terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O Fóssil Tiktaalic roseae

"O Elo Encontrado"

Com este título a mídia de todo o mundo, em particular, a edição 1951 da revista Veja, de 12 de abril de 2006, p. 92, noticiou que um fóssil encontrado no Canadá, em rochas da ilha Ellesmere, batizado de Tiktaalik roseae havia sido o elo de transição entre animais aquáticos e terrestres, ficando essa conclusão por conta do fato de que o referido animal era uma espécie de “peixe com patas”.

O achado, entretanto, não é recente, datando de 2004, apesar de só agora ter ganho as manchetes dos jornais e das revistas semanais de informação. É que só agora, após dois anos de estudo, seus descobridores Neil Shubin, Edward Daeschler e Farish Jenkins Jr. publicaram sua conclusões na revista científica Nature. A expectativa dos cientistas é que esses ossos petrificados ajudem a explicar melhor quando e como se desenvolveram as patas que teriam permitido aos animais aquáticos sair de seu habitat para percorrer terrenos secos. Daeschler disse ainda que outros fósseis que mostram essa transição já foram descobertos, mas que o Tiktaalic a deixa tão evidente que vem sendo considerado um ícone da evolução equivalente ao Archaeopteryx lithographica, o fóssil que supostamente teria explicado a ligação entre os dinossauros e as aves de hoje.

A teoria da evolução, hoje amplamente difundida por todos os meios de comunicação nasceu de observações feitas por Darwin em uma expedição de que ele participou na condição de naturalista. Entretanto, para se fazer Ciência é preciso ir mais adiante, analisando-se criteriosamente o que foi observado e produzindo as devidas explicações. Entretanto, até hoje cientistas evolucionistas não foram capazes de apontar o mecanismo da natureza capaz de proporcionar a suposta evolução dos seres vivos.

Em seu tempo, Darwin disse que o registro fóssil seria o instrumento capaz de remover as dúvidas a esse respeito. Essa expectativa decorria do fato de que ele percebia que os elos de transição eram uma decorrência natural de suas idéias evolucionistas. Mais de 150 anos de extensivas escavações da crosta da Terra, entretanto, não foram suficientes para nos mostrar um único exemplar de algo que poderia ser considerado um fóssil de transição. Em 1974, David B. Kitts, paleontólogo e evolucionista afirmou: “A despeito da brilhante promessa de que a Paleontologia proporciona meios de se 'ver' a evolução, ela tem apresentado algumas desagradáveis dificuldades para os evolucionistas, a mais notória das quais é a presença de lacunas no registro fóssil. A evolução requer formas intermediárias entre as espécies e a Paleontologia não as proporciona.” (“Paleontology and Evoluctionary Theory”, Evolution (28) 1974, p. 466.)

Muito embora seja esta uma declaração de 1974, a situação do registro fóssil não parece ter se alterado desde então, já que só agora, em 2006, cientistas declaram ter encontrado um fóssil de transição entre animais aquáticos e terrestres. Antes disso, desesperados pela realidade dessas lacunas, cientistas evolucionistas conceberam uma idéia alternativa: a do equilíbrio pontuado. Segundo essa nova hipótese, não seria mais necessário procurar elos de transição porque eles não teriam existido, uma vez que a evolução teria, supostamente, ocorrido aos saltos, e não através de mudanças lentas e graduais.

Agora, esses mesmo cientistas voltam à cena com um suposto elo de transição, mostrando que não é só da falta de identificação de um mecanismo da natureza capaz de proporcionar a evolução que a teoria da evolução padece. A ela falta também um mínimo de definição de suas próprias estruturas para que as idéias envolvidas possam ser alvo de um trabalho sério de pesquisa. Afinal, não se pode pretender acertar um alvo que fica sinuosamente se movendo à nossa frente, alternando-se entre pressupostos concebidos gratuita e convenientemente pela fantasia da imaginação dos evolucionistas.

Esse retorno às velhas bases, porém, não resolve problema algum. Nem mesmo muitos fósseis semelhantes ao de Daeschler seriam suficientes para garantir a veracidade da teoria da evolução, porque os fósseis, não importando suas características particulares, são facilmente absorvidos também pelo modelo criacionista, até com mais propriedade. Afinal, neste modelo, os seres vivos foram criados independentemente uns dos outros, em uma variedade muito grande de espécies que bem poderia incluir o animal representado pelo fóssil Tiktaalic!

Um fóssil com as características do Tiktaalic só poderia ser considerado um elo de transição entre animais aquáticos e terrestres se a teoria da evolução fosse o única modelo das origens disponível das origens já devidamente comprovado. Isso, porém, está longe de ser uma realidade em ambos os aspectos: Nem é ela a única explicação das nossas origens, nem foi demonstrada verdadeira por métodos inequivocamente científicos. Assim, por uma questão de coerência lógica, os fósseis não podem ser apontados como evidência da evolução, a menos que os apontemos também como evidência da criação. Na verdade, pelo que temos de concreto até agora no mundo da Paleontologia, os fósseis são uma evidência muito mais significativa a favor da criação.

Se olhamos a teoria da evolução por outros ângulos, encontramos o mesmo impasse: não há evidências na natureza que justifiquem os pressupostos evolucionistas. Cientistas evolucionistas sabem disso mas insistem em se deixar enganar em em servir de pólos retransmissores dessa falácia que é a teoria da evolução. Alguns, porém, são mais intelectualmente honestos, como é o caso do Dr. Colin Patterson (1933-1998), Paleontólogo do Museu Britânico de História Natural em Londres e não hesitam em apresentar a realidade transparente, mesmo que esta entre em choque com suas convicções. Vejam o que o Dr. Patterson afirmou em entrevista que concedeu na BBC, a 4 de março de 1982: “A despeito do que se tem afirmado do ponto de vista teórico, não se demonstrou experimentalmente, até hoje, que organismos evoluem para formas bioquimicamente mais complexas. As evidências são mais consistentes com o padrão de degradação para formas bioquimicamente menos complexas, de acordo com o registro bíblico e com a segunda lei da termodinâmica”.

Estamos hoje vivendo um momento histórico que realça o fato de que não é possível ter todas as pessoas enganadas durante todo o tempo e já se somam aos milhares os cientistas não criacionistas que começam a vislumbrar os erros e as inadequações da teoria da evolução, insistindo para que retomemos o debate e analisemos com mais profundidade e coerência as evidências da natureza a esse respeito. Um deles, o Dr. Edward Blick, cientista aeroespacial, professor de Mecânica Aeroespacial e de Engenharia Nuclear na Universidade de Oklahoma, pesquisador ativo em Aerodinâmica e Biomecânica, com muitos artigos científicos publicados nesses campos, co-autor do livro-texto Fluid Mechanics and Heat Transfer, colocou de modo bem explícito esta questão ao afirmar:

“A evolução é um conto de fadas, exatamente como a teoria da terra plana no século XII. A teoria da evolução diretamente contradiz a segunda lei da termodinâmica, pois esta afirma que, a menos que um planejador inteligente dirija todo o sistema, ele caminhará sempre na direção da desordem e da deterioração. Baseado em simples matemática é possível mostrar que as chances contra a formação de uma simples molécula de proteína, por acaso, é maior do que 1067 para um (um seguido de 67 zeros). A evolução requer uma fé incompreensível! O criacionismo bíblico é a única alternativa sensata”.

Logo, o Tiktaalic roseae representa mais uma tentativa frustrada dos evolucionistas de prover a teoria da evolução de uma evidência baseada em fatos concretos.

Fonte:

O Prof. Christiano P. da Silva Neto é professor universitário, pós-graduado em ciências pela University of London, estando hoje em tempo integral a serviço da ABPC - Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, da qual é presidente e fundador. Autor de 5 livros sobre as origens, entre os quais destacam-se Datando a Terra e Origens - A verdade Objetiva dos Fatos, o Prof. Christiano tem estado proferindo palestras por todo o país, a convite de igrejas, escolas e universidades.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O criacionismo nas escolas brasileiras


Por alguma razão, a petralha está excitada com a matéria abaixo, publicada pelo Estadão. E dizem coisas como: “E aí? O que você tem a dizer?” Leiam a reportagem. Volto em seguida:
Escolas adotam criacionismo em aulas de ciências
Por Simone Iwasso e Giovana Girardi:
Polêmicos nos Estados Unidos, onde são defendidos por movimentos religiosos como mais do que explicações baseadas na fé para a criação do mundo, o criacionismo e o design inteligente se espalham pelas escolas confessionais brasileiras – e não apenas no ensino religioso, mas nas aulas de ciências. Escolas tradicionais religiosas como Mackenzie, Colégio Batista e a rede de escolas adventistas do País adotam a atitude de não separar religião e ciência nas aulas, levando aos alunos a explicação cristã sobre a criação do mundo junto com os conceitos da teoria evolucionista. Algumas usam material próprio.

Veja também:
Outros trabalham com livros didáticos da lista do Ministério da Educação e acrescentam material extra. “Temos dificuldade em ver fé dissociada de ciência, por isso na nossa entidade, que é confessional, tratamos do evolucionismo com os estudantes nas aulas de ciências, mas entendemos que é preciso também espaço para o contraditório, que é o criacionismo”, defende Cleverson Pereira de Almeida, diretor de ensino e desenvolvimento do Mackenzie.

O criacionismo e a teoria da evolução de Charles Darwin começam a ser ensinados no colégio entre a 5ª e 8ª séries do fundamental. Na hora de explicar a diversidade de espécies, por exemplo, em vez de dizer que elas são resultados de milhares de anos do processo de seleção natural, se diz que a variedade representa a sabedoria e a riqueza de Deus.

No Colégio Batista, em Perdizes (SP), o entendimento é semelhante. “Ensinamos as duas correntes nas aulas e deixamos claro que os cientistas acreditam na evolução, mas para nós o correto é a explicação criacionista. O importante é que não deixamos o aluno alienado da realidade”, afirma Selma Guedes, diretora de capelaria da instituição.

A polêmica está no fato de os colégios ensinarem o criacionismo e o design inteligente não como explicações religiosas, mas como correntes científicas que se contrapõem ao evolucionismo. Nos EUA, a polêmica parou na Justiça. Em 2005, tribunais da Pensilvânia decidiram que o design inteligente não era ciência, recolocando Darwin nas escolas. No Brasil, onde o debate não é tão acirrado, esse tipo de ensino tem despertado dúvidas sobre a validade na preparação dos alunos. Os conteúdos de ciências exigidos em concursos e vestibulares são baseados em consensos de entidades científicas, que defendem a teoria da evolução.

Já nos cerca de 2 mil colégios católicos, segundo dados da Rede Católica de Educação, não há conflitos entre fé e teoria evolucionista. No material usado por cerca de cem colégios do País, as aulas de ciência trazem a teoria da evolução e explicam o papel de Darwin.
Comento 
Qual o problema? Segundo entendi, as escolas estão ensinando as duas coisas: afirmam a verdade científica e dizem qual é o entendimento que, como religiosos, têm da questão. Ou será que as escolas cristãs são obrigadas a negar a sua natureza? Estão querendo criar contradições inelutáveis onde elas não existem. Espero que as minhas filhas sejam informadas sobre essas duas verdades: a científica e a religiosa — sim, existe uma “verdade religiosa”, que está num domínio que não disputa espaço com a ciência. Como elas vão equacionar essas coisas, bem, aí é com elas, com a família, com as múltiplas influências a que estão expostas.
Resta evidente que as escolas não estão fazendo opções radicais, excludentes. Ademais, ainda que estivessem, as famílias têm o direito de escolher que educação querem dar a seus filhos, segundo sua história, sua religião, suas tradições. Ou, agora, vamos proibir as escolas judaicas, por exemplo, de expor a sua visão de mundo aos estudantes? É incrível como o preconceito anticristão vem sempre vazado numa perspectiva supostamente iluminista e de combate ao preconceito, quando, de fato, o que se tem é o contrário.
A teologia vigente nas escolas, religiosas ou não, que precisa ser combatida é outra: a vigarice esquerdopata, o marxismo de fancaria.
Por Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/criacionismo-nas-escolas-brasileiras/

domingo, 29 de dezembro de 2013

Evolução X Química

A evolução espera que você não saiba química: o problema da quiralidade!

Quando a manchete de jornal, “Life in a Test-tube”**, foi publicada em 1953, a comunidade evolucionista ficou muito excitada porque viram o trabalho de Stanley Miller e Harold Urey como prova científica de que a vida poderia ter sido formada de produtos químicos por processos naturais ao acaso. Naquele experimento clássico, Miller e Urey combinaram uma mistura de metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, e fizeram passar essa mistura através de uma descarga elétrica simulando relâmpagos. Ao fim do experimento, encontraram produtos que continham uns poucos aminoácidos. Partindo de que os aminoácidos são os elos individuais de longas cadeias poliméricas denominadas proteínas, e proteínas são importantes em nossos corpos, os jornais rapidamente noticiaram haver evidências de laboratório que agora provavam que a vida surgira de produtos químicos.

Como um Ph.D em Química Orgânica, eu tenho que admitir que a formação de aminoácidos sob essas condições é fascinante, mas há um problema maior. Nunca se formou vida naquele experimento. Os produtos foram aminoácidos, os quais são produtos químicos cotidianos que não constituem “vida”. Até mesmo hoje, não há processo conhecido que tenha convertido aminoácidos em uma forma de vida, mas este fato não impede os evolucionistas de reivindicar que este experimento é prova de que a vida se originou de produtos químicos. Os evolucionistas sabem que aminoácidos não constituem vida, mas invocam esta prova em qualquer caso porque dizem que os aminoácidos são os tijolos da vida. Essa reivindicação propõe que se tijolos suficientes estivessem presentes, isso resultaria em vida, mas essa conclusão é somente uma conjectura e nunca foi demonstrada. Aminoácidos podem ser os tijolos das proteínas, e proteínas são necessárias para a vida, mas isso não significa que aminoácidos são os tijolos da vida.

Eu poderia ir a uma loja de autopeças e comprar todas as peças para construir um carro, mas isso não iria me fornecer um veículo motorizado em funcionamento. Assim como deve haver um mecânico para fazer um veículo motorizado a partir daquelas autopeças, deve haver um montador para fazer aqueles aminoácidos tornarem-se proteínas e assim a vida poderia existir em nossos organismos.

Desde 1953, os cientistas têm questionado se a formação dos aminoácidos naqueles experimentos prova a reivindicação de que vida provém de produtos químicos. Muitos têm debatido se este experimento valida a evolução ou se a evidência aponta para um Criador Onipotente. Por 50 anos, cientistas têm investigado; por 50 anos, a investigação acaba em debate. Chame isso de curiosidade profissional, mas como um cientista, sempre tive a curiosidade de saber porque há mais debates sobre este problema que discussão sobre os fatos. Então eu percebi que a discussão dos fatos levaria inevitavelmente à discussão do tema da quiralidade. A quiralidade é provavelmente uma das melhores evidências que nós temos contra a evolução casual e ela destrói totalmente a reivindicação de que a vida provém de produtos químicos. Obviamente, este é um fato que eles nunca querem discutir.

Quiralidade é um termo químico que significa semelhança. Conquanto duas moléculas químicas possam apresentar-se tendo os mesmos elementos e propriedades similares, eles ainda podem ter estruturas diferentes. Quando duas moléculas mostram-se idênticas e suas estruturas diferem apenas por serem imagens especulares de cada qual, diz-se que essas moléculas têm quiralidade. Suas mãos direita e esquerda são ilustrações de quiralidade. Elas podem parecer idênticas, mas na realidade, são apenas imagens especulares uma da outra. Por isso o termo “semelhança”. Por essa razão, isômeros podem existir como uma molécula destra (destrógira) ou canhota (levógira), e cada molécula individual é chamada de isômero óptico.

Qual é o problema da quiralidade?
Em nossos corpos, proteínas e DNA possuem uma configuração tridimensional única, e é por causa desta configuração que os processos bioquímicos em nossos organismos agem como agem. É a quiralidade que fornece a única configuração para as proteínas e o DNA e, sem ela, os processos bioquímicos em nosso organismo não funcionariam. Em nosso corpo, todos os aminoácidos de todas as proteínas são encontrados com a mesma quiralidade levógira. Embora Miller e Urey tenham formado aminoácidos em seus experimentos, todos os aminoácidos que se formaram tinham carência de quiralidade. É um fato da química aceito universalmente que a quiralidade não pode ser criada em moléculas químicas por um processo randômico. Quando uma reação química fortuita é usada para preparar moléculas possuidoras de quiralidade, há possibilidades iguais de preparar o isômero levógiro e o destrógiro. É um fato cientificamente verificável que um processo casual, que forma produtos quirais, só pode dar uma mistura 50/50 de dois isômeros ópticos. Não há exceções. A quiralidade é uma propriedade que somente uns poucos cientistas poderiam reconhecer como um problema. O fato de aqueles aminoácidos perderem quiralidade não é só um problema a ser debatido, ela aponta para um insucesso catastrófico de que “vida” não pode surgir de produtos químicos por processos naturais.

Vejamos a quiralidade nas proteínas e no DNA. Proteínas são polímeros de aminoácidos e cada um dos aminoácidos que as compõe existe na forma de isômero óptico “L” ou levógiro. Mesmo pensando que os isômeros ópticos “D” ou destrógiros possam ser sintetizados em laboratório, esse isômero não existe em proteínas naturais. A molécula de DNA é feita de bilhões de moléculas químicas complexas denominadas nucleotídeos, e essas moléculas de nucleotídeo existem como isômeros ópticos “D” ou destrógiros. Os isômeros “L” de nucleotídeos podem ser preparados em laboratório, mas não existem no DNA natural.

Não há meios pelos quais um processo aleatório pudesse ter formado essas proteínas e DNA com sua quiralidade impar.

Se proteínas e DNA tivessem sido formados ao acaso, todos os componentes seriam uma mistura 50/50 dos dois isômeros ópticos. Isso não é o que observamos em proteínas naturais ou em DNA natural.

Como pode um processo aleatório criar proteínas com milhares de moléculas “L”, e também criar DNA com bilhões de moléculas “D”?

Isso soa como acaso ou como produto de um projeto?
Mesmo se há um processo mágico para introduzir quiralidade, ele só criaria um isômero. Se tal processo existiu, nós não sabemos nada sobre ele e nem sobre sua atuação. Se ele existiu, como nunca foram formados compostos com a outra quiralidade? Ainda que haja dois processos mágicos, um para cada isômero, o que determinou qual processo foi usado e quando foi usado? Foi um processo aleatório natural? A idéia de dois processos requer um mecanismo controlador, e este tipo de controle não é possível em um processo aleatório natural.

De qualquer modo, o problema com a quiralidade é mais profundo. Como moléculas de nucleotídeos vêm juntas para formar a estrutura do DNA, elas desenvolvem uma espiral que forma a estrutura de dupla hélice do DNA. O DNA desenvolve uma espiral na cadeia porque cada componente contém quiralidade ou semelhança. E essa semelhança dá à conformação em espiral do DNA a estrutura helicoidal. Se uma molécula na estrutura do DNA tivesse quiralidade imprópria, o DNA não existiria na forma de dupla hélice, e não exerceria corretamente sua função. Todo o processo de replicação seria arruinado como um trem sobre trilhos ruins. Para que a evolução do DNA ocorresse, bilhões de moléculas dentro do nosso organismo teriam que ser geradas na configuração “D” todas ao mesmo tempo, sem erro.

Se é impossível para um nucleotídeo ser formado com quiralidade, quanto mais bilhões de nucleotídeos se formarem todos exatamente ao mesmo tempo, e todos eles serem formados com a mesma quiralidade? Se a evolução não proporciona um mecanismo que forma um produto com quiralidade, como ela pode explicar a formação de dois produtos de quiralidades diferentes?

Este não é somente um problema de suma importância para a evolução. É um dilema. De acordo com a evolução, processos naturais podem todos ser explicados através de longos períodos de tempo. De qualquer modo, o processo que forma a quiralidade não pode ser explicado pela ciência natural em qualquer quantidade de tempo. Este é o dilema, ou os processos naturais não podem explicar tudo, ou a quiralidade não existe.

Se você está em dúvida sobre qual é a opinião correta, você é um exemplo vivo de quiralidade. Sem quiralidade, proteínas e enzimas não fariam seu trabalho; o DNA também não poderia funcionar. Sem o funcionamento correto das proteínas e do DNA, não haveria vida na Terra. A realidade da quiralidade, mais que qualquer outra evidência, me convence da realidade de um Criador Todo-poderoso. Espero que faça o mesmo a você.

Eu acho interessante que quando os criacionistas começam a falar sobre a criação sobrenatural de Deus, os evolucionistas usualmente contrariam-nos dizendo que tudo pode ser explicado pela ciência natural e intervenção divina não é ciência. Considero essa observação extremamente divertida. Quando nós lhes mostramos que as leis da ciência natural não podem explicar a existência da quiralidade, os evolucionistas dizem que o processo aconteceu há muito tempo atrás por meio de algum método desconhecido que eles não podem explicar. Agora quem está confiando em uma explicação sobrenatural? Embora eles nunca fossem chamar isso de intervenção divina, estão certamente confiando na fé e não nos fatos científicos. A Evolução simplesmente espera que você não saiba química.

Há outro problema com o DNA e como ele funciona no organismo humano. Como parte do processo normal de replicação do DNA, uma enzima percorre todo o filamento de DNA e assim uma cópia deste filamento pode ser produzida. A enzima lê a seqüência de moléculas ao longo do filamento, e se um nucleotídeo incorreto é detectado nele, há um mecanismo que utiliza outras enzimas para cortar o nucleotídeo errado e inserir o correto, reparando assim o DNA.

Vamos dar uma olhada no DNA e seu mecanismo reparador, se realmente eles foram formados de um processo natural ao acaso. Se o mecanismo reparador evoluiu primeiro, que utilidade tal mecanismo possui se o DNA ainda não evoluiu? Se o DNA evoluiu primeiro, como ele resistiria sem um mecanismo reparador? As moléculas podem pensar? O DNA não é uma molécula estável, e sem um mecanismo reparador, seria facilmente deteriorado por oxidações e outros processos. Não há mecanismos para explicar como o DNA pôde existir por milhões de anos enquanto o mecanismo reparador evoluía. O DNA simplesmente iria se decompor de volta em uma piscina de espuma antes de ocorrerem supostas bilhões de mutações casuais que não poderiam formar um mecanismo reparador.

Uma vez que constatamos que o projeto não aconteceu ao acaso, então percebemos que o universo inteiro não é produto de um processo casual, aleatório; ele é o resultado de um onipotente Criador que criou tudo apenas pela Sua Palavra. Espero que você comece a enxergar o problema. A Evolução pode lhe dar uma teoria que parece evidentemente possível, mas quando a ciência verdadeira se envolve e os cientistas começam a fazer perguntas, os problemas e falsa lógica da teoria se tornam claros. É por isso que a evolução espera que você não saiba química.

Fonte:

O Dr. Charles McCombs é Ph.D. em Química Orgânica, especialmente treinado em métodos de investigação científica, e um cientista com 20 patentes químicas. Este artigo foi publicado no boletim Acts & Facts, do Institute for Creation Research, em sua edição de maio de 2004, com o título "Evolution Hopes You Don't Know Chemistry: The Problem with Quirality". Tradução do texto de Daniel Ruy Pereira.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Coelhos ruminantes



Por Sky Kunde:

Os Incríveis Coelhos Ruminantes

O sábio e bom deus bíblico, resolve dar uma de nutricionista e faz algumas recomendações aos hebreus:

4 Estes são os animais que comereis: o boi, a ovelha, e a cabra.
5 O veado e a corça, e o búfalo, e a cabra montês, e o texugo, e a camurça, e o gamo.
6 Todo o animal que tem unhas fendidas, divididas em duas, que rumina, entre os animais, aquilo comereis.
7 Porém estes não comereis, dos que somente ruminam, ou que têm a unha fendida: o camelo, e a lebre, e o coelho, porque ruminam mas não têm a unha fendida; imundos vos serão.
8 Nem o porco, porque tem unha fendida, mas não rumina; imundo vos será; não comereis da carne destes, e não tocareis nos seus cadáveres - Deuteronômio 14 (ver também Levítico 11)

Seriam espécies extintas de coelhos e lebres?

Há quem tente defender esse erro apelando para traduções (sempre tem uma versão salvadora, rsrs!) que usam a palavra "remoem" em vez de "ruminam" e que então não se estava falando necessariamente de verdadeiros ruminantes. Mas, como podemos ver pelo contexto, a maioria dos animais listados como "remoedores" são de fato ruminantes (o texugo também não rumina). Também argumentam que lebres e coelhos (e texugos?) de fato parecem ruminar quando comem, e esse seria o motivo deles estarem na lista de alimentos proibidos. Mas isso só vem a lançar ainda mais dúvidas quanto à divina inspiração dessas restrições alimentícias (e da bíblia), afinal o poderoso Iavé não poderia esclarecer esse engano tão simples?
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Resposta de Rogério:
De acordo com a definição moderna de ruminante, os críticos dizem que os coelhos e hyraxes não ruminam, ou seja, não fazem exatamente a mesma coisa que a vaca faz, pois não possuem um estômago constituído de várias câmaras. Todavia, visto que eles se comportam (movimentos da boca) como se estivessem ruminando, poderiam ser classificados como impuros pelo critério da observação. Devido a isso, até mesmo Lineu inicialmente os classificou como ruminantes (apesar de eles não terem um estômago com várias câmaras).

Como se pode utilizar o termo fermentadores para se referir a estes animais, e os fermentadores cecais também podem ser chamados pseudo-ruminantes, isto nos indica que possivelmente, o termo Bíblico não se refere aos ruminantes especificamente da forma como eles são definidos atualmente, com estômagos de quatro câmaras. Em hebraico, o que está escrito nos trechos em questão, é Ma’aleh gerah¸ que significa algo como “elevar [ou levantar] aquilo que foi engolido”. Todavia, apesar de parecer que a tradução dá a entender que o autor estava falando sobre o processo de regurgitar a comida, o termo ‘alah, refere-se à “movimento de um lugar para o outro” veja este sentido em outros locais onde a mesma palavra aparece (NTLH, OBS: existem outras passagens relevantes!):

http://crentinho.wordpress.com/…/coelhos-e-lebres-ruminant…/

Estruturação da argumentação dos ateus:
I Coelhos[C] sao Ruminantes[R]
II isso seria uma contradição pois ruminar é ter estomago complexo[EC]
III coelhos não tem estômago complexo
IV portanto, coelhos não ruminam

I C > R
R > EC [premissa implícita (escondida) não provada pelos ateus, hereges etc]
III C ~ EC
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IV C ~R

A sequência que sustenta o tópico dos ateus conclui que coelhos não são ruminantes [IV] está logicamente estruturada acima.
para a conclusão [IV] ser verdadeira depende de ser verdadeira as premissas, inclusive a premissa oculta R>EC

A FALACIA: eles se basearam numa premissa implícita, a saber, de que ruminar no pentateuco tem o mesmo sentido usado modernamente que é ter estomago poligastrico.
contudo, o conceito anatômico "estomago poligastrico" é recente, o que tornou a premissa oculta falsa. premissas falsas não podem ter conclusões verdadeiras.
portanto, como eles não provaram a veracidade da premissa oculta, o argumento deles é inválido.

Prosseguindo na insanidade:
Um ateu analfa definiu premissa falsa = acidente.
Uma definição inadequada. ele não cita fontes. bibliografia. nada.
quando se replica ele pede fonte e bibliografia. comportamento infantil de quem não fornece dados complementares. usa de achologia.
continuamos com um pouco de Lógica:

2 tipos de Lógica [resumidas. fonte: Wikipedia]
* Lógica modal: agrega à lógica clássica o princípio das possibilidades. Enquanto na lógica clássica existem sentenças como: "se amanhã chover, vou viajar", "minha avó é idosa e meu pai é jovem", na lógica modal as sentenças são formuladas como "é possível que eu viaje se não chover", "minha avó necessariamente é idosa e meu pai não pode ser jovem", etc.
* Lógica epistêmica: também chamada "lógica do conhecimento", agrega o princípio da certeza, ou da incerteza. Alguns exemplos de sentença: "pode ser que haja vida em outros planetas, mas não se pode provar", "é impossível a existência de gelo a 100°C", "não se pode saber se duendes existem ou não", etc.

não se pode saber se existem coelhos ruminantes ou nao: tu analisaste TODOS OS COELHOS VIVENTES EM TODAS OS TEMPOS ?????

NÃO SE PODE SABER COM PRECISÃO A DEFINIÇÃO EM VOGA PELO AUTOR PENTATEUCO.
considerando a Verdade como um sistema de coerência em que as premissas são coerentes entre si e considerando também que a Bíblia está expressando a Verdade, deve formular hipótese que torne o sistema de premissas coerente.

outro exemplo: Boson de Higgs. a existência dessa partícula subatômica é coerente com as premissas da física, ou seja, a premissa que defende a existência do Boson concorda com as demais premissas da Física Quântica. Mas não há certeza de que ele exista. para isso se investiu Bilhões na construção do LHC.
esse principio de comprovabilidade popperiano deriva do Grupo de Viena que defende a necessaria observação dos fenomenos para que sejam Verdadeiros.
por outro lado, essa postura é questionada, pelos frankfurtianos Adorno e Wittgensteisn [nao tenho certeza se a escrita é essa mesmo] pois certas Leis Naturaiss nao sao passiveis de teste. Portanto, no ambito da Episteme pode-se construir Conhecimento sem a necessidade estrita de Verificabilidade Empírica.
por isso, mantendo a coerencia interna das premissas, propus a hipotese. Nunca se conidera ser uma hipotese verdade absoluta, o que foi a patética acusação dos ateus
respostas dos ateus: evasivas. ofenss pessoais. idiotices.

Incertezas:
razões pelas quais nao se pode afirmar com certeza: nunca existiram coelhos ruminantes
a Lógica Epistêmica agregou o princípio da incerteza na ciência. As definições
sao mais aceitas pelo que nao sao do que pelo que são. isso é exemplificado
pelo modus tollens de4 argumentação que é associado ao Princípio da Falseabilidade Poperiano
Modus tollens (Latim: modo que nega) é o nome formal para a prova indireta.
Se P, então Q premissa hipotética.
Q é falso prova negativa.
Então, P é falso CONCLUSAO.
esse principio da inceteza afirma que nao se pode saber com certeza se existiram coelhos ruminantes.
Tu conheces alguem que tenha estudado TODOS os coelhos DE TODAS as esras ?
se adicionar a variável fossilização, o prbm se torna mais complexo.
esse fenomeno é raro e de dificil ocorrencia. pode-se supor que muitas especieis
extintas nao fossilizaram. Assim, muitas especies de coelhos extintas JAMAIS
poderão ser sequer estudadas.
Assim, nenhum epistemologo sério afirmaria: COM CERTEZA, nunca existiram
coelhos ruminantes.
portanto, evidencia-se a incerteza de se afirmar que nunca existiram coelhos ruminantes,
pois ninguem estudou todos os coelhos de todos os tempos e isso é impossivel pois
muitas especies sequer fossilizaram.
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Por Marcos B.:
Quero lembrar que Moisés viveu cerca de 1300 anos AC, e que toda a sua vida passou no deserto, e mesmo tendo sido ensinado na cultura da potência da época, o conhecimento ciêntífico de então estava nos primórdios.

Também Moisés foi um Homem religioso, que passou parte de sua vida cuidando da família e sua parte final cuidadando do povo de Israel no deserto, ou seja fica muito claro que Moisés não era um homem de ciências mas no Fim de sua vida um Estadista, e legislador, um Homem de Deus.
Nisto se revela que no deserto a Lei foi Escrita,
A pergunta que nos fica é de como Moisés acertou tanto?
Não dava para ter adivinhado ele sabia ou ALGUEM contou para ele ... a Torah é realmente dada por Deus...

Ruminar:
http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx

do Lat. ruminare
v. tr. e int., tornar a mastigar;
remoer (os alimentos que tornam a subir do estômago à boca);
fig., pensar profundamente;
reflectir.

Cecotrofagia
Durante a noite os coelhos têm o hábito de ingerir cecotrofos diretamente do ânus. A prática permite que aproveitem nutrientes que não foram digeridos no estômago, provenientes da fermentação do alimento no ceco.
Como os coelhos, as lebres comem as suas próprias fezes após a 1ª defecação para aproveitar as proteínas e as bactérias geradas pela 1ª digestão recuperando a vitamina B, elaborada pelas bactérias de colon, fenômeno a que se dá o nome de Cecotrofagia.
http://www.brasil-treff.com/ho…/brasilien/Tiere/feldhase.php

Devo resaltar que Hj não chamamos coelhos de ruminantes, mas a palavra ruminar, significa trazer de novo a boca

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Estudo indica que Moisés teve ajuda do vento para abrir o Mar Vermelho

WASHINGTON (AFP) - Pesquisadores americanos acreditam ter descoberto o exato ponto onde Moisés teria dividido as águas do Mar Vermelho, 3.000 anos atrás, para que o povo judeu pudesse fugir em segurança do faraó egípcio, e também como ele teria conseguido: com uma ajudinha do vento.

"As pessoas sempre foram fascinadas por essa história do Êxodo, indagando se tinha base em fatos históricos", estimou Carl Drews, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas, principal autor do estudo, publicado no site da Public Library of Science.

"O que este trabalho mostra é que a descrição das águas se abrindo de fato possui uma base nas leis da física", acrescentou.

A Bíblia descreve como os israelitas "passaram pelo meio do mar no chão seco", com uma parede de água de cada lado, enquanto um forte vento soprava do leste.

Os pesquisadores não podiam simplesmente usar a Bíblia como referência para deduzir a localização geográfica da travessia, porque "embora o autor do Êxodo tenha tentado de fato apontar o local onde Moisés atravessou, infelizmente os nomes usados não são mais reconhecidos", disse o cientista à AFP.

Drews e seu coautor, o oceanógrafo Weiqing Han, da Universidade do Colorado, focaram sua busca pelo local onde a travessia poderia ter ocorrido em um ponto onde há uma faixa de terra na água, descartando lugares considerados anteriormente por outros estudos, como o Golfo de Suez ou em um ponto perto de Aqaba, na atual Jordânia.

A dupla descobriu que, quando o vento sopra, a água pode se levantar e se "dividir" no local da faixa de terra, explicou Drews.

"Um monte de refugiados pode correr pelo meio, e quando o vento para, a água subitamente volta a ficar como antes, atingindo quem estiver no caminho", afirmou.

Drews e Han chegaram a um local no leste do Delta do Nilo, em um sítio arqueológico chamado de Tell Kedua, a norte do Canal de Suez na costa mediterrânea.

Neste ponto, acreditam que um antigo braço do Nilo e uma lagoa costeira um dia tenham formado um 'U' à beira do Mar Mediterrâneo.

Com a ajuda de um satélite, os cientistas fizeram um modelo da área, e modificaram o terreno para que se parecesse com a forma que tinha há 3.000 anos. Depois, preencheram o modelo com água e fizeram vento soprar.


De acordo com seus cálculos, um vento de 100 km/h soprando durante 12 horas teria sido capaz de empurrar a água em até dois metros de profundidade por cerca de quatro horas - tempo suficiente para que Moisés e seu povo atravessassem para a liberdade.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Daniel 9:1 é um erro histórico?

"Xerxes - ou Assuero, se preferir - (486-464 a.C.), nome helenizado de Khchayachan era filho de Dario.

Portanto, Daniel 9:1 diz que Dario, o medo, era filho de Xerxes está historicamente ERRADO.

Xerxes foi pai de Artaxerxes, não de Dario, como pretende o Livro de Daniel.

Fontes: Heródoto e Beroso (historiador babilônico), os mais respeitados historiadores da época."
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Refutando:

Vamos a algumas questões:

1. Daniel do capítulo 1 à 4 está inserido no reinado de Nabucodonossor (605-562 a.C.);

2. Daniel 5 trata do reinado de Belsazar (555-539 a.C.);

3. Daniel 5:31 em diante fala do reinado de Dario, o medo (Dn 5:31) (539 a.C.);

Obs: Dario e Ciro (Ciro II) reinaram juntos (Dn 6:28). Dario ficou reinando sobre o império babilônico conquistado enquanto Ciro continuava suas conquistas.

Obs2: Ciro II reinou na Persa de 559 à 529 a.C.

4. Daniel 7 e 8 volta a falar do contexto do reinado de Belsazar (Ponto 2).

5. Daniel 9 parece denotar que o Dario, filho de Xerxes que está se referindo é o mesmo que assumiu o governo da Babilônia no cap.5:31 e no cap.10:1 ele usa Ciro II (rei da Pérsia) como referência. Como os dois reinaram juntos, se trata do mesmo momento histórico.

Belsazar:
"Belsazar, em acadiano Bel-sarra-usur, era o filho primogénito do Rei Nabonido - o último rei do Império Neobabilônico. Foi co-regente com seu pai na parte final do seu reinado. Quando Nabonido estava no Líbano convalescendo de uma doença, pouco antes de iniciar uma campanha no ocidente da Arábia, chamou Belsazar e "lhe confiou o reino", ou seja, a co-regência. Desde então Belsazar governou a partir da Babilónia como co-regente, enquanto o Rei Nabonido residia em Tema. Visto que Belsazar tinha efetivamente o "reinado", o relato do profeta judeu Daniel não errou em chamar "rei" a Belsazar, contrariando o que alguns críticos então pensavam. Segundo o historiador Heródoto, foi Ciro II quem derrotou o Rei Nabonido. Por sua vez, o livro bíblico de Daniel afirma que Belsazar foi o último rei. A dúvida devia-se ao facto de que Nabonido sempre aparecia historicamente como o último Rei de Babilónia antes da conquista de Ciro II. Além disso, quando ficou sabendo do significado da visão naquela mesma noite, Belsazar ofereceu a Daniel como recompensa a posição de 3.º governante do reino (Daniel 5:29).

Rei Belsazar e a Escrita Misteriosa na parede Foi "durante o 3.º ano de Belsazar" como co-regente, que o profeta Daniel foi chamado ao palácio real para decifrar a Escrita Misteriosa  (Daniel 8:1). Com base nisto, a duração do seu governo terá sido de cerca de 3 anos. Na madrugda de 5 de Outubro de 539 a.C., a cidade de Babilónia foi ocupada sem batalha pelos exércitos de Ciro II e Belsazar executado na mesma noite. Dario, o Medo, chefe militar de Ciro é nomeado co-regente e reina em Babilónia. (Daniel 9:1)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Belsazar

Dario, o medo:
"Dario, o Medo, chefe militar de Ciro II que chefiou a conquista da cidade de Babilónia, em 539 a.C.. No livro bíblico de Daniel 9:1, é chamado filho de Assuero (na LXX, é vertido por Xerxes), da descendência real dos medos. Isso sugere que Assuero ou Xerxes, seja um nome título oficial usado pelos reis medos e persas. Não confundir com Dario I ou Xerxes I. Não era Cambises, o filho de Ciro II.

Foi nomeado co-regente por Ciro II e reinou em Babilónia. É chamado de "rei" no livro bíblico de Daniel. Nessa ocasião tinha 62 anos. Nomeou 120 governadores e subgovernadores (são chamados de "sátrapas" em sentido lato) no Distrito de Babilónia, sobre eles nomeou 3 altos funcionários, dos quais o profeta Daniel era um (Daniel 5:30,31; 6:1-3; 9:1; 6:28). No Cilindro de Ciro, o personagem bíblico Dario, o Medo, (Dario, em aram. é weDhoryáwesh; em gr. Dareíos; em lat. Daríus) é chamado de Gobrias.


Artaxerxes I:
"Artaxerxes I Longímano foi um Rei da Pérsia. Ela era filho de Xerxes I, e foi sucedido por seu filho Xerxes II. Após o assassinato de Xerxes I em 465 a.C. assumiu o trono persa Artaxerxes I que governaria até 424 a.C.



Conclusão:
Portanto, quando Daniel 9:1 diz que Dario, o medo, era filho de Assuero (Xerxes) está historicamente CORRETO segundo a tradução da Septuaginta (300-100 a.C) que denomina Assuero de Xerxes. Logo, Artaxerxes foi filho de Dario I (Xerxes I) e não de Assuero (Xerxes). Sendo assim, Daniel está 100% corretíssimo historicamente falando.


Pipe

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A Biologia confronta a evolução

A evolução pretende ser biologia, contudo nos trata como tolos porque não fornece documentação de sucessos experimentais. Vejamos se há uma centelha de evidência científica que sustente a evolução.

Muitos livros-texto de biologia mostram um aparato de vidro onde os precursores dos aminoácidos foram aquecidos e submetidos a faíscas elétricas por uma semana e, sem dúvida, apareceram pequenas quantidades de uns poucos aminoácidos. A implicação é que se processos impensáveis semelhantes continuassem a acontecer, então evoluiria a partir disto uma célula viva. Tal lógica é como dizer que automóveis evoluíram há muito tempo por meio de seiva látex, areia, minério de ferro, e carvão caindo em um vulcão. O minério de ferro e o carbono do carvão geram o aço, a areia fundida gera o vidro, e a seiva vulcanizada a borracha. Então depois de bilhões e bilhões de tentativas e erros, o texto deve dizer, evoluem espontaneamente melhores e melhores pistões, cilindros, motores inteiros com plugs elétricos e transmissões, eixos nas quatro rodas com pneus de borracha sob corpos de aço com janelas de vidro, limpadores de para-brisa, faróis, e tanques cheios de gasolina. O texto deve dizer que a primeira célula e toda a vida evoluíram de um modo semelhante.

Os cientistas notam que tal história exagerada é uma fantasia de um tipo peculiar. Se alguém disser que comprou um carro novinho em folha na noite anterior e de manhã o encontrou enferrujado e decomposto em uma pilha de pó, então nós notaríamos que sua história descreveu corretamente a direção das leis da física, mas ferrugem e decomposição não ocorrem tão rapidamente. Do contrário, se ele disser que uma pilha de areia e minério de ferro evoluiu para um carro novinho em folha, então nós reconhecemos isso como uma fantasia invertida porque é o exato oposto do que acontece na realidade. Então, os aminoácidos e carros vulcânicos exemplificados não são meras fantasias, mas sim fantasias invertidas.

Não são histórias exageradas do tipo vaca-que-pula-até-a-lua, porque vacas podem pular uma cerca baixa. Elas são histórias exageradas do tipo a-grama-comeu-a-vaca, as invertidas, tipo de fantasia de cabeça-para-baixo.

Um modo pelo qual os cientistas rejeitam histórias exageradas é através da observação. Eles são persuadidos observando carros vindo das linhas de montagem em Detroit e notam que ninguém nunca viu um carro evoluindo espontaneamente, nem intencionalmente, saindo de um vulcão. Por essa razão os cientistas concluem inequivocamente que todos os carros foram criados por um projetista inteligente. Mas e a vida? A biologia é suficiente para explicar a vida ou deve ser suplementada pelos invertidos conceitos evolucionistas para descrever completamente o mundo biológico? Permita-nos procurar essa resposta examinando o ciclo de vida de um típico ser vivo.

1. SOBREVIVÊNCIA POR MEIO DAS RESERVAS GENÉTICAS
A borboleta monarca é um bom exemplo de biologia porque todas as observações podem ser comprovadas. Esse incólume ciclo de vida é seqüenciado a partir de um lote de ácido desoxirribonucléico (DNA) e pode ser observado em 60 dias. O ovo da borboleta monarca tem formato ovóide e cerca de um milímetro de comprimento. Em três dias se choca, e aparece uma lagarta que tece um casulo em torno de si mesma, do qual eclode uma borboleta em seguida. Ela tem a habilidade de voar, migrar, comer, acasalar, e procriar. Logo após a conclusão de suas funções reprodutivas tanto macho como fêmea desidratam e morrem.

2. RESERVA GENÉTICA SEQÜENCIAL ÚNICA
O ciclo de vida da borboleta monarca ensina que dentro do ovo aparentemente inerte estão todas as instruções genéticas para formar uma lagarta de dezesseis patas e uma borboleta de seis patas. Não houve manifestação física da lagarta quando ela era um ovo, como também não houve manifestação física da borboleta quando ela era uma lagarta. Houve uma morfologia manifestada, embora estivessem não-manifestadas nas reservas genéticas do organismo estruturas transicionais meticulosamente planejadas e morfologias diferentes. Observar tais transformações notáveis em 60 dias ensina uma importante lição sobre reservas genéticas. Essas transformações incrivelmente complexas, que nenhum engenheiro humano pode copiar, podem ser chamadas de reserva genética seqüencial. Elas ocorrem somente em ordens rigorosas para alcançar a maioridade e não ocorrem novamente. Todo organismo complexo as possui. Alguns não se transformam de dezesseis patas para seis patas, outros não se transformam de andarilhos a voadores, mas as transformações para a maturidade não são menos notáveis. Todo ser vivo pluricelular deve crescer e se desenvolver a partir de um ovo ou semente para uma configuração adulta e isso exige contínuas alterações estruturais e funcionais que são planejadas, organizadas, coordenadas, controladas e comandadas em nível molecular, além da compreensão humana. Nós não sabemos como o DNA faz isso, mas sabemos que tal mega-engenharia não poderia não ter sido feita irracionalmente como pretende a evolução. Há outros tipos de reservas genéticas.

3. RESERVA GENÉTICA CÍCLICA PRECISA E PONTUAL
No verão, a raposa do ártico possui pêlo cinza, e mimetiza com a tundra. Nesse momento já está contido em sua reserva genética o pêlo branco que ela vestirá no inverno. O pêlo branco da raposa no inverno se confunde com a neve, mas sua reserva genética ainda contém o pêlo cinza para o próximo verão. Semelhantemente, a ptármiga-da-rocha recebe de sua reserva genética a plumagem marrom-avermelhada sarapintada exibida no verão, depois, no outono, um cinza-amarronzado, e em seguida, branca no inverno. Árvores se cobrem de folhas e flores na primavera, de frutos no verão, que em seguida caem no outono. Pássaros aninham e erguem-se robustos na primavera e no verão, para migrar no outono. Essas periodicidades vêem da reserva genética cíclica do DNA dos organismos e ocorrem repetidamente em seu ciclo de vida com pontualidade e precisão. A raposa tem pêlo branco para a primeira nevasca, não última, e cinza para o primeiro descongelamento, não para uma semana ou um mês depois. E nunca cresce pêlo vermelho, verde, laranja ou azul por tentativa e erro como propõem forçosamente os processos aleatórios. Se essa reserva genética cíclica não funcionasse com precisão ou pontualidade, ela não sobreviveria sequer uma estação.

4. RESERVA GENÉTICA DE ESTÍMULO PRECISO E PONTUAL
Exercícios no calor estimulam a reserva genética a sintetizar proteínas resistentes ao calor, que permitem a atividade em um ambiente quente. Padrões de atividade estimulam novas proteínas para os filamentos contráteis de actina e miosina do músculo. A hipertrofia dos músculos esqueléticos e a bradicardia são estimulados pelo treinamento, e a atrofia dos músculos esqueléticos e a taquicardia pelo sono. Uma concentração aumentada de células vermelhas do sangue e de 2,3-difosfo-glicerídeo é estimulada por passagens rápidas em elevadas altitudes, e são perdidas pelo retorno ao nível do mar. Novas artérias coronárias co-laterais são sintetizadas em dois meses para suprir as artérias bloqueadas. Novas células ósseas são estimuladas por fraturas, e novas cicatrizes por escoriações, cortes e lágrimas. Esses são alguns dos inumeráveis exemplos da reserva genética do DNA manifestados pelos estímulos que são desenvolvidos dentro de cada forma de vida. Eles devem ser estimulados em uma questão de horas, não milhões de anos. Não podem ser incorporados pela evolução porque o organismo não pode testar o que é necessário até determinado evento, e ele não sobreviverá a menos que a necessidade seja satisfeita imediatamente. Uma evolução irracional não pode planejar, ou organizar, ou coordenar, ou comandar, ou controlar mutações, porque é irracional. O que é irracional é simples (ao extremo) e não pode compreender ou agir naquilo que é complexo ao extremo: vida e sobrevivência.

5. TODAS AS RESERVAS GENÉTICAS FUNCIONAM SIMULTANEAMENTE
Da concepção à morte, o DNA dos seres vivos disponibiliza, de acordo com a necessidade, todas as reservas genéticas e não há interferência entre elas. Por exemplo, os seres vivos devem estimular simultaneamente as proteínas necessárias para resistir ao calor e à altitude conforme se escala uma montanha ao meio-dia, assim como as proteínas necessárias para resistir o severo frio da noite. Sempre de antemão, as abundantes reservas genéticas podem manifestar a si mesmas em qualquer padrão apropriado e a qualquer momento. Elas fornecem para cada ser vivo os notáveis arranjos dos mecanismos morfológicos, funcionais, e comportamentais para encontrar pontualmente e precisamente as variabilidades de qualquer ambiente e sobreviver aos extremos. E acertam logo na primeira tentativa. Não o fazem por mágica ou repetição cega através de supostos milhões de anos, como a inversa superstição evolucionista nos faria acreditar. Se a raposa do ártico teve de evoluir seu pêlo branco para a primeira nevasca por acaso, ela não teria sobrevivido por um dia. Igual a qualquer forma de vida precisaria de versatilidade, precisão, e pontualidade de todas as suas reservas genéticas a partir da concepção ou nunca teria sobrevivido mesmo para ter nascido.

6. REAÇÕES, ADAPTAÇÕES, ACLIMATAÇÃO, E ACLIMATIZAÇÃO, SÃO EVOLUÇÃO OU PROJETO?
Se alguém fizer exercícios físicos, a velocidade de seu coração aumentará e isso é chamado de resposta. Se uma pessoa treinar por semanas com aquele mesmo exercício, então a velocidade dos batimentos cardíacos será menor que a resposta inicial. Essa desaceleração dos batimentos cardíacos para o mesmo exercício pode ser chamada de adaptação. Se tal resposta modificada é estimulada por fatores ambientais, então isso pode ser denominado aclimatação. Se for resposta a uma mudança ambiental, então pode ser chamada de aclimatização. Chamar quaisquer destas de evolução é um engano porque a resposta imediata é um atributo da configuração fisiológica para aquele momento proveniente do DNA. De um estoque de reservas genéticas despertadas no DNA, aquela configuração dinamicamente controla as novas necessidades e permanece em andamento. Aquelas reservas sintetizarão as novas e adequadas proteínas, quer o estímulo seja interior, como o exercício, quer seja exterior como o clima, ou alguma coisa do tipo no ambiente. Adequando as quatro respostas, os evolucionistas não apenas nos enganam, mas também complicam o que é na realidade muito simples. O projeto toma cuidado com qualquer coisa. A evolução não tem nada a fazer e é por isso que a biologia a tem eliminado.

7. ESPECIAÇÃO, MICRO E MACRO-EVOLUÇÃO ACONTECEM NA BIOLOGIA REAL?
Qualquer um pode observar notáveis variações na biologia. Todos os irmãos e irmãs são diferentes. Mesmo gêmeos idênticos têm diferentes impressões digitais e comportamentos. O Chihuahua não é uma espécie diferente. “Especiação” e “micro-evolução” são tentativas de adequar a imensa variabilidade da biologia. Todos os Chihuahuas são diferentes, mas nenhum jamais evoluirá para um gato ou raposa ou qualquer outro ser. Desse modo, “macro-evolução” como uma extensão da micro-evolução é uma fraudulenta distorção que nunca foi observada porque é uma fantasia invertida, como grama comendo vacas.

8. A VIDA DESCRITA CIENTÍFICAMENTE
Como todos podem observar, a Primeira Lei da Biologia é minor vita ex vita, vida surge somente de vida e sempre com menor vitalidade. A Biologia está sob a jurisdição das leis do universo, diz a propaganda evolucionista, não obstante. A Primeira Lei do Universo é natura semper scalas descendent, a natureza sempre decresce, isto é, degenera. Portanto, degeneração, nunca evolução, é a implacável, inescapável lei do universo. A verdadeira natureza do universo, e conseqüentemente da biologia, é a degeneração, o exato oposto da mascarada evolução intrometida nas escolas públicas e livros universitários de biologia como ciência.

A história de cada indivíduo em cada geração é a mesma para a população, mas em uma escala menor. O indivíduo é concebido com grande vitalidade, e progressivamente degenera-se aquela vitalidade até a morte. Assim como nenhum indivíduo pode viver para sempre, nenhuma população pode viver para sempre. Todos os seres vivos individualmente são fixos e mortais.

Dos poluentes ambientais que causam desordens genéticas, as populações perdem sua vitalidade até não conseguirem gerar descendentes viáveis. Esse é o advento da extinção. Contrariamente, a superstição evolucionista nos livros-texto de biologia é uma fantasia multi-invertida porque não somente ensina que a vida pode surgir como o carro vulcânico, mas que a vida e o carro podem aperfeiçoar a si mesmos para sempre como fictícias máquinas motoras eternas.

9. CONCLUSÃO
Como vemos, a biologia é a melhor explicação da vida. É a mais completa, mais observável, e a mais verificável com experimentos. Não há necessidade de empregar qualquer das desnecessárias, ilusórias, multi-invertidas, e inobserváveis complexidades da superstição evolutiva. A Biologia elimina completamente a Evolução.

REFERÊNCIA
Mastropaolo, Joseph. The Rise and Fall of Evolution, A Scientific Examination. 2003, pp. 115-123. Manuscrito em revisão.

O Dr. Joseph Mastropaolo é professor adjunto de Fisiologia do ICR. Este artigo foi publicado no boletim Acts & Facts do Institute for Creation Research, em sua edição de fevereiro de 2004, com o título "Biology Confronts Evolution".


Tradução do texto de Daniel Ruy Pereira.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Evidências irrecusáveis da existência de Deus

Próximo ao Natal de 2007, publicamos, em jornais da imprensa mineira e carioca (Tribuna da Imprensa), alguns artigos em defesa da tese do "design inteligente", relacionado à criação do homem por ato divino.

Além de defender a intervenção direta de Deus na criação do mundo e dos seres que nele existem, não poupamos críticas aos neo-ateus, recorrendo, entre outros, aos seguintes argumentos: a) a pouca (ou nenhuma) qualificação dos darwinistas radicais, para baixar diretrizes sobre assunto que foge à sua competência. Na época, chegamos a ironizar as posições por eles defendidas, tentando imaginar o que se passaria se um leigo em matéria cientifica adentrasse a sala de aula de uma dessas sumidades e se pusesse a discorrer aleatoriamente sobre Biologia, Química, Física ou Matemática. O infeliz, dissemos então, seria, primeiro, ridicularizado, em seguida, ofendido, e, no momento seguinte, expulso.

Não somos elitistas e defendemos o direito de as pessoas se manifestarem livremente sobre qualquer assunto. Mas é claro que há limitações, pois não é razoável deixar que leigos fixem regras sobre temas estranhos a sua formação. É uma simples questão de bom senso.

No plano universitário, há um longo processo para que opiniões sejam aceitas: graduação, pós graduação, preparação (devidamente orientada) e defesa, perante banca examinadora composta por doutores, são exigências para que uma tese seja acolhida no meio acadêmico. E não consta que os "novos ateus" tenham seguido esse roteiro para expor suas idéias, o que lhes retira qualquer credibilidade, pois caem na vala comum das opiniões leigas.

O que escrevemos até aqui é apenas uma introdução ao pensamento de John Lennox, matemático da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que, participou, em abril passado, do simpósio Darwinismo hoje, organizado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Entrevistado pelo jornalista Hilton Escobar, do Estado de São Paulo, ele se manifestou sobre os seguintes assuntos:

A origem de Deus
"Deus é eterno; ele não foi criado, sempre existiu. A única razão pela qual alguém pode perguntar isso é para dizer que não há realidade definitiva. Quem criou o Deus, que criou Deus? Vamos retroceder no tempo para sempre."

As idéias de Richard Dawkins
"Dawkins acha que ele foi criado pelo universo. Então eu pergunto: quem criou o criador dele? Viu só? A pergunta funciona para os dois lados".

A história do universo, com base no "Design Inteligente"
(teoria que combina conceitos e teologia para explicar a origem da vida no universo e a evolução de vida na terra):
"Bem, no início Deus criou o mundo. Quando isso aconteceu, eu não sei. A Bíblia não diz. A melhor estimativa hoje é em torno de 13 bilhões de anos atrás. Não vejo problema com isso. A descrição do universo, se expandindo a partir de um ponto inicial, é fascinante, porque foi só a partir dos anos 60 que os físicos começaram a falar nisso. Por séculos, eles aceitaram a versão de Aristóteles, de que o universo sempre existiu. Mas, a Bíblia sempre disse que houve um início. É o que eu chamo de convergência. Ciência e Teologia buscam respostas para perguntas muito diferentes, mas não totalmente diferentes."

Conflito entre a teoria do Big Bang e a Teologia da criação
"O que o Big Bang diz é que houve um início representado por uma singularidade, (um ponto de massa e densidade infinitas). O que os cientistas fazem é apontar para trás e dizer: sinto muito, mas não posso ir além desse ponto, porque aqui as leis da física deixam de funcionar. A pergunta lógica que se faz é: qual é a causa dessa singularidade? Aí entram as escrituras e dizem: Deus é responsável. Isso não é anticiência, é algo que faz sentido."

Quem criou Deus
"Existe algo eterno, que nunca foi criado? Deus é eterno, segundo a fé cristã, Ele nunca foi criado, sempre existiu. Perguntar quem o criou é um absurdo. E o que dizem sobre a matéria e a energia? Os materialistas acreditam que elas são eternas. De ambos os lados do debate há uma realidade definitiva. Para mim, essa realidade é Deus. Para o materialista, é matéria e energia. Então, não venha discutir comigo sobre quem criou Deus. A verdadeira pergunta que devemos fazer é: para que lado apontam as evidências?"

O "design" inteligente
"A pergunta que está na base do assim chamado movimento do "design" inteligente é esta: há evidências científicas de que universo não é um sistema fechado, de que houve um input de inteligência em sua criação? O que buscam fazer com isso é separar a questão científica da questão teológica (...) você acha que o fato de o universo ser inteligível é evidência de que? De uma inteligência superior que o criou, ou de um processo aleatório e despropositado?"

A evolução Darwiniana
"Não vejo problema com o que o Darwin observou. Ele foi um gênio! A seleção natural faz algumas coisas, como mudar bicos de pássaro e coisas assim. O erro está em acreditar que a evolução faz tudo. A evolução pressupõe a existência de um organismo replicador mutante. Ela não pode explicar a origem da vida. Não estou dizendo que processos naturais não estão envolvidos, estou dizendo que a inteligência tem de estar envolvida desde o início".

Como foi criada a vida
"Os físicos concordam que houve um início, então eles estão em acordo com a Bíblia nesse aspecto. No primeiro capítulo da Bíblia está escrito: ‘E Deus disse: faça-se a luz’. Então eu imagino que Deus falou e criou o universo. Depois, ele falou de novo, e houve outras singularidades. Talvez uma delas tenha sido a criação da vida."

A ancestralidade comum de todos os sêres, segundo Darwin
"O que eu acredito é que houve pontos especiais na história em que Deus introduziu coisas novas, que não podem ser explicadas apenas por processos naturais que já estavam em curso. Os momentos mais importantes foram a criação do universo, de vida biológica e da vida humana. Não acredito que os sêres humanos evoluíram de alguma forma animal, puramente por processos naturais."

A singularidade da criação humana
"O que sei é que os seres humanos são únicos em toda a criação. A Bíblia diz que eles foram feitos à imagem de Deus. Em resumo, minha atitude é muito simples: sem Deus, não se pode chegar do nada a coisa alguma. Sem Deus, não se pode chegar do material ao vivo. Sem Deus, não se pode chegar do animal ao humano (...) É o que as evidências me levam a crer."

As exigências de provas por parte dos materialistas

"Eu trabalho em uma área – a matemática – em que a ‘prova’ tem um significado muito específico. É claro que eu não posso provar matematicamente que Deus existe. Mas eu posso dar evidências e fazer uma argumentação com base na ciência e em outras disciplinas. (...) Eu sou um cristão, e a fé cristã é o oposto da cegueira. Ela é baseada em evidências como a ressurreição de Cristo, sobre a qual há evidências históricas, diretas e indiretas."

http://www.odebate.com.br/