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domingo, 21 de maio de 2017

Cânone Muratori



Por Filipe Lomboni

O Cânone Muratori, também conhecido por fragmento muratoriano ou fragmento de Muratori, é uma cópia da lista mais antiga que se conhece dos livros do Novo Testamento. Foi descoberta na Biblioteca Ambrosiana de Milão por Ludovico Antonio Muratori (1672 – 1750) e publicada em 1740. Na lista figuram os nomes dos livros que o autor desconhecido da lista considerava admissíveis, com alguns comentários. A lista está escrita em latim e encontra-se incompleta, daí ser chamada de fragmento.

Apesar de ser consensual datar o manuscrito como sendo do século VII, ele é cópia de um texto mais antigo, datado como tendo sido escrito por volta do ano 170, já que nele é referido o Pastor de Hermas e como recente o papado de Pio I, morto em 157.

Os livros canônicos mencionados na lista são aproximadamente os mesmos que se consideram hoje como canônicos neo-testamentários, com algumas variações. O Cânone de Muratori aceita quatro evangelhos, dos quais dois são o Evangelho de Lucas e o Evangelho de João, não se conhecendo os outros dois, pois falta o princípio do manuscrito, onde estariam os nomes dos dois primeiros[1]. A lista segue com os Actos dos Apóstolos e com 13 epístolas de Paulo de Tarso (não menciona a Epístola aos Hebreus). Considera falsificações as epístolas supostamente escritas por Paulo aos laodiceanos e a escrita aos alexandrinos. Nele só se mencionam duas epístolas de João, sem as descrever. Figura também no fragmento o Apocalipse de Pedro, ainda que com certas reservas ("o qual alguns dos nossos não permitem que seja lido na Igreja").
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2none_Muratori

...lacuna...
...aos quais esteve presente e assim o fez[1].
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O terceiro livro do Evangelho é o de Lucas. Este Lucas - médico que depois da ascensão de Cristo foi levado por Paulo em suas viagens - escreveu sob seu nome as coisas que ouviu, uma vez que não chegou a conhecer o Senhor pessoalmente, e assim, a medida que tomava conhecimento, começou sua narrativa a partir do nascimento de João.
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O quarto Evangelho e o de João, um dos discípulos. Questionado por seus condiscípulos e bispos, disse: "Andai comigo durante três dias a partir de hoje e que cada um de nós conte aos demais aquilo que lhe for revelado". Naquela mesma noite foi revelado a André, um dos apóstolos, que, de conformidade com todos, João escrevera em seu nome.
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Assim, ainda que pareça que ensinem coisas distintas nestes distintos Evangelhos, a fé dos fiéis não difere, já que o mesmo Espírito inspira para que todos se contentem sobre o nascimento, paixão e ressurreição [de Cristo], assim como sua permanência com os discípulos e sobre suas duas vindas - depreciada e humilde na primeira (que já ocorreu) e gloriosa, com magnífico poder, na segunda (que ainda ocorrerá). Portanto, o que há de estranho que João frequentemente afirme cada coisa em suas epístolas dizendo: "O que vimos com nossos olhos e ouvimos com nossos ouvidos e nossas mãos tocaram, isto o escrevemos"? Com isso, professa ser testemunha, não apenas do que viu e ouviu, mas também escritor de todas as maravilhas do Senhor.
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Os Atos foram escritos em um só livro. Lucas narra ao bom Teófilo aquilo que se sucedeu em sua presença, ainda que fale bem por alto
[2] da paixão de Pedro e da viagem que Paulo realizou de Roma até a Espanha.

Quanto às epístolas de Paulo, por causa do lugar ou pela ocasião em que foram escritas elas mesmas o dizem àqueles que querem entender: em primeiro lugar, a dos Coríntios, proibindo a heresia do cisma; depois, a dos Gálatas, que trata da circuncisão; aos Romanos escreveu mais extensamente, demonstrando que as Escrituras têm como princípio o próprio Cristo.
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Não precisamos discutir sobre cada uma delas, já que o mesmo bem-aventurado apóstolo Paulo escreveu somente a sete igrejas, como fizera o seu predecessor João, nesta ordem: a primeira, aos Coríntios; a segunda, aos Efésios; a terceira, aos Filipenses; a quarta, aos Colossenses; a quinta, aos Gálatas; a sexta, aos Tessalonicenses; e a sétima, aos Romanos. E, ainda que escreva duas vezes aos Coríntios e aos Tessalonicenses, para sua correção, reconhece-se que existe apenas uma Igreja difundida por toda a terra, pois da mesma forma João, no Apocalipse, ainda que escreva a sete igrejas, está falando para todas.
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Além disso, são tidas como sagradas uma [epístola] a Filemon, uma a Tito e duas a Timóteo; ainda que sejam filhas de um afeto e amor pessoal, servem à honra da Igreja e à ordenação da disciplina eclesiástica.
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Correm também uma carta aos Laodicenses e outra aos Alexandrinos, atribuídas [falsamente] a Paulo, mas que servem para favorecer a heresia de Marcião, e muitos outros escritos que não podem ser recebidos pela Igreja porque não convém misturar o fel com o mel.
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Entre os escritos, se contam uma epístola de Judas e duas do referido João, além da Sabedoria escrita por amigos de Salomão em honra do mesmo.
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Quanto aos apocalipses, recebemos dois: o de João e o de Pedro; mas, quanto a este último, alguns dos nossos não querem que seja lido na Igreja.


Recentemente, em nossos dias, Hermas escreveu em Roma "O Pastor", sendo que o seu irmão, Pio, ocupa a cátedra de bispo da Igreja de Roma. É, então, conveniente que seja lido, ainda que não publicamente ao povo da Igreja, nem aos Profetas - cujo número já está completo -, nem aos Apóstolos - por ter terminado o seu tempo.
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De Arsênio, Valentino e Melcíades não recebemos absolutamente nada; estes também escreveram um novo livro de Salmos para Marcião, juntamente com Basíledes da Ásia...
...lacuna...
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Notas:
[1] Certamente, estas palavras finais se referem ao evangelho de Marcos, que não foi testemunha ocular dos acontecimentos, mas que conhecia muito bem os sermões de Pedro por ter sido seu discípulo.
[2]Ao usar a expressão "por alto" o autor deste escrito está querendo afirmar que Lucas omitiu esses atos por não os ter presenciado ou por não terem ainda ocorrido durante a redação dos Atos dos Apóstolos. No entanto, reconhece tais atos como fidedignos.

sábado, 6 de maio de 2017

Historicidade de Lucas é Inquestionável



Victor Medeiros

Sir William Ramsey, St. Paul the Traveller and Roman Citizen [São Paulo o Viajante e Cidadão Romano] (Grand Rapids, Michigan: Baker Book House reprint; 1949 das palestras de 1894). Com a intenção de desacreditar os escritos de Lucas, no último século, este hostil estudioso viajou por todo o Mediterrâneo. Mas ele se impressionou ao descobrir que seus achados arqueológicos confirmavam a plena exatidão dos costumes, locais, e títulos governamentais (e.g. “magistrados” Atos 16:35; "procônsul" Atos 18:12) que Lucas tinha mencionado. Estes variavam grandemente de região para região. Ramsey conclui, "Grandes historiadores são os mais raros dos escritores...[Eu reconheço Lucas] entre os historiadores de primeira classe." (pp. 3-4)
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“Os primeiros pregadores do evangelho reconheciam o valor do testemunho de primeira mão,e repetidas vezes fizeram uso dele.’Somos testemunhas destas coisas’ era a afirmação constante e confiante que faziam. E, ao contrário do que parecem pensar alguns escritores, não teria sido absolutamente fácil inventar palavras e obras de Jesus naqueles primeiros dias, quando tantos discípulos estavam porali espalhados, os quais poderiam lembrar-se do que tnha e do que não tinha acontecido.” Fonte: Bruce, Frederick Fyvie - Merece Confiança o Novo Testamento? p. 33


A.N. Sherwin-White, Roman Society and Roman Law in the New Testament [A Sociedade Romana e o Direito romano no Novo Testamento] (Oxford, 1963). Sherwin-White é um renomado historiador de Oxford que escreve: "é impressionante que enquanto os historiadores greco-romanos vêm crescendo em confiabilidade, o estudo das narrativas dos evangelhos no século XX, partindo de materiais não menos promissores, tem dado uma curva tão sombria no desenvolvimento da crítica de forma... que o grau de confirmação, em termos greco-romanos, é menor para os evangelhos que para [O Livro de] Atos, devido... a diferenças em sua localização regional. Tão logo Cristo entra na órbita romana de Jerusalém [e.g., Herodes e Pôncio Pilatos] a confirmação se inicia. Para Atos [escrito por Lucas], a confirmação de historicidade é assombrosa." (p. 107f)
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O mais perto que pudemos chegar dos documentos originais de cada um dos escritores escritores seculares clássicos mencionados foi entre 900 e 1300 anos. Por outro lado, o Fragmento do Novo Testamento “João Rylands”, contendo João 18:31-33, tem sido datado já por volta de 115 D.C. Manuscritos completos do Novo Testamento podem ser datados dentro de 300 anos de seu fechamento. Livros virtualmente completos do Novo Testamento, bem como fragmentos extensos, podem ser datados até 100 anos de seu desfecho. Aproximadamente o Novo Testamento inteiro pode ser encontrado em citações dos escritores cristãos primitivos. Veja Frederick Fyvie Bruce, The New Testament Documents: Are They Reliable? [Os Documentos do Novo Testamento: São Confiáveis?] (Downer's Grove, IL: InterVarsidade Press, 1972), p. 14f.



O historiador militar C. Sanders aponta três testes em seu Introduction to Research in English Literary History [Introdução à Pesquisa em História Literária Inglesa] (New York: Macmillan, 1952), p. 143f. E Behan McCullagh cita sete fatores como critério para análises de documentos históricos. Utilizando-se desses grupos de critérios, João Warwick Montgomery e William Lane Craig respectivamente, defendem os relatos evangélicos da vida, morte, e ressurreição de Jesus de modo inequívoco. O conhecido historiador clássico de Oxford, Michael Grant, escreve, "Se nós aplicarmos os mesmos critérios que nós aplicaríamos a fontes literárias antigas, as evidências são firmes e plausíveis o bastante para levar à conclusão de que o túmulo foi realmente achado vazio." E Paul Meier escreve, "Se todas as evidências forem pesadas cuidadosa e justamente, é realmente justificável, segundo o cânones de pesquisa histórica, concluir que [o túmulo de Jesus] estava verdadeiramente vazio... E ainda nenhuma sombra de evidência fora encontrada em fontes literárias, epígrafe, ou arqueologia que pudesse contrariar esta afirmação."
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terça-feira, 2 de maio de 2017

Livro: "7 Razões Para Confiar na Bíblia" de Erwin Lutzer

Editora Vida
O mundo rejeita cada vez mais os princípios cristãos, e tem a Bíblia como um livro apenas histórico. E este livro trás diversas razões mostrando a fidedignidade e veracidade das Escrituras.
A Bíblia, como Palavra de Deus, transforma incontáveis vidas desde que foi escrita. Suas profecias se cumprem e sua mensagem é atual.

domingo, 14 de agosto de 2016

A força de um veredito:

1. As mulheres vão ao sepulcro
Mt 28:1 – ”Depois do sábado, tendo começado o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro”.

Mc 16:2 – ”No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro, “

Lc 24:1 – ”No primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, as mulheres levaram ao sepulcro as especiarias aromáticas que haviam preparado”. 

Jo 20:1 – ”No primeiro dia da semana, bem cedo, estando ainda escuro, Maria Madalena chegou ao sepulcro...”.


2. Elas encontram o sepulcro com a pedra removida:
Mt 28:2 – ”E eis que sobreveio um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu dos céus e, chegando ao sepulcro, rolou a pedra da entrada e assentou-se sobre ela”.

Mc 16:4 – ”Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida”.

Lc 24:2 – ”Encontraram removida a pedra do sepulcro, “.

Jo 20:1 – ”...e viu que a pedra da entrada tinha sido removida”.


3. Elas vão pela primeira vez contar aos apóstolos:
Jo 20:2 – ”Então correu ao encontro de Simão Pedro e do outro discípulo, aquele a quem Jesus amava, e disse: “Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o colocaram!”

Obs1: João é o único dos evangelistas que menciona este fato.

Obs2: Elas não tinham tido um encontro nem com os anjos e nem com Jesus. Pois elas disseram que alguém havia tirado o corpo de Jesus do sepulcro. Portanto, elas não sabiam ainda que ele havia ressuscitado.


4. Pedro e João vão ao sepulcro verificar:
Jo 20:
3 Pedro e o outro discípulo saíram e foram para o sepulcro.
4 Os dois corriam, mas o outro discípulo foi mais rápido que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5 Ele se curvou e olhou para dentro, viu as faixas de linho ali, mas não entrou.
6 A seguir, Simão Pedro, que vinha atrás dele, chegou, entrou no sepulcro e viu as faixas de linho,
7 bem como o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus. Ele estava dobrado à parte, separado das faixas de linho.
8 Depois o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, também entrou. Ele viu e creu.
9 (Eles ainda não haviam compreendido que, conforme a Escritura, era necessário que Jesus ressuscitasse dos mortos.)
10 Os discípulos voltaram para casa”.


5. As mulheres também haviam voltado com Pedro e João ao sepulcro:
Jo 20:11 – ”Maria, porém, ficou à entrada do sepulcro, chorando”.


6. Elas entram no sepulcro:
Jo 20:11 – ”Maria, porém, ficou à entrada do sepulcro, chorando. Enquanto chorava, curvou-se para olhar dentro do sepulcro”.

Lc 20:3 – ”mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus”.

Mc 16:5 – ”Entrando no sepulcro,...”.


7. Elas vêem os anjos e conversam com eles:
Mt 28:5-6 – ”O anjo disse às mulheres: “Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia”.

Mc 16:5-6 – ”Entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à direita, e ficaram amedrontadas. “Não tenham medo”, disse ele. “Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto”.

Lc 24:4-8 – ”Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente, dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se do que ele lhes disse, quando ainda estava com vocês na Galiléia: ‘É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia’ ”. Então se lembraram das palavras de Jesus”.

Jo 20:12-13 – “e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés. Eles lhe perguntaram: “Mulher, por que você está chorando?” “Levaram embora o meu Senhor”, respondeu ela, “e não sei onde o puseram”.


8. Os anjos dizem para elas irem e comunicarem aos discípulos que Jesus ressuscitou:
Mt 28:7-8 – ”Vão depressa e digam aos discípulos dele: Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão. Notem que eu já os avisei. As mulheres saíram depressa do sepulcro, amedrontadas e cheias de alegria, e foram correndo anunciá-lo aos discípulos de Jesus”.

Obs1: Notem que o anjo diz: 
”Notem que eu já os avisei”. Deixa a impressão que eles já estavam conscientes da tumba vazia.

Mc 16:7 – ”Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: Ele está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse.”

Lc 24:9 – ”Quando voltaram do sepulcro, elas contaram todas estas coisas aos Onze e a todos os outros.“

Obs2: Lucas não relata que as mulheres conversaram com Jesus.

Obs3: João não relata que os anjos disseram as mulheres que deveriam ir contar aos discípulos.


9. Elas tem um encontro com Jesus e conversam com ele: 
Mt 28:9 – ”De repente, Jesus as encontrou e disse: “Salve!” Elas se aproximaram dele, abraçaram-lhe os pés e o adoraram”.

Mc 16:9 – ”Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios”

Obs1: O fato de Jesus ter aparecido primeiro a Maria madalena não significa que ele apareceu somente para ela. E sim, que ela foi a primeira a vê-lo.

Obs2: Lucas não menciona que as mulheres viram Jesus. Ele cita apenas os anjos.

Jo 20:14-16 – “Nisso ela se voltou e viu Jesus ali, em pé, mas não o reconheceu. Disse ele: “Mulher, por que está chorando? Quem você está procurando?” Pensando que fosse o jardineiro, ela disse: “Se o senhor o levou embora, diga-me onde o colocou, e eu o levarei”. Jesus lhe disse: “Maria!” Então, voltando-se para ele, Maria exclamou em aramaico: “Rabôni!” (que significa “Mestre!”).


10. Elas finalmente voltam e dizem aos discípulos que Jesus ressuscitou:
Mt 28:10 – ”Então Jesus lhes disse: “Não tenham medo. Vão dizer a meus irmãos que se dirijam para a Galiléia; lá eles me verão”.

Obs1: Mateus não relata o momento em que elas chegaram e disseram aos discípulos que Jesus havia ressuscitado. Mateus diz apenas no vs.11– 
”Enquanto as mulheres estavam a caminho,...”. E logo em seguida diz que os discípulos obedeceram a ordem que Jesus enviou através delas(vs.16) – ”Os onze discípulos foram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes indicara”.

Mc 16:10 – ”Ela foi e contou aos que com ele tinham estado; eles estavam lamentando e chorando”.

Lc 24:9-10 – ”Quando voltaram do sepulcro, elas contaram todas estas coisas aos Onze e a todos os outros. As que contaram estas coisas aos apóstolos foram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, e as outras que estavam com elas”.

Jo 20:18 – ”Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: “Eu vi o Senhor!” E contou o que ele lhe dissera”.


11. Os discípulos duvidam em primeira mão delas:
Mc 16:11 – ”Quando ouviram que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não creram”.

Lc 24:11 – ”Mas eles não acreditaram nas mulheres; as palavras delas lhes pareciam loucura”.


12. Pedro volta outra vez ao sepulcro.
Lc 24:12 – ”Pedro, todavia, levantou-se e correu ao sepulcro. Abaixando-se, viu as faixas de linho e mais nada; afastou-se, e voltou admirado com o que acontecera”.

Lc 24:24 – ”Alguns dos nossos companheiros foram ao sepulcro e encontraram tudo exatamente como as mulheres tinham dito, mas não o viram.”

Observem que alguns voltam ao sepulcro novamente depois que as mulheres haviam falado com os anjos:

Lc 24:22-23 – ”Algumas das mulheres entre nós nos deram um susto hoje. Foram de manhã bem cedo ao sepulcro e não acharam o corpo dele. Voltaram e nos contaram ter tido uma visão de anjos, que disseram que ele está vivo”.


13. Os discípulos encontram Jesus:
Mt 28:16-17 – ”Os onze discípulos foram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes indicara. Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram”.

Mc 16:14 – ”Mais tarde Jesus apareceu aos Onze enquanto eles comiam; censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não acreditaram nos que o tinham visto depois de ressurreto”.

Lc 24:36 – ”Enquanto falavam sobre isso, o próprio Jesus apresentou-se entre eles e lhes disse: “Paz seja com vocês!”

Jo 20:19-20 – Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por medo dos judeus, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “Paz seja com vocês!” Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se quando viram o Senhor”.


A força de um veredito:
Quando você une todas as narrativas dos Evangelhos, só então, você tem o veredito final do caso.

E baseando-me nos quatro relatos que chego a este veredito!

sábado, 13 de agosto de 2016

A Bíblia não foi escrita por homens?

É comum se usarem este argumento para desacreditar a Bíblia.

Como seria um livro escrito por Deus?

Bom, se a Bíblia fosse escrita literalmente pelo próprio Deus, como seria isso? E será que mesmo que existisse um livro escrito pelo dedo de Deus e uma tinta e papel divino, isto resultaria em alguma coisa de fato para com o comportamento da raça-humana? Os céticos dizem: Como posso acreditar num livro escrito por homens? E se fosse escrito por Deus faria alguma diferença? É comum você encontrar gente que acredita na Bíblia, em Deus, em Jesus Cristo, no inferno, no céu, na ressurreição, na volta de Jesus, e isto não resuta e nem produz nada de mudança no caráter delas.

O povo de Israel presenciou na sua história as maiores manifestações do poder de Deus em todo o relato Bíblico. E em que isto resultou? O povo se tornou mais crente devido a isto? O caráter deles foi transformado quando viram o mar-vermelho se abrir? A própria Bíblia diz o contrário. Uma viajem que deveria durar duas semanas durou 40 anos por causa da dureza de seus corações. Havia uma nuvem que lhes proporcionava sombra durante todo o dia. Uma labareda de fogo que os aquecia durante a noite. O maná descia do céu todas as manhãs. Codornizes em bandos lhes proporcionava toda a carne que precisavam. Viram um monte fumegar coma presença de Deus. Viram o chão se abri e engolir os mais rebeldes. Eles viram! O que mais fizeram na sua caminhada com Deus foi ver! E daí? De que isto adiantou? O fato de eu acreditar ou ver o sobrenatural, ou mesmo, ter um livro sobrenatural escrito pelo próprio Deus faria alguma diferença na vida dos céticos?

"A Bíblia não é o tipo de livro que um homem escreveria caso pudesse, nem que poderia escrever, caso quisesse" (Lewis S. Chafer)

A franqueza da Bíblia

O que eu acho mais tremendo neste Livro é o fato dele expor os pecados, falhas e erros de seus personagens. Não há nenhuma preocupação ética em esconder os erros e pecados de seus heróis. São homens que mentiram, mataram, adulteraram, etc. Vocês já leram os livros das outras religiões mostrando as falhas de caráter de seus gurus? Ela foi escrita por homens e não por "super-homens" e isto é o que a torna tão especial. Porque eu posso olhar para ela e ver nela que o Deus que ela revela é um Deus que me ama pelo que eu sou e não pelo que eu deveria ser. Se nela estivesse descrito apenas homens perfeitos eu seria um homem frustrado. Graças à Deus ela foi escrita por homens e não por anjos! Graças à Deus ela foi escrita por gente como eu e você!

terça-feira, 30 de junho de 2015

A Igreja Católica Manipulou os Livros do Canon?

Chamamos de Canon os livros que compõem o Antigo e o Novo Testamento.

Sempre se ouve da boca dos céticos, que a Igreja católica no IV século escolheu para compor a Bíblia apenas os livros que lhe interessava e ainda por cima de maneira maldosa. Como se ela estivesse ocultando verdades. Será?

Primeiro de tudo, se esta afirmação também inclui os livros do Antigo Testamento, ela é mentirosa. Pois o Antigo Testamento e todo o seu Canon já era evidenciado pelos escritos judaicos do primeiro século. Em todos eles, todos os livros que até hoje compõe o AT já faziam parte do Canon. Após a queda de Jerusalém em 70 A.D. o Concílio de Jâmnia apenas oficializou em definitivo o Canon do AT.

Isto deixa fora de questão a influência católica sobre o AT, uma vez que este concílio foi feito pelo Judaísmo liderado pelo Rabino Yohanan ben Zakkai antes do final do primeiro século.

E quanto ao Novo Testamento?
O maior testemunho contrário ao tema deste tópico é o de um homem chamado Irineu (180 A.D.).

Educado na Ásia Menor, aos pés de Policarpo, o discípulo de João, Irineu tornou-se bispo de Lion, na Gália, em 180 A.D.

Seus escritos confirmam o reconhecimento canônico dos quatro evangelhos, Atos, Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, 1 Pedro e 1 João e Apocalipse.

Em Contra Heresias, tratado escrito por Irineu, é evidente que até 180 A.D. a idéia de quatro evangelhos se tornara axiomática em toda a cristandade.

F.F.Bruce afirma que:
"quando finalmente um concílio da igreja - Sínodo de Hipona (393 A.D.) - elaborou uma lista dos vinte e sete livros do Novo Testamento, não conferiu-lhes qualquer autoridade que já não possuíssem, mas simplesmente registrou a canonicidade previamente estabelecida".

Desde então, católicos e protestantes possuem o mesmo Canon referente ao Novo Testamento.
Então, percebam que Irineu foi um século antes da era católica. E ele evidencia o testemunho de livros que, seguramente faziam parte da tradição da igreja primitiva. Esta considerava-os como inspirados por Deus e tendo a mesma autoridade do AT.

Mesmo que o Sínodo de Hipona tenha oficializado o Canon do NT dentro da era católica, ele apenas confirmou o que a tradição dos apóstolos e discípulos destes já faziam nos dois séculos anteriores de história da igreja.


Portanto, fazer afirmações de manipulações maldosas com relação ao Sínodo de Hipona é apenas especular algo que não tem testemunho histórico.