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segunda-feira, 27 de março de 2017

Livro: "Evidências da Ressurreição" de Josh McDowell & Sean McDowell

- O que isso tem a ver com o seu relacionamento com Deus - 

Editora CPAD

Quando Jesus morreu na cruz parecia que tudo estava perdido. Parecia que a morte tinha vencido. Porém, depois de permanecer três dias no sepulcro de um homem rico, Jesus apareceu. vivo! 
A notícia foi tão impressionante que os seus seguidores se recusaram a crer até que o viram com seus próprios olhos, e tocaram as suas feridas com as próprias mãos. Então Jesus fez uma declaração impressionante: 

No futuro, eles teriam corpos ressuscitados como o dEle, corpos que jamais se deteriorariam, que jamais envelheceriam. Jesus lhes prometeu uma vida sem morte e sem dores, na presença do Deus amoroso, para todo sempre. Porém, será que também podemos crer nessa promessa? Será que podemos crer que essa promessa maravilhosa foi feita por um homem que ressuscitou dos mortos? Em um olhar fascinante direcionado às afirmações dos escritores do Evangelho, e 2.000 anos de experiências de cristãos cheios de fé, o autor Josh e seu filho Sean o convidam a examinar as evidências claras e abundantes de que Jesus Cristo venceu a morte e a sepultura. E eles o desafiam a responder à seguinte pergunta: Se Jesus ressuscitou há 2.000 anos, o que isso tem a ver comigo hoje?

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O Cavalo evoluiu?


A suposta linhagem evolucionária do cavalo é a mais famosa de todas as linhagens. Em qualquer debate sobre a evolução do cavalo, cinco estágios perfeitamente esquematizados são geralmente apresentados.

Cerca de 50 milhões de anos atrás, segundo se acredita, uma pequena criatura chamada eohippus deu início à evolução do cavalo. Acredita-se que o eohippus evoluiu do período oligoceno, transformando-se em uma criatura chamada mesohippus.

O mesohippus, por sua vez, evoluiu para o merychippus que origiou o pliohippus no período plioceno, há cinco milhões de anos. O pliohippus evoluiu, então, para o cavalo moderno. Isto, pelo menos, é o que nos contam.

Vários problemas estão ligados a esta interpretação. Primeiro, só cinco espécimes são mostrados. A medida que aumenta de tamanho, suas quatro úngulas (ou seja, cascos partidos em quatro) diminuíram gradualmente, até que o cavalo atual passou a correr sobre uma única úngula. Esses cinco espécimes são selecionados dentre um bom número de possiblidade. J. Z. Young diz:

"Os tipos conhecidos de cavalos dividem-se em 350 espécimes, mas apenas uma pequena proporção deles pode ser seguramente classificada como próxima à linha direta de evolução até o equus (o cavalo)". (1)

Em outras palavras, cinco espécimes dentre os 350 disponíveis foram incluídos na linha evolucionária direta, em detrimento dos outros 345.

Como esses cinco espécimes foram escolhidos? A linhagem evolucionária do cavalo foi proposta por V. C. Kowalevsky, em 1874 (2). Ele traçou uma linhagem que incluía três "cavalos" fósseis do hemisfério oriental e o cavalo moderno. esta linhagem foi substituída quando H. F. Osborn, ex-diretor do Museu Norte-americano de História natural, publicou sua teoria sobre a linhagem evolucionária do cavalo. Nenhum dos espécimes de Kowalevsky foi incluído no trabalho de Osborn, e os quatro espécimes fósseis propostos por Osborn são correntemente aceitos.

Ficamos imaginando se a linhagem proposta por Kowalevsky poderia ser ainda aceita sem a intervenção de Osborn... É também provável que linhagens completamente diferentes pudessem ser elaboradas com base nos 350 espécimes disponiveis.

Dott e Batten comentam sobre a obra de Osborn:
"Até recentemente estávamos sob a ilusão de que a tese de Osborn estava correta e plenamente desenvolvida. Coleta intensa durante mais de 30 anos mostrou que o quadro ortogenético traçado por Osborn não passa de uma grosseira e exagerada simplificação. Desde que a nossa exposição precisa ser breve, iremos seguir sua descrição simplificada, reconhecendo que as tendências nem sempre são consistentes nos grupos". (3)

Os professores admitem que Osborn exagera na simplificação do quadro, todavia eles o apresentam aos alunos como fato comprovado. A extensão do excesso de simplificação fica evidente depois de lermos a explicação de Young de como certo espécime fóssil é enquadrado na linhagem. Ele diz:

"Os restos fósseis não são geralmente encontrados em uma longa série de estratos, de modo a termos certeza de que uma população evoluiu para outra. Todavia, a datação dos fósseis pode, com freqüência, ser feita com considerável exatidão por meio de animais associados, e uma série pode ser, assim, produzida como seria de se esperar no progresso do hyracotherium para o equus. Existem, porém, muitos fósseis que mostram desenvolvimentos especiais e não podem ser enquadrados na série direta. Supõe-se que essas sejam linhas divergentes. É preciso enfatizar que isto é arbitrário, embora, provavelmente, seja um procedimento justificável. Essas ´linhas secundárias` são tão numerosas que imediatamente lançam suspeita sobre a idéia de que houve qualquer ´tendência`única e uniforme na evolução do cavalo. São conhecidos pelo menos doze tipos suficientemente marcantes para serem classificados como gêneros, além daqueles que levam diretamente ao equusna linhagem. Existe, naturalmente, um número muito maior de linhas evolucionárias mais curtas e independentes nesses gêneros". (4)

O primeiro problema
O primeiro problema apresentado por Young é que esses fósseis acham-se tão espalhados ao redor do mundo que ninguém tem qualquer prova de que um grupo poderia evoluir para outro.

O segundo problema
O segundo problema ocorre quando se tenta enquadrar um espécime na linhagem. Não existe prova de que aqueles que não se "enquadram" sejam "linhas secundárias" em relação à principal. Os cinco espécimes não poderiam sempre ser mostrados como "linhas secundárias" e um outro conjunto como a linha principal?

Finalmente
Finalmente, Young admite que é duvidoso ter havido uma "tendência" uniforme na evolução do cavalo. Se não existe essa "tendência", por que insistem em apoiar o excesso de simplificação uniforme de Osborn?

Notas:
(1). J. Z. Young, The Life of vertebrates, pg.726.
(2). Bolton Davidheiser, Evolution and Christian Faith; pg.324.
(3). Robert H. Dott Jr e Roger L. Batten, Evolution of the earth, pg.434.
(4). J. Z. Young, The Life of Vertebrates, pg.735-736.

Fonte:

Josh McDowell & Don Stewart; "Razões para os Céticos Considerarem o Cristianismo"; ed. Candeia, pg.189-191

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Existe Evidência de Criação Instantânea?

"Nos últimos vinte e cinco anos vêm se colhendo provas que parecem indicar que a terra foi criada num instante. As provas se baseiam no estudo de um aspecto de muitas rochas vulcânicas. O halo de radioatividade encontrado em vários minerais é uma descoloração da rocha, causada pela deterioração radioativa de um pequeno fragmento de um elemento radioativo contido na rocha.

Quando uma pequena partícula ou inclusão de uma substância radioativa, como o urânio-238, fica presa na rocha, o urânio emite partículas-alfa que destroem a estrutura cristalina do mineral. Desde que as partículas-alfa são emitidas pelo urânio com uma determinada velocidade, elas percorrem apenas uma certa distância através da rocha até se algarem. Quando as partículas-álfa se fixam, descolorem a rocha.

Em vista das particulas-alfa serem emitidas em todas as direções, produz-se uma descoloração em forma esférica.

Ao deteriorar-se em chumbo, o urânio emite uma partícula-alfa, o átomo não é mais de urânio mas se transforma em tório que, por sua vez, emite uma partícula e se transforma em outro elemento.

Durante esse processo as partículas-alfa são emitidas com cinco velocidades diferentes. Por causa disso, quando o urânio se retém numa rocha, ocorre uma série de descolorações concêntricas muito finas. O tamanho de cada halo é determinado pela velocidade da partícula-alfa, pois cada elemento na cadeia de deterioração emite partículas com uma velocidade específica. Assim sendo, encontrando-se um halo de um certo raio, é possível determinar que elemento o formou com base apenas no raio.

O polônio-218, o polônio-214 e o polônio-210 são as substâncias radioativas responsáveis por três halos no halo de cinco anéis característicos do urânio. Esses três isótopos do polônio só são encontrados hoje misturados com o urânio-238. Isto se deve ao fato de o polônio deteriorar-se tão rapidamente que não se acumula além de alguns minutos. A única razão de ele existir deve-se à sua constante formação pela deterioração do urânio.

Dois fatores são requeridos para a formação de um halo:
1. Um pequeno fragmento de uma substância radioativa precisa estar embutido na rocha derretida antes de ela esfriar.
2. A rocha deve solidificar-se e formar um cristal antes que desapareça toda a radioatividade.
Diante dessas considerações, houve surpresa ao serem descobertos halos de dois e três anéis num tamanho que indicava terem sido formados pelos três isótopos de polônio. Desde que o polônio-218 tem uma meia-vida de apenas três minutos, a maior parte do polônio desaparece em 30 minutos. Desse modo, encontrar um halo de polônio sem qualquer evidência de um halo de urânio indicaria que a rocha derretida se solidificara em 30 minutos após a formação do polônio-218, e, desde que a única fonte conhecida do polônio-218 é a deterioração do urânio, a única fonte aparente desse polônio seria a criação instantânea.

A situação torna-se ainda mais interessante com os halos do polônio-214 - os halos em dois anéis mencionados acima. A meia-vida do polônio-214 equivale a 0,000164 segundos. Isto significa que a rocha teria de esfriar em menos do que um milésimo de segundo depois do polônio-214 ter-se originado. Nenhum dos processos conhecidos da natureza pode esfriar e solidificar uma rocha com essa rapidez.

Será possível que isto prova que Deus criou a terra num instante?

Fonte:

Josh McDowell & Don Stewart; "Razões para os céticos considerarem o cristianismo"; ed. Candeia; pg.121-122.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Cristianismo É uma Religião de FATOS

O cristianismo apela à história, aos fatos da história, o que P. Carnegie Simpson chama de "os dados mais claros e acessíveis que existem". Simpson prossegue: "Ele (Jesus) é um fato histórico, verificável como qualquer outro".

J. N. D. Anderson registra o comentário de D. E. Jenkins: "O cristianismo se baseia em fatos inquestionáveis...".

Clark Pinnock define esse tipo de fatos: "Os fatos que apóiam as alegações cristãs não são um tipo especial de fato religioso. São os fatos que podem ser assimilados e entendidos pela mente humana, sobre os quais se baseiam todas as decisões de caráter histórico, legal e ordinário".

Um dos propósitos destas "anotações de provas do cristianismo" é apresentar alguns desses "fatos indiscutíveis" e verificar se a interpretação desses fatos não é a mais lógica. O objetivo da apologética não é convencer uma pessoa a, inadvertidamente e contra a sua vontade, tornar-se cristã.

Clark Pinnock escreve: "Exige um grande esforço o trabalho de apresentar às pessoas, e de um modo inteligente, as provas em favor do evangelho, de maneira que elas possam tomar decisões significativas, convencidas pelo poder do Espírito Santo. O coração não pode se comprazer com aquilo que a mente rejeita como sendo falso".

HEBREUS 4:12                                                                                                                                             
"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração."

Precisamos manter o equilíbrio entre as duas tendências acima mencionadas. Devemos pregar o evangelho, mas também devemos estar "sempre preparados para responder a todo aquele que (nos) pedir razão da esperança que há em (nós)''.

O Espírito Santo convencerá as pessoas acerca da verdade; não é preciso tentar adivinhá-la. "Certa mulher chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia" (Atos 16:14).

Pinnock, um hábil apologeta e testemunha de Cristo, conclui a questão, expressando-se com muita propriedade: "Um cristão inteligente deve ser capaz de apontar as falhas numa posição não-cristã e apresentar fatos e argumentos em favor do evangelho. Se nossa apologética nos impede de explicar o evangelho a quem quer que seja, é uma apologética inadequada".
                                                                      
VAMOS ESTABELECER ALGUNS FATOS BÁSICOS
Antes de tratar das diversas provas que favorecem a fé cristã, deve-se esclarecer algumas idéias errôneas e entender várias questões fundamentais.

Fé Cega
Uma acusação bem comum e contundente feita contra o cristão é: "Vocês, cristãos, me deixam doente! Tudo o que vocês tem é uma 'fé cega"'.

Certamente essa é uma indicação de que o acusador crê que, para tornar-se cristã, a pessoa precisa cometer um "suicídio intelectual".

Pessoalmente, "meu coração pode se alegrar com aquilo que minha mente rejeita". Meu coração e minha cabeça foram criados para juntos agirem e crerem em harmonia. Cristo nos mandou: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento" (Mateus 22:37).

Quando Jesus Cristo e os apóstolos conclamavam uma pessoa a exercitar a fé, essa não era uma "fé cega", mas uma "fé inteligente". O apóstolo Paulo disse: "Sei em que tenho crido" (2 Timóteo 1:12). E Jesus disse: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8:32). Conhecer, saber, é o contrário de ignorar.

A fé de um indivíduo envolve "a mente, as emoções e a vontade". F. R. Beattie tem toda razão ao afirmar que "o Espírito Santo não opera, no coração, uma fé cega e sem fundamentos..."

É justificável que Paul Little escreva: "A fé no cristianismo baseia-se em fatos. Não é contrária à razão. No sentido cristão, a fé vai além, mas não contra a razão".

A fé é a certeza que o coração tem de que as provas são suficientes.

UMA MANOBRA POLÍTICA

A Fé Cristã É uma Fé Objetiva
A fé cristã é uma fé objetiva; deve, portanto, ter um objeto. O conceito cristão de fé "salvadora" é o de uma fé em que se estabelece um relacionamento com Jesus Cristo (o objeto); esse conceito está numa posição diametralmente oposta ao uso "filosófico" da palavra fé que, hoje em dia, se faz em geral nas salas de aula. Um clichê que se deve rejeitar é: "Não importa o que você crê, desde que você tenha convicção disso".

Vou ilustrar. Mantive um debate com o chefe do departamento de filosofia de uma universidade localizada no meio-oeste dos Estados Unidos. Ao responder uma pergunta, aconteceu de eu mencionar a importância da ressurreição. A essa altura, meu oponente me interrompeu e me disse com bastante sarcasmo: "Espere aí, McDowell. A questão principal é se a ressurreição aconteceu ou não? Ou se "você crê que ela aconteceu?" O que ele estava sugerindo (na verdade estava, com muita coragem, afirmando) é que minha crença era a coisa mais importante. Repliquei imediatamente: "Professor, na verdade importa, e muito, aquilo que creio como cristão, porque o valor da fé cristã não está em quem crê, mas naquele em quem se crê, no objeto da fé". E prossegui: "Se alguém pudesse me provar que Cristo não ressuscitou dos mortos, eu não teria o direito à fé cristã" (1 Cor íntios 15:14).

A fé cristã é fé em Cristo. O seu valor não está naquele que crê, mas naquele em quem se crê. Não naquele que confia, mas naquele em quem se confia.

Logo após esse debate, um bolsista muçulmano me procurou para conversar e. durante um diálogo muito construtivo, ele disse com toda sinceridade: "Conheço muitos muçulmanos que têm mais fé em Maomé do que alguns cristãos têm em Cristo". Respondi: "Pode ser verdade, mas o cristão é "salvo".

Veja, não importa a quantidade de fé que você tenha, mas quem é o objeto da sua fé. Isso é importante do ponto de vista cristão.

Com freqüência ouço estudantes dizerem: "Alguns budistas são mais consagrados e têm mais fé em Buda (o que revela uma compreensão errada do budismo) do que os cristãos têm em Cristo". Só posso responder o seguinte: "Talvez, mas o cristão é salvo".

Paulo disse: "Sei em quem tenho crido". Isso explica por que o evangelho gira em torno da pessoa de Jesus Cristo.

John Warwick Montgomery afirma: "Se o nosso 'Cristo da fé' se afasta um pouco do 'Jesus da história' que a Bíblia apresenta, então, na proporção desse afastamento, perdemos também o autêntico Cristo da fé". Conforme Herbet Butterfield. um dos maiores historiadores da nossa época, o expressou: "Seria um erro perigoso imaginar que as características de uma religião histórica continuariam inalteradas caso o Cristo dos teólogos fosse divorciado do Jesus da história'.".

A expressão "Não venha me confundir com os fatos" não é própria para um cristão.

Testemunhas Oculares
Os escritores do Novo Testamento ou escreveram na qualidade de testemunhas oculares dos eventos que descreveram ou registraram os acontecimentos, conforme relatados, em primeira mão, por testemunhas oculares.

"Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade" (2 Pedro 1:16).

Eles certamente sabiam qual a diferença entre mito, lenda e realidade.

Um professor de uma turma de literatura universal, à qual eu estava falando, fez a seguinte pergunta: "Qual sua opinião sobre a mitologia grega?" Respondi com uma outra pergunta: "Você quer saber se os acontecimentos da vida de Jesus — a ressurreição, o nascimento virginal, etc. — foram apenas um mito?" E ele respondeu: "Isso mesmo". Respondi, então, que, entre essas coisas aplicadas a Cristo e essas mesmas coisas aplicadas à mitologia grega, existe uma diferença óbvia que geralmente é ignorada. Os acontecimentos análogos da mitologia grega (como, por exemplo, a ressurreição) não se aplicavam a indivíduos reais, de carne e sangue, mas a personagens mitológicos. Na questão do cristianismo, esses acontecimentos estão ligados a uma pessoa que os escritores conheceram na dimensão tempo-espaço da história, o Jesus de Nazaré da história, que eles conheceram pessoalmente.

Ao que o professor disse: "Você tem razão. Eu não tinha percebido isso."

S. Estborn, em Gripped by Christ (Atraído por Cristo), explica essa questão com mais detalhes. Ele conta que Anath Nath "estudou tanto a Bíblia como os Shastras, sendo que dois temas bíblicos prenderam profundamente sua atenção: primeiro, a realidade da encarnação, e, segundo, a expiação do pecado humano. Ele procurou harmonizar essas doutrinas com as Escrituras hindus e descobriu no sacrifício voluntário de Cristo um paralelo com Prajapati, o deus-criador veda. Também percebeu uma diferença vital. Enquanto o Prajapati veda é um símbolo mítico, que tem sido aplicado a inúmeras personagens, Jesus de Nazaré é uma pessoa histórica. Por isso ele disse: 'Jesus é o verdadeiro Prajapati, o verdadeiro Salvador do mundo'."
J. B. Phillips, citado por Blaiklock, afirma: "'Já li, em grego e em latim, dezenas de histórias de mitos, mas não encontrei a menor idéia de mito na Bíblia'. A maioria das pessoas que conhece grego e latim, não importa qual seja sua atitude para com as narrativas do Novo Testamento, concordaria com ele..."

"Pode-se definir mito como uma tentativa pré-científica e imaginativa de explicar algum fenômeno, real ou aparente, que desperte a curiosidade daquele que faz o mito, ou, talvez, mais exatamente um esforço por alcançar um sentimento de satisfação, em vez de perplexidade, diante de tais fenômenos. Freqüentemente apela mais às emoções do que à razão, e, de fato, em suas manifestações mais típicas, parece ter surgido em uma época quando não se exigiam explicações racionais'."

TESTEMUNHAS OCULARES
1 João 1 :1-3 "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo."

Lucas 1:1-3 "Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares, e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem."

A obra The Cambridge Ancient History (A História Antiga de Cambridge), falando da preocupação de Lucas com a exatidão, afirma:

"Ele está naturalmente interessado em fazer uma boa defesa da religião que professa - e não apenas porque cria que era verdadeira (e não havia atrativo algum para se professar o cristianismo, a não ser que se estivesse totalmente convencido de sua veracidade)..."

Atos 1:1-3 "Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus fez e ensinou, até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas. A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus."

1 Corintios 15:6-8 "Depois Jesus foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora, porém alguns já dormem. Depois foi visto por Tiago, mais tarde por todos os apóstolos, e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo."

João 20:30,31 "Na verdade fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.'

Atos 10:39-42 "É nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém? ao qual também tiraram a vida, pendurando-o no madeiro. A este ressuscitou Deus no terceiro dia, e concedeu que fosse manifesto, não a todo o povo, mas às testemunhas que foram anteriormente escolhidas por Deus, isto é, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos; e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos".

1 Pedro 5:1 "Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada."
Atos 1:9 "Ditas estas palavras, foi Jesus elevado ás alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos."

John Montgomery diz que "a inviabilidade de fazer distinção entre a afirmação de Jesus sobre si mesmo e a afirmação dos escritores do Novo Testamento não deve causar espanto, pois a situação tem um paralelo exato com a de todas as personagens históricas que não optaram por escrever (por exemplo, Alexandre o Grande, César Augusto, Carlos Magno). Nesses casos, dificilmente diríamos que é impossível chegarmos a descrições históricas aceitáveis. E, também, os escritores do Novo Testamento... registram testemunhos oculares sobre Jesus, pelo que se pode confiar, pois apresentam uma descrição histórica cuidadosa de Jesus."

Conhecimento de Primeira Mão
Os escritores do Novo Testamento apelaram ao conhecimento de primeira mão que seus leitores e ouvintes possuíam a respeito dos fatos e das provas acerca da pessoa de Jesus Cristo.
Os escritores não disseram apenas: "Vejam, nós vimos isto ou ouvimos que...'*, mas viraram a mesa e disseram face a face aos seus críticos mais mordazes: "Vocês também sabem dessas coisas... Vocês as viram. Vocês mesmos sabem a respeito".

É melhor a pessoa ter cuidado quando diz ao oponente: "Você também sabe disso", porque se ela estiver errada quanto a alguns detalhes, terá de "engolir o que disse".
Atos 2:22 "Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós, com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis..."

Atos 26:24-28 "Dizendo ele (Paulo) estas coisas em sua defesa, Festo o interrompeu em alta voz: Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar. Paulo, porém, respondeu: Não estou louco, ó excelentíssimo Festo; pelo contrário, digo palavras de verdade e de bom senso. Porque tudo isso é do conhecimento do rei, a quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido de que nenhuma destas coisas lhe é oculta; porquanto nada se passou aí, nalgum recanto. Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas? Bem sei que acreditas. Então Agripa se dirigiu a Paulo, e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão."

Preconceitos Históricos
"Se alguém for estudar historicamente a vida de Jesus de Nazaré, descobrirá uma pessoa muito notável, não o Filho de Deus."

Algumas vezes me expressam essa idéia da seguinte maneira: "Pelo método 'histórico moderno' uma pessoa jamais decidirá pela ressurreição".

Você está certo; é verdade. Mas antes de tirar conclusões apressadas, quero explicar-lhe o seguinte: para muitas pessoas, hoje em dia, o estudo da história carrega consigo as idéias de que não existe Deus, os milagres não são possíveis, vivemos num sistema fechado e não existe nada de sobrenatural. Com essas pressuposições, elas iniciam a investigação "crítica, aberta e honesta" da história. Quando estudam a vida de Cristo e lêem sobre os milagres ou a ressurreição, concluem que não houve milagre nem ressurreição porque sabemos (não histórica, mas filosoficamente) que não existe Deus, os milagres não são possíveis, vivemos num sistema fechado e não existe nada de sobrenatural. Portanto, essas coisas não podem ocorrer. O que os homens têm feito é eliminar a possibilidade da ressurreição de Cristo, antes mesmo de começarem uma investigação histórica da ressurreição. Essas pressuposições não são tanto idéias históricas preconcebidas, mas principalmente preconceitos filosóficos.

Esse método de estudo da história se baseia na "pressuposição racionalista" de que Cristo não poderia ter ressuscitado dos mortos. Em vez de iniciar pelos dados históricos, eles atrapalham o devido estudo da história por causa da "especulação metafísica".

John W. Montgomery escreve: "Não se pode eliminai a priori, em bases filosóficas, o fato da ressurreição. Os milagres só são impossíveis se assim forem definidos - mas uma tal definição elimina a correta investigação histórica".

Neste assunto faço longas citações de Montgomery, que é uma das pessoas que me tem estimulado a refletir sobre a história. Ele afirma: "Kant demonstrou, de maneira conclusiva, que todos os argumentos e sistemas principiam por pressuposições; mas isso não significa que todas as pressuposições sejam igualmente desejáveis. E melhor iniciar, como temos feito, pelas pressuposições de métodos (JS quais naturalmente conduzirão à verdade) do que pelas pressuposições de conteúdo substantivo (as quais presumem previamente um corpo de verdades). Em nosso mundo moderno, temos descoberto que as pressuposições do método empírico são as que melhor preenchem essa condição; note, contudo, que estamos agindo apenas com base nas pressuposições do método científico, não nas suposições racionalistas da ciência ('A Religião da Ciência')." Montgomery cita os comentários de Huizenga concernentes ao ceticismo no âmbito da história ("De Historische Idee". In: Verzamekde Werken. Haarlem, 1950, v.7, pp. 134-6; conforme se encontra citado, em tradução para o inglês, na obra de Fritz Stern; ed., The Varieties of History (As Variedades de História), Nova Iorque: Meridian, 1956, p. 302). Huizenga afirma: "O mais forte argumento contra o ceticismo no âmbito da história... é o seguinte; o homem que têm dúvidas acerca da possibilidade de que os dados e a tradição sejam historicamente corretos não poderá, então, aceitar seus próprios dados, juízos, associações de fatos e interpretações. Não pode limitar a dúvida à crítica histórica que realiza, mas é necessário que deixe a dúvida operar em sua própria vida. Imediatamente descobrirá que não apenas lhe faltam provas conclusivas acerca de todos os aspectos de sua própria vida, os quais havia aceito sem maior reflexão, mas também que não há quaisquer provas. Em resumo, ele se vê obrigado a aceitar um ceticismo filosófico geral, paralelo ao ceticismo histórico. O ceticismo filosófico geral é uma interessante brincadeira intelectual, mas é impossível viver brincando nesse jogo."
Millar Burrows, da Universidade Yale, um norte-americano especialista nos Rolos do Mar Morto, também citado por Montgomery, escreve: "Existe um tipo de fé cristã... muito forte hoje em dia, (que) considera as afirmações da fé cristã como declarações confessionais que o indivíduo aceita por ser membro da comunidade que crê, e que não dependem da razão ou dos fatos. Aqueles que sustentam essa posição não aceitarão que a investigação histórica possa ter alguma coisa a dizer sobre a singularidade de Cristo. Com freqüência eles são céticos quanto à possibilidade de conhecer qualquer coisa acerca do Jesus histórico e parecem satisfeitos em prescindir desse conhecimento. Não posso partilhar esse ponto-de-vista. Estou profundamente convencido de que a revelação de Deus em Jesus de Nazaré deve ser o alicerce de qualquer fé realmente cristã. Qualquer indagação sobre o Jesus real que viveu na Palestina dezenove séculos atrás é, por conseguinte, de importância fundamental."

Montgomery acrescenta que os acontecimentos históricos são "únicos, e o teste de seu caráter fatual só pode ser o método aceito de documentação, o qual estamos seguindo. Nenhum historiador tem direito a um sistema fechado de causalidade, pois, conforme o lógico [b ]Max Black, da Universidade Cornell, demonstrou numa monografia (BLACK, Max. Models and Metaphors (Modelos e Metáforas). Ithaca; Cornell University, 1962, p. 16), o próprio conceito de causa é 'uma noção estranha, não sistemática e inconsistente', e, portanto, 'qualquer tentativa de formular uma lei universal de causalidade será comprovadamente inútil"'.

O historiador Ethelbert Stauffer pode nos oferecer algumas sugestões sobre a atitude de estudar a história: "O que nós (historiadores) fazemos quando experimentamos surpresas que contrariam a todas as nossas expectativas, talvez todas as nossas convicções e até mesmo toda a maneira de entender a verdade, que sustentamos durante toda a vida? Afirmamos, tal como um grande historiador costumava fazê-lo em tais situações: 'Com toda certeza é possível.' E por que não? Para o historiador crítico nada é impossível".

A isso o historiador Philip Schaff acrescenta: "O propósito do historiador não é escrever uma história a partir de noções preconcebidas e adaptada ao seu próprio gosto, mas reconstruí-la a partir das melhores provas e deixar que ela fale por si mesma".

Robert M. Horn oferece uma boa ajuda para compreendermos as idéias preconcebidas que as pessoas têm ao estudar história: "Para tornar a questão o mais evidente possível, uma pessoa que negue a existência de Deus não concordará com a crença na Bíblia".

"Um muçulmano, tendo a certeza de que Deus não pode gerar, não aceitará como Palavra de Deus um livro que ensina que Cristo é o Filho unigênito de Deus."

"Alguns crêem que Deus não é pessoal, mas é o Absoluto, o Fundamento do Ser. Essas pessoas estarão predispostas a rejeitar a Bíblia como auto-revelação pessoal de Deus. Com base nessa premissa, a Bíblia não pode ser a palavra pessoal de 'EU SOU O QUE SOU". (Êxodo 3:14)

"Outros eliminam o sobrenatural. Provavelmente não darão crédito ao livro que ensina que Cristo ressuscitou dentre os mortos."

"Ainda outros sustentam que Deus não pode, sem distorção, comunicar a Sua verdade através de homens pecadores; daí concluírem que a Bíblia é, pelo menos em algumas partes, um livro meramente humano."

Uma definição básica de história é, para mim, "um conhecimento do passado baseado em testemunhos". Alguns imediatamente reagirão: "Não concordo". Então eu pergunto: "Você crê que Dom Pedro II existiu e foi imperador do Brasil?" "Sim, eu creio", é o que geralmente respondem. No entanto, ninguém com quem eu tenha me encontrado chegou a, pessoalmente, ver e observar Dom Pedro II. A única maneira de se conhecer é pelo testemunho.

Advertência: Quando se tem essa definição de história, é preciso assegurar-se da credibilidade das testemunhas.

Devo estar cego

Pulo? Que Pulo?
Freqüentemente acusam o cristão de dar um pulo às cegas, "um salto no escuro". Muitas vezes essa idéia tem raízes em Kierkegaard.

Para mim o cristianismo não era um "salto no escuro", mas "um passo na direção da luz". Apanhei os dados que consegui reunir e os coloquei na balança. Esta pendeu decisivamente para o lado de que Cristo era o Filho de Deus e que havia ressuscitado dos mortos. A balança pendia para o lado de Cristo de um modo tão impressionante que, quando me tornei cristão, dei "um passo na direção da luz" em vez de "um salto no escuro".

Caso tivesse exercitado uma fé cega, teria rejeitado Jesus Cristo e voltado as costas para todas as provas.

Tenha cuidado. Eu não provei, sem qualquer sombra de dúvida, que Jesus era o Filho de Deus. O que fiz foi investigar os dados e pesar os prós e os contras. Os resultados mostraram que Cristo deve ser quem Ele afirmou que era, e eu tive de tomar uma decisão, e tomei-a. A reação imediata de muitos é: "Você encontrou aquilo que você queria encontrar". Mas não foi esse o caso. Eu comprovei, através de investigação, aquilo que eu desejava refutar. Comecei com o propósito de provar a falsidade do cristianismo. Eu tinha idéias preconcebidas e preconceitos, não a favor, mas contra Cristo.

Hume diria que as provas históricas não são válidas porque não se pode provar, sem sombras de dúvida, a "verdade absoluta". Mas eu não estava atrás da verdade absoluta, e sim da "probabilidade histórica".

"Sem um critério objetivo", afirma John W. Montgomery, "a pessoa se vê perdida ao ter de fazer uma escolha significativa entre os a prioris, A ressurreição fornece uma base, em termos de probabilidade histórica, para se experimentar a fé cristã. É preciso admitir que a base é uma base provável, não de certeza absoluta, mas a probabilidade é o único fundamento sobre o qual seres humanos finitos podem basear quaisquer decisões que tomem. Só a lógica dedutiva e a matemática pura proporcionam a 'verdade irrefutável', e isso ocorre porque elas se baseiam em axiomas formais auto-evidentes (por exemplo, a tautologia, se A, então A), que não incluem conteúdo fatual. No instante em que penetramos no domínio dos fatos, temos de depender da probabilidade; pode ser algo indesejável, mas é inevitável."

Ao fim dos quatro artigos que escreveu para a revista fíis (D'Ele), John W. Montgomery afirma, a respeito da história e do cristianismo, que "...tentou mostrar que o peso da probabilidade histórica pende para o lado da veracidade da afirmação de Jesus de que era o Deus encarnado, o Salvador do homem e o Juiz que viria julgar o mundo. Caso a probabilidade apóie, de fato, essas afirmações (e será que podemos chegar a rejeitá-las, depois de termos estudado as provas?), então devemos agir em seu favor".

Desculpas Intelectuais

QUEM TEM CORAGEM DE REVELAR O SEU VERDADEIRO MOTIVO?
Freqüentemente a rejeição de Cristo não se dá tanto em nível de "mente", como em nível de "vontade"; não é tanto uma questão de "não consigo", mas de "não quero".

Tenho encontrado muitas pessoas com desculpas intelectuais, mas bem poucas com problemas intelectuais (ainda assim, tenho encontrado algumas).

As desculpas podem cobrir uma imensidão de motivos. Respeito bastante as pessoas que gastaram tempo investigando as afirmações de Cristo e chegaram à conclusão de que simplesmente não podem crer. Eu me identifico com quem sabe porque não crê (do ponto-de-vista fatual e histórico), pois eu sei porque creio (também do ponto-de-vista fatual e histórico). Isso nos dá uma base comum (embora com diferentes conclusões).

Tenho visto que a maioria das pessoas rejeita Cristo por pelo menos uma das seguintes razões:

1. Ignorância - Romanos 1:18, 23 (freqüentemente por vontade própria), Mateus 22:29
2. Orgulho - João 5:40-44
3. Problema moral - João 3:19,20

Eu estava aconselhando uma mulher que estava entediada porque acreditava que o cristianismo não era histórico e que, quanto aos fatos, tudo era simples demais. Ela havia convencido todo mundo de que estudara profundamente a questão e que descobrira sérios problemas intelectuais no cristianismo como resultado de seus estudos universitários. Uma pessoa após outra tentou convencê-la intelectualmente de seu erro e responder as suas muitas acusações.
Eu a ouvi e então respondi às suas diversas indagações. Em menos de meia hora ela admitiu que havia enganado todo mundo e que havia desenvolvido essas dúvidas intelectuais a fim de justificar a sua vida moral.

E preciso responder ao problema básico, que é a questão real, e não à evasiva intelectual, que freqüentemente ocorre.

Um estudante de uma universidade na costa leste dos Estados Unidos disse que tinha um problema intelectual com o cristianismo e que, por essa razão, não poderia aceitar Cristo como o Salvador. "Por que você não pode crer?", indaguei. Ao que ele respondeu: "Não da para confiar no Novo Testamento". Então lhe perguntei: "Se eu provar para você que o Novo Testamento é um dos textos da literatura da antigüidade em que se pode ter um elevado grau de confiança, você irá crer?" Sua resposta foi: "Não!" "Bem, o problema não é com o seu intelecto, mas com a sua vontade'*, foi a minha resposta.

Um formando da mesma universidade, depois de uma palestra sobre "A Ressurreição: Fraude ou História?", estava me bombardeando com perguntas misturadas a acusações (mais tarde vim a saber que ele fazia o mesmo com a maioria dos oradores cristãos). Finalmente, depois de 45 minutos de diálogo, eu lhe perguntei: "Se eu lhe provar, sem qualquer sombra de dúvida, que Cristo ressuscitou dos mortos e é o Filho de Deus, você refletirá cuidadosamente sobre Ele?" A resposta imediata e enfática foi: "NÃO!"

Michael Green cita Aldous Huxley, o ateísta que destruiu a crença de muitos e que foi aclamado como possuidor de uma mente privilegiada. Huxley admite seus próprios preconceitos (Ends and Means (Fins e Meios), p. 270ss) quando diz: "Eu tinha razões para querer que o mundo não tivesse um sentido; conseqüentemente, pressupus que não tivesse, e, sem qualquer dificuldade, consegui encontrar motivos satisfatórios para essa pressuposição. O filósofo que não encontra sentido algum no mundo não esta preocupado exclusivamente com uma questão de metafísica pura; também se interessa em provar que não existem razões válidas devido às quais não se deva fazer o que quer, ou pelas quais seus amigos não devam tomar o poder político e o governo da maneira que acharem mais vantajosa para si mesmos... Quanto a mim, a filosofia da ausência de sentido foi basicamente um instrumento de libertação, tanto sexual como política".

Bertrand Russelí é o exemplo de um ateísta inteligente que não examinou cuidadosamente as provas em favor do cristianismo. Em seu livro Why I Am Not a Christian (Por que não sou cristão) é óbvio que ele nem mesmo levou em consideração as provas da ressurreição de Jesus, e, por seus comentários, é de se duvidar que tenha alguma vez corrido os olhos pelo Novo Testamento. Parece uma incoerência que um homem como esse não analisasse detalhadamente a ressurreição, visto que ela é o fundamento do cristianismo.

João 7:17 nos assegura que: "Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se falo por mim mesmo."

Se alguém estudar as afirmações de Jesus Cristo, desejoso de saber se são verdadeiras, querendo seguir Seus ensinos caso sejam verdade, ele certamente saberá. Mas não é possível estudar sem disposição para aceitar e, ainda assim, esperar descobrir a verdade.

O Filósofo francês Pascal escreveu: "As provas em favor da existência de Deus e do seu poder são mais do que suficientes, mas aqueles que insistem em não ter qualquer necessidade dEle nem das provras, sempre encontrarão maneiras de desconsiderar a proposta"

BIBLIOGRAFIA
1. ANDERSON, J. N. D. Christianity: A Witness of History (Cristianismo; Um testemunho da História). Downers Grove: Inter-Varsity, 1970. Usado com permissão.
2- BEATTIE, F. R. Apobgetics (Apologética). Richmond: Presbyterian Committeeof Publication, 1903.
3. BLAIKLOCK, E. M. Laymarís Answer: An Examination of the NewTheobgy (A Resposta do Leigo: Um Exame da Nova Teologia). Londres: Hodder and Stoughton, 1968.
4. CAMBRIDGE Ancient History, The (A História Antiga de Cambridge). Cambridge: Cambridge University, 1965. v. 11.
5. CARNELL, E. J. Christian Commitment (Consagração Cristã). Nova Iorque: Macmillan, 1957.
6. ESTBORN, S. Gripped by Christ (Atraído por Cristo) Londres: Lutterworth, 1965.
7. FISHER, G. P. The Grounds of Theistic and Christian Belief (As Bases da Crença Teísta e Cristã). Londres: Hodder and Stoughton, 1902.
8. GREEN, Michael. Runaway World. Downers Grove: Inter-Varsity, 1968. Usado com permissão. Existe tradução em português desse livro; Mundo em Fuga. São Paulo: Vida Nova, s.d., esgotado.
9. HORN, Robert M. TheBook That Speaksfor ítself(0 Livro que Fala por Si Mesmo). Downers Grove: Inter-Versity, 1970. Usado com permissão.
10. LITTLE, Paul. Você pode explicar sua fé? São Paulo: Mundo Cristão, 1972.
11. MONTGGMERY, John Warwick. History and Christianity (A História e o Cristianismo). Downers Grove: Inter-Varsity, 1972. Usado com permissão.
12. . The Shape of the Past (Imagens do Passado) Ann Arbour: Edwards Brothers, 1962.
13. PASCAL, Blaise. Pensee's n°. 430 (Pensamento n? 430) Trad. para o inglês por H. F. Stewart. Nova Iorque: Random House, s.d.
14. PINNOCK, Clark. Viva Agora, Amigo. Atibaia: Fiel.
15. RAMM, Bernard. Protestam Christian Evidences (Provas Cristãs Protestantes). Chicago; Moody, 1954. Usado com permissão.
16. ROBERTSON, Austin. Apobgetics Defensively and Offensively Stated (Apologética do Ponto-de-Vista Defensivo e do Ofensivo) Tese de mestrado, não publicada. Seminário Teológico de Dallas, 1961.
17. SHAFF, Philip. History of the Christian Church (História da Igreja Cristã) Grand Rapids: William B. Eerdmans, 1962. V. 1, p. 176.
18. SIMPSON, Carnegie P. The Fact of Christ (OFato de Cristo) 6 ed., s. n. t.
19. SMITH, Wilbur. Therefore Stand (Permanecei, Pois Firmes) Grand Rapids: Baker, 1945.
20. TRUEBLOOD, Elton. Phihsophy of Religion (Filosofia da Religião) Nova Iorque: Harper &Row, 1957.
21. VAN TIL, C. Anotações feitas em sala de aula da matéria "Apologética", 1953.
22. __ . The Intelectual Challenge of the Gospel (O Desafio Intelectual do Evangelho). Londres: Tyndale, 1950.

Fonte:

Josh McDowell, "Evidências que Exigem um Veredito - Vol.I", ed. Candeia; pg.2-16.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Por que mais cientistas não aceitam o Criacionismo

"É justo perguntar por que mais cientistas não aceitam o criacionismo. Já não se ensina aos estudantes que existe qualquer prova contrária à evolução. A evolução é ensinada nas universidades como se fosse um fato provado. Quem quer que ponha em dúvida a validade da evolução é automaticamente suspeito aos olhos dos evolucionistas. Teilhard de Chardin, um filósofo evolucionista, afirmou:

Com exceção de alguns grupos ultraconservadores não ocorreria a qualquer cientista ou pensador de hoje - seria psicologicamente inadmissível e impossível - adotar uma linha de pensamento que ignore o conceito de um mundo em evolução". (1)

Teilhard de Chadin expôs o argumento logicamente errado mas psicologicamente eficaz conhecido como apelo às massas. (2)

Este argumento falacioso tenta convencer mediante um apelo às emoções.

Copi, ao dar um exemplo deste erro lógico, diz:
"Além do ´apelo ao esnobismo` já referido, podemos incluir sob este título o ´argumento do trem da política`. O político em campanha ´argumenta` que deve receber mais votos porque ´todo o mundo` está votando nele. Somos informados de que tal e tal alimento, cigarro ou carro é o ´melhor` por ser o mais vendido. Uma certa crença ´deve` ser verdadeira porque ´todos a conhecem`. Mas a aceitação popular de uma determinada política não prova que ela seja sábia; o uso difundido de certos produtos não prova que ela seja verdadeira. Argumentar desta forma é cometer o erro ad populum".

Analisando essas palavras de Chardin, vê-se que ele chamou os criacionistas de "ultraconservadores"; e, evidentemente, ninguém quer ser isso. Ele disse também que você não pode ser um pensador ou cientista se não acreditar na evolução. Esses argumentos são psicologicamente poderosos e, portanto, influenciam muitos. Porém, eles têm pouco a ver com o fato de ter havido ou não evolução. 

D. M. S. Watson, um zoólogo, escreveu certa vez:
"A evolução é uma teoria universalmente aceita, não por ter sido comprovada, mas porque é a única alternativa; ´a criação especial` é claramente impossível". (4)

Por que a criação especial é impossível? Se há um Deus e Ele quis criar o mundo, duvido que a opinião de Watson pesasse muito na balança dEle. Deus podia fazer isso sem levar em conta a crença de Watson.

E. Peter Volpe escreveu:
"Parece praticamente desnecessário debater o fato da evolução, como evento, ter ocorrido ou não. As diferenças de opinião surgiram, no entanto, devido às explicações. É possível desafiar uma interpretação, mas contestá-la não é negar a existência do evento em si. Um erro bem difundido é desacreditar a verdade da evolução, focalizando pontos de discórdia relativos ao mecanismo da evolução". (5)

Sem apresentar prova alguma de estar certo em suas afirmações, Volpe informou seus alunos do seguinte:

1. a evolução é um fato; e
2. as contradições relativas à evolução não podem ser usadas para negá-la, desde que não passam de desacordos quanto ao seu mecanismo.
Descreva alguns dos problemas da evolução para a maioria dos evolucionistas e depois observe a reação. Eles provavelmente irão considerá-lo um lunático. Note como qualquer posição alternativa é absolutamente descartada, em favor da confirmação dogmática da posição do evolucionista nas seguintes declarações:

"Nenhum grupo cristão de tamanho considerável, insiste ainda na aceitação exata e literal da narrativa bíblica..." (6) - H. G. Wells, cometendo o erro lógico do argumento político.

"A idéia da terra girar ao redor do sol foi considerada tão ímpia em sua época como a da evolução pelos fundamentalistas retrógrados hoje". (7) - H. G. Well, Julian Huxley, G. P. Wells, insultando alguns. Quem quer ser retrógrado?

"Hoje em dia, a crença de que as coisas vivas foram especialmente criadas para uma terra preparada para recebê-las não encontra naturalmente apoio científico". (8)

Um aluno confrontado com tais opiniões não tem como contradizer o professor. Desde que a maior parte dos cientistas recebe um treinamento que ignore quaisquer alternativas, é de admirar que poucos cientistas aceitem o criacionismo?

Notas:
1. Teilhard de Chardin, The future of man, pg.85.
2. Irving M. Copi, Introduction to logic, pg.79-80.
3. Ibidem, pg.80.
4. D. M. S. Watson, London Times, 3 de ago., 1929.
5. E. Peter Volpe, Understanding Evolution.p.xi.
6. H. G. Wells, The Outline of History, Vol.I, pg.51.
7. H. G. Wells, Julian Huxley, G. P. Wells, The Science pf Life, pg.314.
8. J. H. Rush, The Dawn of Life, pg.90.

Fonte:

* Josh McDowell e Don Stewart, "Razões para os céticos considerarem o cristianismo", ed. Candeia, pg.226-228.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Emprego da Apologética

"Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor..." (1 Pedro 3:15).

A palavra traduzida acima por "responder" é, no grego, apologia (isto é, "defesa"). Essa palavra sugere a idéia de "defesa da conduta ou procedimento". Wilbur Sinith expressa-o da seguinte maneira: "... uma defesa verbal, uma palavra de defesa daquilo que alguém fez ou da verdade que alguém crê...".

Apologia (palavra da qual surgiu em português a palavra apologia, que significa "discurso para justificar, defender ou louvar") foi uma palavra usada predominantemente no passado, "mas não para dar a idéia de pedido de desculpa, de tentativa de atenuar um erro ou de corrigir um prejuízo causado" , nem para elogiar.

O substantivo apologia (traduzido em português pelo verbo "responder" em 1 Pedro 3:15, acima citado) é empregado mais sete vezes no Novo Testamento:

Atos 22:1 "Irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós."

Atos 25:16 "A eles respondi que não é costume dos romanos condenar quem quer que seja, sem que o acusado tenha presentes os seus acusados e possa defender-se da acusação."

1 Coríntios 9:3 "A minha defesa perante os que me interpelam é..."

2 Coríntios 7:11 "Porque, quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que segundo Deus fostes contristados! que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto."

Filipenses 1:7 "... porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois todos sois participantes da graça comigo."

Filipenses 1:16 "... estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho."

2 Timóteo 4:16 "Na minha primeira defesa ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes sej a posto em conta."

A maneira como a palavra "responder" (isto é, "defender") é empregada em 1 Pedro 3:15 indica o tipo de defesa que alguém apresentaria perante um inquérito policial: "Por que você é cristão?" Um crente é responsável por dar uma resposta adequada a essa pergunta.

Paul Little cita John Stott como tendo dito: "Não podemos fomentar a arrogância intelectual de uma pessoa, mas devemos alimentar sua integridade intelectual" (E eu acrescentaria que devemos responder a perguntas feitas com sinceridade).

Beattie conclui que: "Ou o cristianismo é TUDO para a humanidade, ou então não é NADA. Ou é a maior das certezas ou a maior das desilusões. .. Mas se o cristianismo for TUDO para a humanidade, é importante que cada pessoa seja capaz de apresentar uma boa razão para a esperança que possui em relação às verdades eternas da fé cristã. Aceitar tais verdades sem ponderar a respeito, ou aceitá-las simplesmente por causa da autoridade que têm, não é suficiente para uma fé inteligente e estável."

A tese "apologética" fundamental destas anotações é: "Existe um Deus infinito, de sabedoria, poder e amor absolutos, que se revelou, por meios naturais e sobrenaturais, na criação, na natureza do homem, na história de Israel e da Igreja, nas páginas das Santas Escrituras, na sua encarnação em Cristo, e, através do evangelho, no coração daquele que crê."

Fonte:

Josh McDowell; "Evidências que exigem um veredito, vol. I"; ed. Candeia, pg.1-2.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Livro: "As Evidências da Ressurreição de Cristo" de Josh McDowell

- Os fatos históricos comprovam a ressurreição de Cristo -

Editora Candeia

A ressurreição pode ser provada claramente, sem deixar qualquer dúvida? Se Jesus não ressuscitou dentre os mortos a fé cristã é morta. Como se estivéssemos em um grande tribunal, Josh McDowell faz desfilar diante de nós as provas da ressurreição de Jesus Cristo e nos dá uma preciosa oportunidade para formularmos nossa própria conclusão. Um livro polêmico e vibrante, que focaliza, critica e esclarece todas as objeções e dúvidas sobre este assunto, que é da maior importância e de permanente atualidade: O túmulo vazio.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Livro: "Profecia: Fato ou Ficção - Daniel na Cova dos Críticos" de Josh McDowell

Editora Candeia

Nenhum outro livro do AT é tão criticado pelos adeptos das teorias da alta-crítica como o Livro de Daniel. Esses críticos não acreditam na existência do sobrenatural e buscam explicações naturais para os milagres e profecias detalhadas do livro. Eles concluíram que o Livro de Daniel foi escrito quase 400 anos depois da morte do profeta. A evidência apresentada para esta teoria da data mais recente parece sólida até um exame mais minucioso e comparativo com a evidência a favor da autenticidade de Daniel.

Nesta obra, Josh McDowell defende a autoria de Daniel e sua autenticidade e profecia inspirada por Deus, com tanta habilidade quanto defende a fé cristã e as Escrituras em seus demais livros.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Quem é o Homem de Neandertal?


Em 1848, na pedreira Forbes, em Gibraltar, trabalhadores encontraram um crânio fóssil quase completo. Esse crânio foi o primeiro crânio Neandertal a ser descoberto, conforme se apurou; sendo reconhecido como tal somente quando outro crânio foi descoberto e designado anos depois.

Em 1856, num local da Alemanha próximo do povoado de Neander, trabalhadores encontraram outro esqueleto parcial no solo duma caverna. O crânio e quinze partes de um esqueleto foram entregues a certo professor, Schlaaffhausen, que fez um relatório sobre a descoberta em princípios de 1857. Porque o achado se deu perto de Neander, o fóssil humano recebeu o nome de Neandertal.

A descoberta imediatamente tornou-se objeto de controvérsia. Dentro de poucos anos os evolucionistas iriam considerar Neandertal como o seu elo perdido entre macacos e o homem. O homem de Neandertal foi reconstruído para mostrar como andava curvo, com a cabeça projetada para frente. Essa aparência deu ao homem em questão o aspecto característico de um macaco. Como a evolução estava sendo então proposta, a reconstrução na semelhança do macaco serviu de apoio para a teoria de Darwin.

A aceitação porém, não atingiu a maioria. Várias vozes se altearam para dissentir. Rudolf Virchow, um patologista, estudou o material fóssil e concluiu que o homem sofria de raquitismo.

A opinião de Virchow
"Há quase cem anos, Virchow diagnosticou raquitismo nos ossos do Neandertal, justificando, assim, seu aspecto simiesco peculiar. Embora essa não fosse a primeira vez que uma opinião desse tipo estava sendo publicada, tratava-se, porém, da primeira declaração oficial por parte de um perito familiarizado com a doença e que também tinha familiaridade com o material fóssil. à medida que os outros hominídeos diluvianos surgiram na Bélgica e na frança, o darwinismo ganhou então a batalha. O diagnóstico cuidadosamente apresentado e concreto de Virchow, sobre as primeiras descobertas, perdeu crédito - por associação, caso não o tenha sido objetivamente. Mas a ampliação do conhecimento a partir dessa época, tanto no campo da antropologia como mo da medicina, sugere que as opiniões de Virchow estavam essencialmente corretas".

Neandertal: Um homo Sapiens
"Não foram só as pessoas que discordaram da idéia de que o Neandertal pudesse ser a forma intermediária entre o homem e o macaco, mas os achados fósseis também contestaram essa opinião. Em 1888, o crânio de Galley Hill, um crânio com aspecto bem moderno, foi encontrado em estratos considerados mais antigos que o de Neandertal. Sua autenticidade foi rejeitada na época. Achados de aparência mais moderna, feitos em 1855 em Ipswich e em 1863, em Abbeville, foram igualmente rejeitados. No ano de 1932, no Quênia, descobriu-se uma mandíbula humana moderna em depósitos "mais antigos" que o de Neandertal. As autoridades rejeitaram a contemporaneidade entre a mandíbula e o depósito. Toda vez que uma criatura mais moderna era encontrada, surgiam suspeitas quanto à sua autenticidade.

Em 1939, houve o primeiro ataque sério contra a idéia de que o Neandertal era um intermediário entre o símio e o homem.

O professor Sergio Sergi, depois de estudar os crânios de dois Neandertalenses, provou que eles andavam eretos como nós e não tinham a curvatura simiesca tantas vezes descrita. A seguir, em 1947, descobriu-se que um Neandertal vivera numa caverna depois de ela ter sido habitada por um homem moderno. Isso provou decisivamente que o Neandertal não foi nosso antepassado.

Nos dias de hoje, o Neandertal é considerado um homo sapiens. Sua elevação ao estado de homem em lugar de macaco ocorreu com relutância, apesar das provas, porque os primeiros pesquisadores necessitavam do Neandertal como antepassado".


Josh McDowell