sexta-feira, 11 de março de 2016

Deus destrói ao íntegro e o mau?



Deus destrói a ambos.
Jó 9:22 - A coisa é esta; por isso, eu digo que ele consome ao reto e ao ímpio.

Ec 7:15 - Tudo isso vi nos dias da minha vaidade; há um justo que perece na sua justiça, e há um ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade.

Ez 21:3 - E dize à terra de Israel: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e exterminarei do meio de ti o justo e o ímpio.

Deus destrói o mau, não o íntegro.
Ez 18:8-9 - não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem;andando nos meus estatutos e guardando os meus juízos, para proceder segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor JEOVÁ.

Ez 18:19-20 - Mas dizeis: Por que não levará o filho a maldade do pai? Porque o filho fez juízo e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso, certamente viverá. A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.

Ez 33:18-19 - Desviando-se o justo da sua justiça e praticando iniqüidade, morrerá nela. E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade e fazendo juízo e justiça, ele viverá por isto mesmo.
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Descontradizendo vs. por vs.:

Descontradizendo Jó 9:22 - A coisa é esta; por isso, eu digo que ele consome ao reto e ao ímpio.

É interessante a BDC usar o livro de Jó como argumento para contradizer a Bíblia. O livro de Jó é a história de um homem que perdeu tudo o que tinha, inclusive sua família. É a história de um homem que em meio a esta dor, ainda por cima é incentivado por sua esposa a amaldiçoar o Deus a quem servia. É a história de um homem e seus três amigos que insistem em procurar uma razão para a sua tragédia. O que você faria se fosse você no lugar dele? O que você diria se fosse você no lugar dele? Este versículo é a fala da alma de um homem esmagado pela dor e pelo sofrimento. É a história de um homem que desconhecia totalmente o diálogo entre Deus e Satanás nos capítulos 1 e 2 de sua história. É a história de um homem justo que consciente de sua inocência chega à sua conclusão pessoal de que Deus consome tanto a ímpios quanto a justos. É desse ponto de vista que ele está concluindo sua experiência. Ele não havia plantado nada em sua vida que o levasse a colher o que estava colhendo. Porém, ao contrário de se tratar de uma contradição, o capítulo 9 inteiro é na verdade um hino de reconhecimento da Soberania Absoluta de Deus na vida dele. Vamos ler o contexto:

“Então Jó respondeu: Bem sei que isso é verdade. Mas como pode o mortal ser justo diante de Deus? Ainda que quisesse discutir com ele, não conseguiria argumentar nem uma vez em mil. Sua sabedoria é profunda, seu poder é imenso. Quem tentou resistir-lhe e saiu ileso? Ele transporta montanhas sem que elas o saibam, e em sua ira as põe de cabeça para baixo. Sacode a terra e a tira do lugar, e faz suas colunas tremerem. Fala com o sol, e ele não brilha; ele veda e esconde a luz das estrelas. Só ele estende os céus e anda sobre as ondas do mar. Ele é o Criador da Ursa e do Órion, das Plêiades e das constelações do sul. Realiza maravilhas que não se pode perscrutar, milagres incontáveis. Quando passa por mim, não o percebo. Se ele apanha algo, quem pode pará-lo? Quem pode dizer-lhe: ´O que fazes?` Deus não refreia a sua ira; até o séqüito de Raabe encolheu-se diante dos seus pés. Como então poderei eu discutir com ele? Como achar palavras para com ele argumentar? Embora inocente, eu seria incapaz de responder-lhe; poderia apenas implorar misericórdia ao meu Juiz. Mesmo que eu o chamasse e ele me respondesse, não creio que me daria ouvidos. Ele me esmagaria com uma tempestade e sem motivo multiplicaria minhas feridas. Não me permitiria recuperar o fôlego, mas me engolfaria em agruras. Recorrer à força? Ele é mais poderoso! Ao tribunal? Quem o intimará? Mesmo sendo eu inocente, minha boca conderia; se eu fosse íntegro, ela me declararia culpado. Conquanto eu seja íntegro, já não me importo comigo; desprezo a minha própria vida. É tudo a mesma coisa; por isso digo: Ele destrói tanto o íntegro como o ímpio...”.

Em toda a sua indignação pelo que estava lhe ocorrendo, Jó permaneceu consciente de que o Deus a quem amava estava no controle absoluto e que nada que ele fizesse mudaria este fato. Havia na fé de Jó a certeza absoluta de que Deus era o reto Juiz e Regente de todas as coisas.
A lição que Jó nos deixa, não é a de que Deus condena ímpios e justos da mesma forma. Mas a lição de que mesmo que não concordemos às vezes com o modo como Rege e Julga o Universo, ainda assim podemos confiar plenamente nEle de que sabe o que está fazendo e permitindo. Glórias a Ele por isso!
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Descontradizendo Ec 7:15: “Tudo isso vi nos dias da minha vaidade; há um justo que perece na sua justiça, e há um ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade”.

A razão disto ocorrer é bem explicada pelo profeta Isaías:
Is 57:1 - "O justo perece, e ninguém pondera isso em seu coração; homens piedosos são tirados, e ninguém entende que os justos são tirados para serem poupados do mal".

Aleluia!
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Descontradizendo
Ez 18:8-9 - não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem; andando nos meus estatutos e guardando os meus juízos, para proceder segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor JEOVÁ.

Ez 18:19-20 - Mas dizeis: Por que não levará o filho a maldade do pai? Porque o filho fez juízo e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso, certamente viverá. A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.

Este versículo está falando que a pessoa não será julgada pelos pecados do pai e nem do seu filho.
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Descontradizendo Ez 33:18-19 - Desviando-se o justo da sua justiça e praticando iniqüidade, morrerá nela. E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade e fazendo juízo e justiça, ele viverá por isto mesmo.

Ok! É exatamente isto!
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Descontradizendo Ez 21:3: E dize à terra de Israel: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e exterminarei do meio de ti o justo e o ímpio.

Bom, quem conhece o contexto e o momento histórico que Ezequiel vivenciava quando profetizou estas coisas, sabe que Jerusalém estava debaixo da ameaça Babilônica. Então, quando Deus se refere a sua espada de juízo, a Babilônia seria esta espada usada por Deus para trazer juízo contra toda a nação israelita.

A pergunta que faço a BDC é a seguinte:
Será que a BDC está querendo propor é que numa guerra Deus deveria permitir que apenas os ímpios morressem? Ou seja, a Babilônia invade Jerusalém depois de um cerco que levou aos habitantes a cometerem até mesmo o canibalismo. E lá dentro da cidade estão os ímpios passando fome e os justos comendo algo milagroso caindo do Céu para que estes não passem fome. È isto que a BDC sugere?

Veja bem, o justo não será julgado pelo pecado de seu pai e de seu filho. É disto que os versículos anteriores se referem. Porém, aqui estamos falando do pecado de uma nação. Aqui não se está falando de um pecado isolado que uma pessoa cometeu. Aqui se está falando do pecado de uma nação inteira.

É tão óbvio entender que, se o presidente de uma nação faz uma escolha errada, toda uma nação paga o preço pela sua escolha errada, sendo esta nação composta por justos ou pecadores. É disto que o versículo está falando: Que a Babilônia viria e destruiria a todos, independente se haviam justos ou não habitando em Jerusalém. Deus iria julgar a nação de Israel por seus crimes como nação.

Isto obedece ao raciocínio de que Deus julga os pecados dos seres humanos por categorias distintas:
1. Pais não são julgados pelos pecados de seus filhos. Filhos não são julgados pelos pecados de seus pais. Estes são julgados pelos seus próprios pecados.
2. Porém, uma nação é julgada pelas suas escolhas como nação. E mesmo que a minoria não se encaixe na escolha da maioria, ambos colhem o juízo como nação.

Conclusão:
1. O livro de Jó está se referindo apenas a experiência de um homem compartilhando a visão da sua alma do sofrimento que estava vivenciando. Não se trata de um absoluto.
2. O livro de Ec foi respondido com a alegação de Is de que o justo é tirado antes do dia mau.
3. Ez obedece dois tipos de conceitos de julgamento que já foram descritos no “post” acima.

O problema que permanece na BDC é que ela sempre comete o erro de usar um texto fora do seu contexto e aplicá-lo em qualquer situação cometendo diante disto grotescos erros de hermenêutica (se é que eles sabem o que significa isto).


Pipe

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