quinta-feira, 31 de março de 2016

Quando Baasa morreu?

No 26º ano do reinado de Asa.
I Rs 16:6-8 - E Baasa dormiu com seus pais e foi sepultado em Tirza; e Elá, seu filho, reinou em seu lugar. Assim, veio também a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Jeú, filho de Hanani, contra Baasa e contra a sua casa; e isso por todo o mal que fizera aos olhos do SENHOR, irritando-o com a obra de suas mãos, para ser como a casa de Jeroboão; e, por isso, o ferira. No ano vinte e seis de Asa, rei de Judá, Elá, filho de Baasa, começou a reinar em Tirza sobre Israel; e reinou dois anos.

No 36º ano do reinado de Asa.
II Cr 16:1 - No ano trigésimo sexto do reinado de Asa, Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá e edificou a Ramá, para ninguém deixar sair, nem entrar a Asa, rei de Judá.
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Descontradizendo:

Bílbia de Estudo NVI:
"I Rs 15:10 diz que Asa reinou 41 anos em Jerusalém (910-869 a.C.). I Rs 16:8 diz que Baasa se tornou rei no 26 ano de Asa (886 a.C.). “O Cronista aqui e em 15:19, está datando a partir da separação entre Israel e Judá, e não segundo o número dos anos do reinado de Asa: Como Roboão tinha reinado durante 17 anos, e Abias durante 3 anos, são descontados 20 anos dos totais aqui, de modo que o 35º E o 36º anos de Asa são, na realidade, no 15º e o 16º anos do seu reinado. Nesse caso, o ataque montado por Baasa teria sido, possivelmente, uma reação às deserções do Reino do Norte para o sul (15:9)”.

Gleason Archer na "Enciclopédia de temas Bíblicos" pela editora Vida, pg.194, responde:

“A frase malekut´Asa, em II Cr 16:1, não se refira ao reinado do próprio Asa, mas deva ser entendido como “o reino de Asa”, o reino de Judá. Em defesa dessa teoria, deve-se dizer que malekut com freqüência se usa até mesmo em livros pós-exílicos com o significado de “reino” ou “domínio”, em vez de “reinado”.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Jeú era filho ou neto de Ninsi?

Jeú era filho de Ninsi
I Rs 19:16 - Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.

Jeú era neto de Ninsi
II Rs 9:2 - E, chegando lá, vê onde está Jeú, filho de Josafá, filho de Ninsi; e entra, e faze que ele se levante do meio de seus irmãos, e leva-o à câmara interior.
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Descontradizendo:
A NVI traduz II Rs 8:2:
"Quando lá chegar, procure Jeú, filho de Josafá e neto de Ninsi..."

Conclusão:
Se trata apenas de mais um exemplo de paternidade dirigida ao avô. Não é literalmente pai biológico e sim apenas uma referência genealógica onde Ninsi é chamado pai de Jeú, mas na realidade é seu avô.

Nós já vimos este caso em outras passagens e se trata apenas de um costume da época onde o avô recebia a referência como pai.

Portanto, não há nenhuma contradição!


Pipe

terça-feira, 29 de março de 2016

Eliseu recebeu o manto de Elias antes ou depois dele ser levado ao céu?

Antes
I Rs 19:19 - Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; e ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou a sua capa sobre ele.

Depois
II Rs 2:11-13 - E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas vestes, as rasgou em duas partes. Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra; e voltou-se e parou à borda do Jordão.
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Descontradizendo:
I Rs 19:19 - "...Elias passou por ele e lançou a sua capa sobre ele".

Suposição 1 da BDC: Eliseu ficou com a capa de Elias.
O texto diz que Elias lançou a capa sobre Eliseu. Porém, o texto não diz que Eliseu ficou com a capa. Mas digamos que Eliseu tenha ficado com a capa de Elias. Assim, vamos para segunda suposição.

II Rs 2:11-13 - "E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas vestes, as rasgou em duas partes. Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra; e voltou-se e parou à borda do Jordão".

Suposição 2 da BDC: Eliseu pegou a capa que caiu de Elias
O texto diz que Eliseu rasgou as suas próprias vestes e pegou o manto de Elias e saiu. Onde diz que o manto caiu de Elias? Quem disse que o manto não estava em Eliseu?

Concluindo:
As duas suposições são confrontadas pelos próprios textos. Pois:
1. Se Elias apenas lançou a capa e a tomou de volta, quando foi arrebatado, seu manto caiu e Elias o tomou para si.

2. Se Eliseu ficou com o manto desde o primeiro encontro com Elias, o manto que lhe caíra não caiu de Elias e sim dele mesmo quando estava rasgando suas vestes.

Portanto, em ambos os casos não há nenhuma contradição.


Pipe

segunda-feira, 28 de março de 2016

Quando começou o reinado de Acazias?

No 12º ano de Jorão.
II Rs 8:25 - No ano doze de Jorão filho de Acabe, rei de Israel, começou a reinar Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá.

No 11º ano de Jorão.
II Rs 9:29 - E, no ano undécimo de Jorão, filho de Acabe, começou Acazias a reinar sobre Judá.
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Descontradizendo:
A Bíblia de estudo NVI faz o seguinte comentário acerca disto:
"Em II Rs 9:29 o primeiro ano do reinado de Jorão foi contado como seu ano de ascensão, e seu segundo ano como o primeiro do seu reinado, ao passo que aqui seu ano de ascensão foi contado como o primeiro ano do seu reinado".

Gleason Archer também comenta:
"A resposta é que Acazias, filho de Jeorão, tornou-se rei em 841 a.C. Segundo o sistema de co-reinado, para Jorão, filho de Acabe, seria o décimo segundo ano; mas, de acordo com o método de numeração dos anos de reinado propriamente dito, isto é, de ascensão definitiva ao trono, seria seu décimo primeiro ano. Em 2 Rs 8:25, usa-se o sistema que contabiliza o co-reinado, mas em 2 Rs 9:29, o calculo não o considera. Confuso? A questão é que o Reino do Norte seguiu o método de somar o co-reinado desde 930 a.C. até 798 a.C., mas a partir desse ano (início do reinado de Jeoás, filho de Jeoacaz) até a queda de Samaria em 722 a.C., passou a usar o sistema de contagem que só considerava a asclusão definitiva ao trono. O Reino do Sul usou este sistema desde 930 a.C. até o início do reinado de Jeorão, filho de josafá (848-841), ou possivelmente um pouco antes, em 850, próximo da morte de josafá. Em meados, o sistema mudou, e a contagem passou a incluir os anos de co-reinado até o reinado de Joás, filho de Acazias (835-796) - quando se reverteu ao sistema de contagem antigo (i.e., o primeiro ano de reinado oficial não se iniciava senão no primeiro dia do novo ano (ano seguinte), após o ano em que o novo rei subia ao trono). Portanto, o décimo primeiro ano de Jeorão (reinado efetivo) era o décimo segundo, pelo sistema de contagem que incluia a co-regência, i.e., 841 a.C.".

Conclusão:
Não há nenhuma contradição!


Pipe

domingo, 27 de março de 2016

Que idade Acazias tinha quando começou a reinar?

22 anos.
II Rs 8:26 - Era Acazias de vinte e dois anos de idade quando começou a reinar e reinou um ano em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Atalia, filha de Onri, rei de Israel.

42 anos.
II Cr 22:2 - Era da idade de quarenta e dois anos quando começou a reinar e reinou um ano em Jerusalém. E era o nome de sua mãe Atalia, filha de Onri.
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Descontradizendo:
A Bíblia de estudo NVI traz da seguinte maneira a tradução do texto de II Cr 22:2:
"Acazias tinha vinte e dois anos de idade quando começou a reinar, e reinou um ano em Jerusalém...".

Gleason Archer também comenta:
"Felizmente, dispomos de informações adicionais no texto bíblico que nos mostram que o número correto é 22. Em II Rs 8:17, lemos que o pai de Acazias, Jorão, filho de Acabe, tinha 32 anos quando se tornou rei, vindo a falecer oito anos mais tarde, aos quarenta. Portanto, Acazias não poderia ter 42 à época em que seu pai morreu, aos 40!"
Fonte: "Enciclopédia de Temas Bíblicos"; ed. Vida; pg.179-180.

Normen Geisler & Thomas Howe:
"Trata-se com toda certeza de mais um erro de copista, e há base suficiente para se demonstrar que Acazias tinha 22 anos quando começou a reinar em Judá. Em 2 Reis 8:17, vemos que Jeorão, filho de Josafá e pai de Acazias, tinha 32 anos quando se fez rei. Jeorão morreu com a idade de 40 anos, oito anos depois de começar a reinar. Conseqüentemente, o seu filho Acazias não poderia estar com a idade de 42 anos ao assumir o reinado após a morte do seu pai; caso contrário ele estaria com uma idade maior do que a de seu pai".

Fonte: "Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia"; ed.Mundo Cristão; pg.201-202.

sábado, 26 de março de 2016

Quanto durou o reinado de Jotão?

20 anos.
II Rs 15:30 - E Oséias, filho de Elá, conspirou contra Peca, filho de Remalias, e o feriu, e o matou, e reinou em seu lugar, no vigésimo ano de Jotão, filho de Uzias.

16 anos.
II Rs 15:32-33 - No ano segundo de Peca, filho de Remalias, rei de Israel, começou a reinar Jotão, filho de Uzias, rei de Judá. Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e reinou dezesseis anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Jerusa, filha de Zadoque.
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Descontradizendo:
1. II Rs 15:5 diz que Jotão foi co-regente de Azarias: “O Senhor feriu o rei com lepra, até o dia de sua morte. Durante todo esse tempo ele morou numa casa separada. Jotão, filho do rei, tomava conta do palácio e governava o povo”.

2. Azarias (Uzias) pelo que parece morreu com 68 anos de idade ou mais.

3. Jotão foi co-regente de Azarias (ou Uzias II Rs 15:13) e Azarias reinou 52 anos em Jerusalém.

4. II Rs 15:23 diz que Pecaías começo a reinar em Israel no 50 ano de Azarias e reinou dois anos.

5. II Rs 15:27 diz que Peca começou a reinar no 52 ano de reinado de Azarias. E diz que Peca reinou 20 anos depois de matar Pecaías.

6. II Rs 15:30 diz que Oséias depois de matar Peca o sucedeu no ano 20 do reinado de Jotão.

7. II Rs 15:32 diz que Jotão começou a reinar no 2 ano do reinado de Peca. Diz que Jotão tinha 25 anos de idade quando começou seu reinado e que reinou 16 anos.

8. II Rs 16:1-2 diz que Acaz começou seu reinado no ano 17 do reinado de Peca. Tinha 20 anos quando começo a reinar e reinou por 16 anos.

9. II Rs 15:27 diz que, quando Peca iniciou seu reinado, Azarias ainda reinava e estava no seu último ano de reinado.

10. II Rs 15:37 diz que: "Naqueles dias o Senhor começou a enviar Rezim, rei da Síria, e Peca, filho re Remalias, contra Judá".

11. II Rs 16:5 diz que: "Então Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, saíram para lutar contra Acaz e sítiaram Jerusalém, ...".

Diante disto, o que temos é:
1. Peca inicia seu reinado no ano 52 do reinado de Azarias e reina 20 anos (o que “seria” o ano 72 de Azarias);
2. Jotão inicia seu reinado no ano 2 do reinado de Peca (o que seria o ano 54 de Azarias) e reina 16 anos segundo II Rs 15:33 (o que seria 69 de Azarias). Porém, II Rs 15:30 diz que Oséias começou a reinar no ano 20 de Jotão (o que seria o ano 72 de Azarias);
3. Oséias inicia o seu reinado no que seria o ano 72 do reinado de Azarias. Porém, II Rs 17:1 diz que ele iniciou seu reinado no ano 12 de Acaz (o que seria o ano 60 de Azarias).
4. Acaz inicia seu reinado no ano 17 do reinado de Peca (o que seria o ano 69 de Azarias). Porém, II Rs 17:1 diz que foi no ano 9 do reinado de Peca (o que seria o ano 60 de Azarias).

* O que parece ficar claro, é que Acaz foi co-regente de seu pai Jotão. Assim como Jotão foi de seu pai Azarias.
* Diante disto, quando o autor em II Rs 17:1 diz no ano 12 do reinado de Acaz, era na verdade o ano 8 do reinado de Jotão. Acaz estava no ano 12 como co-regente e não como rei principal.
* O autor está usando Acaz como referência em II Rs 17:1 e não Jotão. Pois, visando o fato de Acaz ser o rei atuante em II Rs 17:1, ele usou Acaz como referência e contou os anos de Acaz como co-regente.
* Isto fica evidenciado pelo fato de Jotão ainda estar vivo quando Oséias inicia seu reinado (II Rs 15:30). Porém, não mais exercendo a regência principal
* Jotão havia reinado 16 anos como rei principal, e mesmo depois de seu filho Acaz ter assumido a regência principal, Jotão permaneceu vivo e recebendo o título de Rei por mais 4 anos. Isto fica evidenciado pelo fato de Acaz ter assumido a regência no ano 69 de “Azarias” e Oséias no ano 72 de “Azarias”, o que era o ano 20 de Jotão (não como regente principal).

II Rs 16:2“Acaz tinha vinte anos de idade quando começou a reinar...”.

A Bíblia de estudo NVI traz o seguinte comentário:
“Talvez a idade em que Acaz se tornou co-regente pleno com seu pai Jotão em 735 a.C. Se não fosse assim, e em conformidade com as idades e datas fornecidas, Acaz teria 11 ou 12, em vez de 14 ou 15 anos de idade, quando nasceu seu filho Ezequias (v. II Rs 18:1-2)”.

Conclusão:
Toda a aparente "contradição" está em que o autor de II Rs usa o Rei atuante como referência em alguns momentos e usa o co-regente em outros. Neste caso, toda a confusão gira em torno de Jotão e Acaz.

Portanto, concluímos que:
1. Peca assumiu o reinado de Israel no ano 52 do reinado de Azarias Rei de Judá.
2. Era costume da época o Rei ter um co-regente, assim como um presidente hoje tem o seu vice e que assume funções presidências quando o líder oficial está em viagens.
3. Acaz apenas inicia oficialmente seu reinado no ano 18 de Peca e ano 16 de Jotão (seu pai ainda vivo).
4. Oséias assume o reino de Israel no ano 4 do reinado oficial de Acaz (como já dito, o autor usou Acaz como referência em II Rs 17:1) e não Jotão (como em II Rs 15:30).
5. Jotão inicia seu reinado no ano 2 de Peca e reina oficialmente como regente principal até o ano 18 de Peca, onde chegou a 16 anos de reinado. Porém, o autor de II Rs o usa como referência e dá a ele mais 4 anos de reinado não-oficial em II Rs 15:30 onde chegamos a 20 anos de reinado (16 oficiais e 4 não-oficiais).
6. Isto fica claro pelo fato do autor em II Rs 15:37 dizer que Peca se juntou a Rezim, rei da Síria contra Judá. Sendo que o contexto em que é dito isto, Jotão ainda é o rei. Porém, em II Rs 16:5 diz que foi apenas na regência oficial de Acaz que isto de fato aconteceu. Porém, Jotão ainda estava vivo não mais como regente oficial e sim seu filho Acaz.

Diante disto, o que concluímos é que não há nenhuma contradição. O autor não seria tão descuidado ao ponto de deixar furos numéricos tão absurdos neste ponto. A questão é que fica evidente é que o autor tinha em mente um propósito que pode passar despercebido por alguém pré-conceituoso em busca de falhas na Bíblia Sagrada.


Pipe

sexta-feira, 25 de março de 2016

Que idade Joaquim tinha quando começou seu reinado?

Joaquim tinha 18 anos de idade e seu reinado foi de 3 meses.
II Rs 24:8 - Tinha Joaquim dezoito anos de idade quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Neústa, filha de Elnatã, de Jerusalém.

Joaquim tinha 8 anos de idade e seu reinado foi de 3 meses e 10 dias.
II Cr 36:9 - Era Joaquim da idade de oito anos quando começou a reinar e três meses e dez dias reinou em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do SENHOR.
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Descontradizendo:
Norman Geisler & Thomas Howe comentam: "Este é provavelmente um erro de copista. É provável que Jeoaquim tivesse 18 anos quando começou a reinar. A observação de que "fez ele o que era mau perante o Senhor, conforme tudo quanto fizera seu pai" (2 Rs 24:9) parece mais uma descrição de um homem de mais idade do que de um adolescente. Ainda, o fato de que os caldeus o condenaram à prisão em 597 a.C. indica que eles o consideraram em idade responsável, adulta. Algumas versões - como a ARA, a THL, a BV, a EC e a BJ - citam-no com esta idade (18 anos) em 2 Crônicas 36:9. (N. do T.)”.
Fonte: "Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia"; ed. Mundo Cristão; pg.207.

Gleason Archer também comenta: "É óbvio que houve um erro de copista... Esse tipo de falha ocorria às vezes por causa de uma palavra semi-apagada ou de dano na superfície do papiro ou pelo original, onde estava o manuscrito de que se fizeram cópias. O sistema numérico em uso no século V (quando Crônicas provavelmente foi composto - sob a supervisão de Esdras) apresenta um traço horizontal que termina em gancho, na extremidade direita, como sinal de "dez"; dois traços seria "vinte". Os dígitos abaixo de dez eram indicados por traços verticais, geralmente em grupos de três. Assim, o número que originalmente havia sido escrito com um traço horizontal e um gancho sobre um ou mais desses grupos de traços verticais (nesse caso específico, oito traços), pareceria simplesmente "oito" em vez de "dezoito".

Fonte: "Enciclopédia de Temas Bíblicos"; ed. Vida; pg.186-187.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Zedequias era tio ou irmão de Nabucodonosor?

Zedequias era tio de Nabucodonosor.
II Rs 24:17 - E o rei de Babilônia estabeleceu rei, em lugar de Joaquim, ao tio deste, Matanias, e lhe mudou o nome para Zedequias.

Zedequias era irmão de Nabucodonosor.
II Cr 36:10 - E, no decurso de um ano, o rei Nabucodonosor mandou que o levassem à Babilônia, com também os mais preciosos utensílios da Casa do SENHOR, e pôs a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém.
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Descontradizendo:
Bom, primeiramente que Zedequias ou Matanias era tio ou irmão de Joaquim e não de Nabucodonosor.

A Bíblia de Estudo NVI comenta que o termo "irmão" ou "tio" de II Cr 36:10 pode significar também apenas "parente".

Também comenta que: "Matatias era um filho de Josias (1 Cr 3:15; Jr 1:3) e irmão de Jeoaquim, pai de Joaquim".

Portanto, Zedequias ou Matatias era tio de Joaquim e não irmão.


Pipe

quarta-feira, 23 de março de 2016

Os olhos de Zedequias viram o rei da Babilônia?

Os olhos de Zedequias viram o rei da Babilônia.
Jr 34:3 - E tu não escaparás das suas mãos; antes, decerto, serás preso e serás entregue nas suas mãos (Nabucodonosor); e teus olhos verão os olhos do rei da Babilônia, e ele te falará boca a boca, e entrarás na Babilônia.

Os olhos de Zedequias foram retirados antes que ele chegasse a Babilônia.
II Rs 25:7 - E aos filhos de Zedequias degolaram diante dos seus olhos; e vazaram os olhos a Zedequias, e o ataram com duas cadeias de bronze, e o levaram a Babilônia.
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Descontradizendo:
Vamos ler o vs. anterior:
II Rs 25:6 – “e ele foi capturado e levado ao rei da babilônia, em Ribla, onde pronunciaram a sentença contra ele”. (ver também Jr 34:9-11)

Obs: Zedequias foi levado até Nabucodonossor que estava em Ribla e não na Babilônia. Só então o texto continua dizendo:

II Rs 25:7 - “Executaram os filhos de Zedequias na sua frente, furaram os seus olhos, prenderam-no com algemas de bronze e o levaram para a Babilônia”.

Obs: Só então Zedequias tem seus filhos executados na sua frente e tem seus olhos furados. E então é levado para a Babilônia.

Agora leia comigo Jeremias 34:2-3
2 - Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Vai, e fala a Zedequias, rei de Judá, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR: Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará.
3 - E tu não escaparás das suas mãos; antes, decerto, serás preso e serás entregue nas suas mãos (Nabucodonosor); e teus olhos verão os olhos do rei da Babilônia, e ele te falará boca a boca, e entrarás na Babilônia.

Obs: O vs.3 traz a seguinte ordem do ocorrido:
1. Zedequias seria preso e entregue nas mãos de Nabucodonossor. Onde? Na Babilônia? Não, conforme II Rs 25:7, isto ocorreu em Ribla.
2. Zedequias viu Nabucodonossor. Onde? Na Babilônia? Não, conforme II Rs 25:7, isto ocorreu em Ribla antes dos seus olhos serem perfurados. Quando Zedequias foi levado para a Babilônia, ele já estava cego.
3. Nabucodonossor falou cara a cara com Zedequias. Onde? Na Babilônia? Não, conforme II Rs 25:7, isto ocorreu em Ribla.
4. O texto deixa claro que somente depois que Zedequias foi entregue nas mãos de Nabucodonossor, ele finalmente viu o rei face a face, ouviu sua sentença da boca do rei, e finalmente foi levado para o exílio na Babilônia.

Conclusão: Não há nenhuma contradição!

Pipe


Obs: Cooperou nesta contradição: Guilherme Born

terça-feira, 22 de março de 2016

Em qual dia o templo foi queimado?

O templo foi queimado no sétimo dia.
II Rs 25:8-9 - E, no quinto mês, no sétimo dia do mês (este era o ano décimo nono de Nabucodonosor, rei de Babilônia), veio Nebuzaradã, capitão da guarda, servo do rei de Babilônia, a Jerusalém. E queimou a Casa do SENHOR e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; todas as casas dos grandes igualmente queimou.

O templo foi queimado no décimo dia.
Jr 52:12-13 - E, no quinto mês, no décimo dia do mês (este era o décimo nono ano do rei Nabucodonosor, rei da Babilônia), veio Nebuzaradã, capitão da guarda, que assistia na presença do rei da Babilônia, a Jerusalém. E queimou a Casa do SENHOR, e a casa do rei, e também a todas as casas de Jerusalém, e incendiou todas as casas dos grandes.
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Descontradizendo:
Temos duas opções diante desta aparente “contradição”:
1. Vamos ler os textos na NVI:
II Rs 25:8 – “No sétimo dia do quinto mês do décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, foi a Jerusalém...”.

Observe que aqui o autor está descrevendo o episódio do ponto de vista de alguém que não está em Jerusalém. Pois ele usa a palavra “Foi” e não “veio”. O autor descreve a saída de Nebuzaradã da Babilônia no sétimo dia.

Já em Jr 52:12 diz o seguinte:
“No décimo dia do quinto mês, do décimo nono ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, que servia o rei da Babilônia, veio a Jersualém...”.

Observe que aqui o autor está descrevendo o episódio do ponto de vista de alguém que está em Jerusalém. Pois ele usa a palavra ”Veio” e não ”Foi”. O autor está descrevendo a chegada de Nebuzaradã em Jerusalém no décimo dia.

2. R. K. Harrison em seu "Comentário de Jeremias e Lamentações" pela editora Mundo Cristão, pg.151, sugere que: “A diferença talvez englobe o intervalo entre a chegada de Nebuzaradã e o começo da destruição”.

Os textos traduzidos na versão de JFDA dão vazão a este argumento. Pois, eles dizem que veio a Jerusalém. Porém, II Rs pode estar se referindo a chegada de Nebuzaradã a Jerusalém no sétimo dia e Jeremias estar se referindo ao início da destruição no décimo dia.

Conclusão:
O dois textos estão se referindo a um mesmo episódio de pontos de vista diferentes e não contraditórios. A não ser que se trate de um erro de copistas. Porém, isto se trata de especulação. Observando diretamente os textos, fica a liberdade de serem interpretados segundo os dois argumentos acima.

* O primeiro argumento propõe um autor descrevendo a saída (II Rs) de Nebuzaradã da Babilônia e outro descrevendo sua chegada (Jr) em Jerusalém.
* O Segundo argumento propõe um autor descrevendo a chegada (II Rs) de Nebuzaradã em Jerusalém e outro descrevendo o início da destruição do templo (Jr).


Pipe

segunda-feira, 21 de março de 2016

Que altura tinha o capitel de cobre?

O capitel tinha cinco côvados de altura.
Jr 52:22 - E havia sobre ela um capitel de bronze, e altura do capitel era de cinco côvados, e a rede e as romãs em roda do capitel; e tudo era de bronze; e semelhante a esta era a outra coluna, com as romãs.

O capitel tinha três côvados de altura.
II Rs 25:17 – A altura de uma coluna era de dezoito côvados, e sobre ela havia um capitel de cobre, e de altura tinha o capitel três côvados; e a rede, e as romãs em roda do capitel, tudo era de cobre; e semelhante a esta era a outra coluna com a rede.
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Descontradizendo:
Em I Rs 7:16 diz que cada capitel tinha cinco côvados de altura. O que concorda com Jr 52:22.
* I Rs 7:15-16 – "Formou duas colunas de bronze, cada uma de dezoito côvados de altura, e um fio de doze côvados era a medida da sua circunferência. Também fez dois capitéis de fundição de bronze para pôr sobre o alto das colunas; cada capitel era de cinco côvados de altura".
* Jr 52:22 – “Quanto às colunas, a altura de cada uma era de dezoito côvados, e doze côvados era sua circunferência; era a sua espessura de quatro dedos, e era oca. Havia sobre ela um capitel de bronze; a altura de um capitel era de cinco côvados...”.

Observações:
1. Tanto a JFDA quanto a NVI trazem em II Rs 25:17 que o capitel tinha três côvados de altura.

2. A Bíblia de estudo NVI sugere que pode se tratar de um erro de copistas.

3. Já a Bíblia de Jerusalém, traz o texto da seguinte maneira:
II Rs 25:17 – “A altura de uma coluna era de três côvados e sobre ela havia um capitel de bronze, da altura de cinco côvados;...”.

Observe que aqui nesta versão o capitel é de cinco côvados. Ou seja, a cópia usada como fonte pela Bíblia de Jerusalém traz o número de cinco côvados. Porém, a coluna traz de três côvados.

Conclusão:
1. Pode tratar-se de um erro de copista. Porém,
2. A Bíblia de Jerusalém traduziu o texto de uma cópia que havia o número de cinco côvados para II Rs 25:17. Portanto, existem cópias que trazem o número de cinco côvados em II Rs 25:17 para a altura do capitel.


Pipe

domingo, 20 de março de 2016

Quantos homens estavam na presença do rei?

Cinco homens.
II Rs 25:19 - E da cidade tomou a um eunuco, que tinha cargo da gente de guerra, e a cinco homens dos que viam a face do rei, e se acharam na cidade, como também ao escrivão-mor do exército, que registrava o povo da terra para a guerra, e a sessenta homens do povo da terra, que se acharam na cidade.

Sete homens.
Jr 52:25 - E da cidade levou um eunuco que tinha a seu cargo a gente de guerra, e a sete homens dos que viam a face do rei que se acharam na cidade, como também o escrivão-mor do exército, que registrava o povo da terra para a guerra, e mais sessenta homens do povo da terra que se acharam no meio da cidade.
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Descontradizendo:
R. N. Champlin comenta II Rs 25:8-9:
"A versão árabe tem o mesmo número que Jeremias, como também o fazem outras versões".
Fonte: "O Antigo Testamento versículo por versículo", editora Hagnos, pg.1572.

Conclusão:
1. Trata-se de mais um provável erro de copistas.
2. Porém, a versão árabe traz o número de sete homens que viam a face do rei. O que deixa a evidência que no original, o texto hebraico trazia o número de sete homens em II Rs 25:19.


Pipe

sábado, 19 de março de 2016

Em que dia do mês Joaquim saiu da prisão?

No 27º dia do mês.
II Rs 25:27 - Depois disso, sucedeu que, no ano trinta e sete do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no mês duodécimo, aos vinte e sete do mês, Evil-Merodaque, rei de Babilônia, libertou, no ano em que reinou, a Joaquim, rei de Judá, da casa da prisão.

No 25º dia do mês.
Jr 52:31 - Sucedeu, pois, no ano trigésimo sétimo do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no mês duodécimo, aos vinte e cinco do mês, que Evil-Merodaque, rei da Babilônia, no ano primeiro do seu reinado, levantou a cabeça de Joaquim, rei de Judá, e o tirou da casa da prisão;
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Descontradizendo:
1. Provavelmente se trata de erro de copistas. Porém, não há como saber de fato uma vez, que todas as traduções trazem estes dois números diferentes:

Bíblia de Jerusalém:
II Rs 25:27 – “... no dia vinte e sete...”.
Jr 52:31 – “... no vigésimo quinto (dia) do mês...”.

Bíblia NVI:
II Rs 25:27 – “... no vigésimo sétimo dia...”.
Jr 52:31 – “... no vigésimo quinto dia...”.

2. A Bíblia de Jerusalém comenta que o versículo de II Rs 25:27 no hebraico não contém as palavras “e o tirou”, ficando assim sua tradução: “No trigésimo sétimo ano da deportação de Jeeonias, rei de Judá, no décimo segundo mês, no dia vinte e sete, Evil-Merodac, rei da babilônia, no ano em que subiu ao trono, deu anistia a Jeeonias, rei de Judá, da prisão”.

Talvez o que o autor de II Rs esteja se referindo, é ao dia em que Joaquim foi colocado em honra (e não ao dia em que saiu da prisão) novamente recebendo a total anistia no dia 27 e Jeremias ao dia em ele foi solto (“o tirou”) da prisão no dia 25. Ou seja, Jr 52:31 tem as palavras “e o tirou” (no dia 25), já II Rs 25:27 no hebraico não contém tais palavras. Indicando que dizer que se trata da mesma coisa, pode ser mera especulação.

3. E além disso, ambos estão usando possivelmente fontes diferentes de consulta. Enquanto que o autor de Reis está usando três fontes: “registros históricos de Salomão” (11:41), “registros históricos dos reis de Israel” (14:19), e “registros históricos dos reis de Judá” (14:29), Jeremias não usa nenhuma fonte, e sim, faz uso de palavras proféticas e questões que vivenciava. Seu secretário, Baruque foi provavelmente quem escreveu a compilação final do próprio livro de Jeremias, visto que nenhum acontecimento registrado nos capítulos de 1 a 51 ocorreu depois de 580 a.C. (o cap. 52 é um apêndice acrescentado por escritor posterior). Diante disto, não se sabe dizer com exatidão, o que Baruque tinha em mente quando usou a data que diferenciava-se em dois dias para com II Rs 25:27.

Conclusão:
Qualquer conclusão que possa afirmar os dois textos como contraditórios, são meras especulações. Uma vez que, as palavras “e o tirou” não aparecem no hebraico em II Rs 25:27 e ambos os autores estão usando fontes diferentes de consulta. E ainda deve-se se levar em conta que qualquer conclusão que chegarmos, estará caminhando pela estrada da especulação, pois não sabemos o que estava na mente do autor quando disse o que disse.


Pipe

sexta-feira, 18 de março de 2016

Jeoaquim morreu na Babilônia ou perto de Jerusalém?

Ele morreu na Babilônia.
II Cr 36:5-6 - Era Jeoaquim de vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e onze anos reinou em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do SENHOR, seu Deus. Subiu, pois, contra ele Nabucodonosor, rei da Babilônia e o amarrou com cadeias, para o levar à Babilônia.

Ele morreu perto de Jerusalém.
Jr 22:18-19 - Portanto, assim diz o SENHOR acerca de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá: Não lamentarão por ele, dizendo: Ai, irmão meu! Ou: Ai, minha irmã! Nem lamentarão por ele, dizendo: Ai, senhor! Ou: Ai, majestoso! Em sepultura de jumento, o sepultarão, arrastando-o e lançando-o para bem longe, fora das portas de Jerusalém.
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Descontradizendo:
Nenhum dos dois textos está dizendo que Jeoaquim morreu na Babilônia ou nas proximidades de Jerusalém. Temos duas opções diante dos textos:

1. II Crônicas diz apenas que ele foi preso ”para ser levado”. Mas não diz se ele chegou mesmo a ser levado. Alguns comentaristas dizem que Jeoaquim morreu antes de ser levado de fato para a Babilônia. O que poderia estar de acordo com uma “suposição” de que Jeremias descreva profeticamente algo como se ele tivesse sido ”arrastado algemado” e morrido neste caso.

2. O texto de Jeremias diz que ele morreu “fora das portas de Jerusalém” e não nas proximidades de Jerusalém. “Fora das portas” pode significar muitas opções de interpretação. E, uma delas, é que Jeoaquim pode ter morrido na Babilônia, “fora das portas de Jerusalém”.

Conclusão: Não há nenhuma contradição. Há apenas uma especulação forçando o texto a dizer o que a BDC quer que ele diga.


Pipe

quinta-feira, 17 de março de 2016

Quem foi o pai de Zorobabel?

Seu pai foi Pedaías.
I Cr 3:19 - E os filhos de Pedaías: Zorobabel e Simei; e os filhos de Zorobabel: Mesulão, e Hananias, e Selomite, sua irmã,

Seu pai foi Sealtiel.
Ed 3:2 - E levantou-se Jesua, filho de Jozadaque, e seus irmãos, os sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos e edificaram o altar do Deus de Israel, para oferecerem sobre ele holocaustos, como está escrito na Lei de Moisés, o homem de Deus.

Ne 12:1 - Estes são os sacerdotes e levitas que subiram com Zorobabel, filho de Sealtiel, e com Jesua: Seraías, Jeremias, Esdras,
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Descontradizendo:
A Bíblia de estudo NVI nos traz as seguintes propostas:
1. Sealtiel pode ter morrido cedo, e Pedaías se tornado chefe da família.
2. Pedaías pode ter se casado com a viúva, sem filhos, de Sealtiel; Zorobabel teria sido, então, considerado filho de Sealtiel segundo a lei do casamento levirato (Dt 25:5-6).

Portanto, a aparente “contradição” pode tratar-se de uma situação de levirato, onde neste caso torna Zorobabel filho de sangue de Pedaías, porém pela lei de levirato, ele era filho de Sealtiel.


Pipe

quarta-feira, 16 de março de 2016

Asa foi perfeito?

Sim.
II Cr 15:17 - "Os altos, porém, não se tiraram de Israel; contudo, o coração de Asa foi perfeito todos os seus dias".

Não.
II Cr 16:7 - Naquele mesmo tempo, veio Hanani, o vidente, a Asa, rei de Judá, e disse-lhe: Porque confiaste no rei da Síria e não confiaste no SENHOR, teu Deus, o exército do rei da Síria escapou das tuas mãos.16:10 - Porém Asa se indignou contra o vidente e lançou-o na casa do tronco, porque disso grandemente se alterou contra ele; também Asa, no mesmo tempo, oprimiu alguns do povo.

16:12 - E caiu Asa doente de seus pés no ano trigésimo nono do seu reinado; grande por extremo era a sua enfermidade, e, contudo, na sua enfermidade, não buscou ao SENHOR, mas, antes, aos médicos.
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Descontradizendo:
Vamos ler o contexto:

Capítulo 14:
· O país esteve em paz durante dez anos; vs.1
· Asa fez o que Deus aprova; vs.2
· O Reino esteve em paz durante o seu governo; vs.5
· Aproveitou o período de paz para construir cidades fortificadas; vs.6
· Ninguém entrou em guerra contra Asa neste tempo; vs.6
· O Etíope Zerá entrou em guerra contra Asa; vs.9-15
· Asa clama à Deus e Deus derrota os Etíopes; vs.12
· Asa persegue Zerá e vence a guerra; vs.13-15

Capítulo 15:
· A condição que Deus coloca para Asa: “O Senhor está com você quando vocês estão com ele... se o abandonarem, ele os abandonará”. Vs.2
· 15 anos de reinado; vs.10
· O coração de Asa foi totalmente dedicado ao Senhor durante toda a sua vida. Vs.17
Obs: Durante toda a sua vida até aquele momento.
· Não houve mais guerra até o 35º. ano de seu reinado.

Capítulo 16:
· No 36 ano de Asa, Baasa, rei de Judá invade Israel. Vs.1
· Asa não busca e nem consulta a Deus, e simplesmente compra com tesouros o favor de Bem-Hadade, rei da Síria. Vs.2-6
· Diante disto, Hanani vai e diz: “Por você ter pedido ajuda ao rei da Síria e não ao Senhor, ao seu Deus,...”.vs.7-9
· Mesmo quando esteve doente gravemente, Asa não buscou ao seu Deus. Vs.12.

Conclusão:
Quando a Bíblia disse que Asa foi totalmente dedicado ao Senhor "durante toda a sua vida", Asa estava no seu 15 ano de Reinado e havia feito diversas reformas religiosas em Israel. O que a Bíblia deixa claro é que ele foi fiel à Deus durante toda a sua vida até aquele momento. Porém, o erro de Asa foi confiar nas cidades fortificadas que havia construído nos tempos de paz. Ele deixou de confiar em Deus e passou a confiar nestas cidades e em seus tesouros. Ele havia abandonado a fé e o coração que tinha em Deus. Portanto, não há nenhuma contradição!


Pipe

terça-feira, 15 de março de 2016

Quantos descendentes de Ará voltaram da Babilônia?

775
Ed 2:5 - Os filhos de Ará, setecentos e setenta e cinco.

652
Ne 7:10 - Os filhos de Ará, seiscentos e cinqüenta e dois.
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Descontradizendo:
Gleason Archer em seu livro: “Encilcopédia de Temas Bíblicos” pela editora Vida, pg.197-199 nos traz os seguintes argumentos para as supostas contradições do capítulo 2 de Esdras e 7 de Neemias:

“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos). Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.

Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).

As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.

Há dois fatores importantes que precisamos ter em mente ao deparar com essas várias discrepâncias do Texto recebido:

1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário: "É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.

2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copiar nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.
Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.

Ha outras considerações a serem feitas:
1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.

2. Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:

- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.

3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).

4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.”

Conclusão:

Não se trata de uma contradição e sim de dois relatos diferentes. As duas listas estão separadas por uma distância de cinco anos e de contextos e intenções diferentes. No caso de Esdras, escrita na Babilônia em 450 a.C. descrevia aqueles que estavam saindo. Já Neemias escrita em Jerusalém em 445 a.C. descrevia aqueles que haviam conseguido chegar ou decidiram de última hora se juntar a multidão de viajantes.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Quanto ouro, prata e roupas o povo deu para o templo?

Eles deram 61.000 daricos de ouro, 5.000 arráteis de prata e 100 vestes sacerdotais.
Ed 2:69 - Conforme as suas posses, deram para o tesouro da obra, em ouro, sessenta e uma mil dracmas, e em prata cinco mil libras, e cem vestes sacerdotais.

Eles deram 20.000 daricos de ouro, 2.000 arráteis de prata e 67 vestes sacerdotais.
Ne 7:72 - E o que deu o restante do povo foi, em ouro, vinte mil dracmas, e em prata, duas mil libras; e sessenta e sete vestes sacerdotais.
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Descontradizendo:
Vamos ler os textos pela NVI:
Ed 2:68-69 – "Quando chegaram ao templo do Senhor em Jerusalém, alguns dos chefes das famílias deram ofertas voluntárias para a reconstrução do templo de Deus no seu antigo local. De acordo com as suas possibilidades, deram à tesouraria para essa obra quinhentos quilos de ouro, três toneladas de prata e cem vestes sacerdotais”.

Ne 7:70-72 - "Alguns do chefes das famílias contribuíram para o trabalho. O governador deu à tesouraria oito quilo de ouro, 50 bacias e 530 vestes para os sacerdotes. Alguns dos chefes das famílias deram à tesouraria cento e sessenta quilos de ouro e mil e trezentos e vinte quilos de prata, para a realização do trabalho. O total dado pelo restante do povo foi de cento e sessenta quilos de ouro, mil e duzentos quilos de prata e 67 vestes para os sacerdotes”.

A Bíblia de estudo NVI faz o seguinte comentário:
"A passagem de Neemias oferece mais pormenores que o relato de Esdras. Em Esdras, as ofertas provêm dos chefes das famílias (v.68), ao passo que em Neemias as ofertas são atribuídas a três fontes: o governador, os chefes das famílias e o restante do povo”.

Conclusão:
1. Fica evidente que os dois autores não estão fazendo o mesmo tipo de discrição. Um falou de maneira generalizada (Esdras) e o outro foi mais detalhista (Neemias).

2. Os dois textos estão fazendo uso da palavra: “alguns”, e neste caso, não se sabe dizer quantos chefes de famílias Esdras usou para chegar a tais números e quantos Neemias fez uso.

3. Se os dois estão usando o mesmo número de chefes de famílias, por quê o número de vestes que o governador doou se distância tanto do número total de vestes?

Esdras diz 100 vestes e Neemias diz que só o governador doou 530 vestes, mais as 67 vestes que o povo doou, soma-se 597 vestes.

4. Outra observação, é que no texto de Neemias não diz que os chefes de família doaram vestes sacerdotais.

Portanto, não se trata de uma contradição e sim de relatos diferentes os quais, ninguém sabe dizer quantos chefes de famílias estão usando para chegarem aos números que chegaram e Neemias ainda faz uso do Governador e do povo para chegar a sua soma.


Pipe

domingo, 13 de março de 2016

Zacarias era filho ou neto de Ido?

Zacarias era filho de Ido.
Ed 5:1 -  E os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam em Judá, e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram.
                    
6:14 - E os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando pela profecia do profeta Ageu, e de Zacarias, filho de Ido. E edificaram e terminaram a obra conforme ao mandado do Deus de Israel, e conforme ao decreto de Ciro e Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia.

Zacarias era neto de Ido.
Zc 1:1 - No oitavo mês do segundo ano de Dario veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo:
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Descontradizendo:
A NVI traz a seguinte tradução:

Ed 5:1 – "... e o profeta Zacarias descendente de Ido,...”.

Ed 6:14 – "... e Zacarias, descendente de Ido...”.

Porém, é sabido, que também era comum dar ao avô o título de pai do neto citado nas genealogias ou em alguma simples citação.

Portanto, não há nenhuma contradição!


Pipe

sábado, 12 de março de 2016

Quem trouxe o mal para Jó?

Satanás.
Jó 2:7 - "Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça".

Deus.
Jó 42:11 - "Então, vieram a ele todos os seus irmãos e todas as suas irmãs e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e cada um, um pendente de ouro".
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Descontradizendo:
Leiamos o vs.6 do capítulo 2:
"E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida".

Satanás agiu livremente, ou, agiu porque Deus permitiu que agisse?
Se a resposta é a segunda (que Deus permitiu que agisse), então não se trata de uma contradição. Pois, foi de fato Deus que permitiu que o mal viesse sobre Jó. Foi Satanás quem trouxe a enfermidade, porém, foi Deus quem permitiu que este a trouxesse. Mesmo não tendo sido Deus quem propôs a enfermidade, ele livremente a permitiu.

Ex: Se um funcionário faz uma proposta para o seu patrão, e este permite que ele faça o que propôs, o seu patrão coagiu junto a ele. Sendo, portanto, responsável junto ao seu funcionário pelas conseqüências judiciais de ter permitido que o fizesse. Assim foi no caso de Jó, Deus permitiu, e neste caso a enfermidade também veio da parte dele. Satanás propôs, Deus permitiu, Satanás agiu. Na percepção de Jó, porém, foi Deus quem trouxe a enfermidade. Uma observação interessante deve ser feita: Em todo o relato da história de Jó, em nenhum momento, Jó demonstra saber daquela conversa entre Deus e Satanás. Portanto, do ponto de vista de Jó, só havia um agente em toda aquela situação: Deus!

Conclusão: Não há nenhuma contradição.


Pipe

sexta-feira, 11 de março de 2016

Deus destrói ao íntegro e o mau?



Deus destrói a ambos.
Jó 9:22 - A coisa é esta; por isso, eu digo que ele consome ao reto e ao ímpio.

Ec 7:15 - Tudo isso vi nos dias da minha vaidade; há um justo que perece na sua justiça, e há um ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade.

Ez 21:3 - E dize à terra de Israel: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e exterminarei do meio de ti o justo e o ímpio.

Deus destrói o mau, não o íntegro.
Ez 18:8-9 - não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem;andando nos meus estatutos e guardando os meus juízos, para proceder segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor JEOVÁ.

Ez 18:19-20 - Mas dizeis: Por que não levará o filho a maldade do pai? Porque o filho fez juízo e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso, certamente viverá. A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.

Ez 33:18-19 - Desviando-se o justo da sua justiça e praticando iniqüidade, morrerá nela. E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade e fazendo juízo e justiça, ele viverá por isto mesmo.
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Descontradizendo vs. por vs.:

Descontradizendo Jó 9:22 - A coisa é esta; por isso, eu digo que ele consome ao reto e ao ímpio.

É interessante a BDC usar o livro de Jó como argumento para contradizer a Bíblia. O livro de Jó é a história de um homem que perdeu tudo o que tinha, inclusive sua família. É a história de um homem que em meio a esta dor, ainda por cima é incentivado por sua esposa a amaldiçoar o Deus a quem servia. É a história de um homem e seus três amigos que insistem em procurar uma razão para a sua tragédia. O que você faria se fosse você no lugar dele? O que você diria se fosse você no lugar dele? Este versículo é a fala da alma de um homem esmagado pela dor e pelo sofrimento. É a história de um homem que desconhecia totalmente o diálogo entre Deus e Satanás nos capítulos 1 e 2 de sua história. É a história de um homem justo que consciente de sua inocência chega à sua conclusão pessoal de que Deus consome tanto a ímpios quanto a justos. É desse ponto de vista que ele está concluindo sua experiência. Ele não havia plantado nada em sua vida que o levasse a colher o que estava colhendo. Porém, ao contrário de se tratar de uma contradição, o capítulo 9 inteiro é na verdade um hino de reconhecimento da Soberania Absoluta de Deus na vida dele. Vamos ler o contexto:

“Então Jó respondeu: Bem sei que isso é verdade. Mas como pode o mortal ser justo diante de Deus? Ainda que quisesse discutir com ele, não conseguiria argumentar nem uma vez em mil. Sua sabedoria é profunda, seu poder é imenso. Quem tentou resistir-lhe e saiu ileso? Ele transporta montanhas sem que elas o saibam, e em sua ira as põe de cabeça para baixo. Sacode a terra e a tira do lugar, e faz suas colunas tremerem. Fala com o sol, e ele não brilha; ele veda e esconde a luz das estrelas. Só ele estende os céus e anda sobre as ondas do mar. Ele é o Criador da Ursa e do Órion, das Plêiades e das constelações do sul. Realiza maravilhas que não se pode perscrutar, milagres incontáveis. Quando passa por mim, não o percebo. Se ele apanha algo, quem pode pará-lo? Quem pode dizer-lhe: ´O que fazes?` Deus não refreia a sua ira; até o séqüito de Raabe encolheu-se diante dos seus pés. Como então poderei eu discutir com ele? Como achar palavras para com ele argumentar? Embora inocente, eu seria incapaz de responder-lhe; poderia apenas implorar misericórdia ao meu Juiz. Mesmo que eu o chamasse e ele me respondesse, não creio que me daria ouvidos. Ele me esmagaria com uma tempestade e sem motivo multiplicaria minhas feridas. Não me permitiria recuperar o fôlego, mas me engolfaria em agruras. Recorrer à força? Ele é mais poderoso! Ao tribunal? Quem o intimará? Mesmo sendo eu inocente, minha boca conderia; se eu fosse íntegro, ela me declararia culpado. Conquanto eu seja íntegro, já não me importo comigo; desprezo a minha própria vida. É tudo a mesma coisa; por isso digo: Ele destrói tanto o íntegro como o ímpio...”.

Em toda a sua indignação pelo que estava lhe ocorrendo, Jó permaneceu consciente de que o Deus a quem amava estava no controle absoluto e que nada que ele fizesse mudaria este fato. Havia na fé de Jó a certeza absoluta de que Deus era o reto Juiz e Regente de todas as coisas.
A lição que Jó nos deixa, não é a de que Deus condena ímpios e justos da mesma forma. Mas a lição de que mesmo que não concordemos às vezes com o modo como Rege e Julga o Universo, ainda assim podemos confiar plenamente nEle de que sabe o que está fazendo e permitindo. Glórias a Ele por isso!
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Descontradizendo Ec 7:15: “Tudo isso vi nos dias da minha vaidade; há um justo que perece na sua justiça, e há um ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade”.

A razão disto ocorrer é bem explicada pelo profeta Isaías:
Is 57:1 - "O justo perece, e ninguém pondera isso em seu coração; homens piedosos são tirados, e ninguém entende que os justos são tirados para serem poupados do mal".

Aleluia!
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Descontradizendo
Ez 18:8-9 - não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem; andando nos meus estatutos e guardando os meus juízos, para proceder segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor JEOVÁ.

Ez 18:19-20 - Mas dizeis: Por que não levará o filho a maldade do pai? Porque o filho fez juízo e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso, certamente viverá. A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.

Este versículo está falando que a pessoa não será julgada pelos pecados do pai e nem do seu filho.
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Descontradizendo Ez 33:18-19 - Desviando-se o justo da sua justiça e praticando iniqüidade, morrerá nela. E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade e fazendo juízo e justiça, ele viverá por isto mesmo.

Ok! É exatamente isto!
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Descontradizendo Ez 21:3: E dize à terra de Israel: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e exterminarei do meio de ti o justo e o ímpio.

Bom, quem conhece o contexto e o momento histórico que Ezequiel vivenciava quando profetizou estas coisas, sabe que Jerusalém estava debaixo da ameaça Babilônica. Então, quando Deus se refere a sua espada de juízo, a Babilônia seria esta espada usada por Deus para trazer juízo contra toda a nação israelita.

A pergunta que faço a BDC é a seguinte:
Será que a BDC está querendo propor é que numa guerra Deus deveria permitir que apenas os ímpios morressem? Ou seja, a Babilônia invade Jerusalém depois de um cerco que levou aos habitantes a cometerem até mesmo o canibalismo. E lá dentro da cidade estão os ímpios passando fome e os justos comendo algo milagroso caindo do Céu para que estes não passem fome. È isto que a BDC sugere?

Veja bem, o justo não será julgado pelo pecado de seu pai e de seu filho. É disto que os versículos anteriores se referem. Porém, aqui estamos falando do pecado de uma nação. Aqui não se está falando de um pecado isolado que uma pessoa cometeu. Aqui se está falando do pecado de uma nação inteira.

É tão óbvio entender que, se o presidente de uma nação faz uma escolha errada, toda uma nação paga o preço pela sua escolha errada, sendo esta nação composta por justos ou pecadores. É disto que o versículo está falando: Que a Babilônia viria e destruiria a todos, independente se haviam justos ou não habitando em Jerusalém. Deus iria julgar a nação de Israel por seus crimes como nação.

Isto obedece ao raciocínio de que Deus julga os pecados dos seres humanos por categorias distintas:
1. Pais não são julgados pelos pecados de seus filhos. Filhos não são julgados pelos pecados de seus pais. Estes são julgados pelos seus próprios pecados.
2. Porém, uma nação é julgada pelas suas escolhas como nação. E mesmo que a minoria não se encaixe na escolha da maioria, ambos colhem o juízo como nação.

Conclusão:
1. O livro de Jó está se referindo apenas a experiência de um homem compartilhando a visão da sua alma do sofrimento que estava vivenciando. Não se trata de um absoluto.
2. O livro de Ec foi respondido com a alegação de Is de que o justo é tirado antes do dia mau.
3. Ez obedece dois tipos de conceitos de julgamento que já foram descritos no “post” acima.

O problema que permanece na BDC é que ela sempre comete o erro de usar um texto fora do seu contexto e aplicá-lo em qualquer situação cometendo diante disto grotescos erros de hermenêutica (se é que eles sabem o que significa isto).


Pipe