante dos meus olhos.

Jr 4:2 - e jurarás: Vive o SENHOR, na verdade, no juízo e na justiça; e nele se bendirão as nações e nele se gloriarão.

Jr 12:16 - E será que, se diligentemente aprenderem os caminhos do meu povo, jurando pelo meu nome: Vive o SENHOR, como ensinaram o meu povo a jurar por Baal, então, edificar-se-ão no meio do meu povo.

Hb 6:13 - Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo,

Ap 10:5-6 - E o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a mão ao céu e jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora;


Os juramentos são proibidos.
Mt 5:34 - Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o trono de Deus,

Tg 5:12 - Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação
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Descontradizendo:
Em todo o capítulo 5 de Mateus, versículo 17 em diante, Jesus está falando a respeito da Lei mosaica. Porém, Jesus dá um novo enfoque nesta.
1 - Ele fala sobre matar que é algo que vai além de tirar a vida de uma pessoa (vs.21-26);
2 - Fala a respeito do adultério que também é mais do que um ato sexual em si. (vs.27-30);
3 - Fala a respeito do divórcio, trazendo a questão para uma responsabilidade e não para algo banal como era e é tratado até nossos dias (vs.32);
4 - Então Ele fala sobre juramentos (vs.33-37) e traz uma nova ordenança diante disso. Pois Ele como Deus (o que evidencia neste ato) era livre para fazê-lo.

Ele como Deus diz: Não jureis! Seja apenas o teu falar sim, sim, e não, não. O que passa disso é do maligno.

Jesus mudou a Lei com isso?

Não, Ele apenas disse: Não Jureis!

Os versículos proibindo o juramentos tem dois lados:
1. Aqueles que os homens fizeram por si mesmo. Portanto, a Bíblia não é responsável por estes. Apenas os relata.
2. Aqueles que Deus determina. Ele está dizendo que se fizessem algum juramento que fosse apenas por Ele.

Alguém poderá dizer: "- Mas por que Deus fala algo e depois proíbe?".

Jesus não proibiu! Jesus aconselhou. Disse: Não jureis por nada. Em outras palavras, "Não jureis porque vocês poderão ser enlaçados na oportunidade de perderem suas palavras se não cumprirem seus votos. Por isso, digam apenas sim ou não. Isso basta!”

Ele está apenas dizendo:
"...ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor. Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o trono de Deus, nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei, nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna".

Observaram que Ele cita a ordenança de Deus no Antigo Testamento e em seguida diz: "Eu, porém, vos digo que,...".

Ele não anula. É como se dissesse:
"- Você pode fazê-lo, porém eu te digo: Não faça!".

Basta seguir em diante no texto e verá que até a Lei do olho por olho e dente por dente é revista por Ele.

Ele não anula a Lei do olho por olho, porém a coloca de uma outra forma. Ao invés de se vingar, dê a outra face! Isto não é uma contradição. É apenas uma outra alternativa.

O mesmo com relação ao juramento: Se quiser jurar jure, porém Ele te aconselha que não o faça.

Jurar é do maligno?

Jesus afirma que jurar é do maligno. Então por que Deus disse para jurarmos?

Jurar é do maligno porque um juramento não cumprido é uma arma do diabo para gerar frustração e morte na vida de um ser-humano.


Pipe

terça-feira, 14 de junho de 2016

Quanto tempo durou o cativeiro no Egito?


O cativeiro egípcio durou por 400 anos.
Gn 15:13 - Então, disse a Abrão: Saibas, decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-la-ão quatrocentos anos.

O cativeiro egípcio durou por 430 anos.
Ex 12:40 - O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos.

Gl 3:17 - Mas digo isto: que tendo sido o testamento anteriormente confirmado por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma a abolir a promessa.
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Descontradizendo:
A NVI, no texto de Ex 12:40, acrescenta o seguinte comentário:
O pentateuco Samaritano e a Septuaginta dizem: "no Egito e em Canaã".

Então o texto ficaria mais bem dito:
"Ora, o período que os israelitas viveram no Egito e em Canaã foi de quatrocentos e trinta anos".

Paulo usou Ex 12:40 para dizer o que disse em Gl 3:17. E, provavelmente como um rabino e conhecedor do grego que era, conhecia a Septuaginta.

Conclusão:
Portanto, Israel ficou 400 anos no Egito, somados aos 30 anos em Canaã. O que somados são 430 anos.


Pipe

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Quantos idiomas existiam antes da Torre de Babel?

Havia apenas um idioma.
Gn 11:1 - E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.

Gn 11:6 - e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.

Havia muitos idiomas.
Gn 10:5 - Por estes, foram repartidas as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações.

Gn 10:20 - Estes são os filhos de Cam, segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.

Gn 10:31 - Estes são os filhos de Sem, segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.

Obs. do intelectual: Estes versos mostram que, ao contrário de 11:1, existiram muitos idiomas antes que a construção da torre de Babel começasse.
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Descontradizendo:
Basta ler com atenção o cap.10 e vocês verão que:
1. O cap.10 é a genealogia dos filhos de Jafé (Jafetitas), Cam (Camitas) e Sem (Semitas).
2. O vs.5, 20 e 31 fala claramente: "Deles procedem", "São esses os descendentes", "Por estes foram repartidas","segundo as suas famílias", etc.
3. O cap.10 está dizendo, portanto que as nações descendem deles e não que os filhos de Noé cada um falavam uma língua diferente do outro. O autor descreve a genealogia até onde deseja e depois volta a falar da era pós-diluviana.
4. O que a Bíblia do Cético pelo jeito aconselha, é que deveria falar da genealogia até onde eles falavam a mesma língua. Daí relatasse a respeito da torre de Babel e aí sim recomeçasse tudo de novo a respeito da genealogia e a divisão das línguas.
5. Não há nenhuma contradição! O cap.10 é a descrição da genealogia dos filhos de Noé e ele relata as nações que originaram deles, cada uma segundo a sua língua e nação (não havia nações antes da torre de Babel).

6. A torre de Babel pode ter acontecido na segunda geração pós-diluviana, onde ainda se falava uma só língua. A Bíblia não fala em qual geração aconteceu a divisão das línguas. Por tanto é especulação da Bíblia do Cético dizer por exemplo, que a primeira geração cada uma falava uma língua diferente da outra.

Pipe

domingo, 12 de junho de 2016

Deus aprova a escravidão?

Sim.
Gn 9:25-27, 16:8-9, 17:12-13, 24:35-36, 26:12-14, Ex 12:44, 20:17, 21:2-6, 21:7, 21:20-21, 21:26-27, 22:2-3, Lv 19:20, 22:11, 25:39, 25:44-46, Dt 5:21, 15:12, 20:10-11, 20:14, Js 9:23, Lc 12:46-47, 17:7-9, I Co 7:21-22, Ef 6:5, Cl 3:22, I Tm 6:1-5, Tt 2:9-10, I Pe 2:18

Não.
Ex 21:16, Lv 19:13, 19:18, 19:33-34, 25:10, Dt 15:9-10, 23:15-16, 24:7, 24:14-15, Pv 22:22-23, Is 58:6, Jr 22:13, Ml 3:5, Mt 4:10, 23:10, Mc 10:42-43, I Co 7:23, Fp 2:3, I Tm 1:9-10, Fm 1:10-15, Hb 13:3, Tg 5:4
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Descontradizendo - Versículo por versículo
Gn 9:25-27 - "E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. E disse: Bendito seja o SENHOR, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo".
E onde diz aqui que Deus aprovou o ato de Noé? Se for assim, todas as histórias absurdas de pecados cometidos pelos homens de Deus na Bíblia foram aprovadas por Deus. E isto é um absurdo. O fato de a Bíblia descrever esta história, não significa que Deus aprovou.

Gn 16:8-9 - "E disse: Agar, serva de Sarai, de onde vens e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai, minha senhora. Então, lhe disse o Anjo do SENHOR: Torna-te para tua senhora e humilha-te debaixo de suas mãos".
A BDC quer interpretar uma história da Bíblia que ocorreu a 3.500 anos atrás com os mesmo olhos culturais que enxergamos a escravidão nos dias de hoje. Ela comete o mesmo erro de sempre, isola a situação do seu contexto para dizer aquilo que ela quer que diga.

O anjo veio até Agar lhe propor uma solução urgencial e não uma solução que envolveria todos os escravos daquela época. A solução urgencial era Agar voltar para sua senhora para que ela e seu filho não morressem no deserto. E o que foi que aconteceu? Agar voltou e de seu filho Ismael nasceu um poderoso povo que são os árabes nos dias de hoje. Se o anjo não tivesse intervido na história de Agar, os árabes não existiriam hoje.

A escravidão era o ponto de menor relevância nesta história. O assunto de maior importância era a sobrevivência de Agar e Ismael. E graças ao Deus que intervém, Agar e Ismael sobreviveram. E todos os árabes deste mundo devem levantar suas mãos aos Céus e agradecer por este dia.

Textos:
Gn 17:12-13 - "O filho de oito dias, pois, será circuncidado; todo macho nas vossas gerações, o nascido na casa e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua semente. Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; e estará o meu concerto na vossa carne por concerto perpétuo. E o macho com prepúcio, cuja carne do prepúcio não estiver circuncidada, aquela alma será extirpada dos seus povos; quebrantou o meu concerto".

Gn 24:35-36 - "O SENHOR abençoou muito o meu senhor, de maneira que foi engrandecido; e deu-lhe ovelhas e vacas, e prata e ouro, e servos e servas, e camelos e jumentos. E Sara, a mulher do meu senhor, gerou um filho a meu senhor depois da sua velhice; e ele deu-lhe tudo quanto tem".

Gn 26:12-14 - "E semeou Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem medidas, porque o SENHOR o abençoava. E engrandeceu-se o varão e ia-se engrandecendo, até que se tornou mui grande; e tinha possessão de ovelhas, e possessão de vacas, e muita gente de serviço, de maneira que os filisteus o invejavam".

Ex 12:44 - "Porém todo servo de qualquer, comprado por dinheiro, depois que o houveres circuncidado, então, comerá dela".

Ex 20:17 - "Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo".

Textos que contradizem
Ex 21:2-7 - "Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas, ao sétimo, sairá forro, de graça. Se entrou só com o seu corpo, só com o seu corpo sairá; se ele era homem casado, sairá sua mulher com ele. Se seu senhor lhe houver dado uma mulher, e ela lhe houver dado filhos ou filhas, a mulher e seus filhos serão de seu senhor, e ele sairá só com seu corpo. Mas, se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos, não quero sair forro, então, seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao postigo, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e o servirá para sempre. E, se algum vender sua filha por serva, não sairá como saem os servos".

Ex 21:20-21 - "Se alguém ferir a seu servo ou a sua serva com vara, e morrerem debaixo da sua mão, certamente será castigado; porém, se ficarem vivos por um ou dois dias, não será castigado, porque é seu dinheiro".

Ex 21:26-27 - "E, quando alguém ferir o olho do seu servo ou o olho da sua serva e o danificar, o deixará ir forro pelo seu olho. E, se tirar o dente do seu servo ou o dente da sua serva, o deixará ir forro pelo seu dente".
Ex 22:2-3 - "Se o ladrão for achado a minar, e for ferido, e morrer, o que o feriu não será culpado do sangue. Se o sol houver saído sobre ele, será culpado do sangue. O ladrão fará restituição total; e se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto".

Lv 19:20 - "E, quando um homem se deitar com uma mulher que for serva desposada do homem e não for resgatada, nem se lhe houver dado liberdade, então, serão açoitados; não morrerão, pois não foi libertada".

Lv 22:11 - "Mas, quando o sacerdote comprar alguma alma com o seu dinheiro, aquela comerá delas e o nascido na sua casa; estes comerão do seu pão".

Lv 25:39 - "Quando também teu irmão empobrecer, estando ele contigo, e se vender a ti, não o farás servir serviço de escravo".

Lv 25:44-46 - "E, quanto a teu escravo ou a tua escrava que tiveres, serão das gentes que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas. Também os comprareis dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós, deles e das suas gerações que estiverem convosco, que tiverem gerado na vossa terra; e vos serão por possessão. E possuí-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para herdarem a possessão; perpetuamente os fareis servir, mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, cada um sobre o seu irmão, não vos assenhoreareis dele com rigor".

Dt 5:21 - "E não cobiçarás a mulher do teu próximo; e não desejarás a casa do teu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo".

Dt 15:12 - "Quando teu irmão hebreu ou irmã hebreia se vender a ti, seis anos te servirá, mas, no sétimo ano, o despedirás forro de ti".

Dt 20:10-11 - "Quando te achegares a alguma cidade a combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz. E será que, se te responder em paz e te abrir, todo o povo que se achar nela te será tributário e te servirá".

Dt 20:14 - "salvo as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e comerás o despojo dos teus inimigos, que te deu o SENHOR, teu Deus".

Js 9:23 - "Agora, pois, sois malditos; e, dentre vós, não deixará de haver servos, nem rachadores de lenha, nem tiradores de água, para a casa do meu Deus".

Algumas questões:
O Novo Dicionário da Bíblia, editado por J. D. Douglas, editora Vida Nova, faz o seguinte comentário:

"Geralmente um espírito muito mais humanitário respira por todas as leis e costumes do Antigo Testamento a respeito da escravidão, segundo é ilustrado por suas repetidas injunções, em nome de Deus, para que ninguém dominasse com violência qualquer irmão israelita (por exemplo Lv 25:43, 46, 53, 55; Dt 15:14...). Até mesmo quando a lei e o costume dos hebreus acerca dos escravos compartilham da herança comum do antigo mundo semítico, há um cuidado sem paralelo, em nome de Deus, pelas pessoas que por sua própria posição não eram reputadas pessoas, algo que se faz ausente dos códigos legais da Babilônia ou da Assíria. Além disso, deve ser relembrado que, em termos gerais, a economia do Oriente Próximo da antiguidade nunca se baseou substancial ou principalmente sobre o trabalho escravo, como no período ´clássico` e no período posterior da Grécia e , acima de tudo, do império romano. E Jó (31:13-15) anuncia o conceito da igualdade de todos os homens, qualquer que seja a sua condição, perante o criador de todos, que é Deus".

Gleason Archer no livro: "Enciclopédia de Temas Bíblicos" da editora Vida, diz o seguinte:
"No que concerne ao status moral da escravidão nos tempos antigos, devemos reconhecer que era praticada por todos os povos antigos de que temos registros históricos: egípcios, sumérios, babilônicos, assírios, fenícios, sírios, moabitas, amonitas, edomitas, gregos, romanos, e todos os demais. A escravidão fazia parte da vida e das culturas antigas, tanto quanto o comércio, os impostos e os cultos no templo. Só depois do surgimento de um conceito mais elevado do ser humano e de sua dignidade inata como pessoas criada à imagem de Deus, o qual permeou o mundo em decorrência dos ensinos da Bíblia, é que surgiu também um forte sentimento na cristandade contra a escravidão. Passou-se a questionar a razão da existência do escravo. Não se tem conhecimento de um movimento equivalente favorável à abolição da escravatura em nenhuma civilização não-cristã.


Lc 12:46-47 - "virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis. E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites".
Lc 17:7-9 - "E qual de vós terá um servo a lavrar ou a apascentar gado, a quem, voltando ele do campo, diga: Chega-te e assenta-te à mesa? E não lhe diga antes: Prepara-me a ceia, e cinge-te, e serve-me, até que tenha comido e bebido, e depois comerás e beberás tu? Porventura, dá graças ao tal servo, porque fez o que lhe foi mandado? Creio que não".

Jesus apenas usou uma realidade cultural para falar de uma realidade espiritual.
Ele não estava apoiando a escravidão. Ele apenas a usou como parâmetro de comparação.

I Co 7:21-22 - "Foste chamado sendo servo? Não te dê cuidado; e, se ainda podes ser livre, aproveita a ocasião. Porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e, da mesma maneira, também o que é chamado, sendo livre, servo é de Cristo".

Ef 6:5 - "Vós, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo,"

Cl 3:22 - "Vós, servos, obedecei em tudo a vosso senhor segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus".

I Tm 6:1-6 - "Todos os servos que estão debaixo do jugo estimem a seus senhores por dignos de toda a honra, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados. E os que têm senhores crentes não os desprezem, por serem irmãos; antes, os sirvam melhor, porque eles, que participam do benefício, são crentes e amados. Isto ensina e exorta. Se alguém ensina alguma outra doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho. Aparta-te dos tais".

Tt 2:9-10 - "Exorta os servos a que se sujeitem a seu senhor e em tudo agradem, não contradizendo, não defraudando; antes, mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador".

I Pe 2:18 - "Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor ao senhor, não somente ao bom e humano, mas também ao mau;"

Quem eram na maioria os cristãos? De qual classe social vinham? R: A grande maioria eram escravos convertidos ao cristianismo. Gente pobre, enferma, párias sociais, etc...

Quem foi que tornou escravos estas pessoas para quem estes escritos foram dirigidos? R: O império Romano!

Diante disto, qual deveria ter sido o conselho dos apóstolos para estas pessoas?
"Rebelem-se! Não os sirvam! Não se sujeitem! Não esperem ser livres pela lei romana. Libertem-se por si mesmo! Se forem obrigados a servir, sirvam com amargura e ódio aos seus senhores! Os odeiem! Não os honrem de maneira nenhuma!”

O que vocês acham que teria acontecido a estes escravos caso tivessem tido e seguido tal conselho? Não é necessário nem dizer que certamente seriam executados ou presos. O conselho dos apóstolos não implicava em algum tipo de apologia a escravidão, e sim apenas a um conselho para que pudessem lidar com aquela realidade com outros olhos.


Pipe

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Profecias "NÃO" cumpridas da bíblia I

Proposta de Nick Insolente:
Muito condizente com o nome da comunidade, poderiam descontradizer essas contradições, já que deus não pode mentir, e podemos confiar absolutamente no que ele fala, o que seriam essas passagens?

Deus promete terra de Canaã para descendentes de Abraão. Mesmo Hebreus 11:13 diz que isso não se cumpriu.
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Por Pipe:
Vamos a promessa:

Gn 17:8 E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus.

Vamos ao contexto de Hb 11 e verificar se trata-se da mesma coisa:
8 Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
9 Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.

Bom, até aqui o texto diz que eles habitaram na terra que Deus prometeu.
Agora continuemos lendo o texto:
10 Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.

O que Abraão esperava? A cidade que tem fundamentos, da qual o artífice é Deus. Portanto, o texto não está falando da terra de Canaã. A promessa quanto a terra de Canaã já havia se cumprido na vida deles.

Continuando...
11 Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.
12 Por isso também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar.
13 Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
14 Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.
De que promessas o textos está tratando? Da que diz respeito à cidade que tem fundamentos, da qual o artífice é Deus. Foi está que eles não viram. E o texto de Gn não fala desta promessa. Mas a promessa de Deus em Gn para Abraão quanto a Canaã se cumpriu!
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Nick contra-argumenta:
Gn 17:8 E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus.
O que não aconteceu.
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Pipe:
"Canaã (em hebraico standard, כנען, translit. Kənáʿan; em hebraico tiberiano, Kənáʿan / Kənāʿan; em grego, Χανααν, translit. Khanaan) é a antiga denominação da região correspondente à área do actual Estado de Israel, da Cisjordânia, da Jordânia ocidental, sul da Síria e sul do Líbano.

A cidade canaanita de Ugarit foi redescoberta em 1928 e muito do conhecimento moderno sobre os cananeus advém das escavações arqueológicas naquela área.

Comparada aos desertos circundantes, a terra de Canaã era uma terra de fartura, onde havia uvas e outras frutas, azeitonas e mel, daí ter sido vista por Abraão - originário da região do actual Iraque - como a "terra prometida", "onde corre leite e mel".

Segundo a Bíblia, Canaã era a terra prometida por Deus ao seu povo, desde o chamado de Abrão (ou Abraão), que habitava a cidade caldéia de Ur, no sul da Mesopotâmia. De acordo com a tradição, Deus chamou Abrão e lhe ordenou que fosse para a terra chamada Canaã, o que teria motivado o longo êxodo dos hebreus, que teria durado muitas décadas, até que os descendentes de Abraão a alcançaram. Canaã passou então a ser por eles denominada terra de Israel".


Ou seja Nick, Canaã pertence a Israel até os dias de hoje. Por enquanto Deus tem mantido sua promessa.


O que acontece é que Israel diversas vezes foi disperso de seu país devido a sua infidelidade ao seu Deus. Este mesmo Deus trouxe juízo sobre eles diversas vezes porque toda a aliança codepende de dois lados da moeda. Porém, quando este mesmo povo se arrependia Deus movia o coração de reis e líderes mundiais em favor de Israel. Logo, Deus restaurava sua aliança e permanecia cumprindo sua promessa.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Quantos filhos Deus teve?

Deus teve somente um filho:
Jo 3:18 - "Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus".

1 Jo 4:9 - "Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos".

Deus teve muitos filhos:
Gn 6:2 - "viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram".

Gn 6:4 - "Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama".

Jó 1:6 - "E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles".

Jó 2:1 - "E, vindo outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles apresentar-se perante o SENHOR".

Jó 38:6-7 - "Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?"
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Descontradizendo:
Para descontradizer esta suposta contradição, terei que dividir o assunto em duas partes:
1. falarei do Filho como o Único ou Unigênito.
2. Falarei do termo filhos de Deus usado no Antigo Testamento.

Unigênito
- Jesus é o Filho Unigênito de Deus porque Ele foi o único gerado de Deus e não criado por Deus.
- Apenas Ele é da mesma "substância" Eterna que o Pai e o Espírito Santo.
- Apenas Ele teve papel criador na criação do Universo juntamente com o Pai e o Espírito Santo.
- Apenas Ele tem poder de perdoar pecados, assim como o Pai e os Espírito Santo.
- Apenas Ele pode receber louvor e adoração tanto de homens quanto de anjos, assim como o Pai e o Espírito Santo.

É importante observar, que os termos “Único” ou “Unigênito” foram trocados pelo termo “Primogênito” após a ascensão de Cristo. Jesus deixa de ser o Unigênito para ser o Primogênito entre muitos irmãos:

Rm 8:29 - "Porque os que antes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos".

O sentido aqui é o mesmo de Jo 1:12-14 - "Mas a todos quantos o receberam (Jesus) deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade".

Em Cristo, e apenas em Cristo, o ser humano pode se tornar um filho de Deus. Gerado em Cristo (1 Jo 5:18) o homem recebe a vida de Deus. Ele nasce de novo em Cristo. A vida eterna, que é a própria vida de Deus adentra no espírito do homem e o torna um com Deus:

Jo 17:21 - "para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste".

Gl 3:26-28 - "Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus".

Filhos de adoção
Observe também o termo adoção:
Ef 1:5 - "e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,"

Jesus é o Único Filho de Deus gerado dEle, nós os que cremos nEle, somos adotados nEle. Ele é Eterno, portanto sempre existiu. Nós somos criados fora dEle. Em Cristo somos gerados:
I Pe 1:23 - "sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre".

Ef 4:24 - "e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade".

Cl 1:15-18 - "o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência,"

Concluindo:
Portanto, Jesus é o Único (unigênito) Filho de Deus gerado dEle. Nós nos tornamos filhos de Deus em Cristo. Em Cristo nos tornamos novas criaturas (2 Co 5:17, Gl 6:15) geradas em Cristo. Filhos por adoção.

Gênesis
Gn 6:3 - "Então, disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos".

Com quem Deus se "decepcionou"? Se tivesse sido com os anjos, então significa também que os anjos passaram a viver somente 120 anos.

Gn 6:4 - "Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama".

Onde diz no texto que os gigantes eram descendentes deste cruzamento? O texto diz apenas que havia naqueles dias, e não que vieram depois disto. O texto diz que o cruzamento dos filhos de deus com as filhas dos homens geraram valentes e não gigantes.

Filhos de Deus
A expressão filhos de Deus no Antigo Testamento é usada tanto para Anjos (Jó 1:6, 2:1, 38:6-7) quanto para se relacionar ao povo de Deus (Dt 14:1; Is 1:2; Os 1:10).


Porém, o sentido usado aqui não é o mesmo em que Jesus emprega a expressão para si mesmo como já falei acima. Pois Ele é o Único gerado de Deus e estes (anjos e homens) foram criados por Ele (Cl 1:16; Jo 1:1-3).