segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cem mil cristãos são mortos por ano por razões ligadas à fé, diz Vaticano

Dado foi revelado pelo observador da Santa Sé na ONU.
Oriente Médio, África e Ásia são palcos de maior número de violações.


Quase 100 mil cristãos morrem todos os anos por razões relacionadas à sua fé, denunciou o observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, informou nesta terça-feira (28) a RádioVaticano.
"Investigações confiáveis" levaram à "conclusão chocante" de que "mais de 100 mil pessoas são mortas por ano, por motivos que têm alguma relação com sua fé", denunciou o monsenhor Silvano Maria Tomasi, durante a 23ª sessão do diálogo interativo entre o Conselho dos Direitos Humanos e o alto comissário.
Monsenhor Tomasi também denunciou que cristãos são obrigados a renunciar a sua fé e a suportar a destruição de seus locais de culto, além dos sequestros de seus líderes religiosos, como ocorreu na Síria, onde dois padres ortodoxos foram levados por homens armados perto de Aleppo.
O Oriente Médio, a África e a Ásia são as regiões onde ocorrem o maior número de violações contra a liberdade religiosa.
Essas violações são "fruto do sectarismo, da intolerância, do terrorismo e de leis que excluem", indicou.
Tomasi lembrou o peso da Igreja em muitas áreas: na educação, desde a creche até a universidade; na saúde, dos berçários aos hospitais; no social, das casas de repouso e orfanatos até centros de reabilitação; nos serviços prestados nos campos de refugiados e deslocados.
Segundo a Rádio Vaticano, monsenhor Tomasi elogiou o primeiro-ministro de Bangladesh, que introduziu uma lei contra a blasfêmia na legislação de seu país.
Por sua vez, o secretário do Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz, o arcebispo Mario Toso, declarou recentemente durante uma conferência sobre a discriminação, no quadro da plenária da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) em Tirana, que os episódios de discriminação contra cristãos aumentaram na região entre a Europa e a Ásia central, apesar das conferências organizadas pela OSCE.
"Lamentamos o fato de terem traçado uma linha entre o credo religioso e a prática religiosa, o que faz com que alertemos aos cristãos, cada vez mais numerosos ante os tribunais, que há a liberdade privada de crer e praticar em suas igrejas, mas fica proibido agir publicamente em nome da fé", declarou.
A discriminação dos cristãos "deve ser combatida assim como o antissemitismo e a islamofobia", considerou Toso, segundo declaração citada pelo Vaticano.

sábado, 18 de agosto de 2012

Associação Americana de Pediatras fulmina ideologia de gênero

Grupo de médicos dos EUA emite declaração explicando, cientificamente, por que ideologia de gênero é nociva para as crianças

Uma associação de pediatras dos Estados Unidos declarou, no último dia 21 de março, através de seu site na Internet, que "a ideologia de gênero é nociva às crianças" e que "todos nascemos com um sexo biológico", sendo os fatos, e não uma ideologia, que determinam a realidade.

A declaração da American College of Pediatricians expõe 8 razões para os "educadores e legisladores rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem" a teoria de gênero. A iniciativa dos médicos se soma a inúmeras outras, provindas das mais diversas áreas de informação, para conter o que o Papa Francisco chamou de "colonização ideológica". Em 2010, por exemplo, um importante documentário conseguiu desmontar, pelo menos em parte, a estrutura universitária que financiava essa ideologia na Noruega. O programa trouxe o parecer de vários especialistas, dos mais diversos campos científicos, que expuseram a farsa da teoria de gênero.
Agora, a medicina vem respaldar mais uma vez a verdade sobre a família.
A íntegra da nota escrita pelos pediatras norte-americanos pode ser lida a seguir.
A Associação Americana de Pediatras urge educadores e legisladores a rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem como normal uma vida de personificação química e cirúrgica do sexo oposto. Fatos, não ideologia, determinam a realidade.

1. A sexualidade humana é um traço biológico binário objetivo: "XY" e "XX" são marcadores genéticos de saúde, não de um distúrbio. A norma para o design humano é ser concebido ou como macho ou como fêmea. A sexualidade humana é binária por design, com o óbvio propósito da reprodução e florescimento de nossa espécie. Esse princípio é auto-evidente. Os transtornos extremamente raros de diferenciação sexual (DDSs) — inclusive, mas não apenas, a feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita — são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do design humano. Indivíduos com DDSs não constituem um terceiro sexo.

2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e percepção de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico, não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com uma consciência de si mesmo como masculino ou feminino; essa consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser descarrilada por percepções subjetivas, relacionamentos e experiências adversas da criança, desde a infância. Pessoas que se identificam como "se sentindo do sexo oposto" ou "em algum lugar entre os dois sexos" não compreendem um terceiro sexo. Elas permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas.
3. A crença de uma pessoa, que ele ou ela é algo que não é, trata-se, na melhor das hipóteses, de um sinal de pensamento confuso. Quando um menino biologicamente saudável acredita que é uma menina, ou uma menina biologicamente saudável acredita que é um menino, um problema psicológico objetivo existe, que está na mente, não no corpo, e deve ser tratado como tal. Essas crianças sofrem de disforia de gênero (DG). Disforia de gênero, anteriormente chamada de transtorno de identidade de gênero (TIG), é um transtorno mental reconhecido pela mais recente edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V). As teorias psicodinâmicas e sociais de DG/TIG nunca foram refutadas.
4. A puberdade não é uma doença e hormônios que bloqueiam a puberdade podem ser perigosos. Reversíveis ou não, hormônios que bloqueiam a puberdade induzem a um estado doentio — a ausência de puberdade — e inibem o crescimento e a fertilidade em uma criança até então biologicamente saudável.
5. De acordo com o DSM-V, cerca de 98% de meninos e 88% de meninas confusas com o próprio gênero aceitam seu sexo biológico depois de passarem naturalmente pela puberdade.
6. Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão requerer hormônios do outro sexo no fim da adolescência. Esses hormônios (testosterona e estrogênio) estão associados com riscos à saúde, inclusive, mas não apenas, aumento da pressão arterial, formação de coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e câncer.
7. Taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo, mesmo na Suécia, que está entre os países mais afirmativos em relação aos LGBQT. Que pessoa compassiva e razoável seria capaz de condenar jovens crianças a este destino, sabendo que após a puberdade cerca de 88% das meninas e 98% dos meninos vão acabar aceitando a realidade e atingindo um estado de saúde física e mental?
8. Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável, é abuso infantil. Endossar discordância de gênero como normal através da rede pública de educação e de políticas legais irá confundir as crianças e os pais, levando mais crianças a serem apresentadas às "clínicas de gênero", onde lhes serão dados medicamentos bloqueadores da puberdade. Isso, por sua vez, praticamente garante que eles vão "escolher" uma vida inteira de hormônios cancerígenos e tóxicos do sexo oposto, além de levar em conta a possibilidade da mutilação cirúrgica desnecessária de partes saudáveis do seu corpo quando forem jovens adultos.

Michelle A. Cretella, M.D. - Presidente da Associação Americana de Pediatras

Quentin Van Meter, M.D. - Vice-Presidente da Associação Americana de Pediatras - Endocrinologista Pediátrico

Paul McHugh, M.D. - Professor Universitário de Psiquiatria da Universidade Johns Hopkins Medical School, detentor de medalha de distinguidos serviços prestados e ex-psiquiatra-chefe do Johns Hopkins Hospital