domingo, 29 de setembro de 2013

DEGRADAÇÃO DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA

Por Dr. Thomas G. Barnes

Há três campos de força importantes associados com o planeta terra, um campo gravitacional, um campo elétrico, e um campo magnético. O campo gravitacional nos atrai para a terra e nos impede de sair voando para o espaço devido à rotação da terra. O campo elétrico da terra é muito instável e produz tempestades elétricas de lugar em lugar e em momentos impossíveis de se prever.

O campo magnético da terra é devido a uma corrente elétrica enorme, bilhões de Ampères, circulando no núcleo da terra. Mas as complicações principais são o fato que há uma infinidade de fontes estranhas que produzem distorção no campo magnético. Como conseqüência, o campo magnético da terra é muito complexo. A instabilidade aparece às vezes como tremendas tempestades magnéticas e impede transmissões transoceânicas de rádio. Existem todo tipo de anomalias que resultam em distorção no campo magnético. Muitas variações no campo magnético são impossíveis de serem previstas no tempo e na sua localização.

Navegantes não dependem mais da bússola magnética como antigamente. Quando os navegantes usavam a bússola magnética eles tinham que atualizar os mapas magnéticos para prover correções de divergências grosseiras no campo magnético da terra de lugar para lugar sobre o globo terrestre. Isto lhes ajudava a corrigir as orientações para "falsas" direções indicadas pela bússola, mas os mapas não podem corrigir todas as distorções.

Apesar de toda a distorção do campo magnético, há métodos modernos de redução de dados ao tomar uma época de dados mundiais e "lavando" o "ruído" (distorção) obtendo assim o campo magnético básico. O campo básico é aquele campo produzido pela corrente que circula no núcleo da terra. Este campo básico é chamado de campo dipolo. É semelhante ao campo magnético de um único imã localizado perto do centro da terra e tendo um polo norte e outro polo sul, daí o nome de dipolo. Às vezes este é chamado de o campo magnético principal da terra. O campo magnético dipolo é o campo magnético de interesse neste artigo.

RÁPIDO DECAIMENTO DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA
É de conhecimento que o campo magnético da terra está se deteriorando mais rapidamente que qualquer outro fenômeno geofísico mundial. Uma reportagem técnica da ESSA dá os valores do momento do dipolo magnético da terra (o vetor que dá a força e direção do imã) desde o tempo em que Karl Gauss fez a primeira avaliação em 1835. As avaliações foram feitas a cada 10 ou 15 anos. Cada avaliação requereu leituras mundiais precisas durante um período (em torno de um ano cada) e uma redução matemática especial para "lavar" o "ruído". Estes dados fidedignos mostram claramente a decadência relativamente rápida. O relatório declarou que o campo magnético da terra, em projeção de linha reta, desapareceria no ano de 3991 DC. Mas uma decadência deste tipo é exponencial e neste caso tem uma meia-vida de 1400 anos.

Um relatório preliminar, relativamente recente, de um satélite da NASA, evidencia uma decadência rápida do campo magnético da terra. Nenhum cientista sério desmente o fato da diminuição rápida do campo magnético da terra, nem questiona que a corrente elétrica a ele associada, no núcleo da terra, está gastando energia. A taxa presente de perda é sete bilhões de quilowatts hora por ano. A terra está esgotando aquela energia original que teve em seu campo magnético original.

DEGRADAÇÃO PREVISÍVEL DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA
A fonte original do campo magnético da terra era a corrente elétrica original que circulava no núcleo da terra. Ninguém sabe sobre como aquela corrente elétrica começou mais do que se sabe por que a terra estava girando originalmente ao redor do seu eixo. Os dois não são relacionados entre si mas ambos são estados originais da terra.

A corrente elétrica e seu campo magnético associado têm se deteriorado desde a origem da terra. Alguém poderia perguntar por que a corrente elétrica não desapareceu mais rapidamente? A lei de indução de Faraday impediu o desaparecimento mais rápido. A medida que o campo magnético diminui ele induz uma corrente elétrica que se opõe à decadência e esta estende seu tempo de vida. O enorme balanço deste fenômeno responde por tal vida estendida. O raio do núcleo da terra é de 3.473 x 106 metros. A questão física total deste problema é formidável mas foi resolvido2-3. A solução prediz a decadência. A equação de meia-vida se escreve:

* Meia-vida = 2,88 x 10 -15 (Condutividade) (Raio 2) (onde a meia-vida está em anos, o raio em metros, e a condutividade está em mhos/metro).

O senhor Horace Lamb obteve esta equação em 1833. Como mencionado na seção anterior, pela análise estatística dos dados foi obtida uma meia-vida de 1400 anos. Lamb não teve um bom valor para a condutividade e por isto não foi capaz de fazer uma boa previsão, mas ele sabia que duraria apenas por alguns milhares de anos e que isto era uma explicação plausível para o campo eletromagnético da terra. Ainda é a única explicação teórica/matemática razoável. Esta agora pode ser usada para avaliar a condutividade elétrica do núcleo da terra, porque os dados mostram uma meia-vida de 1400 anos. O valor da condutividade elétrica do núcleo é, por esta equação, igual a 4.04 5 x 104 mhos/meter. Isto é um valor muito razoável para ferro fundido debaixo das temperaturas calculadas para o núcleo da terra. Este é o único bom meio de se fazer uma avaliação da condutividade do núcleo da terra.

Retrocedendo no tempo para muitos milhares de anos, esta equação fornece um valor insuportavelmente grande para o campo magnético e do calor eletricamente gerado, armazenado no núcleo da terra. (Veja Monografia Técnica do ICR: Origem e Destino do Campo Magnético da Terra.4) Nesta monografia foi mostrado um postulado razoável para se obter um limite superior de idade de 10,000 anos para a terra.

REFUTAÇÃO DA HIPÓTESE DA REVERSÃO
Para proteger a cronologia de longa idade, os evolucionistas mantém uma hipótese de reversão. É dito que o campo magnético tem permanecido a essencialmente o mesmo valor durante o tempo geológico, com exceção de intervalos, nos quais entrou por uma reversão, diminuindo para zero e se levantando novamente com a polaridade inversa. Supõe-se que a última reversão tenha acontecido uns 700.000 anos atrás.

A hipótese de reversão não tem nenhum apoio teórico válido. Isso é reconhecido em um recente artigo da Cientific American: "Ninguém desenvolveu uma explicação de por que as reversões de sinal acontecem. As reversões fortuitas aparentes do campo do dipolo da terra permaneceram inescrutináveis." (5)

Também não se dispõe de quaisquer dados seguros para apoiar a hipótese de reversão. Já foi feita referência ao grande número de perturbações magnéticas, "ruído" que dificulta avaliar o momento do dipolo magnético da terra sempre quando se usa medidas absolutas para toda a terra. No entanto, é absolutamente essencial que se avalie o momento magnético da terra se se pretende reivindicar conhecer o estado do imã da terra naquele momento.

A grande quantidade de dados sobre anomalias magnéticas é importante em exploração porque elas são evidências de não uniformidades onde se poderia esperar por encontrar minerais, etc. Mas elas são inúteis no que concerne a história do imã dipolo da terra.

Em referência para as reivindicações sobre os padrões de magnetização do fundo do mar que se relacionam a uma história do campo magnético da terra e vento continental, A.A. e Howard Meyerhoff dão uma refutação extensa e muito firmemente concluem: " As denominadas anomalias magnéticas não são o que se pretende que elas sejam - uma " gravação de fita" de eventos magnéticos durante a criação do chão do oceano novo entre continentes ". (6)

Um dos fatores que fazem a magnetização de pedra completamente independente como evidência para as alegadas reversões é o processo de auto-reversão que é conhecido existir em pedras, totalmente independente do campo magnético da terra. Richard Doell e Alan Cox atestam que: " A magnetização invertida de algumas pedras é agora conhecido ser devido a um mecanismo de auto-reversão. Além disso, foram propostos muitos mecanismos de auto-reversão teóricos. . . Porém, para definitivamente rejeitar a hipótese de reversão de campo é necessário mostrar que todas as pedras reversamente magnetizadas as são devido à auto-reversão. Esta seria uma tarefa muito difícil porque alguns dos mecanismos de auto-reversão são de difícil detecção e não são reproduzíveis em laboratório". (7) É interessante notar que estes autores tentam mudar o peso da prova para os oponentes da hipótese da reversão, mas fazendo assim eles destróem a confiabilidade dos mesmos dados dos quais eles dependem.

J.A. Jacobs afirma que: "Isto mostra que a gente deve ser cauteloso sobre interpretar todas as reversões como sendo devido a uma reversão de campo e o problema de decidir quais pedras indicam uma reversão do campo, pode em alguns casos ser extremamente difícil. Provar que uma amostra de pedra invertida foi magnetizada por uma reversão do campo da terra, implica em mostrar que não pode ter sido invertido por um processo físico-químico. Esta é então uma tarefa virtualmente impossível porque mudanças físicas podem ter ocorrido desde a magnetização inicial ou podem acontecer durante certos testes " de laboratório".

Um forte conflito de dados acontece quando uma comparação direta é feita entre
1) as avaliações em tempo real do campo dipolo magnético através de Gauss et al, e
2) deduções de avaliações do "campo" magnético seguindo suposições evolutivas sobre a magnetização em pedras e artefatos.

Durante os dois séculos passados o trabalho de Gauss et al mostrou uma degradação contínua do campo magnético da terra. Isso geralmente é aceito como fato, considerando-se que o método de pedra-artefato magnetizado não mostra qualquer traço desta tendência.

CONCLUSÃO
A única explicação matemática teórica válida e os únicos dados sustentáveis apoiam a conclusão de que o campo magnético da terra foi criado com uma quantia considerável de energia magnética original e tem se deteriorado continuamente desde então e que está indo em direção à sua extinção em mais alguns mil anos. Olhando para trás no tempo, há uma idade limite porque há um limite para a quantidade de energia magnética que a terra poderia ter tido originalmente. Postulados razoáveis sobre o campo magnético máximo da terra poderia ter o limite para sua idade para alguns mil anos.

A hipótese de reversão que foi proposta para estender o campo magnético por bilhões de anos não tem, nem uma base matemática teórica válida, nem apoio observacional. Os dados de paleo-magnetismo dos quais se depende para apoio não se correlacionam com o estado do campo magnético da terra, isto é, seu momento magnético.

REFERÊNCIAS
1. McDonald, K.L. and R.H. Gunst, Earth’s Magnetic Field 1835 to 1965, ESSA Tech. Rept. U.S. Dept. Com, 1967, pp 1 & 15.
2. Lamb, H., Phil. Trans., London V. 174, 1883, pp. 519-549.
3. Barnes T. G. Creation Research Society Quarterly. Vol 9(l) 1972, pp. 47-50.
4. Barnes T. G.., Origin and Destiny of the Earth’s Magnetic Field, ICR Tech. Mon. No. 4, 1973.
5. Carrigan C. R. and David Gubbins The source of the Earth’s Magnetic Field. Sci. Amer., feb. 1979 p 125
6. A. A. and Howard Meyerhoff, "The new Global Tectonics, Amer. Assoc. Petr. Geolo., Bul. V. 56 (2),1972 p. 337. Doell, Richard and Allrn Cox, Mining Geophysics, V. II, Soc. Expl. Geophysicist’s, 1967, p. 452.
8. Jacobs, J. A., The Earth’s Core and Geomagnetism, MacMillan, pp 105-106.

9. Burlatskaya, S. P. "Change in Geomagnetic lntencity in the Last 8500 Years," Inst. of Terrestrial Physics, USSR Acad. Sci., 1969, pag. 547.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Cientistas questionam teoria de Darwin sobre origem da vida

REBECCA MORELLE

da BBC Brasil

Cientistas disseram ter encontrado evidências que invalidam a teoria de que a vida teria começado "numa poça morna", como sugeriu o pai da teoria da evolução, Charles Darwin.

Testes realizados em poças vulcânicas, por uma equipe da Universidade da Califórnia, sugeriram que estas não davam condições para permitir o surgimento de formas de vida.

Essa descoberta será apresentada e discutida hoje em uma conferência de dois dias sobre a origem da vida na Terra, na Royal Society, em Londres, a academia de ciências do Reino Unido. 

"Já faz 140 anos desde que Darwin sugeriu que a vida pode ter começado em uma 'poça morna'. Estamos testanto a idéia dele, em pequenas poças em regiões vulcânicas em Kamchatka, na Rússia, e Mount Lassen, na Califórnia", afirmou o chefe da equipe da Universidade da Califórnia, o professor de Química David Deamer. 

"Os resultados são surpreendentes e, de certa forma, frustrantes. Parece que as águas ácidas quentes da lama não fornecem as condições adequadas para que componentes químicos se transformem em 'organismos pioneiros'", disse ele.

Deamer afirmou que aminoácidos e DNA, dois componentes básicos na formação da vida, e fosfato, outro ingrediente essencial, se prendem à superfície de partículas do barro nas poças vulcânicas.

"Isso é significativo porque havia a pressuposição de que barro promove interessantes reações químicas ligadas à origem da vida", explicou ele. "Entretanto, nos nossos experimentos, os componentes orgânicos ficaram tão grudados às partículas de barro que não poderiam fazer parte de qualquer reação química."

Outras teorias

Apesar dos avanços da ciência, a explicação para o surgimento da vida ainda não foi encontrada. A conferência em Londres, que vai reunir mais de 200 cientistas internacionais, também vai discutir outras teorias, como a possibilidade de a vida ter sido trazida do espaço.

"Acredita-se que a vida tenha surgido numa sopa rica em componentes carbônicos, mas de onde vieram essas moléculas?", questionou Max Bernstein, do Instituto Seti, nos Estados Unidos.

Ele acredita que a resposta possa estar na poeira interestelar, e vai falar sobre a possibilidade de um cometa ou asteróide ter trazido à Terra os ingredientes necessários para o surgimento de vida. Os cientistas também vão discutir se pode haver vida em outros planetas.

A professora Monica Grady, da Open University do Reino Unido vai explorar a possibilidade de vida ter existido em Marte. Ela vai examinar a hipótese de uma biosfera ter existido no planeta, com base em pesquisas feitas da química de carbonos de Marte.

O professor Ian Smith, da Universidade de Cambridge, organizador da conferência, disse : "Tentar entender como a vida emergiu na Terra em algum ponto desde sua formação é um problema científico fascinante e um passo essencial para prever a presença de vida em outros pontos do universo".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u50900.shtml

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O PROBLEMA DA FUGA DO HÉLIO

Larry Vardyman, Ph.D.

A explicação padronizada evolucionista-uniformitariana da origem da atmosfera da terra é a soltura de gases de combinações voláteis da terra sólida,¹ e a sua modificação através da fuga de gases e processos biológicos.2 Supostamente, esses processos ocorreram num período de 4,5 bilhões de anos. Muitos problemas, contudo, surgem quando tentamos reconciliar a composição e os processos, na atmosfera de hoje, com os princípios básicos desse modelo. Por exemplo, a composição de nenhuma atmosfera planetária, no sistema solar, combina com o pressuposto material primordial, que supostamente teria formado a original nebulosa, mesmo depois que complexos roteiros de aquecimento, recombinações, soltura de gases e fuga são considerados. A controvérsia continua quanto à atmosfera original da terra, se era redutora ou oxidante. Não sabemos com certeza como o dióxido de carbono mantém o seu equilíbrio ou por que o dióxido de carbono mantém o seu equilíbrio ou por que ele aumentou nos últimos anos, nem está claro por que o metano é tão abundante na terra.

Um dos problemas mais intrigantes do modelo evolucionista tem sido a tentativa de explicar por que não existe maior quantidade de hélio na atmosfera de hoje, se a terra já existe há 4,5 bilhões de anos. Este artigo vai explorar esse problema e sugerir uma alternativa para o modelo evolucionista.

Fontes de Hélio
A atmosfera da terra é predominantemente de nitrogênio (78%) e oxigênio (21%). Também contém muitos outros constituintes menos importantes. O quadro no 1 apresenta alguns deles segundo Walker.3

O modelo evolucionista-uniformítariano da origem da atmosfera presume que não houve gases primordiais, mas que eles todos foram soltos pela terra sólida. Uma das fontes do hélio na atmosfera de hoje são, segundo geralmente se aceita, os processos em andamento na crosta terrestre. A decomposição radioativa do urânio e do tório, na crosta terrestre, produz 4He, um dos isótopos do hélio, que se filtra para a superfície e subseqüentemente se mistura à atmosfera. O fluxo do hélio, através desse processo, é calculado em cerca de 2x106 átomos/cm2-seg3. Essa é uma média calculada porque a composição exata da crosta e do envoltório da terra não é conhecida e, portanto, a média exata da decomposição do urânio e do tório também é desconhecida. As estimativas são baseadas em médias medidas e calculadas do fluxo do calor e réplicas composicionais da terra. O fluxo do calor da terra pressupõe-se causado por um calor inicial da formação da terra e a decomposição radioativa do urânio, do tório e do potássio.

A quantidade de argônio na atmosfera, pressupõe-se totalmente retida na atmosfera depois da decomposição radioativa do potássio, e permite fazer estimativas máximas do fluxo do hélio. Infelizmente a pressuposição da idade avançada da terra está abaixo das estimativas do fluxo de calor e do acúmulo de argônio na atmosfera também. Essa pressuposição afeta igualmente o cálculo do acúmulo de hélio. Medidas diretas de hélio, atualmente feitas, podem ajudar a melhorar essas estimativas.

Há duas fontes possíveis de outro isótopo de hélio, 3He, na atmosfera. Ele é produzido por colisões dos neutrons dos raios cósmicos com chumbo, que leva à formação de trítio, que então se decompõe em 3He. O trítio e o 3He também são injetados diretamente na atmosfera pelo vento solar. A concentração atualmente observada de 3He poderia ter sido fortemente afetada se a terra fosse rodeada por um teto de vapor de água até cerca de 4.000 anos atrás, conforme foi sugerido por Vardiman4 e outros.

A concentração de 3He seria muito maior se um teto de vapor existisse, resultando em uma alta concentração residual nos dias de hoje.

A abundância de neônio na atmosfera ajuda a estabelecer um limite mais alto para os gases que podem ter sido incorporados pelo sol. O neônio, como o argônio, é demasiadamente compacto para ter escapado da atmosfera da terra. Comparando o neônio com o fluxo do 3He do sol, calcula-se que cerca de 10 3He átomos/cm2 .seg. são injetados na atmosfera.3

Usando esses fluxos calculados de hélio, a atual abundância do 4He acumular-se-ia em 1,8 milhões de anos. Apenas 370 mil anos seriam necessários para suprir a atmosfera com o seu atual conteúdo de 3He. Mesmo no caso de 4He, ainda seria 3.000 vezes pouco demais. O hélio deve estar escapando da atmosfera, de alguma forma, para que o modelo evolucionista seja real. Caso contrário, haveria uma quantidade muito maior de hélio atualmente.

Fuga Térmica do Hélio
O processo principal que foi considerado para explicar a excessiva perda de hélio pelos teóricos da idade avançada da terra, é a fuga térmica. Esse é o processo pelo qual pequenas moléculas de gás ou átomos podem fugir da atração gravitacional de um planeta se ultrapassarem à velocidade de fuga. A teoria para a fuga térmica foi desenvolvida pela primeira vez por Jeans5. Uma quantidade significativa de esforços foram empregados na aplicação dessa teoria da fuga do hélio terrestre nos 25 anos passados (veja MacDonald3 e Walker2).

A velocidade média da fuga térmica de 4He foi calculada ser em cerca de 6x104 átomos/cm2 .seg.

A atual abundância de 4He na atmosfera ainda se acumularia em cerca de dois milhões de anos. A razão da fuga térmica de 3He foi calculada ser em cerca de 4 átomos/cm2.seg., também muito menos do que o seu influxo calculado.

A velocidade da fuga do hélio, descobriu-se, ser dependente da velocidade de perda na região de elevada pressão atmosférica e não em sua difusão ascendente. A principal variação que afeta a perda de hélio é a temperatura na base da exosfera, a região da atmosfera na qual as colisões entre as moléculas ou átomos de gás são insignificantes. Se a temperatura fosse cerca de 2.000 K ou mais, a velocidade da fuga poderia possivelmente explicar a perda de 4He. Contudo, a temperatura é normalmente menor que 1.500 K, o que provoca uma velocidade de perda muito menor. Se a temperatura na base da exosfera fosse suficientemente elevada para explicar a perda de 4He, a perda de 3He ainda assim não combinaria com o seu influxo. Na verdade tem-se demonstrado que nenhuma temperatura pode ser mantida para que ambos os fluxos, 3He e 4He, permaneçam em equilíbrio. Depois de muitos anos de pesquisas sobre o assunto, chegou-se, agora, à conclusão de que só a fuga térmica não pode explicar a perda de hélio na atmosfera da terra.2,3,6,7

Fuga Não-Térmica de Hélio
Se uma pessoa está convencida de que a idade da terra é de cerca de 4,5 bilhões de anos e a atual quantidade de hélio na atmosfera levaria cerca de 2 milhões de anos para acumular-se, então deve haver algum outro processo de perda adicional à fuga térmica. Algumas sugestões foram feitas. Três das sugestões mais populares são as seguintes: 1) o vento polar; 2) o vento solar;

3) permuta de íons aquecidos.
O vento polar é uma expansão magnetohidrodinâmica no espaço do plasma ionosférico em elevadas altitudes perto dos pólos, onde o campo geomagnético é forçado "correnteza abaixo" pelo vento solar. Os íons são puxados através de linhas abertas do campo magnético pelo campo elétrico de separação de cargas. A elevadas altitudes, os íons positivos são suficientemente acelerados pelo campo elétrico para escapar e não se estabelecer o equilíbrio difusivo. O processo parece ser relativamente eficiente para a remoção do hidrogênio de um planeta, mas ainda não se demonstrou de maneira adequada que faz o mesmo com o hélio. A ação do vento solar é um processo em que o plasma do vento solar varre íons quando sopra através de um planteta não-magnetizado. Isso parece ser importante em Vênus e Marte, que têm campos magnéticos fracos, mas não na Terra. A permuta de íons aquecidos é um processso, através do qual, um íon energético, transfere sua energia cinética para um íon neutro de hélio, que então escapa. A permuta de íons aquecidos é considerada como o melhor candidato para explicar a fuga do hélio terrestre, embora a razão da transferência pareça baixa demais. Nenhuma das médias desses processos propostos foi exatamente quantificada houve até mesmo o início de observações adequadas para se confirmá-las ou negá-las. Chamberlain declara que o problema da fuga do hélio "não vai desaparecer e não está resolvido7."

Um Modelo de Terra Jovem
Uma alternativa óbvia ao modelo evolucionista, mas que se opõe à pressuposição básica do modelo evolucionista-uniformitariano, é que a atmosfera da terra é relativamente jovem (menos de 10.000 anos). O hélio que observamos na atmosfera é primordial, com aumentos, possivelmente menores, devido à decomposição recente de urânio e tório radioativos na crosta terrestre e algumas conseqüências desconhecidas do colapso de um teto de vapor durante o dilúvio.4

Se a razão do afluxo e defluxo do hélio na atmosfera terrestre não está em equilíbrio, então poderíamos calcular o tempo, quando acontecimentos como o dilúvio de Noé entraram em choque com a concentração do hélio. Os cálculos rudimentares deste artigo já demonstraram períodos relativamente curtos para a acumulação de hélio. Tais estudos já foram feitos para o carbono radioativo por Lingenfelter8, Cook9 e Whitelaw10.

Conclusão
O estudo dos processos de afluxo e defluxo de gases como o hidrogênio, hélio, argônio, neônio e criptônio pode levar a melhores estimativas da idade da atmosfera da terra.

Os modelos evolucionistas-uniformitarianos da atmosfera da terra encontram obstáculos formidáveis para explicar esses processos. Nós cremos que a fonte desses problemas é a pressuposição de que a atmosfera da terra tem bilhões de anos de idade.

A pesquisa à luz dos processos em uma atmosfera jovem, processos esses que podem ter sido significativamente modificados por um dilúvio recente de extensão mundial, levaria à solução do problema do hélio.

Referências
1. Rubey, W.W., "Geologic history of sea water," Bull. Geol. Soc. Am., 62, 1951, pp. 1111-1147.
2. Walker, J.C.G., Evolution of the Atmosphere, Macmillan, 1977, 318 pp.
3. MacDonald, G.J.F., "The escape of helium from the earth's atmosphere," The Origin and Evolution of Atmospheres and Oceans Ed. by P.J. Brancazio and A.G.W. Cameron, 1964, pp.127-182.
4. Vardiman, L., "The sky has fallen," ICR Impact no 128, 1983.
5. Jeans, J. H., The Dynamical Theory of Gases, Cambridge U. Press, 1916, (4th Ed, 1925).
6. Cook, M.A., "Where is the earth's helium?," Nature, 179:213 (1957).
7. Chaberlain, LW., Theory of Planetary Atmospheres, Academic Press, 1978, 330pp. S. Lingenfelter, R.E., "Production of C-14 by Cosmic Ray Neutrons,'' Rev. of Geophys., 1, 1963, p. 51.
8. Lingenfelter, R.E., "Production of C-14 by Cosmic Ray Neutrons", Rev. of Geophys., 1, 1963, p.51.
9. Cook, M.E., "Do Radological Clocks Need Repair?," Creation Research Soc. Quart., Vol. 5, 1968, p. 70.

10. Whitelaw, R.L., "Radiocarbon Confirms Biblical Creation," Creation Research Soc. Quart., Vol. 5, 1968, p. 80.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pascal + ciência afirmam: Não só Fé, mas inteligência


Contribuição de Martin:

Aqui vou construir um pequeno tópico sobre algo que, pelas buscas no fórum, não foi ainda relatado: um pensamento FILOSÓFICO sobre o quanto é meramente INTELIGENTE acreditar [e seguir] Deus+Jesus, sem embasamento de crenças nem evidências arqueológicas nenhuma, puramente a lógica filosófica/matemática, e uma nova notícia, esta não sobre crer, mas sim sobre a Fé em si, que saiu recentemente na revista Saúde!

A notícia da revista Saúde! vai ter que esperar, uma vez que eu não estou com ela. Eis a filosofia de Pascal, adaptada por mim:

Frase-início: Acreditar em Deus e segui-Lo não é meramente uma questão de Fé ou escolha de crença entre crenças quaisquer; é uma questão de razão lógica onde os resultados, independentes do contexto ser verdadeiro ou falso, apontam sempre para o bem do que crê em sua totalidade esplêndida ou, no mínimo, mais do que satisfatória.

Prova-se:
-->Com relação à existência de Deus+Jesus, temos apenas duas faces para o problema, ambas, matematicamente falando, de 50%: ou Deus EXISTE, ou Deus NÃO EXISTE.
-->Com relação à tomar uma decisão frente a Deus, independente de termos provas ou não de qual das duas afirmações anteriores é verdadeira, temos que: ou SEGUIMOS a Deus e o servimos (Fé em Cristo/Cristianismo), ou NÃO SEGUIMOS a Deus e o ignoramos (ateísmo).

Tendo-se em vista este contexto como verdadeiro, temos então, por probabilidade matemática, 4 situações possíveis para a vida de cada indivíduo frente à realidade do ambiente, isto é, do Universo:

1º: Deus existe + o indivíduo segue-O
2º: Deus existe + o indivíduo NÃO o segue
3º: Deus não existe + o indivíduo segue-O
4º: Deus não existe + o indivíduo NÃO o segue

Tomemos então, por questões de análise de resultados, que:
-->Se a pessoa está certa com relação à sua vida no MUNDO, 100% de aproveitamento "mundano".
-->Se a pessoa está certa com relação à sua vida ETERNA, pós-morte, 100% de aproveitamento "espiritual".
-->Para ocasião de INCERTEZAS, isto é, se existe tanto chances de aproveitamento total quanto para nenhum, em qualquer um dos casos, 50% de aproveitamento.

Utilizando-se esta pontuação, temos que o aproveitamento máximo consiste de 200% (100% no mundo + 100% na vida pós-morte), enquanto que o aproveitamento mínimo seria de 0%. Começamos, então, analisando cada possibilidade:

1º: Deus existe + o indivíduo segue-O
Se a pessoa segue a Deus, então vive segundo os mandamentos de Deus, isto é (exemplos):
"amem-se uns aos outros como a si mesmo", "Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;", "Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros", "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente (...)", "Acima de tudo isto, porém, esteja o amor (...)" "Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração (...)", "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração." (Colossenses 3)

Além de uma pessoa que segue a Deus almejar caminhar em perfeita santidade de atos, tais como os poucos descritos acima, ainda recebe, pela Palavra de Deus, consolo para problemas, soluções para problemas difíceis, regozijo para dias de felicidade, dicas para se viver melhor em sociedade, e todas as demais coisas que só a Palavra oferece (porque há ainda mais).

Alguém que serve a Deus estará sempre feliz consigo própria, pois terá consciência de que faz o Bem para todos. Mesmo quando for perseguido, sua Fé em Deus o sustentará e o fará feliz, estando ele sob pena de morte ou não. Tendo-se em vista que, segundo os que servem a Deus, é sabido que vale sofrer por Cristo, até o sofrimento por seguir a Deus torna-se algo bom para os que assim são.

Enfim, ainda pode-se pegar exemplos vivos, quem desejar, mas a suma é óbvia e todos os que estão sob o título de Filhos de Deus, que testemunhem: viver com Jesus é ter um aproveitamento 100% em sua vida. Não há do que se entristecer; sabe-se que a vida com Jesus é a melhor, e assim aproveita-se, em verdade e longe das falsidades temporárias do mundo, toda a vida. Seguir a Deus é 100% de aproveitamento.

E se Deus realmente existe? Então, aí sim que fica melhor, porque, uma vez que Deus existe, então a Fé deixa de ser uma Fé em algo inexistente, mas em algo consistente: Deus. Uma vez Deus existindo, orações são atendidas, promessas são dadas e cumpridas, e entre tantas mais coisas, o melhor, a coisa que somente Deus pode conceder: a vida eterna. Se Deus existe, então a vida após a morte, uma vez servindo-o, é simplesmente 100% de aproveitamento.

Conclusão: se alguém serve a Deus (100%) e ainda Deus existe, garantindo-o a vida eterna (100%), então o resultado final é de 200% de aproveitamento. Viver com Deus, este existindo, é simplesmente a melhor coisa possível.

3º: Deus não existe + o indivíduo segue-O
[modifiquei a ordem para que a conclusão fique melhor. Peço desculpas]

Se o indivíduo segue a Deus, então, como já foi demonstrado, sua vida é 100% de aproveitamento.

Mas e se Deus não existe? Bom, então ocorre alguns problemas. Em primeira questão, temos que a vida do servo de Deus é meramente embasada numa mentira. Isso diminui a classificação, mas será que o simples evento de servir a Deus é servir uma mentira tira todo o crédito de servi-Lo? NÃO! Porque, mesmo que suas orações venham a não ser atendidas porque não há ninguém para atendê-las, mesmo que não haja nenhum Deus para fazer as promessas e cumpri-las, mesmo que 50% de toda a Bíblia passe a ser falsa, ainda assim muita coisa subsiste. Acreditando em Deus e servindo-o, a pessoa não irá ser uma pessoa falsa, pois não irá mentir. Não haverá nenhum Deus para recompensá-la depois, mas na própria vida haverá mais paz e felicidade pela ação desta pessoa. Mesmo que Deus não exista, o ato de amar a todos e desejar o bem de todos, segundo a simples regra do "quem planta, colhe", terá sempre bons resultados.

Uma pessoa que vive segundo Deus e este não existe, mesmo sendo assim, terá uma vida feliz. Poderá acabar morrendo por causa dessa mentira, mas, em sua consciência, morrerá feliz, pois acreditará que está fazendo o melhor, o correto. Pelo embasamento em falsidade, não pode-se dizer que a vida de alguém que serve a Deus, este não existindo, não podemos dizer que a vida dele terá 100% de aproveitamento, mas que 90% permanecerá, isso sim, pois os fundamentos humanos para uma vida feliz permanecerão. Até saúde é creditado à Fé! [reportagem da revista que apresentarei depois]

Se Deus não existe, então não há nada depois da morte. O aproveitamento espiritual é de 0%, mas o final ainda é muito satisfatório e positivo: 90%. Uma pessoa que segue a Deus, mesmo este não existindo, será uma pessoa que viverá feliz. Os que vivem segundo Cristo que o digam.

4º: Deus não existe + o indivíduo NÃO o segue
Se a pessoa não segue a Deus, então não há o peso de mandamentos sobre sua consciência, sobre seus atos. Ele tem toda a liberdade para mentir ou não, para matar ou não, para estuprar, para roubar, para cometer demais males à sociedade. Pode também fumar, usar drogas, embebedar-se, e também de outras formas vir a contrair mal para si mesmo. Não tendo a Bíblia como refúgio e fortaleza, não seria de se surpreender caso, em momentos difíceis, não conseguisse suportar os problemas do mundo e viesse a cometer suicídio, deixando tristes os parentes, trazendo apenas o mal. Uma pessoa que não tem o compromisso de seguir a Deus está por conta própria, segundo aquilo que o mundo entregar para ele, segundo aquilo que seus pais ensinarem a ele, segundo aquilo que aparentar ser o melhor a ser feito. No final, sempre haverá a decisão do indivíduo para fazer ou não o bem, mas, não acreditando em Deus e na sua Palavra, como ele mesmo poderá ter certeza do que é reto e do que não é? Do que é correto e do que não é? Do que é justo, do que é bom sempre, do que não é enganoso? Como poderá ter discernimento para trazer o bem para si próprio com 100% de chances de acerto?

Uma pessoa que não segue a Deus está jogada às próprias custas. Aqueles que tiverem melhor educação e mais dinheiro, bem como melhores amigos e um melhor companheiro, possivelmente até poderão ter uma vida satisfatoriamente boa, mas não plena. Aquele que não tiver uma boa educação, nem tampouco dinheiro, e nem também bons amigos e um bom companheiro para sua vida, terá alguma VIDA? Aproveitará o que a existência tem a oferecer? Dificilmente. Aquele que não tem Deus, embaseia-se nas coisas do mundo para sobreviver. Se destas ele não dispõe, sequer razão para existir ele conseguirá encontrar [com raras exceções]. Uma vida sem seguir a Deus é uma vida incerta. 50% de aproveitamento.

Deus não existe? OK, ele não foi enganado por toda a sua vida. E também não receberá a Vida Eterna.

Resultado: 50% de aproveitamento.

2º: Deus existe + o indivíduo NÃO o segue
Se o indivíduo não segue Deus, já sabemos o que pode acontecer. Uma vida sem Deus é uma vida duvidosa, com chances de se aproveitá-la até que bem, mas também com grandes chances de até cometer suicídio de tão ruim que ela possa vir a ficar. 50% de aproveitamento é o que se coloca.

Agora, e se Deus EXISTE? Bom, é aí que o loco dança. Porque ele não acreditou [e tampouco serviu] a Deus durante toda a sua vida, enquanto Deus era a pura verdade! Não acreditar em Deus é a mesma coisa que acreditar que Deus não existe. Logo, ele acreditou, durante toda a sua vida, numa horrível mentira! Pois, Deus existindo, Este poderia ter dado toda a máxima felicidade possível para ele, e não deu, tudo porque o indivíduo não acredito e não serviu a Deus. Se Ele tinha promessas ótimas para a vida do sujeito, não se concretizaram. Se Ele tinha um desejo, um plano de vida para a pessoa, foi para o lixo. Se o cara estava com problemas, Deus poderia tê-lo ajudado e não o fez porque não podia, uma vez que o sujeito não queria ser ajudado. Se o sujeito teve uma vida humanamente boa, tudo bem, ele chegou a aproveitar, mas teria sido muito melhor se ele tivesse seguido a Deus! Não seria 70%, 80% de aproveitamento, seria 100% garantido! E, se a sua vida estava humanamente ruim, então a coisa ficou ainda pior, porque sequer ele estava aproveitando um pouco da vida, e poderia ter aproveitado tudo se tivesse servido ao Senhor. 30%, 20%, 10% foi a sua vida, e se ele tivesse alcançado a verdade, teria pulado para os 100%.

Pior do que poder ter vivido em plenitude e não tê-lo feito é o que vem por consequência: se ele tivesse seguido a Deus, após a sua morte a vida eterna estaria preparada para ele. Mas, uma vez que ele não o serviu, é o lago que arde com fogo e enxofre que o espera. Ora, "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?", ou seja, "do que adianta aproveitar a sua curta vida na terra e passar todas as eternidades no inferno?"

Não adianta para nada ou, para os que quiserem salvar um pouco, quase nada. Se 50% era o que foi creditado à sua vida por não seguir a Deus, por mais que este, por sorte tenha chegado a uns 90% de aproveitamento, ainda assim perde tudo porque sua alma e seu espirito vai para o inferno, e de eternidades a eternidades passará no lugar onde há choro e ranger de dentes. 1% é o máximo que sobra para este sujeito.

PERGUNTA para os ateus, céticos e cia.: Racionalmente, independente de Deus existir ou não: vale a pena NÃO seguir a Deus? Vale a pena correr o risco de perder tudo? Mesmo com todas as provas da existência de Deus e da veracidade da Bíblia que aqui não foram consideradas e que qualquer pessoa, tendo disposição e meios [quem está lendo isto aqui, no Orkut, tem meios] para conseguir, pode ter, ainda assim não vale à pena sequer arriscar descobrir o VERDADEIRO Deus, não o das expressões idiomáticas, não os das falácias do povo, não aquele pregado por hipócritas/falsos religiosos, não aquele resumido a uma mera crença/crendice, mas o Deus Vivo e Verdadeiro, aquele cujo grande amor se manifesta no desejo que Ele tem por ti para te salvar assim como já fez a mim e a milhões nesta Terra? Vale a pena colocar tudo a prova, apostar na decisão filosófica e matematicamente pior, sabendo-se que não haverá segunda chance?

Reflita um pouco. Use toda a sua capacidade. Reconsidere um novo começo, verdadeiro, livre de mentiras e impregnações que falsamente são tidas como cristãs. Pense.

Para refletir, um velho ditado popular: "Melhor é pervenir do que remediar".


A paz, a graça e a comunhão do Senhor Jesus Cristo seja com todos, amém.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O Crânio 1470 de Richard Leakey



Duane T. Gish, Ph.D.

É cedo demais para avaliar acertadamente o verdadeiro significado da descoberta feita por Richard Leakey perto da praia leste do lago Rodolfo, no Quênia. Não obstante, o impacto sobre as teorias evolucionistas relacionadas com a origem do homem é potencialmente tão explosivo que essa notícia merece, uma tentativa de avaliação. Um jornal disse: "Por causa dele (o crânio 1470 de Leakey), todos os livros sobre antropologia, todos os artigos sobre evolução e os desenhos da árvore genealógica do homem terão de ser jogados no lixo. Estão aparentemente errados".

O artigo publicado em Science News¹ tinha o seguinte título: "O novo crânio de Leakey muda o nosso pedigree..."

Richard Leakey é filho do Dr. Louis Leakey. O Dr. Leakey adquiriu fama mundial através de uma série de descobertas supostamente sensacionais em Olduvai George, na Tanzânia, cerca de 800km ao sul do lago Rodolfo. A descoberta principal do Dr. Leakey foi um crânio de um pretenso "homem-macaco", que se chamou de Zinjanthropus, ou "Homem do Leste da África". Através de uma combinação de julgamentos apressados, reivindicações exageradas e grande publicidade feita pelo National Geographic, outros jornais e outros meios de comunicação, muitas pessoas, e quase todos os evolucionistas, ficaram convencidos de que o Dr. Leakey tinha realmente encontrado os restos mortais de uma criatura muito especial, uma criatura da qual o homem teria descendido diretamente e que viveu cerca de dois milhões de anos atrás.

Uma avaliação mais completa e cuidadosa de achado do Dr. Leakey feitos por técnicos da matéria revelou finalmente que o "Zinjanthropus" do Dr. Leakey não passava de uma variedade de Australophithecos (como o próprio Dr. Leakey finalmente admitiu), uma criatura parecida com um macaco, cujos restos foram descobertos 35 anos antes por R. A. Dart na África do Sul. O Dr. Leakey ficou, portanto, por ter "descoberto" uma coisa que já tinha sido descoberta muitos anos antes! Embora algumas autoridades, como Montagu ² e von Koenigswald,³ há muito tinham afirmado que o australopithecus estão fora da linhagem dos ancestrais do homem, a opinião geral dos evolucionistas era que os australopithecus foram macacos bípedes parecidos com o homem em linha direta na árvore genealógica do homem.

Richard Leakey não tem doutorado em antropologia. Na verdade, ele não é formado em nada. Ele nem mesmo freqüentou uma faculdade. Não obstante, passou muitos anos trabalhando e estudando com o seu pai, e reuniu uma equipe que inclui cientistas formados. Durante os anos passados, sua pesquisa deu forte apoio àqueles que defendiam que os australopithecus não tinham nada a ver com a origem do homem. Nós já fizemos a nossa avaliação das evidências relacionadas com essas criaturas, evidências que nós cremos que provam conclusivamente que eles foram macacos. Ponto final.4 Se a avaliação de Richard Leakey de sua descoberta, o Crânio de 1470, for aceita, terá não apenas acabado completamente com as teorias de seu pai sobre a origem do homem, nas quais o australopithecus recebeu um papel principal, mas também terá acabado com as teorias de todos os outros também.

Com base em evidências extremamente fragmentárias ( e com fortes idéias preconcebidas ), a opinião geral dos evolucionistas tem sido que os australopithecus andavam abitualmente sobre duas pernas, uma das características para a forma transicional entre o suposto ancestral do homem parecido com um macaco e o próprio homem. Evidências apresentadas por Richard Leakey nos dois ou três anos passados deram forte apoio ao fato de que os australopithecus não andavam sobre duas pernas, mas tinham longos braços, pernas curtas e andavam com o auxilio das mãos, como os demais macacos africanos ainda existentes.5,7

A última descoberta de Leakey talvez tenha agora dado o último golpe para derrubar o australopithecus como candidato a antepassado do homem; na verdade, se aceita, vai destruir todas as teorias atualmente defendidas pelos evolucionistas sobre os antepassados do homem. Em sua conferência no ano passado em San Diego (que o autor assistiu), Leakey disse que o que ele encontrou destrói tudo o que aprendemos até agora acerca da evolução do homem, e, ele disse, "Eu não tenho nada para oferecer em seu lugar!"

As idéias geralmente aceitas até agora sobre a evolução do homem incluíam um antepassado hipotético comum para homens e macacos, que deveria ter existido cerca de 30 milhões de anos atrás mais ou menos, talvez um pouco mais (no que se refere aos verdadeiros fósseis) até que se chegou ao estágio do australopithecus, cerca de dois milhões de anos atrás segundo se supõe. Mais tarde, cria-se, esses antepassados do homem parecidos com macacos foram seguidos por uma criatura mais parecida com o homem (ou menos parecida com o macaco!), representada em Java pelo Pithecanthropus Erectus (o Homem de Java), e na China pelo Sinanthropus Pekinensis (o Homem de Pequim). Eles foram datados pelos evolucionistas (através de simples conjecturas) em cerca de 500.000 anos, e atualmente a maioria dos evolucionistas os coloca em uma só espécie intitulada Homo Erectus. Já discutimos em alguns detalhes por que cremos que a única evolução que ocorreu nessas criaturas foi a evolução dos modelos e descrições feitas pelos evolucionistas desde que foram descritos pela primeira vez! 4 As primeiras descrições dessas criaturas eram muito parecidas com os macacos, mas elas foram se tornando cada vez mais parecidas com o homem nos relatórios subseqüentes, culminando nos modelos de Franz Weidenreich, que eram quase humanos. Infelizmente, todos os ossos desapareceram durante a Segunda Guerra Mundial, portanto não há meios agora de confirmar se essa criatura era um homem ou um macaco. Estamos convencidos de que, tal como os australopithecus, eram simplesmente macacos.

Assim, temos o quadro:
* antepassado comum do homem e do macaco (30 m.a.)
* australopithecus (homem parecido com macaco, 2 m.a.)
* o Homem de Java, o Homem de Pequim (quase homem, 0,5 m.a.)
* o homem atual (foi reconhecido que o homem de Neandertal era totalmente homem, o Homo Sapiens ).

Isso é muito pouco, considerando um suposto período evolucionário de 30 milhões de anos e a fértil imaginação dos evolucionistas!

Richard Leakey reivindica agora que a sua equipe descobriu um crânio (chamado de KNMR 1470) muito mais recente ainda do que o "Homem de Pequim", essencialmente o mesmo, de fato, do homem moderno (exceto no tamanho), e ainda assim foi datado em cerca de três milhões de anos!8,9 Se a avaliação de Leakey tiver apoio, e, se as datas atribuídas aos australopithecus (2 milhões de anos), o "Homem de Pequim" (112 milhão de anos), e o KNMR 1470 (3 milhões de anos) forem aceitas, é óbvio que nem os australopithecus nem o "Homem de Pequim" estão na árvore genealógica do homem, pois corno poderia o homem moderno, ou essencialmente o homem moderno, ser mais velho que seus antepassados? Quem já ouviu falar de pais que são mais jovens que seus filhos?

Conforme foi reconstituído pela Sra. Richard Leakey, o Dr. Bernard Wood, um anatomista londrino, e outros, o crânio é notavelmente semelhante ao do homem moderno? A parede do crânio é fina, sua conformação geral é humana, e não possui as pesadas saliências dos supercílios, as cristas supramastóides e outros aspectos simiescos encontrados variadamente nos australopithecus e no "Homem de Pequim". Além disso, a algumas milhas de distância, mas na mesma camada, o Dr. John Harris, um paleontólogo ligado aos Museus Nacionais do Quênia, descobriu ossos de membros que, segundo consta, não diferem em nada dos ossos do homem moderno. São presumivelmente ossos de membros de criaturas idênticas ao 1470.

A capacidade craniana do 1470 foi calculada por Leakey em apenas 800 cc. Embora isso seja muito mais que o atribuído aos australopithecus (450 a 500 cc), e, considerando sua alegada antigüidade, ele é chamado de "cérebro grande", embora esteja abaixo da média do homem moderno (cerca de 1.000 a 2.000 cc, com uma média de 1.450 cc). A idade e o sexo do 1 1470 não pôde ser determinado com certeza (primeiro pensou-se que fosse macho; agora crê-se que seja fêmea).

A pequena capacidade craniana desse crânio é difícil de reconciliar com o fato de que tudo mais nele seja, segundo consta, essencialmente parecido com o homem moderno. (0 Dr. Alec Cave, um anatomista inglês, descreveu o crânio como "tipicamente humano"10 ). Até mesmo um pigmeu deveria possuir uma capacidade craniana maior do que a do 1470, embora já tenha ,-,do encontrada uma mulher aborígene australiana com uma capacidade craniana de cerca de 900 cc.

Um recente artigo publicado em um jornal" fala de uma entrevista com o Dr. Alan Mann, um antropólogo da Universidade da Pennsylvania, que passou quatro semanas com Leakey no Quênia no verão passado. Conta-se que Mann foi no começo muito cético quanto aos relatórios de Leakey sobre o 1470, mas depois de sua experiência durante o verão, ficou convencido de que Leakey revolucionou a antropologia. Ele conta que Leakey agora encontrou um segundo crânio, e que esse crânio é bastante grande para ser colocado em cima do 1470. Mann, como a maioria dos outros evolucionistas, ficou totalmente confuso pelas desnorteantes implicações da descoberta de Leakey. Ele teria dito: "Simplesmente não sabemos o que aconteceu. Não há teorias reais. Todos estão um tanto confusos. ...Simplesmente voltamos ao ponto de partida."
E o que dizer da data atribuída por Leakey ao seu 1470, como também das datas atribuídas ao "Zinjanthropus" 1 e 3/4 milhões de anos) e ao "Homem de Pequim"? Seria legítimo que um criacionista que crê numa terra jovem e, portanto, crê que os métodos para datar usados para chegar a essas datas são inválidos, que usasse essas mesmas datas para invalidar a teoria evolucionista? Absolutamente. Se o que Leakey relata acerca do seu 1470 é verdadeiro, e se as datas atribuídas a essa criatura, ao "Zinjanthropus" e ao "Homem de Pequim " são válidas, então o "Zinjanthropus" (e todos os Australopithecus) e o "Homem de Pequim" são eliminados como antepassados do homem, e os evolucionistas ficam sem nada. Por outro lado, se a idade da terra tem alguns milhares de anos em vez de bilhões de anos, então todo o conceito da evolução se torna inconcebível. Assim, tanto num como no outro caso, ficamos sem nenhum antepassado evolucionista. para o homem.

Gostaríamos de enfatizar que a esta altura estamos quase completamente dependentes do julgamento de Richard Leakey e seus colegas quanto à natureza dos seus achados. No momento, além disso, estamos; limitados às notícias publicadas em jornais e revistas pseudocientíficas. A importância e as implicações das descobertas de Leakey são assim publicadas com base em relatórios que talvez não sejam assim tão dignos de confiança e dados que ainda não foram examinados pelos críticos. Devemos, portanto, olhar para tudo isso com muita cautela. Não obstante, podemos dizer a este ponto, que o último relatório de Leakey dê considerável apoio aos criacionistas , que defendem que o homem e os macacos sempre foram contemporâneos. Por outro lado, isso teve o efeito de uma bomba entre os evolucionistas. Talvez seja por isso que em nossas muitas discussões e debates com os evolucionistas, neste último ano, não tenhamos encontrado ninguém que queira conversar sobre a evolução humana!

Outros acontecimentos recentes fortaleceram a posição dos criacionistas. Por exemplo, o Homem de Neandertal costumava ser descrito como uma criatura primitiva sub-humana, o antepassado imediato do Homo Sapiens. Cria-se que ele possuía uma postura apenas semiereta e que possuía alguns outros aspectos primitivos, inclusive destacadas saliências nos supercílios, pescoço curto e em declive, ombros curvos e pernas em arco. Durante muitos anos o Museu de História Natural de Chicago exibiu uma família do Homem de Neandertal, apresentado-o como uma criatura sub-humana, inclinada para frente, arrastando os braços no chão, cabeluda, grunhindo, espiando sob uma compacta saliência supraciliar, com olhos profundamente encaixados.

Essa figura do Homem de Neandertal foi desenvolvida porque o indivíduo cujo esqueleto foi usado para essa figura sofria de uma forma severa de artrite o outras condições patológicas. Já no século XIX isso foi destacado por Virchow, um famoso anatomista. Isso foi confirmado mais recentemente por Straus e Cave que disseram:

"Não há, portanto, motivos válidos para presumir que a postura do Homem de Neandertal... diferisse significativamente dos homens da atualidade... Talvez o 'ancião' artrítico de La Chapelle-aux-Saints, o protótipo da postura do homem de Neandertal, se postasse e andasse com algum tipo de cifose patológica; mas, nesse caso, ele tem os seus companheiros entre os homens modernos semelhantemente afligidos com osteoartrite espinal. Ele não pode, à vista de sua manifesta patologia, ser usado para. nos dar um quadro digno de confiança de um neandertaliano normal e sadio. Não Obstante, se ele pudesse ser reencarnado e colocado em um metrô de New York (depois de tomar um banho, fazer a barba e vestir roupas atualizadas ), duvidamos que atraísse mais atenção do que outros cidadãos."¹²

Ainda mais recentemente, o Dr. Francis lvanhoe declarou que os dentes do Homem de Neandertal apresentam evidências de raquitismo (causada pela ausência de vitamina D) e que radiografias dos ossos do Homem de Neandertal indicam o característico padrão do raquitismo.13 Ele ainda diz que cada crânio das crianças de Neandertal estudado até agora apresenta sinais associados a severo raquitismo: cabeça grande com testa alta e bulbosa, fechamento retardado das juntas ósseas e fragmentos de ossos defeituosos, e dentes fracos.

Por isso é que o Homem de Neandertal foi um tipo de má postura! Seus supercílios salientes, a testa bulbosa, os ombros caídos, as pernas arcadas e outros aspectos "primitivos" eram devidos ao amolecimento dos seus ossos e outras condições patológicas causadas por uma séria deficiência de vitamina D. Vamos ainda lhe dar uma artrite e teremos o quadro do Homem de Neandertal que enfeita tantos livros escolares há 100 anos - a figura que os evolucionistas reivindicaram provar que o Homem de Neandertal era um elo entre o homem moderno e criaturas semelhantes aos macacos.

Mas agora essa figura do Homem de Neandertal foi abandonada e hoje ele já não é mais classificado como Homo Neanderthalensis, mas é classificado como Homo Sapiens, exatamente como eu e você. 0 Museu de História Natural de Chicago retirou os seus antigos modelos do Homem de Neandertal e os substituiu com modelos atualizados, mais modernos. Assim, um a um: - o "Homem de Nebraska" (construído com base num dente de porco!), o "Homem de Piltdown" (construído a partir do maxilar de um macaco da atualidade!), o "Zinjanthropus", ou o "Homem do Leste da África", o "Homem de Pequim", o Homem de Neandertal, - nossos supostos antepassados semelhantes a macacos foram deixados de lado. E Richard Leakey clama por fundos para começar tudo de novo!

REFERÊNCIAS
1. Science, News, Vol. 102, p. 324 (1972),
2. A. Montagu, Man: His First MiIion Years, World Publishers, Yonkers, N. Y., 1957, p.51
3. G. H. R. von Koenigswald, The Evolution of Man, University of Michigam Press, Ann Arbor, 1962; ( veja também a crítica deste livro feita por J. Hawkes, Science, Vol. 204, p. 952, 1964)
4. D. T. Gish, Evolution: The Fossils Say No!, Institute for Creation Research, San Diego, 1973.
5. R. E. F. Leakey, Nature, Vol. 231, p. 241 (197 1).
6. Sience News, Vol. 99, p. 398 (1971).
7. Science News, Vol. 100, p. 357 (1971).
8. Science News, Vol. 102, p. 324 (1972).
9. R. E. F. Leakey, National Geographic, Vol. 143, p. 819 (1973).
10. J. Hillaby, "Dem Ole Bones'', New Scientist, December 21, 1972.
11. J. N. Shurkin ( Knight Newspapers writer ), The Cincinnat Enquirer, October 1 0 1973. p. 6.
12. W. L. Straus, Jr., and A, J. E. Cave, The Quarterley Review of Biology, December, 1957, pp. 358, 359.

13. F. lvanhoe Nature, August 8, 1970 (veja também Science Digest, February, 197 1, P. 35, Prevention, October, 1971, p. 115).

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O deus dos palpiteiros


Olavo de Carvalho

Se há um Deus onipotente, onisciente e onipresente, é óbvio que não podemos conhecê-Lo como objeto, ou mesmo como sujeito externo, mas apenas como fundamento ativo da nossa própria autoconsciência, maximamente presente como tal no instante mesmo em que esta, tomando posse de si, se pergunta por Ele. Tal é o método de quem entende do assunto, como Platão, Aristóteles, Sto. Agostinho, S. Francisco de Sales, os místicos da Filocalia, Frei Lourenço da Encarnação ou Louis Lavelle.

Quando um Richard Dawkins ou um Daniel Dennett examinam a questão de um “Ser Supremo” que teria “criado o mundo” e chegam naturalmente à conclusão de que esse Ser não existe, eles raciocinam como se estivessem presentes à criação enquanto observadores externos e, pior ainda, observadores externos de cuja constituição íntima o Deus onipresente tivesse tido a amabilidade de ausentar-se por instantes para que pudessem observá-Lo de fora e testemunhar Sua existência ou inexistência. Esse Deus objetivado não existe nem pode existir, pois é logicamente autocontraditório. Dawkins, Dennett e tutti quanti têm toda a razão em declará-lo inexistente, pois foram eles próprios que o inventaram. E ainda, por uma espécie de astúcia inconsciente, tiveram o cuidado de concebê-lo de tal modo que as provas empíricas da sua inexistência são, a rigor, infinitas, podendo encontrar-se não somente neste universo mas em todos os universos possíveis, de vez que a impossibilidade do autocontraditório é universal em medida máxima e em sentido eminente, não dependendo da constituição física deste ou de qualquer outro universo.

Se você não “acredita” no Deus da Bíblia, isso não faz a mínima diferença lógica ou metodológica na sua tentativa de investigar a existência ou inexistência d’Ele, quando essa tentativa é honesta. Qualquer que seja o caso, você só pode discutir a existência de um objeto previamente definido se o discute conforme a definição dada de início e não mudando a definição no decorrer da conversa, o que equivale a trocar de objeto e discutir outra coisa. Se Deus é definido como onipotente, onisciente e onipresente, é desse Deus que você tem de demonstrar a inexistência, e não de um outro deus qualquer que você mesmo inventou conforme as conveniências do que pretende provar.

O método dos Dawkins e Dennetts baseia-se num erro lógico tão primário, tão grotesco, que basta não só para desqualificá-los intelectualmente nesse domínio em particular, mas para lançar uma sombra de suspeita sobre o conjunto do que escreveram sobre outros assuntos quaisquer, embora seja possível que pessoas incompetentes numa questão que julgam fundamental para toda a humanidade revelem alguma capacidade no trato de problemas secundários, onde sua sobrecarga emocional é menor.

Longe de poder ser investigado como objeto do mundo exterior, Deus também é definido na Bíblia como uma pessoa, e como uma pessoa sui generis que mantém um diálogo íntimo e secreto com cada ser humano e lhe indica um caminho interior para conhecê-La. Só se você procurar indícios dessa pessoa no íntimo da sua alma e não os encontrar de maneira alguma, mesmo seguindo precisamente as indicações dadas na definição, será lícito você declarar que Deus não existe. Caso contrário você estará proclamando a inexistência de um outro deus, no que a Bíblia concordará com você integralmente, com a única diferença de que você imagina, ou finge imaginar, que esse deus é o da Bíblia.

Quando o inimigo da fé faz um esforço para ater-se à definição bíblica, ele o faz sempre de maneira parcial e caricata, com resultados ainda piores do que no argumento da “criação”. Dawkins argumenta contra a onisciência, perguntando como Deus poderia estar consciente de todos os pensamentos de todos os seres humanos o tempo todo. A pergunta é aí formulada de maneira absurda, tomando as autoconsciências como objetos que existissem de per si e questionando a possibilidade de conhecer todos ao mesmo tempo ex post facto. Mas a autoconsciência não é um objeto. É um poder vacilante, que se constitui e se conquista a si mesmo na medida em que se pergunta pelo seu próprio fundamento e, não o encontrando dentro de seus próprios limites, é levado a abrir-se para mais e mais consciência, até desembocar numa fonte que transcende o universo da sua experiência e notar que dessa fonte, inatingível em si mesma, provém, de maneira repetidamente comprovável, a sua força de intensificar-se a si próprio. Dez linhas de Louis Lavelle sobre este assunto, ou o parágrafo em que Aristóteles define Deus como noesis noeseos, a autoconsciência da autoconsciência, valem mais do que todas as obras que Dawkins e Dennett poderiam escrever ao longo de infinitas existências terrestres. Um Deus que desde fora “observasse” todas as consciências é um personagem de história da carochinha, especialmente inventado para provar sua própria inexistência. Em vez de perguntar como esse deus seria possível, sabendo de antemão que é impossível, o filósofo habilitado parte da pergunta contrária: como é possível a autoconsciência? Deus não conhece a autoconsciência como observador externo, mas como fundamento transcendente da sua possibilidade de existência. Mas você só percebe isso se, em vez de brincar de lógica com conceitos inventados, investiga a coisa seriamente desde a sua própria experiência interior, com a maturidade de um filósofo bem formado e um extenso conhecimento do status quaestionis.

O que mata a filosofia no mundo de hoje é o amadorismo, a intromissão de palpiteiros que, ignorando a formulação mesma das questões que discutem, se deleitam num achismo inconseqüente e pueril, ainda mais ridículo quando se adorna de um verniz de “ciência”.


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O Mito de Evolução Química

por David Rosevear

Os gregos antigos acreditaram na geração espontânea de vida. Mais recentemente, Louis Pasteur mostrou que a vida não surgiu de material não-vivente. Mas aqueles que negam a existência do Criador têm que acreditar que isto aconteceu alguma vez. Evolucionistas calculam que terra pode ter 4.6 bilhões anos de idade e os fósseis mais antigos aproximadamente 3.8 bilhões de anos de idade. Uma Terra inicialmente quente poderia levar, digamos, 0.3 bilhões anos para se tornar “amigo do usuário;” desta forma a primeira vida só tomou, aproximadamente, meio bilhão de anos para surgir de matéria abiótica (não-vivente). Se é tão fácil como tendo apenas as condições apropriadas, a gente poderia pensar que a vida deveria ter evoluída muitas vezes antes do advento da fotosíntese produzir uma concentração de oxigênio que fornecia condições desfavoráveis. Mas toda a vida trilha nas mesmas biomoléculas, metabolismos, e informação genética, portanto a vida teve uma origem, criada ou evoluída.

Teorias modernas da origem da vida datam desde o cientista soviético Oparin em 1924. Suas idéias de uma Sopa Primordial foram promovidas no Oeste pelo colega comunista J.D.S. Haldane de Cambridge. Em 1953 Urey & Millerpublicaram os resultados de algumas experiências simples em química orgânica que pareciam dar credibilidade à teoria da Sopa Primordial. Interessantemente, quarenta anos depois, Miller admitiu que a pergunta da origem da vida é muito mais complexa do que ele, ou qualquer outro, tinha pensado. Agarrados em palhas, outros sugestionaram os dorsos de fundo de oceano (com os seus coquetéis de substâncias químicas quentes) como o berço da vida, enquanto outros postularam semeadura extraterrestre da Terra. Esta sugestão posterior não oferece um mecanismo para a abiogenese.

Com o desenvolvimento da biologia molecular desde o tempo de Oparin e Haldane, a célula não é mais considerada simples. A membrana de plasma Viva permeia para dentro ou para fora apenas combinações bem específicas. Simplesmente não se trata de uma membrana semi-permeável. Células contêm ácidos nucléicos que levam informação sobre a estrutura e funções do organismo. Elas também contêm ribosomes onde as proteínas são feitas usando um mecanismo complexo de ácidos nucléicos e mais de cem proteínas diferentes, cada qual com uma tarefa específica. As células também contêm mitocondria onde energia (ATP) é produzida. A complexidade de todas estas partes das células é enorme. Lynn Margulis sugeriu que a primeira proto-célula assimilasse estes organelos por um processo de simbiose. Porém, estes componentes não podem existir agora independentemente, nem a célula poderia existir sem as contribuições deles. Além disso, um tipo de organela, conhecida como lisosoma, contém enzimas cuja função é digerir corpos estranhos. Com todos os componentes incrivelmente complexos, mutuamente dependentes, parece que a célula teve que estar completa desde o princípio, em lugar de se ajuntar peça por peça durante anos de evolução.

Os bioquímicos principais das células vivas são proteínas e ácidos nucléicos. Nenhuma proteína biologicamente significante ou ácidos nucléicos foram sintetizados por qualquer experiência como essas de Miller ou seus sucessores. Proteínas são cordoalhas de aminoácidos cujas atividades enzimáticas surgem de grupos ativos dentro de uma forma tridimensional específica. Estes são devido a uma sucessão precisa dos aminoácidos. Em proteínas encontramos vinte aminoácidos, embora existam muitos outros que não são usados no metabolismo. Quimicamente eles são NH2CH(R)COOH, onde R é H, no caso mais simples, glicínia, mas também pode haver também uma variedade de grupos orgânicos como CH3 em alanine.

Em todos os aminoácidos exceto glicínia, o carbono central é cercado por um tetraedro de quatro grupos diferentes, H, R, amina e ácido carboxílico. Por causa desta assimetria, aminoácidos existem em duas formas, designados direito e esquerdo (Ou d e l, ou R e S). Em proteínas (um filete de amino-ácidos NHCH(R)CONHCH(R')CO etc. formados pela condensação externa de uma molécula de água, HOH, entre cada par), todos os aminoácidos são esquerdos. Essa tendência à esquerda dá para a cadeia uma torção espiral e conduz a uma forma específica tridimensional que é essencial para a sua função. Na célula viva, são feitas proteínas por meio de RNA e muitas proteínas especializadas (enzimas). Considerando que se necessita de proteínas fazer proteínas, não é fácil especular como uma primeira proteína poderia surgir por processo de casualidade.

Em experiências de laboratório dirigidas a simular condições de uma Terra inanimada, pode se formar uma mistura suja de aminoácidos constituída principalmente de glicínia e alanina de d/l.- Não se pode sintetizar desta forma todos os aminoácidos encontrados em proteínas, enquanto muitos não usados em sistemas vivas resultam destas experiências. Resulta um produto que jamais consiste apenas de aminoácidos exclusivamente esquerdos, e de considerações teóricas também não poderia resultar. Misturas de racemic de d/l apenas são formadas. Peptização, o acoplamento dos aminoácidos para formar uma proteína pela eliminação de água, é difícil de se realizar através de meios não biológicos. Proteinóides são instáveis na presença de água. Considerando que eles não podem se reproduzir, seleção natural não pode ser uma força motriz para sua melhora. A ordem precisa de aminoácidos em proteínas em células é governada através da informação dos ácidos nucléicos que fornecem os códigos para eles, desta forma isto não poderia ser alcançado por casualidade. Além disso, os subprodutos tipo breu tendem a envenenar qualquer atividade enzimática em proteínas.

Ácidos Nucléicos se encontram em células vivas como o DNA, RNA - ribosomal, RNA mensageiro e RNA transferência, cada um com propriedades específicas.- Eles consistem de filetes de nucleotídios que são compostos de uma base nitrogenosa, um açúcar e um acoplamento de fosfato. DNA leva a informação genética para o organismo enquanto RNA é usado na síntese de proteína. Há quatro bases diferentes no DNA de dupla espiral. As espirais são unidas através de laços fracos de hidrogênio entre as bases em cada espiral. A estrutura das bases é tal que em cada espiral só une com um outro tipo de base na outra espiral. Uma única espiral de DNA então age como uma chablona para a outra espiral, isto durante duplicação da célula. Três bases sucessivas agem como um codon para transferir informação para especificar um amino-ácido em particular, ou começar ou parar uma sucessão. Esta informação sobre um filete de DNA (gene) é responsável para a formação de uma proteína em particular. Já que há quatro bases, há sessenta e quatro codons (430000000000),que passam informação como cartas e pontuação de uma mensagem escrita. Este é um mecanismo preciso. Transferência de informação é conferida a uma taxa rápida através das proteínas por alterações fortuitas, conhecidas como mutações que perdem informação. Nenhuma mutação poderia conduzir a um aumento de informação, assim o neo-Darwinismo não pode ser um mecanismo para a macroevolução. Consiste uma doutrina da Teoria de Informação que informação só vem de uma fonte inteligente, portanto informação genética deve ter sido criada, informação não só implica em significado, mas também propósito. Este é o oposto de acaso. Como portador de informação a molécula de DNA é 4.5x101300000000 (45 trilhões) vezes mais eficiente que o megachip de silicone que foi feito por equipes de projetistas. Incidentemente, uma base estereoquímica para a relação entre quaisquer três nucleotídios em particular e o amino-ácido para os quais eles codificam não têm contudo sido elucidado.

Quando nucleotídios são unidos em laboratório, considerações termodinâmicas permitem uma posição específica para unir fosfato a açúcar e ao próximo fosfato. Porém, tal pseudo DNA espiral não é biologicamente útil. A posição de união encontrada em DNA, os 3' e 5' carbonos da ribose, está na melhor posição possível porque as proteínas utilizadas para unir isto agem como chablonas para conseguir corretamente a junção através do açúcar. Os açúcares, deoxiribose em DNA, e ribose em RNA, também são espiralados, como os aminoácidos, mas neste caso os açúcares são todos de espiral de mão direita. Novamente, não há nenhum mecanismo concebível para organizar isto por casualidade.

Urey e Miller tiveram que assumir, ao contrário a todas as opiniões dos geólogos, que a Terra jovem não teve nenhum oxigênio em sua atmosfera. Isto é porque aminoácidos são destruídos através do oxigênio. Mas a ausência de oxigênio imputa ausência de ozônio, outra forma de oxigênio. Ozônio em nossa atmosfera nos protege da alta energia dos raios ultravioletas do Sol. Ácidos Nucléicos são decompostos rapidamente através de luz UV. Uma dificuldade adicional para esses que postulam síntese abiogênica é que as moléculas formadas são destruídas pelas mesmas condições (como calor, irradiação UV e eletricidade) que as fazem. Proteínas e poli-nucleotídios são termodinamicamente instáveis. Eles também são instáveis com respeito a hidrólise e reações com outros reagentes simples. Além disso, quanto mais a experiência se prolonga, mais produtos de decomposição são formados.- Muitos processos são reversíveis, e no estado de equilíbrio materiais iniciais mais simples predominam sobre produtos mais complexos. Tempo não ajuda a reação a progredir. As melecas remanescentes destas experiências está em contraste total ao metabolismo limpo das células vivas com seus altos rendimentos limpos de produtos precisamente formados.

Nas suas experiências simuladas de abiogenia, os pesquisadores começam cada fase com compostos puros em altas concentrações. Isto pode não refletir as condições naturais em uma Terra pré-biótica.

Na célula viva, o DNA codifica para proteínas e o DNA é construído usando proteínas. É uma situação de galinha e ovo. Foi sugerido que o RNA possui algumas das propriedades enzimáticas das proteínas enquanto que tem a capacidade de portar a informação do DNA. Pode um postulado para uma primeira proto-célula que dependeu do RNA para ambas as funções, resolver o problema? Nenhuma experiência de sopa primordial jamais produziu qualquer coisa que se assemelha ao RNA. RNA não se reproduz, uma necessidade principal para uma célula viva. As propriedades enzimáticas do RNA não são suficientemente versáteis para até mesmo uma imaginável proto-célula mais simples. O problema da origem de informação na RNA portador de informação permanece sem solução. Uma proto-célula baseada somente em proteínas é igualmente impossível, pelo fato que às proteínas falta a habilidade para se reproduzirem.

Cada componente de uma célula viva é impressionantemente complexo, contudo em isolamento não pode sobreviver nem se reproduzir. Todas as partes da célula são necessárias para o seu funcionamento e replicação. Nada funciona até que tudo funciona. Isto foi chamado de complexidade irreduzível. Mesmo pequenas partes das células podem ser inimaginavelmente complexas. Um exemplo disto é a enzima síntase adenosina trifosfato, que se encontra em todas as células vivas, inclusive animais, plantas, fungos e bactérias. Os elucidatores da estrutura da síntase de ATP ganharam um 1997 Prêmio Nobel. Toda célula contém centenas destes motores miniatura embutidas nas superfícies da mitocondria. Cada um é 200.000 vezes menor que uma cabeça de alfinete. O motor forja um laço entre ADP e fosfato para formar ATP.

O ATP junta com outros processos na célula que exige energia reformar ADP e fosfato. Desta forma é dirigida energia para contrair músculos, bater o coração e fomentar processos de pensar no cérebro, enquanto os produtos são reciclados. No centro da síntase do ATP está uma roda minúscula que gira a aproximadamente 100 revoluções por segundo e expele três moléculas de ATP por rotação. Só para nos manter pensando e caminhando, os seres humanos têm que reciclar o seu próprio peso de ATP a cada dia. Cada enzima está composta de trinta e uma proteínas separadas que, por outro lado, são compostas de milhares de aminoácidos minuciosamente organizados. Retire qualquer uma das 31 proteínas e o motor é inútil. Não poderia ter evoluído. Considere: A informação genética e RNA mais as proteínas necessárias para construir a síntase de ATP, estão em seu todo, ainda mais irredutivelmente complexos do que a própria síntase de ATP. (Uma fábrica de carros é mais complexa do que um carro.)


O conceito de abiogenese é vital ao evolucionista ateísta. É conseqüência dos seus raciocínios que se vida pode surgir espontaneamente debaixo das condições certas, então haverá talvez milhões de planetas no Universo onde vida já existe. Em alguns destes lugares pode ter evoluído vida inteligente. Estas idéias desovaram um grande volume de literatura, filmes e jogos de vídeos que envolvem vida extraterrestre imaginária. Bilhões de dólares foram gastos pelo patrocínio de governo para procurar por mensagens do espaço (por exemplo, projeto SETI). A ironia é que os evolucionistas reconheceriam que um sinal não aleatório vindo do espaço que leva informação com significado e propósito deve ter vindo de um ser extraterrestre inteligente. Por outro lado eles consideram ácidos nucléicos na célula viva, uma sucessão de não aleatória de nucleotídios, que leva muito mais informação com significado preciso e propósito primoroso, e dizem que deve ter aparecido por casualidade!

Fonte: Dr. Rosevear é o Diretor do Movimento de Ciência de Criação na Inglaterra.