sábado, 31 de março de 2012

Jesus não morreu na cruz?



"Está claro que o peso das evidências históricas e médicas indicam que Jesus já estava morto antes de receber o ferimento em seu lado, e apóia a visão tradicional de que a lança, introduzida entre as costelas do lado direito, provavelmente perfurou não apenas o pulmão direito, mas também o pericárdio e o coração e, portanto, garantiu sua morte. Por conta disso, interpretações baseadas na pressuposição de que Jesus não morreu na cruz parecem não estar de acordo com o conhecimento médico moderno".
RELATÓRIO DE PATOLOGISTAS DA CLÍNICA MAYO, 21/03/1986

sexta-feira, 30 de março de 2012

Os Evangelhos são lendas?

"Estou preparado para dizer, com base nisso, que, se alguém pensa que os evangelhos são lenda ou romances, esta pessoa está simplesmente mostrando incompetência como crítico literário. Já li uma grande quantidade de romances e sei muita coisa sobre lendas que se desenvolvem entre pessoas do passado, e sei perfeitamente bem que os evangelhos não são esse tipo de coisa".
C. S. LEWIS, ex ateu

quinta-feira, 29 de março de 2012

A crença nos multiversos

"Alguém pode achar mais fácil acreditar numa matriz infinita de universos do que numa divindade infinita, mas tal crença deve basear-se na fé em vez da observação".
PAUL DAVIES, físico em seu livro: Zilions of universes?

quarta-feira, 28 de março de 2012

A crença na abiogênese


"A crença de que a vida na Terra surgiu espontaneamente com base em uma matéria inanimada é simplesmente uma questão de fé num reducionismo e está baseada inteiramente em ideologia".
HUBERT YOCKEY, físico e cientista da informação

terça-feira, 27 de março de 2012

A soberba do Darwinismo

"O darwinismo é baseado num comprometimento a priori com o materialismo, e não numa avaliação filosoficamente neutra da evidência. Separe a filosofia da ciência, e a torre soberba desabará".
PHILLIP E. JOHNSON

sábado, 24 de março de 2012

Transgeneridade é um transtorno mental, afirma médico norte-americano

Dr. Paul R. McHugh, ex-chefe da ala de psiquiatra do Hospital John Hopkins, em Baltimore, disse que a transexualidade é um transtorno mental que merece tratamento, e que a mudança de sexo é biologicamente impossível. O médico disse que as pessoas que promovem a cirurgia de redesignação sexual estão colaborando e promovendo uma desordem mental.
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Dr. McHugh, autor de seis livros e pelo menos 125 artigos médicos, fez essas afirmações em um comentário recente no Wall Street Journal, onde explicou que a cirurgia transexual não é a solução para as pessoas que sofrem dessa desordem – a noção de que a sua masculinidade ou feminilidade é diferente do que a natureza lhes atribuiu biologicamente.
Ele também falou sobre um novo estudo que mostra que a taxa de suicídio entre pessoas transexuais que fizeram a cirurgia de redesignação é 20 vezes maior do que a taxa de suicídio entre os não-transexuais. Dr. McHugh ainda mencionou que estudos da Universidade de Vanderbilt e da Portman Clinic, de Londres, observaram algumas crianças que haviam demonstrado comportamentos transexuais. Ao longo do tempo, de 70% a 80% dessas crianças deixaram espontaneamente esses comportamentos.
Enquanto o governo Obama, Hollywood e grandes meios de comunicação, como a revista Time, promovem o fenômeno transgênero como algo normal, disse o Dr. McHugh, “os legisladores e os meios de comunicação prestam um desfavor ao público e às pessoas transgêneras tratando suas confusões como um direito que precisa ser defendido e não como um transtorno mental que necessita de compreensão, tratamento e prevenção”.
Segundo o médico, a desordem do transgênero consiste na “suposição” de que eles são diferentes da realidade física de seu corpo, da sua masculinidade ou feminilidade, conforme atribuído pela natureza. É uma doença semelhante à de uma pessoa extremamente magra que sofre de anorexia, que se olha no espelho e pensa que está acima do peso.
Esta suposição de que o gênero é apenas uma condição mental, desprezando a anatomia, tem levado algumas pessoas transexuais a requerer que a sociedade aceite essa “verdade pessoal” subjetiva, disse o Dr. McHugh. Como resultado, alguns estados – Califórnia, New Jersey e Massachusetts – aprovaram leis barrando psiquiatras, mesmo com a autorização dos pais, de se esforçarem para restaurar os sentimentos de gênero naturais a um menor transgênero.
Os ativistas da causa transgênero não querem saber dos estudos que mostram que entre 70% e 80% das crianças que expressam sentimentos transexuais perdem espontaneamente esses sentimentos ao longo do tempo. Além disso, dos que fizeram a cirurgia de redesignação sexual, a maioria disse estar “satisfeita” com a operação, mas suas condições psico-sociais posteriores não são melhores do que aqueles que não fizeram a cirurgia.
“Assim, o Hospital Hopkins parou de fazer a cirurgia de redesignação sexual, uma vez que um paciente “satisfeito ” mas ainda perturbado parecia uma razão inadequada para amputar cirurgicamente os órgãos normais” disse o Dr. McHugh.
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O ex-chefe do hospital também alertou contra permitir ou incentivar certos subgrupos, tais como os jovens, suscetíveis a apologia do “tudo é normal” presente na educação sexual, e aos “gurus da diversidade” que habitam as escolas, que, como “líderes culturais”, podem incentivar estes jovens a se distanciar de suas famílias e oferecer conselhos sobre como rebater argumentos contrários à cirurgia transexual.
 “Mudança de sexo é biologicamente impossível”, disse McHugh. “As pessoas que se submetem à cirurgia de redesignação de sexo não mudam de homens para mulheres ou vice-versa. Em vez disso, eles se tornam homens feminilizados ou mulheres masculinizadas. Alegar que isso é uma questão de direitos civis e encorajar a intervenção cirúrgica é, na realidade, promover um transtorno mental.”
Fonte: CNSNews

sexta-feira, 23 de março de 2012

Estado Islâmico leiloa meninas cristãs como escravas sexuais

Rotineiramente, as notícias relacionadas à organização extremista muçulmana Estado Islâmico (EI) geram horror no mundo ocidental. O principal motivo para isso é que seus membros tentam impor a lei sharia para todos os que vivem dentro de seus domínios.


Invasão de cidades, massacre de moradores, crucificação e decapitação de cristãos já foram manchetes em diversos órgãos de imprensa e até o momento nenhum posicionamento oficial da Organização das Nações Unidas (ONU).
Pelo contrário, quando os Estados Unidos e uma coalização de outros países começaram a bombardear as posições do EI no Iraque, foram criticados na plenária da ONU pela presidente Dilma Rousseff. Em seu discurso, ela disse que deveria ser procurado “o diálogo, o acordo” e condenou os ataques.
Hoje, o influente jornal inglês Daily Mail publicou uma reportagem que mostra mais de perto um aspecto amplamente ignorado fora do mundo islâmico: o mercado de escravas sexuais.
Previsto pelo Alcorão na Sura 4:24, a prática é explicitada em tempos de guerra – como a que os soldados do EI acreditam estar lutando. Eles não podem, contudo, usar muçulmanas para isso, portanto atualmente o leilão entre eles é com prisioneiras cristãs e yazidies, uma minoria religiosa do Curdistão.
Um vídeo encontrado no celular de um miliciano mostra um pouco como funciona a venda de mulheres capturadas pelos fundamentalistas. Outros relatos, como os da organização não governamental Humans Rights Watch, mostram testemunhos de mulheres que serviram como escravas contando que crianças também são compradas e vendidas.
Uma das edições da revista online Dabiq, publicada em inglês pelo EI justifica o uso de mulheres “infiéis” como escravas sexuais. O artigo intitulado de “A recuperação da escravidão antes da hora” afirma que o EI restabeleceu a escravidão em seu califado. Nos leilões, o preço varia. Quanto mais nova, maior o valor pedido.
Segundo o Daily Mail, existe uma espécie de tabela. Os valores são aproximados, considerando o câmbio desta semana.
Um documento apresentado pelo site IraqiNews mostra que o valor de venda das mulheres e dos despojos de guerra vem tendo uma diminuição significativa. Mas o EI impôs um controle dos preços, ameaçando executar quem viola as diretrizes.
O vídeo que está sendo mostrado na mídia global foi filmado em Mosul, a segunda maior cidade do Iraque, de acordo com a Al Aan TV – que traduziu as falas para o inglês.
“Hoje é dia de mercado de escravas sexuais”, afirma diante da câmara um homem barbudo não identificado, cercado por vários outros combatentes. “Hoje é dia da entrega”, acrescenta. “Com a permissão de Alá, cada um de nós terá a sua parte”, garante.
Em pouco mais de dois minutos, eles riem e fazem piadas sobre as mulheres. Embora nenhuma delas seja mostrada, há menções que muitas têm apenas 15 anos de idade. Quando falam sobre o preço, um deles compara com o valor de uma pistola Glock usada. Outro diz que o negócio só será fechado depois que ele olhar os dentes da prisioneira.
Explica-se ainda que mulheres bonitas e de olhos azuis ou verdes custam mais caro. Um dos combatentes explica que “está escrito”, numa referência ao Alcorão. Outro esclarece que está procurando uma “menina”. Há inclusive um adolescente no vídeo, que parece familiarizado com o processo. No final, eles parecem olhar fotos em um celular, mas sem esclarecer onde elas estão. Ao demonstrar interesse por uma delas, ouve que aquela já morreu. Ele apenas ri.
Segundo dados de especialistas da Universidade de Oklahoma, o número de mulheres capturadas por milicianos do Estado Islâmico pode atingir 7000.
Em pouco menos de um mês, este é o segundo vídeo mostrando como o EI trata as crianças. O primeiro revela como os extremistas muçulmanos “estabeleceram campos de treinamento para recrutar crianças para a luta armada sob o pretexto de educação religiosa”.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Estudo mostra que homossexuais criando “filhos” é diferente de pai e mãe criando-os

Um estudo pioneiro revela que filhos adultos de “pais” homossexuais e lésbicos experimentam conseqüências sociais, econômicas e emocionais vastamente mais negativas do que crianças criadas dentro de famílias biológicas intactas.

A qualidade do estudo do professor Mark Regnerus, da Universidade do Texas, frisa as deficiências de estudos anteriores nos quais os ativistas homossexuais têm se apoiado para conceder às duplas de mesmo sexo um direito de se casar e adotar crianças.

“A alegação empírica de que não existem diferenças dignas de nota tem de ir embora”, disse Regnerus em seu estudo publicado na revista Social Science Research.

O abrangente estudo de Regnerus examina aproximadamente 3.000 filhos adultos de oito diferentes estruturas de família e os avalia dentro de 40 categorias sociais e emocionais. O estudo revela que as crianças que permanecem com famílias biológicas intactas tinham educação melhor, experimentavam maior saúde mental e física, menos experiências com drogas, menos atividade criminosa e relataram no total níveis mais elevados de felicidade.

As maiores conseqüências negativas foram constatadas entre filhos de mães lésbicas. Isso contradiz estudos defeituosos popularizados pelos meios de comunicação que afirmam que crianças se saem bem, ou melhores, com mães lésbicas. O estudo de Regnerus mostrou conseqüências negativas para esses filhos adultos em 25 de 40 categorias, inclusive índices muito mais elevados de agressão sexual (23% dos filhos de mães lésbicas foram tocados sexualmente pelos pais ou um adulto, em contraste com 2% dos filhos criados por pai e mãe casados), saúde física inferior, mais depressão, mais uso de maconha e desemprego mais elevado (69% dos filhos de lares lésbicos estavam vivendo às custas de programas de assistência do governo, comparados com 17% dos filhos de pai e mãe casados).

O estudo de Regnerus desmascara um informe de 2005 da Associação Americana de Psicologia muitas vezes citado que concluiu: “Nem um único estudo constatou que filhos de pais lésbicos ou gays têm desvantagens em qualquer aspecto importante em relação aos filhos de pais heterossexuais”.

Em contraste com Regnerus, os estudos anteriores compararam filhos de pais homossexuais com filhos de famílias de padrasto e mães solteiras. Regnerus também se apóia unicamente em informações diretas de filhos adultos em vez de opiniões de seus pais.

Um segundo novo estudo confirma que os estudos que a AAP promoveu com muito elogio são inconfiáveis. Loren Marks, professor adjunto da Universidade Estadual da Louisiana, revelou que os estudos da AAP tinham dados limitados e focaram em papéis de gênero e identidades sexuais. Eles negligenciaram examinar os resultados educacionais, emprego, risco de abuso de drogas, conduta criminal ou suicídio dos filhos.

Os desacreditados estudos apoiados pela AAP têm sido usados em tentativas para impactar decisões legais internacionais.

Amicus curiae apresentado no caso E.B. versus França no Tribunal Europeu de Direitos Humanos defendeu direitos de adoção para duplas de mesmo sexo citando estudos da AAP com alegações de que não existe nenhuma evidência científica objetiva para justificar “tratamento diferente de duplas de mesmo sexo que desejam adotar porque (até onde a FIDH, ILGA-Europa, BAAF e APGL sabem) todos os estudos científicos conceituados têm mostrado que os filhos de pais lésbicos e gays não têm nada de diferente dos filhos de pais heterossexuais no que se refere a problemas emocionais e outros problemas”.

No caso Karen Atala e Filhas versus Chile no Tribunal Interamericano de Direitos Humanos, um amicus curiae defendendo os “pais” lésbicos que perderam a custódia de seus filhos comentou que a Academia Americana de Pediatria (AAP) “reconhece que um volume considerável de literatura profissional fornece evidência de que os filhos com pais que são homossexuais podem ter as mesmas vantagens e as mesmas expectativas de saúde, ajuste e desenvolvimento que podem os filhos cujos pais são heterossexuais”.

WASHINGTON, DC, 15 de junho (C-FAM) Um estudo pioneiro revela que filhos adultos de “pais” homossexuais e lésbicos experimentam conseqüências sociais, econômicas e emocionais vastamente mais negativas do que crianças criadas dentro de famílias biológicas intactas.A qualidade do estudo do professor Mark Regnerus, da Universidade do Texas, frisa as deficiências de estudos anteriores nos quais os ativistas homossexuais têm se apoiado para conceder às duplas de mesmo sexo um direito de se casar e adotar crianças.

“A alegação empírica de que não existem diferenças dignas de nota tem de ir embora”, disse Regnerus em seu estudo publicado na revista Social Science Research.

O abrangente estudo de Regnerus examina aproximadamente 3.000 filhos adultos de oito diferentes estruturas de família e os avalia dentro de 40 categorias sociais e emocionais. O estudo revela que as crianças que permanecem com famílias biológicas intactas tinham educação melhor, experimentavam maior saúde mental e física, menos experiências com drogas, menos atividade criminosa e relataram no total níveis mais elevados de felicidade.

As maiores conseqüências negativas foram constatadas entre filhos de mães lésbicas. Isso contradiz estudos defeituosos popularizados pelos meios de comunicação que afirmam que crianças se saem bem, ou melhores, com mães lésbicas. O estudo de Regnerus mostrou conseqüências negativas para esses filhos adultos em 25 de 40 categorias, inclusive índices muito mais elevados de agressão sexual (23% dos filhos de mães lésbicas foram tocados sexualmente pelos pais ou um adulto, em contraste com 2% dos filhos criados por pai e mãe casados), saúde física inferior, mais depressão, mais uso de maconha e desemprego mais elevado (69% dos filhos de lares lésbicos estavam vivendo às custas de programas de assistência do governo, comparados com 17% dos filhos de pai e mãe casados).

O estudo de Regnerus desmascara um informe de 2005 da Associação Americana de Psicologia muitas vezes citado que concluiu: “Nem um único estudo constatou que filhos de pais lésbicos ou gays têm desvantagens em qualquer aspecto importante em relação aos filhos de pais heterossexuais”.

Em contraste com Regnerus, os estudos anteriores compararam filhos de pais homossexuais com filhos de famílias de padrasto e mães solteiras. Regnerus também se apóia unicamente em informações diretas de filhos adultos em vez de opiniões de seus pais.

Um segundo novo estudo confirma que os estudos que a AAP promoveu com muito elogio são inconfiáveis. Loren Marks, professor adjunto da Universidade Estadual da Louisiana, revelou que os estudos da AAP tinham dados limitados e focaram em papéis de gênero e identidades sexuais. Eles negligenciaram examinar os resultados educacionais, emprego, risco de abuso de drogas, conduta criminal ou suicídio dos filhos.

Os desacreditados estudos apoiados pela AAP têm sido usados em tentativas para impactar decisões legais internacionais.

Amicus curiae apresentado no caso E.B. versus França no Tribunal Europeu de Direitos Humanos defendeu direitos de adoção para duplas de mesmo sexo citando estudos da AAP com alegações de que não existe nenhuma evidência científica objetiva para justificar “tratamento diferente de duplas de mesmo sexo que desejam adotar porque (até onde a FIDH, ILGA-Europa, BAAF e APGL sabem) todos os estudos científicos conceituados têm mostrado que os filhos de pais lésbicos e gays não têm nada de diferente dos filhos de pais heterossexuais no que se refere a problemas emocionais e outros problemas”.

No caso Karen Atala e Filhas versus Chile no Tribunal Interamericano de Direitos Humanos, um amicus curiae defendendo os “pais” lésbicos que perderam a custódia de seus filhos comentou que a Academia Americana de Pediatria (AAP) “reconhece que um volume considerável de literatura profissional fornece evidência de que os filhos com pais que são homossexuais podem ter as mesmas vantagens e as mesmas expectativas de saúde, ajuste e desenvolvimento que podem os filhos cujos pais são heterossexuais”.

Traduzido por Julio Severo.

Fonte: C-FAM - Catholic Famlily & Human Rights Institute.

terça-feira, 20 de março de 2012

Estudo de Mark Regnerus cientificamente válido

A Universidade do Texas em Austin afirmou que levou a cabo uma investigação e não encontrou qualquer evidência de má-conduta no estudo que apurou que as crianças de "famílias" homossexuais "são mais susceptíveis de 1) reportarem estar sem emprego, 2) serem menos saudáveis, 3) serem mais deprimidos, 4) terem traído o/a esposo/a  ou o/a parceiro/a, 5) fumar,  6) ingerir drogas, 7) terem tido problemas com a lei" do que as crianças de famílias tradicionais pai-mãe. Num comunicado da Universidade do Texas, emitido recentemente, lê-se:

A Universidade do Texas determinou que nenhuma investigação formal é necessária em torno das alegações de má-conduta científica apresentadas contra o professor assistente Mark Regnerus em relação ao seu artigo de Julho último publicado na revista Social Science Research.

O comunicado dizia ainda que o painel consultivo composto por 4 altos-membros do corpo docente da universidade foi consultado, para além dum consultor externo com o nome de Alan Price, a quem foi pedido que revisse as acusações como parte do inquérito que a universidade estava a fazer devido às alegações feitas pelo homossexual  Scott Rosensweig numa carta enviada à escola.

A conclusão foi a de que os assuntos listados englobavam-se na cláusula de que "erros comuns, diferenças bem intencionadas de interpretação dos dados, desacordos académicos ou políticos, opiniões pessoais ou profissionais bem intencionadas, ou comportamentos ou pontos de vista morais e éticos não são má-conduta."

A universidade disse que considera o assunto fechado depois de Robert Peterson, Oficial da Integridade na Pesquisa, ter dito aos oficiais que "nenhuma das alegações de má conduta científica avançadas pelo senhor [Rosensweig]  foram confirmadas pelos dados físicos, pelo material escrito ou pela informação disponibilizada durante as entrevistas." Ele escreveu que "não existiam evidências" que apoiavam a inferência de Rosensweig de que, como ele acreditava que havia falhas no estudo, então tinha que ter ocorrido má-conduta científica.

Regnerus (na foto) havia escrito um comentário em torno do seu estudo no Slate.com, onde ele dizia que um "tema recorrente" entre os adultos, educados por "pais" do mesmo sexo e que reportavam "mais parceiros e parceiras sexuais, mais vitimização sexual, e eram mais prováveis de olhar negativamente para a sua infância" que as crianças de famílias pai-mãe, era "a instabilidade familiar, e muita dela."

Ele explicou que este estudo "recolheu dados de modo aleatório entre os jovens adultos Americanos - que, para além dos censos, foi o maior conjunto de dados populacional preparado para responder a questões em torno de famílias onde as mães ou os pais estavam num relacionamento homossexual."

Regnerus disse que todos os participantes que responderam de modo afirmativo foram entrevistados:

Como viemos a saber mais tarde, as diferenças eram numerosas. Por exemplo, 28 porcento dos adultos que foram educados por mulheres envolvidas numa relação homossexual encontravam-se presentemente sem emprego, comparados com os 8 porcento daqueles que foram educados em famílias compostas por um pai e uma mãe.

Quarenta porcento dos primeiros [educados por lésbicas]  admitem terem tido um caso enquanto já se encontravam casados ou em regime de coabitação, comparados com os 13 porcento daqueles que foram educados por um pai e uma mãe.

Dezanove porcento dos primeiros disse que se encontravam por essa altura, ou haviam estado recentemente, em psicoterapia devido a problemas com a ansiedade, depressão, ou com relacionamentos, comparados com os 8 porcento dos últimos. 
Estas são apenas 3 das 25 diferenças que descobri.

Ele disse que o ponto principal do estudo é que "os cientistas sociais, os pais, e os proponentes fariam uma decisão mais sensata se daqui para a frente simplesmente evitassem assumir que as crianças estão bem."

Num comentário também presente no Slte, William Saletan escreveu:

Mark Regnerus é intolerante e cheio de ódio. ... A sua mais recente pesquisa em torno da paternidade homossexual [sic] é intencionalmente enganadora, e busca rebaixar os pais gays e as mães lésbicas .... A sua "ciência-lixo" não merece cobertura ou credibilidade.

Rosensweig havia alegado que existiam problemas com o estudo de Regnerus devido ao facto dele ter "aparentemente falsificado os dados""ter construído a metodologia de pesquisa duma forma aparentemente inadequada e inapropriada", ter sido "mal-intencionado, usado comparações inválidas" e que ele "aparentemente alimenta a confusão difamatória da NOM que associa os homossexuais com os pedófilos."

Mas a universidade determinou que "visto que nenhuma evidência foi disponibilizada que confirmasse que o comportamento em questão tenha sido fruto de má-conduta científica, nenhuma investigação formal é necessária.”

Alliance Defending Freedom disse que o estudo da New Family Structures “sugere que existem distinções nos resultados para os jovens adultos criados nos mais variados ambientes, com experiências familiares distintas”. David Hacker, consultor jurídico sénior da ADF, afirmou:

As universidades Americanas devem sempre servir de mercados livres de busca da verdade. Discordar com as conclusões dum estudo não é o suficiente para se levantarem acusações de má-conduta. ... Nós não estamos surpreendidos com o facto dessas acusações terem sido determinadas como sem fundamento. Este estudo compreensivo, revisto por pares, foi composto por académicos e pesquisadores das mais variadas disciplinas e com pontos de vista ideológico distintos, num espírito de cordialidade e razoável averiguação dos factos. Concordamos com as conclusões do inquérito levado a cabo pela AT-Austin. 

Fonte http://bit.ly/1mKXTys - See more at: http://ohomossexualismo.blogspot.com.br/2014/10/estudo-de-mark-regnerus-cientificamente.html#sthash.8mpvrqQf.dpuf

segunda-feira, 19 de março de 2012

A PALAVRA “TERRA” EM GÊNESIS 1:1

A PALAVRA “TERRA” EM GÊNESIS 1:1
Niels-Erik Andreasen - professor de Antigo Testamento na Universidade de Loma Linda, Califórnia, U.S.A.
Afirma Gênesis 1:1 que tanto a vida como a matéria inorgânica foram criadas simultaneamente, ou que, embora a vida seja bastante recente, a matéria inorgânica poderia ter existido muito tempo antes da semana da criação? O autor examina as dificuldades envolvidas na tradução da palavra terra a partir do texto hebraico.
A frase inicial do Velho Testamento é bela em sua simplicidade - “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Até mesmo uma criança pode entendê-la, mas apesar disso cada uma das palavras dessa frase tem sido objeto de interpretação discordante (1). A palavra “terra”, ora em discussão, não constitui exceção. A questão consiste em saber se ela se refere:
a - À matéria que fisicamente compõe a terra (2),
b - Ao planeta Terra como parte do sistema solar (3), ou
c - À terra no sentido do solo sobre o qual a vida pode existir (4).
Abordaremos a questão de forma sucinta, analisando quatro problemas. Primeiro, examinaremos o significado e o uso da palavra “terra” (em Hebraico ‘erets). Em segundo lugar, consideraremos a palavra no contexto de Gênesis 1:1. Em terceiro lugar, examinaremos o problema de Gênesis 1:2. Finalmente, procuraremos verificar qual é a concepção bíblica do mundo físico que este versículo exprime.
A Palavra “terra”
A palavra hebraica da qual nossa palavra portuguesa “terra” é traduzida em Gênesis 1:1 (“No princípio criou Deus os céus e a terra”) é ‘erets, entendida de maneira geral como terra no sentido de solo, mundo, ou algo semelhante. Poderemos ser mais específicos quanto ao seu significado? Para responder uma questão como esta, o intérprete comumente começa a procurar o significado da raíz da palavra, examinando-a no seu contexto geográfico, no caso, o Oriente Próximo.
A palavra egípcia mais comum para “terra”, no sentido de mundo ou terreno, tem vários significados, abrangendo desde “mundo”, “poeira”, “sujeira”, e “solo”, até “terreno”, “nação”, e “país”(5). Ela ocorre também com a palavra que designa “céu”, formando assim um par de palavras que indica o cosmos deificado. Infelizmente não é possível determinar qual dos significados é o original (6).
A língua acádica da antiga Mesopotâmia empregava diversas palavras para “terra”, das quais uma, eresetu, claramente se relaciona com o hebraico ‘erets (7). Ela é usada em conjunto com a palavra samu (“céu”) para formar a dupla usual “céu e terra” significando o mundo todo, ou mesmo o universo. De maneira bastante interessante ela também se refere ao mundo inferior, a terra da qual não há retorno, e menos freqüentemente à terra ou território de um governador. Finalmente, ela significa “solo”, a matéria que pode ser arada, encharcada de sangue, e usada para sepultura.
Os dialetos semíticos de Canaan e da Fenícia relacionam-se intimamente com a língua hebraica. Em ugarítico ‘rs significa “terra” (8), e novamente se coloca em antítese a céu e núvens, indicando a esfera da vida humana. Em diversas ocasiões esta palavra especifica o chão sobre o qual se cai, sobre o qual chove, e do qual procedem as colheitas (9). Finalmente, a palavra aparece na inscrição de Mesa (a Pedra Moabita) significando “terra” (“Chemosh está irado com a sua terra”) (10).
Estas ilustrações poderiam multiplicar-se, sem que o quadro final se alterasse significativamente - a palavra “terra”, relacionada com o hebraico ‘erets, era usada comumente no Oriente Próximo com os significados de “mundo”, “solo” e “terra”. Somente o contexto indicará se a referência é feita ao mundo todo (que chamamos de “planeta”), à superfície do planeta, na qual se manifesta a vida, ou a uma porção de terreno nessa superfície.
O hebraico ‘erets (“terra”) ocorre mais de 2500 vezes em hebraico (ou aramaico) no Velho Testamento. O exame de todas essas passagens, ou mesmo de uma boa parte delas, foge ao escopo deste ensaio. Não obstante, mesmo uma olhadela rápida mostrará que o seu significado varia no Velho Testamento da mesma forma que fora dele, e que ela inclui a idéia de “planeta terra”, “superfície da terra”, e “porção de terra”.
Desta forma, ‘erets refere-se a toda a terra (ou ao planeta, como diríamos), por exemplo em expressões tais como “o Deus do céu e da terra” (Gênesis 24:3), “Criador dos céus e da terra” (Gênesis 14:19, 22, traduzido na versão Almeida nova como “Deus altíssimo que possui os céus e a terra” ), e “o céu é Meu trono e a terra o estrado de Meus pés” (Isaias 66:1). Isto não significa que a terra sempre tenha sido entendida como sendo uma esfera, como hoje. Da mesma forma, ela é descrita (poeticamente) como tendo quatro cantos (Isaias 11:12, na versão Almeida nova “quatro confins da terra”) e extremidades ou fins (Isaias 40:28). É dito também que ela tem um centro, literalmente um umbigo (Ezequiel 38:12), e que ela pode tremer e abalar-se (Salmo 18:7), e cambalear como um bêbedo (Isaias 24:19 e versos seguintes).
Em segundo lugar, além da divisão do mundo em duas partes, o céu e a terra (planeta), aparece também na Bíblia uma divisão em três partes. O céu está acima, a terra abaixo, e entre eles a porção de terra seca (Êxodo 20:4, Salmo 135:6). Nestes casos ‘erets (“terra”) refere-se somente à superfície seca, ou a terra onde vivem os seres (“terra dos viventes” - Salmo 52:5; Isaias 38:11). Na realidade ela provê também a sepultura para os mortos (Isaias 26:19 - “a terra dará à luz os seus mortos”; Ezequiel 31:14 - “... estão entregues à morte, e se abismarão às profundezas da terra, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova”). Além disso, o pó e a cinza fazem parte dela, bem como as regiões desérticas (Deuteronômio 28:23-24 - “a terra debaixo de ti ... pó e cinza”; 32:10 - “terra deserta”; Salmo 107:34 - “deserto salgado”; Jeremias 2:6 - “terra de ermos ... e sequidão”). Desta forma, não só a superfície da terra que mantém a vida, mas várias partes específicas suas são indicadas pela palavra ‘erets. Uma pessoa pode ser encravada nela (I Samuel 26:8 - “encravá-lp com a lança ao chão”), e o sangue pode ser nela derramado (I Samuel 26:20 - “não se derrame o meu sangue longe desta terra”). Neste ponto ‘erets recebe uma acepção afim à de ‘adama (“chão”, “solo”, “terra”) (11), sendo porém precipuamente o chão sobre o qual pode se manifestar a vida (Gênesis 1:11 e seguintes - “...produza a terra relva ... ervas que dêem semente ... e árvores ...”; 27:28 - “Deus te dê da exuberância da terra...”; Deuteronômio 1:25 - “tomaram do fruto da terra ... É terra boa que nos dá o Senhor...”).
Finalmente, ‘erets significa “terra” no sentido de um território delimitado. Encontramos assim “a terra do norte” (Jeremias 3:18), a “terra da campina” (Jeremias 48:21), a “terra de teus pais” (Gênesis 31:3), a “terra do seu cativeiro” (I Reis 8:47), a “terra dos Cananeus” (Êxodo 13:5), a “terra de Israel” (I Samuel 13:19), a “terra de Benjamim” (Jeremias 1:1), e a “terra do Senhor” (Oséias 9:3).
Permanecemos assim ainda sem uma definição clara do termo. Terra, chão seco, solo, terreno ou território, todas estas palavras são traduções adequadas e comuns da palavra ‘erets do Velho Testamento. Somente o contexto pode nos guiar para a escolha de uma tradução adequada.
Terra no contexto de Gênesis 1:1
Uma pesquisa contextual é difícil de ser considerada em um espaço tão limitado, pois o contexto de um versículo ou de uma palavra pode bem ser comparado com as ondas concêntricas produzidas por uma pedra atirada em um lago. O problema se estende cada vez mais à medida que nos aprofundamos nele. Conseqüentemente, podemos tão somente fazer observações sucintas.
O contexto imediato encontramos no próprio versículo 1, especialmente na expressão “os céus e a terra”(12). É esta uma expressão familiar (13) que em geral é tomada como referindo-se a tudo - o mundo todo - com base em que os céus e a terra constituem os limites extremos de tudo que entre eles existe, isto é, o mundo todo (14). Na realidade poder-se-ia também ler a expressão como fazendo referência aos locais de habitação de Deus e dos homens, ou os seus âmbitos respectivos (Eclesiastes 5:2 - “Deus está nos céus e tu na terra”). Neste caso, a abóboda celeste e a superfície da terra exprimiriam o sentido desejado. Entretanto, no contexto da Criação divina, existe no Velho Testamento algum apoio para entendermos esses termos como se referindo mais à totalidade (de todas as coisas) do que à especificação daqueles âmbitos respectivos (Salmo 136:1-9, Isaias 40:21-23 e 45:11 e versículos seguintes).
A tradução toda de Gênesis 1:1 é deveras difícil, como recentes traduções da Bíblia deixam claro (15). Não há como aprofundarmos esse assunto aqui, a não ser dizermos que o versículo 1 provavelmente é uma introdução geral a todo o relato da Criação (Gênesis 1:1 - “No princípio criou Deus os céus e a terra”; 2:4 - “ Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o Senhor Deus os criou”) (16), e deveria ser traduzido como “no princípio criou Deus os céus e a terra”. Céu e terra, então, é tudo o que vem em seguida no relato, a partir do primeiro ato de Deus - a criação da luz (versículo 3). Subseqüentemente, o segundo dia testemunha a formação do céu (versículo 8), e o terceiro dia fala do aparecimento da terra (versículo 10), seguidos da criação de seus respectivos conteúdos (do versículo 11 até 2:1).
A terra emergente (versículo 9), yabassa (“porção seca”) é chamada de ‘erets (“terra”) em oposição às águas que são chamadas de mares. Isso nos poderia levar a simplesmente identificar ‘erets como a terra firme física (solo, rochas, etc.), não fosse o fato de que a palavra ‘erets (“terra”) é também usada no versículo 2 para descrever aquilo que ainda não havia sido separado em terra seca e mar. Conseqüentemente, podem alguns concluir que ‘erets (“terra”) no capítulo inicial da Bíblia apresenta pelo menos dois significados distintos. Obviamente ela se refere à terra seca (versículo 10), mas também àquilo sem forma e vazio que a precedeu (versículo 2).
Parece claro que o primeiro desses dois significados, “terra seca”, é dominante no resto do capítulo (versículos 11, 12, 20, 22, 24, 26, 29, 30). Em um caso (versículo 25 - “... répteis da terra”), a terra (‘erets) é identificada especificamente com o solo (‘adama), como para ressaltar esse ponto. Entretanto, em alguns outros lugares pode ser preferível um entendimento mais global para ‘erets. Assim, os versículos 14 a 19 falam do sol, da lua e das estrelas e sua relação com a terra. São eles colocados no firmamento não somente para dar luz, mas também para medir estações (festivais), dias e anos. Pareceria que o sistema solar e os seus movimentos (como então concebidos) estão aí em consideração. Gênesis 2:1-4, de igual modo, fala dos céus e da terra e seus exércitos, indicando presumivelmente todo o sistema, e assim completando o relato iniciado no versículo 1 (17).
Podemos assim tirar as seguintes conclusões preliminares. Em geral a palavra ‘erets (“terra”) em Gênesis 1:1 a 2:4 refere-se à terra seca, em contraposição ao ar e ao mar, na qual podem viver o homem, as plantas e os animais. Em outras palavras, ‘erets significa a superfície da terra. Em segundo lugar, o relato também implica que esta terra é parte de um sistema maior, que inclui o sol, a lua e as estrelas (18), e portanto tem um significado mais amplo do que meramente o chão seco sobre o qual pisamos. Ela constitui, também, pelo menos uma região, algo que caracterizamos pelo adjetivo “terrestre”. Desta forma ela inclui o mar para os peixes e o ar para as aves, ambos criados juntamente no quinto dia, antes dos animais terrestres. Em terceiro lugar, na expressão “céu e terra”, ‘erets é parte de um todo que abrange tudo que Deus criou, desde o âmbito terrestre até o celeste. Portanto aqui ‘erets é menos significativo para nossas indagações, pois não se relaciona nem com a matéria nem com o território terrestre, mas simplesmente com a extremidade inferior do espectro que descreve toda a Criação divina. Portanto, ao indagarmos o que é o céu e a terra que Deus criou, no relato de Gênesis 1:1 provavelmente a resposta seria que é tudo que se segue em Gênesis 1:2 a 2:4, dando-se, porém, especial atenção à superfície frutífera que pode sustentar e manter a vida.
O problema de Gênesis 1:2
Isto nos deixa com o espinhoso problema de Gênesis 1:2 (“A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”), um versículo que freqüentemente é usado para descrever a condição da terra em seu estado primordial. Porém, o que significa a palavra “terra” aqui? O globo, a matéria física, ou o solo coberto pela água? Poderemos, de alguma maneira, penetrar o véu que vela a obra criativa de Deus, e saber como Ele operou realmente no início? Algumas propostas têm sido consideradas, nesse propósito:
1) O versículo descreve a existência da terra no intervalo entre a criação original da matéria e a criação da vida. A “terra” ou deveria ser vista como a matéria prima a ser modelada para dar origem a uma terra organizada (19), ou, de acordo com a chamada hipótese da restituição (20), descreveria um mundo caído de sua glória anterior, à semelhança de Lúcifer (versículo 1).
2) O versículo descreve a primeira obra criadora de Deus, uma terra escura e aquosa, no primeiro dia da semana da criação. Este ponto de vista pode trazer alguma dúvida sobre a seqüência das obras de Deus na criação, começando com a luz e terminando com o homem, e poderia levar à sugestão impossível de que o primeiro ato criativo de Deus não tivesse sido bom (21). Young, entretanto, argumentou que essa primeira terra, criada por Deus, era de fato boa, embora ainda não apropriada para a vida (22). ‘Erets, aqui, teria sentidos diferentes nos versículos 2 e 10. O último versículo indicaria um desenvolvimento posterior ao do primeiro.
3) O versículo descreve um caos que permanece não muito antes da criação, em oposição à criação, exprimindo uma sempre presente ameaçadora possibilidade de julgamento divino (23). Aqui, então, a “terra” do versículo 2 é a mesma “terra” do versículo 10, como seria ou deveria ser sem o poder criativo de Deus.
4) O versículo descreve a terra antes da criação, e a caracteriza como sendo um “nada”, isto é, como nada mais do que uma condição na qual a criação da terra poderia ocorrer. De acordo com esta sugestão, bastante comum, ‘erets (“terra”) no versículo 2 não apresenta, em absoluto, qualquer significado especial (da mesma maneira que um aposento vazio não apresenta conteúdo) (24). Aqui, o versículo 2 reitera o tema do versículo 1, porém em um sentido negativo, isto é, que Deus criou tudo no princípio.
Isto significa que ‘erets (“terra”) no versículo 2 não nos ajuda muito para a solução de nosso problema, a menos que, de fato, aceitemos um hiato entre os versículos 1 e 2, de tal forma que o versículo 1 se torne uma cláusula temporal e o versículo 2 uma descrição da matéria pre-existente, o que, entretanto, se contrapõe a alguns estudos cuidadosos que têm sido feitos sobre o problema (25). Alternativamente, o versículo 2 não contribui para a descrição de uma terra criada, a menos que aceitemos o ponto de vista de Young, o que, entretanto, acarreta sérias dificuldades, em particular que a criação divina da terra sugerida no versículo 2 não segue o esquema das outras obras de Deus na criação. Assim, se eliminarmos as proposições 1 e 2, ficamos com as proposições 3 e 4, nenhuma das quais traz qualquer outra contribuição para o nosso conceito da terra primordial a não ser que Deus a tenha criado.
Conseqüentemente, somos de novo levados a Gênesis 1:1, que anuncia de forma sucinta que Deus criou os céus e a terra, seguindo-se uma descrição deste evento. Parece que a terra (‘erets) seria a terra seca sobre a qual pode existir a vida, embora se reconheça que ela faça parte de um sistema mais amplo (sol, lua, estrelas) que provê luz e comanda as estações em seu ciclo.
A terra no pensamento bíblico (26)
Disto resulta uma última questão. Que conclusões podemos tirar das considerações anteriores com relação às perguntas de ordem geofísica que fizemos no início? Gênesis 1:1 refere-se à criação da matéria que fisicamente compõe a terra, ao planeta terra, ou ao solo da superfície da terra? Para responder essa questão devemos primeiramente investigar o sentido da palavra “terra”. Verificamos que geralmente esta palavra significa chão (certamente em Gênesis, do capítulo 1 ao capítulo 2, versículo 4), embora tenhamos de estar alertardos para o fato de que algo mais além do solo esteja associado a ela (versículos 14-19). Entretanto, ao apresentarmos nossas questões contemporâneas perante o texto bíblico, deveríamos também investigar se o próprio texto permite a aceitação das distinções que fazemos, e das nossas razões para fazê-las.
Por exemplo, fazemos distinção entre terra e o planeta terra porque a ciência atual tem-nos apresentado uma cronologia de bilhões de anos para o planeta, enquanto que o texto bíblico apresenta uma cronologia curta para a terra. Entretanto, não existem evidências de que o texto bíblico tivesse manifestado qualquer preocupação com relação a esse tipo de problema. Pelo contrário, o texto bíblico só faz distinção entre terra, entendida como chão ou terra seca, e mundo, no sentido de planeta, porque o primeiro significado tem a ver com o âmbito da vida humana e seu domínio, enquanto que o segundo tem a ver com o âmbito mais amplo das obras de Deus. Assim, Deus criou os céus e a terra (o mundo todo), enquanto que a terra (terra seca) foi feita para a vida e a humanidade. A distinção baseia-se numa perspectiva de função, e não de cronologia, e conseqüentemente não se pode esperar qualquer distinção temporal explícita entre ambas, o que na realidade não existe.
O melhor que podemos afirmar com relação à criação da terra em Gênesis 1:1 é que ela tem que ver com nosso mundo, a terra, e que ela envolve o sistema ecológico no qual vivemos. Muito mais precisaria ser dito sobre questões geofísicas levantadas em nossa época, porém a Bíblia em geral silencia a seu respeito.
Assim, nossa conclusão de que a palavra ‘erets (“terra”) refere-se precipuamente à superfície seca de nosso planeta e à vida nela existente, não permite concluirmos que Gênesis 1 retrate um segundo estágio de uma criação em dois estágios, primeiro a matéria do planeta, e depois a terra, com um intervalo de tempo intercalado. Permite, sim, fazer uma distinção de perspectiva entre o mundo, como sistema céu e terra, e a terra como a porção de terra seca, com seu solo e sua vida. Qualquer distinção temporal entre ambas as acepções correrá por nossa conta, e não com o apoio do texto bíblico.
Não é desprovido de significado, aparentemente, que a Bíblia e o relato da criação iniciam-se com a simples palavra bere’shit, significando “no princípio” (e não com a palavra “Deus”, como se poderia pensar). Conclui-se que a Bíblia nos indica que quem quer que deseje compreender o seu relato da criação não deve ser levado a inquirir sobre o que poderia ter acontecido antes desse princípio, pois no início permanece somente Deus, e nada mais. Somos levados, pela Bíblia, a inquirir sobre o que aconteceu posteriormente ao início da obra criadora de Deus, porém ela na verdade não responde a todas as nossas questões!
Referências:
(1) A literatura é abrangente e variada. Ver por exemplo W. Eichrodt, 1962, In the Beginning, pp. 1-10, in “Israel’s Prophetic Heritage” (New York); G. F. Hasel, 1972, Recent Translations of Genesis 1:1 : A Critical Look, “The Bible Translator” 22:154-167; E. J. Young, 1964, Studies in Genesis One (Philadelphia); N. H. Ridderbos, 1958, Genesis 1:1 und 2, “Oudtestamentische Studiën” 12:214-260; W. H. Schmidt, 1967, Die Scöpfungsgeschichte (Neukirchen); C. Westermann, 1967, Genesis BK 1/2 (Neukirchen), pp. 130-141.
(2) Esta posição incomum é considerada somente esporadicamente, e provavelmente é influenciada pelas palavras tohu wabohu (“sem forma e vazia”) no versículo 2. Ver J. Calvin, 1847, Genesis (Edinburgh), p. 70; Clarke’s Commentary, 1830, vol. 1 (New York), p. 30.
(3) Este é o ponto de vista mais comum. Ele considera “o céu e a terra” (versículo 1) como a expressão do mundo todo, o universo, ou algo semelhante. H. Gunkel, 1922, Genesis (5ª Edição, Göttingen), p. 102; J. Skinner, 1910, Genesis (New York), p. 14; Westermann, Genesis, pp. 140s.
(4) Um ponto de vista menos freqüentemente expresso, que questiona ter o Velho Testamento uma perspectiva universal, e sim uma perspectiva limitada à abóboda celeste com a terra abaixo dela. Ver Young, Studies in Genesis One. pp. 9s; U. Cassuto, 1978, A Commentary on the Book of Genesis, vol. I (Jerusalém), p. 26; B. Vawter, 1977, On Genesis : A New Reading (New York), p. 38.
(5) W. Helck e E. Otto, eds., 1975, Lexikon der Ägyptologie (Wiesbaden), pp. 1263s.
(6) Ver S. Morenz, 1973, Egyptian Religion (Londres), pp. 29s.
(7) The Assyrian Dictionary, 1958, vol. IV (Chicago), pp. 311-313.
(8) Ugaritic Textbook (Roma, 1965), pp. 366s.
(9) Ver G. Johannes Botterweck e Helemer Ringgren, eds., 1978, Theological Dictionary of the Old Testament, vol. I (Grand Rapids), p. 392.
(10) J. C. L. Gibson, 1971, Textbook of Syrian Semitic Inscriptions, vol. I (Oxford), p. 74.
(11) Recentemente, P. D. Miller, 1978, Genesis 1-11, “Journal for the Study of the Old Testament Supplement” 8:37s.
(12) A palavra hebraica “céus” (shamayim) é dual (e não simplesmente plural), indicando talvez duas regiões celestes. Ver L. I. J. Stadelmann, S. J., 1970, The Hebrew Conception of the World, “Analecta Biblica” 39:37-41 (Roma).
(13) Ver N. C. Habel, 1972, Yaweh, Maker of Heaven and Earth; A Study in Tradition Criticisms, “Journal of Biblical Literature” 71:16.
(14) Ver A. M. Honeyman, 1952, Merismus in Biblical Hebrew, “Journal of Biblical Literature” 71:16.
(15) Ver The New English Bible, The New American Bible, The New Jewish Version, Anchor Bible, versões que abandonaram a tradução tradicional “No princípio criou Deus os céus e a terra”.
(16) Ver Hasel, Recent Translations of Genesis 1:1.
(17) Ver Schmidt, Die Schöpfungsgeschichte, p. 76.
(18) O hebraico cocavim (estrelas) são corpos celestes outros que não o sol e a lua. Com base somente na palavra é possível, mas não necessária, uma distinção entre estrelas fixas e planetas. A referência feita aqui às estrelas é incidental, quase parentética, para completar o quadro. Ver Westermann, Genesis, p. 182.
(19) Este ponto de vista pressupõe uma criação anterior do universo material, e é encarada favoravelmente por cientistas que aceitam uma cronologia extensa para a matéria e uma cronologia resumida para a vida na terra.
(20) Também designada como “Teoria da Ruína e Reconstrução, de Gênesis 1:2” em W. E. Lammerts, ed., 1971, Scientific Studies in Special Creation (Philadelphia), pp. 32-40.
(21) B. Childs, 1962, Myth and Reality in the Old Testament (New York), pp. 31-43.
(22) C. D. Simpson, 1952, Genesis, “Interpreter’s Bible”, vol. I (New York), p. 468.
(23) Young, Studies in Genesis One, p. 23.
(24) Os argumentos a favor desta interpretação são tirados de relatos da criação antigos do Oriente Próximo, e de Gênesis 2:5 que usa a expressão “quando... não havia ainda nenhuma planta do campo ...etc . na terra”. Ver Westermann, Genesis, pp.141s; Ridderbos, Genesis 1:1 und 2, pp. 224-227, et al.
(25) Ver nota (1) acima.
(26) Para um acompanhamento mais completo deste assunto, ver Stadelmann, The Hebrew Conception of the World, pp. 126-154.

domingo, 18 de março de 2012

Moléculas x evolução

“Michael Behe disse que a probabilidade de se obter ao acaso uma molécula de proteína (que tem cerca de 100 aminoácidos) seria semelhante a um homem de olhos vendados encontrar um grão de areia específico na areia do deserto do Saara por três vezes consecutivas! E uma molécula de proteína não é vida. Para obter vida, você precisaria colocar cerca de 200 dessas moléculas juntas.”
LEE STROBEL, ex ateu, em seu livro “Em defesa da fé”

sábado, 17 de março de 2012

Falta de provas persuasivas

“Nenhuma das provas [para a seleção natural] nos dão uma razão persuasiva para acreditar que a seleção natural possa produzir novas espécies, novos órgãos ou qualquer outras mudanças importantes, nem mesmo mudanças menores que sejam permanentes.”
PHILLIP E. JOHNSON, em seu livro “Darwin no banco dos réus

sexta-feira, 16 de março de 2012

Ateu honesto

“Por que as pessoas acreditam na evolução?” – Perguntou o apresentado Merv Griffin

“A razão pelo qual aceitamos o darwinismo, mesmo sem provas, é que não queríamos que Deus interferisse em nossos hábitos sexuais.”
JULIAN HUXLEY

quinta-feira, 15 de março de 2012

Caio Fábio: Uma resposta para o sofrimento!

O QUESTIONAMENTO DA POSIÇÃO DE DEUS QDO ACONTECE ALGO TRÁGICO. A MÃE DA PUBLICITÁRIA, MORTA EM GOIÂNIA HÁ POUCOS DIAS ESCREVEU UMA CARTA PARA O FAMOSO PASTOR CAIO FÁBIO QUESTIONANDO A POSIÇÃO DE DEUS.
A Carta:
"Anapolis, 29 de setembro de 2009.
Querido pastor Caio Fábio,
Eu sou uma mãe que acaba de perder uma filha linda, maravilhosa de 26 anos, com apenas cinco meses de casada... Hoje faz sete dias que a perdemos...
Ela era poesia, cor, música e sensibilidade...
Nós somos uma família que conheceu Jesus quando as nossas três meninas tinham entre três e oito anos. Passamos por grandes lutas e desafios e congregamos na igreja presbiteriana do setor sul de Anápolis com o PR Ronaldo Cavalcante.
Caio Fabio, seguimos os seus passos todas as vezes que você esteve por aqui.
Quarta feira passada por volta das 13 horas meu marido me falou que tínhamos que ir para Goiânia porque a nossa filha do meio, a Polyanna, tinha desaparecido...a minhas pernas sumiram....mas eu levantei e entrei no carro para ir para Goiânia pois ela morava lá e estava casada e feliz.....
Apenas com 26 anos a publicitária mais conhecida da cidade por causa da sua alegria e capacidade de incentivar empresários a acreditarem em seus próprios negócios. Os homens da família foram para a delegacia... e nós as mulheres da família ficamos 30 horas orando, clamando a Deus e esperando o pedido de resgate, tendo em vista que o carro já havia sido encontrado com seus pertences dentro e o mesmo havia sido queimado para apagar provas e digitais, dificultando o trabalho da policia... Oramos sem cessar e ouvimos, e lemos a Palavra; e tivemos a certeza de que o resgate seria pedido e esperamos que ela voltaria para nós e com sua tremenda capacidade poética e criativa e como uma menina apaixonada por Jesus ainda escreveria um livro para promover quebrantamento e conversão em muitas vidas.
A única palavra que eu queria ouvir nestas 30 horas de vigília e emoção, aflição e angustia profunda era: "a encontraram"...; ou um toque de telefone com o com o pedido de resgate... Finalmente alguém entra naquela casa onde estávamos amigos e parentes amontoados na sala escorregando do sofá para o chão, então ouvimos: “achou”, mas foi encontrada morta com dois tiros...
Acabei de ler sobre o amor de pai que agradece a Deus por saber que seu filho, para ficar livre desse mundo, tenebroso chamado por Jesus... Não consigo neste momento ter este sentimento de gratidão porque tendo certeza de que não era esse o desejo dela também...
Nós todos estávamos fazendo uma campanha de oração e eu sei quais eram os planos dela para o futuro... Planos de paz, de criação, de crescimento, para que o mundo conhecesse o talento gratuito que Deus lhe deu...
Não posso considerar que a minha não aceitação é egoísta... ela queria viver aqui com o seu querido marido a lua de mel que a esperou por 8 anos, ela queria ter filhinhos e levá-los para jogar bola com o avô que não teve meninos, só meninas, ela queria realizar sonhos comunitários.
No ano passado ela criou um site: "amigoinedito" para movimentar os internautas a fazerem boas ações e registrarem seus depoimentos neste site.
E agora... Eu entendi a resposta que deram para o “mano”, mas voltar a falar com Deus esta difícil demais...
Ainda não sabemos quem foi o sujeito que atirou nela, mas eu não posso acreditar que foi vontade de Deus... se foi o ódio do inimigo das nossa vidas eu pergunto por que Jesus deixou assassinos interromperem a caminhada de uma mensageira de Deus ?"
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A Resposta de Caio Fábio:
"Minha irmã amada: Graça e Paz!
Do meu ponto de vista...,
- Adão não deveria ter pecado;
- Caim não deveria ter matado Abel;
- os filhos de Caim não deveriam ter construído Babel;
- Cão não deveria ter “abusado” na nudez do pai, Noé;
- Abraão não deveria ter gerado filho de sua serva, Hagar;
- Jacó não deveria ter enganado Esaú e nem Esaú deveria ter trocado a “bênção” por um prato de lentilhas;
- os filhos de Jacó não deveriam ter traído José;
- Moisés deveria ter entrado na Terra de Canaã;
- a filha de Jefté não deveria ter sido morta pelo voto do pai;
- Sansão não deveria ter morrido daquele jeito;
- Davi não deveria ter surtado nunca; e, por isto, não deveria ter perdido nenhum filho;
- Isaías não deveria ter sido serrado pelo meio;
- a mulher de Ezequiel não deveria ter sido morta como parábola para ensinar os incrédulos;
- Oséias não deveria ter sido tão infeliz no casamento;
- os inocentes deveriam ter sido poupados em todas as chacinas;
- nenhuma criança deveria ter morrido pela ambição dos adultos;
- nenhuma mãe jamais deveria ter comido seus filhos no auge da fome;
- João Batista deveria ter vivido vida longa e honrada, ao invés de acabar sem cabeça em razão de uma bunda bonitinha;
- Jesus, O Verbo, A Palavra, não deveria ter sido morto;
- a Ressurreição não deveria ter sido tão discreta...;
- os apóstolos, como Tiago irmão de João, não deveriam ter sido mortos por nenhum capricho [e todos foram...];
- Paulo não deveria ter sido morto justamente quando os cristãos mais precisavam dele;
- milhares de testemunhas também nunca deveriam ter morrido uma morte sem sentido, banal; enquanto os maus prosperam; enquanto a injustiça foge do juízo; enquanto a verdade é pisoteada; enquanto a maldade se torna poder; enquanto gente boa some.. sem explicação...
Sim, entregue a minha visão menor do que a de uma ameba e mais egoísta do que eu mesmo consigo discernir a profundidade do egoísmo, eu poderia consertar o mundo; impedir todas as injustiças; ajudar Deus a ser Deus; determinar o melhor pro mundo, pros meus filhos, pra minha vida; enfim, eu, entregue a mim mesmo, seria tão cheio de boas idéias..., que ninguém que eu amasse morreria; sim, ninguém...; e se morresse seria com meu consentimento, entendimento, compreensão e apoio a Deus na Sua soberania!...
Ah, se eu fosse o Deus do mundo ninguém morreria; ou, então, ninguém que eu gostasse; e, da minha casa,certamente ninguém morreria; não enquanto eu estivesse vivo...
Eu, todavia, há muito aceitei e vi que de fato não vejo; percebi que de fato não discirno; entendi minha limitação de entendimento; constatei que meu melhor amor é ainda por mim mesmo e por meus sonhos; aprendi que meus amores são “meus” e por “minha causa”; pois, morre o vizinho, e não sinto; morre o jovem da esquina, e logo esqueço; milhares são vitimados, e eu apenas lamento; o mundo acaba em vários lugares da terra, e eu agradeço que não seja AQUI...; e, aqui, é onde moro, vivo; e AQUI não posso conceber que aconteça o que no mundo inteiro acontece...
O que não dá é para sofrer em nome de sua filha os sofrimentos que ela não está sofrendo...
Sim, pois você queria ver a sua filha casada e feliz no casamento; tendo filhos; se realizando profissionalmente; etc... Esses são os seus sonhos e um dia foram os dela... Mas saiba: AGORA já não são [...] mais sonhos dela, mas apenas seus [...] por e para ela...
Hoje, para ela, o melhor marido é nevoa perto da Glória; a melhor lua de mel é amarga se comparada à alegria dela; os filhos mais lindos são miragens quando comparados aos encontros de amor que ela está tendo; as realizações profissionais que lhe orgulhariam, hoje, agora, para ela, são as canseiras e os enfados que cessaram...
O problema é que você não teve tempo para se realizar nela!
É claro que a dor é indescritível... E ninguém pode dizer que não conheço tal dor... Mais de uma vez...
Todavia, é como pai que perdeu filho; como filho que perdeu pai; como irmão que perdeu irmão; como amigo que já perdeu milhares de amigos, que lhe digo que meus sentimentos seriam todos como os seus, não fosse o fato de que discerni faz tempo, que a maior dor dos enlutados é ainda egoísmo pelo outro [...] cuja alegria está plena, mas não a nós...; e, também, vi que tais sentimentos são todos o resultado de minha vontade de me ter nos meus filhos, de me reproduzir neles e assistir tal fato; ou seja: descobri com toda honestidade que minha frustração era não poder gozar a vida neles [...], nos que foram...
Entretanto, hoje, o que lhe digo parece sem coração e fácil de dizer.... Mas não é... O que é então que me faz dizer o que digo?...
Ora, é a simples coerência com a fé que professo; é a simples coerência com Jesus; é a simples coerência com a existência que mata os homens dos quais o mundo não é digno; é coerência com João Batista, que não era inferior ao meu filho Lukas, e, mesmo assim, morreu por um capricho... O que posso lhe dizer é que somente a transcendência da fé que se projeta para a Vida que é, sim, somente tal poder pode nos fazer vencer tal dor; a qual, por mais legitima que seja, sempre mistura amor e egoísmo; sempre mistura fé com privilegio; sempre crê que a vida eterna é uma belezinha apenas para quando a gente estiver caquético...
Leia os evangelhos e veja se é justo você pensar que a vida dos discípulos de Jesus esteja para além da calamidade!...
Sei que no momento minha resposta chega a você como vinagre na ferida... Infelizmente, no entanto, não tenho consolações vazias; e nem digo a ninguém o que Jesus jamais disse... Jesus nunca consolou ninguém dizendo “Que Pena! Tão Novinho!”...
Na realidade, ao olhar o mundo, mais creio e internalizo como verdade a declaração que diz que é preciosa aos olhos do Senhor a morte dos Seus santos!... O que eu digo [...] você não entende agora, mas compreenderá depois!... É justo e sadio chorar os nossos amados...
O que não é certo é perguntar por que em mundo que mata tanto todos os dias, gente que amemos também possa e venha a morrer?... Além disso, o fato de ter sido um seqüestro seguido de assassinato, do ponto de vista de Jesus, não muda nada; posto que Lhe tenham falado das desgraças e maldades praticadas por Pilatos, ou do acidente idiota na Torre de Siloé, e, a tais narrativas, Ele não acrescentou nada em especial; visto que Dele não se tenha havido um “Oh!”; ou um “Ô”; ou um “Que coisa!”...
Não! Ele apenas disse: “Se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis!”...
O fato é que Jesus não tem misericórdia e pena por ninguém que esteja partindo desse mundo para a morada do Pai!
Você teria?...
Sinto saudades... Choro... Abraço as memórias... Beijo meu filho no meu coração todos os dias... Mas não o traria de volta se pudesse...Sim, jamais desejaria a ele tal maldade de tê-lo de volta a esse mundo, uma vez que dele meu filho esteja livre para sempre...
Você acha mesmo que o sucesso Publicitário é para comparar com o nome dela publicado no Livro da Vida?...
Seu olhar está enterrado neste mundo, e, por isto, fica impossível hoje para você o alegrar-se na Glória de Deus!
Entretanto, eu lhe digo:... Se tais “perdas” não nos projetarem para Deus pelo menos pelo afeto eternizado por filhos que já se foram para a Casa Eterna, pergunto: quando então se amará a eternidade ainda vivendo neste mundo?... Será que um crente só deseja e celebra a eternidade quando o câncer já comeu tanto os órgãos, que a dor é tão desesperadora que a pessoa quer ir para Deus não por Deus, mas apenas para ficar livre da dor?...
É mesmo assim?...
Deus é apenas uma alternativa ao desespero da dor sem cura neste mundo?...
Ora, se é assim Deus ainda não é amado por nós!...
Chore! Chore! Chore! Pois dói demais!...
Mas chore enquanto vê sua filha em Glória; e, portanto, ao chorar, chore por você e não por ela; posto que se ela visse você lamentando a glória dela, ela lhe diria: “Mãe! Você não viveu para a minha felicidade?... Então, por que se entristece com minha plenitude em Deus?”Além do que já disse, não tenho nada para dizer a ninguém e nem a você, minha amada irmã no Evangelho e no luto!...
Entretanto, sei que somente o Espírito Santo pode tornar alguém apto para discernir [...] e se consolar com tais realidades invisíveis...
Oro por você e pela sua casa... Oro pelo seu genro... Oro para que vocês se gloriem na esperança da glória de Deus, conforme se mande que seja para quem de fato crê em tudo o que confessa como fé em tempos de bonança...
Receba meu amor e minha solidariedade!Nele, que ama nossos filhos mais do que em nosso egoísmo a gente consegue conceber o que seja amor,
Caio, 30 de setembro de 2009".