terça-feira, 22 de março de 2011

I Mentira de Deus: O caso de Salomão

Questão enviada por um cético:

I "Mentira" de Deus: O caso de salomão
7 mentiras de Deus; ou será o diabo?
Se na Bíblia houver uma mentira de Jeová, ou Deus é o pai da mentira, ou Jeová não é o Deus Pai. Vamos percorrer as páginas do Velho Testamento.


1 - Jeová amou Salomão desde o ventre.

“Então consolou Davi a Bate-Seba, sua mulher, e entrou a ela, e se deitou com ela. E teve ela um filho, e chamou o seu nome Salomão; E JEOVÁ O AMOU” - (II Sm.12:24).
 

O nome foi dado por Jeová...

“Eis que o filho que te nascer será homem de repouso: PORQUE REPOUSO LHE HEI DE DAR DE TODOS OS SEUS INIMIGOS EM REDOR. Portanto Salomão será o seu nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias” - (I Cr.22:9).
 

Esta promessa da paz para Israel não estava vinculada ao comportamento de Salomão. Salomão pecou e o reino de Israel não teve a paz prometida.
 

“Levantou Jeová , a Salomão um adversário, a Hadade, o Edomeu”- (I Rs11:14). “Também Jeová lhe levantou outro adversário, a Rezon, filho de Eliada, que tinha fugido do seu senhor Hadade-Ezer, rei de Zobá, contra quem também ajuntou homens, e foi capitão de um esquadrão, quando Davi os matou. E indo para Damasco, habitaram ali, e reinaram em Damasco, E FOI ADVERSÁRIO DE ISRAEL POR TODOS OS DIAS DE SALOMÃO, E ISTO ALÉM DO MAL QUE HADADE FAZIA; PORQUE DETESTAVA A ISRAEL, E REINAVA SOBRE A SÍRIA”- (IRs11:2325).
 

Jeová falou que Israel teria paz, e ele mesmo levantou adversários contra Israel. LOGO, MENTIU.
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Por Pipe

Esta promessa da paz para Israel não estava vinculada ao comportamento de Salomão. 
A não? Então quer dizer que Salomão poderia se tornar o maior déspota, idólatra, adúltero da história que Deus era obrigado mesmo assim, a não operar nenhum tipo de justiça para com ele, e ainda por cima teria que lhe dar a paz pelo resto de sua vida na terra?

Foi Davi ou foi Salomão que ouviu a promessa de Deus?

I Cr 22:9 Mas você terá um filho que será um homem de paz, e eu farei com que ele tenha paz com todos os inimigos ao redor dele. Seu nome será Salomão, e eu darei paz e tranquilidade a Israel durante o reinado dele.

Bom, a promessa foi dada a Davi, ok? Foi para Davi que Deus disse o que disse.

Vamos em frente:
I cr 28:9
 “E você, meu filho Salomão, reconheça o Deus de seu pai, e sirva-o de todo o coração e espontaneamente, pois o SENHOR sonda todos os corações e conhece a motivação dos pensamentos. Se você o buscar, o encontrará, mas, se você o abandonar, ele o rejeitará para sempre. 

Ops! Mas a paz que Deus daria a Salomão não era incondicional? Se era, então porque Davi está dizendo isto para seu filho Salomão?

Sabe por quê? Porque você está separado de Davi pelo menos uma distância de tempo de mais de 2.600 anos. Só isso. E Davi como um ser pensante ao contrário de vossa senhoria, sabia muito bem que toda a promessa de Deus está implicitamente ligada ao comportamento daquele que é objeto de sua promessa. Agora, se Davi naquele contexto soube muito bem interpretar o que Deus disse, não será vossa senhoria depois de 2.600 anos que dirá que ele estava errado.

Agora leia a razão da queda de Salomão:
1 O rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha do faraó. Eram mulheres moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hititas.
2 Elas eram das nações a respeito das quais o SENHOR tinha dito aos israelitas: “Vocês não poderão tomar mulheres dentre essas nações, porque elas os farão desviar-se para seguir os seus deuses”. No entanto, Salomão apegou-se amorosamente a elas.
 
3 Casou com setecentas princesas e trezentas concubinas, e as suas mulheres
 o levaram a desviar-se. 
4 À medida que Salomão foi envelhecendo, suas mulheres o induziram a voltar-se para
 outros deuses, e o seu coração já não era totalmente dedicado ao SENHOR, o seu Deus, como fora o coração do seu pai Davi. 
5 Ele seguiu
 Astarote, a deusa dos sidônios, e Moloque, o repugnante deus dos amonitas. 
6 Dessa forma Salomão fez o que o SENHOR
 reprova; não seguiu completamente o SENHOR, como o seu pai Davi.
7 No monte que fica a leste de Jerusalém, Salomão construiu um altar para
 Camos, o repugnante deus de Moabe, e para Moloque, o repugnante deus dos amonitas. 
8 Também fez altares para os deuses de todas as suas outras mulheres estrangeiras, que queimavam incenso e ofereciam sacrifícios a eles.
9
 O SENHOR irou-se contra Salomão por ter se desviado do SENHOR, o Deus de Israel, que lhe havia aparecido duas vezes. 
10
 Embora ele tivesse proibido Salomão de seguir outros deuses, Salomão não lhe obedeceu. 
11 Então o SENHOR lhe disse:
 “Já que essa é a sua atitude e você não obedeceu à minha aliança e aos meus decretos, os quais lhe ordenei, certamente lhe tirarei o 
reino e o darei a um dos seus servos.
 
12 No entanto, por amor a Davi, seu pai, não farei isso enquanto você viver. Eu o tirarei da mão do seu filho.
 
13 Mas, não tirarei dele o reino inteiro, eu lhe darei uma tribo por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi”.

Conclusão:
1. A promessa estava ligada a aliança entre os dois.

2. Davi advertiu Salomão quanto a isso. E detalhe, foi Davi quem recebeu a promessa e, portanto quando a revelou a seu filho, deixou muito bem claro quais as implicações da parte de Salomão quanto a esta aliança.

3. Salomão quebrou a aliança se prostituindo com outros deuses.

4. Logo, Deus não tem mais nenhuma obrigação para com ele.

Bom, então temos duas testemunhas contra você:

1. Davi, que foi quem ouviu a promessa e entendeu exatamente a implicação dela.

2. O autor de Reis que não foi Davi, que também entendeu perfeitamente a implicação dela.

E olhe o que o próprio Deus disse a Salomão:

I Rs 9:
2 o SENHOR lhe apareceu pela segunda vez, como lhe havia aparecido em Gibeom.
 
3 O SENHOR lhe disse: “Ouvi a oração e a súplica que você fez diante de mim; consagrei este templo que você construiu, para que nele habite o meu nome para
 
sempre. Os meus olhos e o meu coração estarão sempre nele.
4 “E se você andar segundo a minha vontade, com integridade de coração e com retidão, como fez o seu pai Davi, se fizer tudo o que eu lhe ordeno, obedecendo
 
aos meus decretos e às minhas ordenanças,
 
5 firmarei para sempre sobre Israel o seu trono, conforme prometi a Davi, seu pai, quando lhe disse: Nunca lhe faltará descendente para governar Israel.
6 “Mas, se você ou seus filhos se afastarem de mim e não obedecerem aos mandamentos e aos decretos que lhes dei, e prestarem culto a outros deuses e
 
adorá-los,
 
7 desarraigarei Israel da terra que lhes dei, e lançarei para longe da minha presença este templo que consagrei ao meu nome. Israel se tornará então objeto de
 
zombaria entre todos os povos.
 
8 E, embora este templo seja agora imponente, todos os que passarem por ele ficarão espantados e perguntarão: ‘Por que o Senhor fez uma coisa dessas a esta
 
terra e a este templo?’
 
9 E a resposta será: ‘Porque abandonaram o SENHOR, o seu Deus, que tirou os seus antepassados do Egito, e se apegaram a outros deuses, adorando-os e
 
prestando-lhes culto; por isso o Senhor trouxe sobre eles toda esta desgraça’ ”.


Ué, a paz não era incondicional?

Presumo agora que vossa senhoria dirá que o próprio Deus se equivocou e entendeu errado o que Ele mesmo disse.

Outra coisa, mostre-me onde Salomão guerreou antes de I Rs 11:14?

12 NO ENTANTO, POR AMOR A DAVI, SEU PAI, NÃO FAREI ISSO ENQUANTO "VIVER" - olha aqui leitor!" - EU O TIRAREI DA M]AO DO SEU FILHO.

Salomão não perdeu o seu trono. O texto fala disso. E apenas disso.

Bom, agora você tem 3 testemunhas contrárias a sua proposta:

1. Davi

2. O autor de I Rs

3. O próprio Deus.


1º A promessa foi feita e nela foi afirmado por Deus que haveria “paz e tranqüilidade a Israel” enquanto o menino Salomão tivesse VIDA!
Desde que ele se mantivesse fiel a Deus. Isto foi enfatizado por:
Davi em I Cr 28:9 (Davi foi o que ouviu a promessa);
 
O autor de I Rs no cap.11 (que foi quem escreveu o livro);
O próprio Deus em I Rs 9 (que foi quem deu a promessa).

Essa promessa de paz e tranquilidade estava relacionada com a própria “VIDA DE SALOMÃO” e não com o fato dele ser ou deixar de ser rei! E tal promessa valeria até a morte de Salomão, nem antes, nem depois!
Estava se no caso este se mantivesse fiel a Deus. É isto que Davi, o autor de I Rs e o próprio Deus deixou absolutamente claro.
 

O conselho que Deus entregou a Salomão no versículo 4 de 1 Rs 9 não tem nada haver com a “promessa de paz e tranquilidade” que estava associado a sua vida – não confunda – e sim com a “descendência de Salomão”.
Então leia os outros versículos:
7 desarraigarei Israel da terra que lhes dei, e lançarei para longe da minha presença este templo que consagrei ao meu nome. Israel se tornará então objeto de zombaria entre todos os povos.

Quem seria desarraigado? ISRAEL. Leia de novo: Israel!!!! 

Se você quer concluir que Deus foi injusto, isto é um problema teu. Não me interessa o que você tem a dizer sobre o AT. O que interessa é que ele diz e pronto.

Não afirmei que Salomão guerreou antes de 1 Rs 11;14, mas afirmei que se a promessa fosse verdadeira Salomão nunca teria guerreado – a promessa nunca foi cumprida por ser mentirosa do inicio ao fim! Por isso Israel sofreu enquanto Salomão viveu!
Viu como você foge do assunto? Se Salomão só começou a ter problemas depois que se prostituiu com outros deuses no cap.11 em diante, isto reforça ainda mais o que eu estou dizendo. Portanto, agora você tem 4 testemunhas contra sua teoria:

1. Davi
2. O autor de I Rs
3. O próprio Deus.
4. E o fato de Salomão perder a paz depois que pecou conforme advertido por Davi (seu Pai) e pelo próprio Deus.

1º Davi; esse recebeu a promessa que afirmar haver paz e tranqüilidade enquanto Salomão tivesse vivo – essa promessa não se cumpriu e Salomão assina em baixo!
Pois é, só que Davi que foi quem ouviu a promessa (e não você) é a autoridade máxima para dizer o que ela implicava e não você um ignorante, que depois de 2.6000 anos de distância quer dizer que Davi errou.

Filhinho, deixe-me te perguntar uma coisa a mais: Quem foi que ouviu a promessa e quem foi que escreveu o livro de I Rs?

Quem tem mais autoridade sobre o que está escrito: O personagem da bibliografia e o escritor dela, ou você? Nem precisa responder esta. Já sabemos a resposta.

2º Autor de 1 Reis; esse apenas relatou no versículo 9;4 ,5 que Salomão poderia ter sua descendência eternamente para dela nascer reis sobre Israel se andasse segundo os conselhos de Deus no versículo 4 – e isso nada tem haver com a promessa para Israel!
Claro que não. Ele se equivocou, e você que não estava lá é que sabe da verdade. Muito bom. Boa teoria.

3 O próprio Deus? Rererer.... Esse Deus que fez a promessa é o próprio Diabo em pessoa, pois ele é o pai da mentira e se titulando como Deus, enganando Davi e Salomão os levou para viver em meio a guerra e prostituições...
Bom, isto quem dará contas é você. Esta é uma afirmação 100% centrada na sua opinião pessoal e sem nenhum respaldo bíblico. Cuidado!

4 Salomão; Esse é a prova fiel que Deus não cumpriu sua promessa de Paz e tranquilidade enquanto ele tivesse vida e ainda viu morrer sua descendência... –
Tadinho do Salomão. Só porque ele pegou mil mulheres pagãs pra suas orgias, e construiu altares pra Moloque, Camos, e Astarote, Deus sacaneou ele. Tadinhu... snif snif snif

por que será que Salomão escolheu outros deuses?
Por que será que crucificaram Jesus?

Vamos lá:
Você comparou o texto de I Cr 22 com o texto de I RS 2? Mas filho, em I Cr 22 Davi ainda não estava próximo da morte. Já em I RS 2:1 diz: Quando se aproximava o dia de sua morte, Davi deu instruções ao seu filho Salomão:. Este discurso era outro, era o mesmo discurso de I Cr 23 à 29, mas principalmente no cap.28. Agora leia o discurso de Davi a Salomão bem antes de sua morte:

I Cr 22:
5 Davi pensava: “Meu filho Salomão é jovem e inexperiente, e o templo que será construído para o SENHOR deve ser extraordinariamente magnífico, famoso e cheio de esplendor à vista de todas as nações. Por isso deixarei tudo preparado para a construção”. Assim, Davi deixou tudo preparado antes de morrer.
6
 Davi mandou chamar seu filho Salomão e ordenou que ele construísse um templo para o SENHOR, o Deus de Israel, 
7 dizendo: “Meu filho, eu tinha no coração o propósito de construir um templo em honra ao nome do SENHOR, o meu Deus.
 
8 Mas veio a mim esta palavra do SENHOR: ‘Você matou muita gente e empreendeu muitas guerras. Por isso não construirá um templo em honra ao meu nome, pois derramou muito sangue na terra, diante de mim.


Detalhe, Salomão era jovem e só então Davi revelou para ele a promessa de Deus.

9 Mas você terá um filho que será um homem de paz, e eu farei com que ele tenha paz com todos os inimigos ao redor dele. Seu nome será Salomão, e eu darei paz e tranqüilidade a Israel durante o reinado dele. 
10 É ele que vai construir um templo em honra ao meu nome. Eu serei seu pai e ele será meu filho. E eu firmarei para sempre o trono do reinado dele sobre Israel’.


Duas promessas;
1. Paz e tranquilidade para Israel durante o reinado dele.
2. Firmarei o trono do reinado dele sobre Israel.

As duas promessas estão juntas e não divididas.

Agora preste atenção na conversa de Davi logo em seguida ao mencionar a promessa;

11 “Agora, meu filho, que o SENHOR seja com você, para que você consiga construir o templo do SENHOR, o seu Deus, conforme ele disse que você faria.
12 Que o SENHOR lhe dê prudência e entendimento para que você
 obedeça à lei do SENHOR, o seu Deus, quando ele o puser como líder de Israel. 
13 E você prosperará
 se for cuidadoso em obedecer aos decretos e às leis que o SENHOR deu a Israel por meio de Moisés. Seja forte e corajoso! Não tenha medo nem se desanime!

Davi diz que Salomão seria próspero "se" ele obedecesse. Mas você não acha estranho sr. Araque Davi dizer isto no mesmo contexto em que diz para Salomão que ele teria paz incondicional?

Do Capítulo 23 até o capítulo 29 Davi dá suas últimas instruções antes de sua morte. Agora sim é o mesmo contexto de I Rs 2. Vamos comparando:

I Cr 23:
 1 Já envelhecido, de idade avançada, Davi fez do seu filho Salomão rei sobre Israel.
I Rs 2:1 Quando se aproximava o dia de sua morte, Davi deu instruções ao seu filho Salomão:

É em
 I Cr 28 que ele diz:
5 E, dentre todos os muitos filhos que me deu, ele escolheu Salomão para sentar-se no trono de Israel, o reino do SENHOR. 
6 Ele me disse: ‘Seu filho Salomão é quem construirá o meu templo e os meus pátios, pois eu o escolhi para ser meu filho, e eu serei o pai dele.
 
7
 Firmarei para sempre o reino dele, se ele continuar a obedecer os meus mandamentos e as minhas ordenanças, como faz agora’.

Agora compare com I RS 2:
3 Obedeça ao que o SENHOR, o seu Deus, exige: ande nos seus caminhos e obedeça aos seus decretos, aos seus mandamentos, às suas ordenanças e aos seus testemunhos, conforme se acham escritos na Lei de Moisés; assim você prosperará em tudo o que fizer e por onde quer que for, 
4 e o SENHOR manterá a promessa que me fez: ‘Se os seus descendentes cuidarem de sua conduta, e se me seguirem fielmente de todo o coração e de toda a alma, você jamais ficará sem descendente no trono de Israel’.


Bom, nisso concordamos que a condição do reino era condicional. Bom, o texto de I Rs 2 acaba, mas leia a continuação do texto de I Cr 28:

8 “Por isso, agora declaro-lhes perante todo o Israel e a assembléia do SENHOR, e diante dos ouvidos de nosso Deus: Tenham o cuidado de obedecer a todos os mandamentos do SENHOR, o seu Deus, para que mantenham a posse dessa boa terra e a dêem por herança aos seus descendentes para sempre. 

Opa, péra aí. Para que mantivessem a posse da terra era preciso o quê? Leia:
 Tenham o cuidado de obedecer a todos os mandamentos do SENHOR, o seu Deus e então diz: para que mantenham a posse dessa boa terra

Ué, mas se Deus lhes prometeu uma paz incondicional e livrá-los dos inimigos de modo incondicional, por que Davi disse isso? Isto significa que caso eles não obedecessem a Deus, eles perderiam a posse da terra. E como se perde a posse da terra? Isto significa guerra e um reinado sem paz.

O problema do texto de I RS é que ele fala só 1/10 do discurso de Davi a Salomão. Já I Cr é mais completo.

9 “E você, meu filho Salomão, reconheça o Deus de seu pai, e sirva-o de todo o coração e espontaneamente, pois o SENHOR sonda todos os corações e conhece a motivação dos pensamentos. Se você o buscar, o encontrará, mas, se você o abandonar, ele o rejeitará para sempre. 

Preciso dizer mais alguma coisa?

Bom, agora você tem cinco testemunhas contra você:

1. Davi

2. O autor de I Rs

3. O próprio Deus.

4. E o fato de Salomão perder a paz depois que pecou conforme advertido por Davi (seu Pai) e pelo próprio Deus.

5. O autor de II Cr que relatou que Davi disse para Salomão que para que mantivessem a posse da terra deveriam obedecer aos mandamentos de Deus.

“Resposta; Senhor Pipe de fato Israel seria desarraigado, justamente por que deixaria de “haver reis” para governá-la” e o versículo 7 que utilizou mostra isso claramente, e Salomão sabia disso, por que no versículo 4 havia recebido de Deus as “condições” para que houvesse “sucessores ao trono de Israel” – infelizmente senhor Pipe tais passagens nada tem haver com a promessa de “paz e descanso” relato em “(I Cr.22:9)” sua confusão o levou a interpretar gritantemente de forma extrema seus erros interpretativos – que pensa! 
Não senhor, o desarraigar de Israel estava correlacionado a fidelidade de Salomão. Ambos fazem parte do mesmo contexto. Ou um povo inteiro pode ser desenraizado em paz?

Senhor Pipe vejamos o que falou Davi antes de sua morte e vamos comparar os textos de 1 Reis 2 e 1 Cronicas 22; 
Bom, já começou errado. Porque o contexto de I Rs 2 não tem nada a ver com o contexto de I Cr 22. Portanto, todo o teu argumento que segue esta frase acima é desconectado do que eu afirmei. Portanto, argumento já refutado em si mesmo. Vai aprender a ler contexto bíblico e interpretar direito o que os outros dizem.

Em 1 Reis Davi e Deus não relata a promessa de “paz e descanso para Israel” isso se deve ao fato de que Deus e Davi sabiam que a única promessa “condicional” era justamente aquela que ambos lembravam em vários capítulos de 1 Reis ao próprio Salomão – essa promessa é tratada separadamente da outro promessa, por isso uma é condicional e a outra não, por isso Davi e Deus tratam em 1 Reis apenas uma promessa como condicional e não as duas. 
Mas será que não é justamente o contrário disso? Por justamente uma coisa estar inclusa na outra, I Rs não faz distinção uma coisa da outra.

Será que a tua lógica e tão infantil assim para não perceber que se Deus fez uma promessa de que Salomão teria paz com os seus vizinhos, automaticamente quando ele deixasse de ter paz com eles isto denota que o povo também deixaria de ter. Ou você acha que Salomão iria sair no braço sozinho com as nações vizinhas? Uma coisa está ligada a outra. Se o Rei está em guerra com os vizinhos, automaticamente toda a nação está inclusa nisso. Logo, teu argumento apenas concorda com este fato.

Agora complicou pro teu lado. Pois agora você tem seis testemunhas contrárias:
1. Davi
2. O autor de I Rs
3. O próprio Deus.
4. E o fato de Salomão perder a paz depois que pecou conforme advertido por Davi (seu Pai) e pelo próprio Deus.
 
5. O autor de II Cr que relatou que Davi disse para Salomão que para que mantivessem a posse da terra deveriam obedecer aos mandamentos de Deus.
 
6. O fato de I Rs 2 não mencionar a promessa de paz de II Cr 22. Logo denotando que as duas estão ligadas uma na outra.

Assim senhores leitores para concluir que as duas promessas estão juntas foi necessário o senhor Pipe utilizar o texto de 1 Crônicas 22, pois em 1 Reis não encontramos nada relacionado a promessa de “Paz e Descanso para Israel”,

Bom, então vamos ler o texto mais uma vez.
1 Quando se aproximava o dia de sua morte, Davi deu instruções ao seu filho Salomão:
2 “Estou para seguir o caminho de toda a terra. Por isso, seja forte e seja homem.
3 Obedeça ao que o SENHOR, o seu Deus, exige: ande nos seus caminhos e obedeça aos seus decretos, aos seus mandamentos, às suas ordenanças e aos seus testemunhos, conforme se acham escritos na Lei de Moisés; assim você prosperará em tudo o que fizer e por onde quer que for,
 
4 e o SENHOR manterá a promessa que me fez: ‘Se os seus descendentes cuidarem de sua conduta, e se me seguirem fielmente de todo o coração e de toda a alma, você jamais ficará sem descendente no trono de Israel’.

Me diga então Araque, como se aplica na prática um rei perder seu trono sem que isto implique em algo que inclua o povo neste quesito?

Como Salomão enfrentaria guerras com os vizinhos e ao mesmo tempo o povo se manteria em paz? Vamos lá, que conselho você daria para Deus, ou melhor, para o diabo, já que na sua teoria foi ele quem deu a promessa?

Again:

Outra coisa, é que se em I Rs não aparece a promessa de I Cr 22, porque em I Cr 28 aparece esta questão abaixo, sendo que se trata do mesmo contexto?

8 “Por isso, agora declaro-lhes perante todo o Israel e a assembléia do SENHOR, e diante dos ouvidos de nosso Deus: Tenham o cuidado de obedecer a todos os mandamentos do SENHOR, o seu Deus, para que mantenham a posse dessa boa terra e a dêem por herança aos seus descendentes para sempre. 

Me diga uma coisa: Se Deus está dizendo que em caso deles não obedecerem eles perderiam a posse da terra, como isto acontecesse na prática? Ou seja, como se perde a posse de uma terra e ainda se continua em paz? Me explique isto.

Este teu argumento de que I Rs 2 não fala nada de paz é refutado pelo simples fato de que o autor de I Rs nem menciona a promessa de paz que Deus fez a Davi. Logo, o autor não tem o porque relatar algo que ele não menciona anteriormente.
 

Já o autor de I Cr relata a promessa no capítulo 22 e no capítulo 28 relata a implicação que envolve as duas coisas no caso da não observância da lei.

Logo, argumento refutado!

quarta-feira, 9 de março de 2011

A BACIA DO RIO COLÚMBIA: IMPLICAÇÕES CRONOLÓGICAS NO CONTATO MIOCENO/PLIOCENO

Harold G. Coffin


O Dr. Harold Coffin fez seu Mestrado em Biologia no Walla Walla College, estado de Washington, e seu Doutorado em Zoologia na Southern California University. Foi professor e chefe do Departamento de Ciências no “Canadian Union College” e no “Walla Walla College”. Escreveu numerosos artigos sobre ciência e é autor de seis livros, sendo que os dois mais conhecidos são: Os Dinossauros (publicado em português pela Casa Publicadora Brasileira) e Origin by Design. É membro da “American Association for the Advancement of Science” e da “American Geological Society”. É decano de Pesquisa Científica no “Geoscience Research Institute” em Loma Linda, Califórnia.

Nota preliminar da Redação:
Mesmo sabendo que nem todos os leitores entenderão todo o conteúdo científico deste artigo, a Comissão Editorial considerou que seria proveitoso publicá-lo, pelas seguintes razões:
1. A metodologia de pesquisa usada pode servir de paradigma para todos os estudiosos que pesquisam nas diversas áreas das Ciências da Terra.
2. Muitas vezes, em Geologia, Paleontologia e outras ciências afins, os “hiatos cronológicos” entre camadas ou estratos, aceitos pela ciência clássica, dificultam e confundem o investigador. Em tais casos, um estudo similar ao que o Dr. Coffin realizou pode ser útil para modificar a maneira de interpretar as evidências e tirar conclusões.
3. Esta pesquisa, e a notável história da teoria de Bretz, deve alertar a todo pesquisador, seja evolucionista ou criacionista, que terá que lutar sempre contra o perigo dos preconceitos arraigados em suas crenças.

INTRODUÇÃO
Acredita-se que tenham transcorrido aproximadamente 14 milhões de anos entre a última camada de lava dos basaltos do Rio Columbia e os sedimentos glaciais Palouse depositados pelo vento, que são terras de cultivo (Baski, 1989; Fryxel e Cook, 1964). Se de fato tivessem transcorrido 14 milhões de anos, o efeito da erosão deveria ser considerável, produzindo cortes através das várias camadas de basalto no planalto conhecido como “Platô do Rio Columbia”. A finalidade desta pesquisa foi examinar o contato entre as camadas, em busca de evidências dos 14 milhões de anos de erosão.

Existem muitos intervalos chamados de “hiatos cronológicos” no registro geológico. Alguns desses hiatos cronológicos apresentam muito pouca erosão, ainda mais quando se supõe terem transcorrido muitos milhões de anos entre a deposição do estrato inferior e o depósito superior. Roth (1988) comentou este fenômeno. A geologia nesta parte oriental do estado de Washington (EUA) se presta muito adequadamente ao exame minucioso de um destes hiatos cronológicos, mesmo não sendo ele de tão grande extensão como os que são expostos em outros locais. Este hiato se localiza entre o depósito superior de basalto do rio Columbia, do Mioceno, e o loess Palouse, do Pleistoceno, que o recobre. O estrato inferior deste “hiato” depositou-se como lava em escoamento. Se não ocorreu um longo período de deposição gradual posterior, então o contato entre as duas camadas deveria ser abrupto, a menos que tivesse havido erosão. Outro fator favorável ao estudo deste “hiato” é a grande diferença entre as duas camadas – a inferior é maciça, um material vulcânico escuro, e a superior é branda, um loess claro, de origem sedimentar.

Colina Steptoe, local típico com forma de ilha ou janela que se sobressai acima da lava ou basalto.

SITUAÇÃO E GEOLOGIA
A área de estudo é um planalto que fica no estado de Washington, entre Walla Walla, ao sul, e Spokane, ao norte, e entre a fronteira do estado de Idaho, ao leste, e a rodovia 395 a oeste (Figura 1). A maior parte da topografia é de colinas onduladas, resultado de arqueamento e domificação do basalto, com cânions que recortaram o planalto. A altitude diminui gradualmente de 850 metros ao leste até uns 150 metros a oeste. Várias elevações topográficas no leste se compõem de granitos pré-cambrianos subjacentes ao basalto. Entre elas as mais conhecidas são a “Colina Steptoe” a 1.101 metros de altura (foto acima), e o “Collado Kamiak”, com 1.110 metros.

Recobrindo o basalto como um manto (porém não os cumes de granito das encostas íngremes) há uma espessa camada de sedimento fino, que se considera formada por tilito glacial transportado pelo vento (Busacca, 2001). O tilito se espalha e se ramifica até o norte e até o oeste, chegando até às colinas arborizadas das fraldas das Montanhas Rochosas no estado de Idaho. Salvo nas bordas, oferece um solo agrícola excelente, de até 5 metros de espessura, que é utilizado para plantação de trigo e culturas irrigadas.

O dilúvio Missoula (chamado às vezes de dilúvio de Bretz ou dilúvio de Spokane), que resultou da ruptura do dique de gelo do enorme lago Missoula represado entre os vales das montanhas ao norte de Idaho e Montana Ocidental, removeu o loess de grandes áreas desde o norte até o sudeste, erodindo profundos cânions no basalto subjacente (Orr, Orr e Baldwin, 1992).

“Em 1921, Harlen Bretz propôs que os estranhos sulcos de erosão na região oriental do estado de Washington deviam-se a enormes quantidades de água que escoou sobre a região. A maioria dos geólogos, influenciados pela crença no conceito da teoria do uniformismo (“o presente é a chave do passado”) sustentaram que a proposta era inaceitável. Em 1942 foi publicado um artigo afirmando que as ondulações gigantescas registradas na camada vulcânica eram sinais da erosão causada pelo escoamento impetuoso das águas do lago glacial Missoula. Isto ajudou a estabelecer a correção da teoria de Bretz. Porém, apesar desta evidência, a resistência dos geólogos contra qualquer explicação que se assemelhasse a catastrofismo fez com que se passassem outros 20 anos até que fossem aceitas aquelas explicações de Bretz”.

Quanto custa, às vezes, mudar de paradigmas!

Mais de trezentos derrames de lava que surgiram de erupções em fissuras no sudeste de Washington, no noroeste de Oregon, e em Idaho depositaram camadas de basalto na Bacia do Rio Columbia antes que o loess fosse depositado (Tolan et alli, 1989). Três estratos basálticos principais compõem a área de estudo: as Montanhas Saddle, Wanapum, e Grande Ronde (Reidel, 1983). A camada de basalto de maior altitude dos 27 sítios estudados, e de onde foram extraídas amostras, pertenciam ao Grupo Wanapum. Todas as amostras são de basaltos que foram datados radiometricamente entre 15,3 e 14,5 milhões de anos.

METODOLOGIA
Nesta área de estudo foram localizados 27 sítios com exposição satisfatória do contato Mioceno/Plioceno em cortes de estradas e em pedreiras ao longo de aproximadamente 2.400 quilômetros de rodovias e estradas vicinais.

Em cada sítio foi aplicado o seguinte critério:
• O contato basalto/loess deveria estar claramente visível pelo menos ao longo de 50 metros.


FIG. 1 – Mapa do município de Palouse, no sudoeste do estado de Washington. Os sítios onde foram recolhidas as amostras estão indicados na ordem cronológica em que foram descobertos e examinados, nas três viagens distintas feitas à área.


FIG. 2 – No sítio 26, a equipe está sobre uma superfície plana de basalto da qual foi removida a camada de loess. Ao fundo, acima, observa-se o loess.

• O sítio não deveria ter sido afetado pela erosão do dilúvio Missoula.
• O sítio não deveria estar situado em local onde pudesse ter sofrido o efeito de recorte de cânions modernos ou de erosões recentes devidas a escoamentos de água.

Recolheram-se 22 amostras de loess. Em vários locais não foram colhidas amostras por duas razões: em um dos sítios, um canal de irrigação profundo impediu o acesso; em vários outros sítios, o loess não podia ser alcançado devido à encosta muito íngreme que impedia o acesso tanto por cima como por baixo. As amostras que obtivemos vieram da parte mais acima do contato, porém não da superfície do solo sobre a encosta.

Originalmente planejou-se a coleta de amostras situadas na superfície do próprio basalto para estudá-las, porém na maioria dos casos isto foi impossível porque em muito poucos sítios o loess tinha menos de uns dois metros de espessura e, portanto, pelo trabalho requerido, não era fácil chegar à superfície do basalto. No Sítio nº 1, o escoamento de água havia causado erosão no loess quase até o basalto, e por isso aí foi possível chegar à superfície do basalto. Em vários lugares, os trabalhadores, ou a erosão natural nas pedreiras, haviam removido a maior parte da camada de loess sem ter afetado a camada inferior de basalto. Estes sítios deram oportunidade para o estudo da superfície do basalto, como se vê na Figura 2.

Foi feito grande esforço para evitar sítios onde tivesse ocorrido erosão em tempos modernos por escoamento de água, - por cânions ou pelo dilúvio Missoula, - porém alguns operários haviam escavado a encosta a partir de algum riacho ou cânion de rio. Nestes casos, era muito difícil determinar se o plano da pedreira que corria paralelo ao cânion havia produzido um recuo da parede do cânion para além da crista de erosão. Salvo uma exceção, todas as erosões de canais constatadas nos sítios de estudo estavam associadas à erosão produzida depois da deposição do loess. A exceção mencionada foi um corte na rodovia US-12, uns 11 quilômetros ao norte de Dayton, estado de Washington. O corte da rodovia estava situado muito alto no paredão do cânion, e houve dúvidas a respeito de estarem cumpridas as exigências mínimas estabelecidas para os sítios. Havia algumas características particulares que serão apresentadas mais adiante.


FIG. 3 – Uma pedreira (Sítio 9) mostra dois estratos de basalto com o loess superposto. Uma delgada camada de cinza vulcânica se localiza entre a camada superior e a segunda camada de basalto.


FIG. 4 – Esta grande pedreira em atividade (Sítio 17) mostra claramente a linha de contato abrupto e contínuo entre o basalto e o loess.

RESULTADOS
Quinze dos 27 sítios ofereciam contatos evidentes que não exibiam traços de erosão. As Figuras 2, 3 e 4 ilustram três destes sítios. Em geral, o contato bem definido e plano entre o basalto e o loess era notável. Contudo, as superfícies expostas dos basaltos, quando visíveis, não apresentavam contato direto com o loess, mas formavam uma camada espessa de rochas detríticas inconsolidadas formadas por fragmentos de basalto, soltas e anfractuosas, geralmente não maiores que um punho, como se vê na Figura 5. Cinco ou seis sítios exibiram erosão extensiva (“sheet”). Havia duas maneiras de determinar isto. Primeiro, onde era visível a parte inferior da camada de basalto situada mais acima, a diminuição de sua espessura pela erosão era detectada tomando como base a linha horizontal do estrato. Em alguns casos, a espessura da camada, como se vê no corte em um domo anticlinal, diminuía gradualmente e suavemente a cada lado do anticlinal, e às vezes a erosão continuava aprofundando os cortes até às camadas inferiores. Isto se vê na Figura 6. Em segundo lugar, nos casos em que não era visível a parte inferior da camada de basalto situada mais acima, podia-se inferir que as colunas de basalto não eram perpendiculares ao plano superior da camada por causa da erosão, e não pelo arqueamento ou curvatura do derrame de lava.

Dez sítios mostravam arqueamento do basalto ou subsidência da superfície. A topografia do loess moderno freqüentemente interagia com o arqueamento e a subsidência do basalto subjacente.

O talude detrítico da erosão do dilúvio Missoula do Pleistoceno e a erosão e intemperismo modernos são claramente visíveis em vários lugares. Não encontramos exemplos de grandes áreas de depósitos pleistocênicos devidos à erosão pré-pleistocênica na área de estudo. Entretanto, existem grandes depósitos desse material fora da área de estudo.

Todas as amostras de loess que foram recolhidas tinham fragmentos de espículas de esponjas. A origem destas espículas é desconhecida, porém estamos seguros que derivam de esponjas marinhas.

Normalmente, o loess é decomposição homogênea, porém um exame bastante detido mostra certa estratificação menor. Ocasionalmente encontram-se rochas de tamanho regular e às vezes rochas maiores levadas pelo loess (Ver a Figura 7).

DISCUSSÃO
Os três elementos de maior interesse neste estudo são: a ausência relativa de bacias e ravinas de erosão no basalto; a causa das chapadas de erosão ou erosão extensiva; e a origem das espículas de esponjas no loess. As perguntas que surgem a partir destas observações podem ser melhor entendidas quando são referidas na seqüência dos eventos geológicos na área de pesquisa:

1 – Formação do granito.
2 – Erosão do granito, formando montículos e colinas, como se pode observar bordejando a encosta norte do planalto do Rio Columbia, nas saliências no basalto.
3 – Erupção de lava e deposição de numerosas camadas de basalto que se estendem até o Oceano Pacífico, na costa dos estados de Oregon e Washington.


FIG. 5 - Um longo corte de estrada mostra o contato plano entre o basalto e o loess sobreposto. Havia de 10 a 20 cm de pedregulhos entre a superfície de cima do basalto e a camada de loess.


FIG. 6 - Sítio 5. Erosão plana e horizontal parece cortar várias camadas de basalto de cima a baixo.


FIG. 7- Sítio 15. Erosão em bacias de basalto ao longo da beira de um vale profundo. No loess sobre o basalto “flutuam” pedras e rochas.

4 – Ocasionalmente, finas camadas de sedimento, e escassa erosão entre as camadas de basalto (os tópicos 3 e 4 seriam contemporâneos).
5 – Arqueamento e formação de domos em camadas de basalto.
6 – Erosão extensiva em escala menor (os tópicos 5 e 6 poderiam ter sido contemporâneos).
7 – A deposição do loess Palouse com grande abundância de espículas de esponjas.
8 – Erosão maior pelo dilúvio Missoula.
9 – Erosão menor e remoção do loess Palouse devido ao intemperismo e atividades agrícolas modernas.

Note que a erosão extensiva do tópico 6 ocorreu antes da deposição de loess no item 7.

Considerando o longo período de tempo atribuído normalmente entre a deposição da última camada de basalto e a deposição do loess (14 milhões de anos), a erosão deveria ter sido muito profunda. Embora exista alguma erosão, ela é infinitamente menor do que deveria ser observado nesse período. A superfície da camada superior não atingida pela erosão, imediatamente abaixo do loess, parece ser uma repetição do que vemos nos outros estratos subjacentes que são visíveis nas paredes dos cânions mais profundos da área. No local chamado Quedas do Palouse, que está na região de maior erosão do dilúvio Missoula, a área Cheney-Palouse, em vários vales ocorreu a remoção total do loess que os cobria, porém sem erosão alguma (ou pelo menos ínfima) do basalto subjacente.

Os riachos que são vistos hoje na região freqüentemente escavam canais em forma de V dentro do basalto, e se são muito grandes, escavam canais em forma de U com encostas ou flancos verticais. O dilúvio Missoula do Pleistoceno escavou cânions profundos. Como explicamos a erosão extensiva superficial?

A ausência de cortes e vales ocasionados por erosão superposta à erosão extensiva superficial nos sugere que a erosão superficial horizontal não foi resultado de intemperismo prolongado. Não foram observadas na área de estudo as encostas dos taludes ou as pilhas de rochas detríticas que resultaram da erosão anterior à do dilúvio Missoula. Aparentemente, estes sedimentos foram transportados para outros sítios. Portanto, a causa e o período envolvido nesta erosão horizontal superficial (embora insignificante, comparada com a erosão que se esperaria em 14 milhões de anos), constituem motivo suficiente para continuar este estudo no futuro.

A presença de espículas de esponjas no loess, em toda a área de estudo, é um enigma. Ainda que se conheçam esponjas de água doce, sua abundância e a composição silícica indicam que a fonte de origem é marinha. É difícil postular uma origem marinha para o loess. Dentro do nosso conhecimento, não há sedimentos marinhos, nas proximidades do basalto do Rio Columbia, que pudessem dar origem a estes restos orgânicos.

CONCLUSÃO
O exame do contato entre o Mioceno de basalto do Rio Columbia e o Pleistoceno do loess Palouse não revelou fendas ou sulcos de erosão salvo os efeitos do dilúvio Missoula e erosões modernas, e ambos foram excluídos do estudo. Uma camada fina que aparenta ser um perfil de intemperismo recobre a face superior da última camada de basalto. A erosão anterior ao dilúvio Missoula se limitou a uma camada menor fina e extensa de material erodido, cuja causa ainda aguarda explicação.

Este estudo, portanto, não apóia um lapso de 14 milhões de anos entre o último fluxo de lava e a deposição do loess.

RECONHECIMENTOS
Ao Instituto de Pesquisas em Geociências de Loma Linda, por seu estímulo. Quero agradecer a Denis Bokovoy e John Hergenrather que me acompanharam.

LITERATURA CITADA (EM INGLÊS)
Backer A. R. 1989. Reavaliação de Imnaha, Picture Gorge, e Basaltos Grande Ronde, Grupos Basálticos Rio Columbia. Boletim da Geological Society of America. 239:105-111.

Busacca A. J. 1991. In: Morrison R. B. Editor. Geologia Quaternária no Glacial. Boletim da Geological Society of America, K – 2:216-228.

Frywell R., Cook E. F.. 1964. Guia de Campo, Universidade do Estado de Washington. Pullman, Washington. Informe de Pesquisas Nº 27.

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Reidel S. P. 1983, Basalto Grande Ronde de Washington, Óregon e Idaho. Boletim da Geological Society of America. 94:519-542.

Roth A. A. 1988, Esses hiatos nas camadas sedimentares. Origins, 15:75-92

Tolan T. L., Reidel S.P., Beeson M. H., Anderson J. L., Feteh K. R., Swanson D. A. 1989, Revisão das estimativas da extensão e volume do Grupo Basalto do Rio Columbia. Informe Especial 239:1-20.

FONTE: Ciência das Origens 03.