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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CRIAÇÃO – EVOLUÇÃO

Duane T.Gish, Ph.D.*

Há a teoria de que todas as coisas vivas surgiram através de um processo evolutivo, mecânico e natural, a partir de uma única fonte, que surgiu através de um processo semelhante a partir de um mundo morto, inorgânico. Essa hipótese evolucionária generalizada geralmente é apresentada como um fato científico estabelecido nos livros de ciência. Todas as evidências que podem ser apresentadas em favor dessa teoria são extensamente discutidas nos nossos livros, e geralmente se declara que todos os biólogos competentes aceitam a teoria da evolução.

Embora seja verdade que muitos biólogos aceitam a evolução como um fato, há uma significativa minoria de competentes biólogos que não aceitam essa teoria como a melhor interpretação dos dados conhecidos. Um deles que poderia ser citado como exemplo é o Dr. W.R.Thompson (veja Homens da Ciência Americanos ou Homens da Ciência Canadenses), cujas credenciais de biólogos competentes não precisam ser defendidas. Suas objeções à teoria evolucionista podem ser encontradas em sua introdução de uma edição de 1956 da "0rigem das Espécies" de Charles Darwin, intitulada "A Critique of Evolution" (Uma Crítica à Evolução). (1)

Em 1963 um grupo de cientistas criaram a Sociedade de Pesquisas sobre a Criação. (2) Essa organização relativamente nova inclui atualmente mais de 2.000 membros, todos com doutorado ou formação universitária em algum campo da ciência. Nenhum deles aceita a teoria da evolução.

Temos na realidade um considerável conjunto de evidências lógicas e científicas que contradizem a teoria da evolução, algumas das quais parecem ser absolutamente incompatíveis com a teoria.

A importância da nátureza dessas evidências nunca é enfatizada nos livros escolares usados no sistema de nossas escolas públicas e faculdades.

Na verdade, essas evidências são raramente mencionadas, se de todo são.

Em resultado disso, os estudantes de biologia ficam expostos a todas as evidências que podem ser apresentadas em favor da teoria, mas não são advertidos de sua fragilidade, nem das evidências que realmente contradizem essa teoria.

Portanto, devemos reconhecer que tal processo educacional resulta em uma doutrinação num determinado ponto de vista ou filosofia com base no conceito de que a origem do universo, a origem e a diversidade da vida, diante de toda a realidade, deve ser explicada apenas com base nas leis da química e da física.

A possibilidade de um Criador ou a existência de um Ser Sobrenatural fica excluída.

Estamos convencidos de que o motivo por que a teoria da evolução está sendo tão amplamente aceita hoje é porque os nossos cientistas e professores de biologia são produtos de um sistema educacional dominado por essa filosofia naturalista, mecânica e humanista.

A teoria da evolução transgride duas leis fundamentais da natureza: a primeira e a segunda Lei da Termodinâmica.

A Primeira Lei declara que não importa que mudanças se efetuem, nucleares, químicas ou físicas, a soma total da energia e da matéria (realmente equivalentes) permanece constante. Nada atualmente está sendo criado ou destruído, embora transformações de qualquer espécie possam acontecer.

A Segunda Lei declara que cada alteração que acontece tende natural e espontaneamente a sair de um estado ordenado para um estado desordenado, do complexo para o simples, de um estado de energia alta para um estado de energia baixa.

A quantidade total de casualidade ou desordem no universo (a entropia é uma medida dessa casualidade) está constante e inevitavelmente aumentando. Qualquer aumento na ordem e complexidade que possa ocorrer, portanto, só poderia ser local e temporária; mas a evolução exige um aumento geral na ordem que se estenda através dos períodos geológicos. Os aminoácidos não se combinam espontaneamente para formar proteínas, mas as proteínas se quebram espontaneamente em aminoácidos, e os aminoácidos lentamente se desfazem em compostos químicos mais simples. Com cuidadoso controle de reagentes, uso de energia e remoção de produtos da fonte de energia (conforme se faz nas atuais experiências da "origem da vida"), o homem pode sintetizar aminoácidos a partir de gases, e proteínas a partir de aminoácidos. Mas, sob quaisquer combinações das condições realistas primordiais da terra, esses processos jamais poderiam ter acontecido.

Esse fato ficou adequadamente demonstrado por Hull que concluiu: "0 químico físico, orientado pelos princípios comprovados da termodinâmica. química e cinética, não pode oferecer nenhum incentivo ao bioquímico que necessita de um oceano cheio de compostos orgânicos para formar até mesmo coacervatos sem vida". Hull estava aqui se referindo às especulações sobre a origem da vida.

Considerando que o universo, como um relógio, está se deteriorando, é óbvio que ele não existiu eternamente.

Mas de acordo com a Primeira Lei, a soma total da energia e matériaprima é sempre uma constante. Como podemos, então, numa pura e simples base natural, explicar a origem da matéria e da energia das quais este universo é composto. A continuidade evolucionária, do cosmos ao homem, é criativa e progressiva, enquanto que a Primeira e a Segunda Lei da Termodinâmica declaram que os processos naturais conhecidos são quantitativamente conservativos e qualitativamente clegenerativos. Em qualquer caso, sem exceção, quando essas leis foram sujeitas a testes foram comprovadas válidas. Os exponentes da teoria evolucionista ignoram assim o observável a fim de aceitar o inobservável (a origem evolucionista da vida e das principais espécies das coisas vivas).

0 processo evolucionário aconteceu supostamente através das alterações mutacionais ocasionais. Esse conceito básico da moderna teoria da evolução está sob ataques até mesmo por alguns evolucionistas.

Salisbury (4) recentemente questionou esse conceito e foi atacado por diversos matemáticos. Um simpósio foi realizado no Instituto Wistar em 1966, no qual esses matemáticos e biólogos evolucionistas apresentaram pontos de vista contrários. (5) Um dos matemáticos, o Dr. Murray Eden, declarou que "Alegamos que se o 'acaso' receber uma interpretação séria e crucial de um ponto de vista das probabilidades, o postulado do acaso é altamente implausível e que uma teoria científica adequada da evolução deve aguardar a descoberta de novas leis naturais: físicas, físicoquímicas e biológicas" (o grifo é nosso).'

A alegação de Salisbury e desses matemáticos é que o aumento na complexidade e o progresso que supostamente tem acompanhado a evolução através das mudanças ao acaso exigiriam um período de tempo bilhões de vezes maior do que três bilhões de anos.

As mudanças ao acaso e a seleção natural têm sido supostamente as responsáveis pela evolução, um processo criativo e progressivo segundo se alega. Contudo, a seleção natural não é criativa uma vez que não pode criar nada novo. E uma força conservadora que elimina os menos aptos. As alterações mutacionais ao acaso em um sistema ordenado é um processo desorganizador ou fortuito e, portanto, degenerativo, não progressivo. Essa constatação está lentamente se espalhando entre os evolucionistas da atualidade.

Se a evolução realmente aconteceu ou não, só poderia ser constatado através de um exame do registro histórico, isto é, o registro fóssil.

Que tipo de evidência daria apoio ao conceito evolucionista? Thompson declarou: " Portanto se encontramos nas camadas geológicas uma série de fósseis apresentando uma transição gradual das formas simples para as complexas, e pudermos ter certeza de que correspondem a uma verdadeira seqüência de tempo, então deveríamos nos inclinar a achar que a evolução darwiniana aconteceu, ainda que o seu mecanismo continue desconhecido."

' Se os invertebrados deram origem aos vertebrados, os peixes aos anfíbios, os anfíbios aos répteis, os répteis às aves e aos mamíferos - cada transformação exigindo milhões de anos e envolvendo inúmeras formas transicionais - então o registro fóssil deveria certamente apresentar um bom número representativo desses tipos transicionais.

Thompson prossegue dizendo: "Isso certamente é o que Darwin teria desejado de transmitir, mas naturalmente não foi capaz. 0 que os dados disponíveis indicavam era uma notável ausência dessas muitas formas intermediárias necessárias para a teoria; a ausência de tipos primitivos que deveriam existir nas camadas consideradas mais antigas e o súbito aparecimento dos grupos taxonômicos principais."

Mais adiante ele declara: " ... e eu diria que a posição não é notavelmente diferente hoje em dia. Os modernos paleontólogos darwinianos são obrigados a exatamente como o seus predecessores e o próprio Darwin, diluir os fatos com hipóteses subsidiárias que sejam plausíveis dentro da natureza das coisas não verificáveis."

Na camada geológica cambriana aparece uma grande e súbita explosão de fósseis de animais de um nível altamente desenvolvido em complexidade.

Nas rochas cambrianas se encontram filões de fósseis de animais tão complexos que os evolucionistas calculam que seriam necessários um bilhão e meio de anos para a sua evolução.
Trilobitas, braquiópodes, esponjas, corais, águas vivas, todas as formas de vida dos principais invertebrados se encontram na camada cambriana.

0 que se encontra nas rochas supostamente mais antigas do que as cambrianas, que são as chamadas rochas pré-cambrianas?

Certamente podemos dizer sem medo de nos contradizer que os predecessores evolucionários da fauna cambriana nunca foram encontrados.

Axelford, um geólogo e evolucionista, escreveu:
"um dos principais problemas não solucionados da geologia e da evolução é o aparecimento de invertebrados marinhos multicelulares diversificados nas rochas cambrianas inferiores e a sua ausência nas rochas mais antigas. Esses primeiros fósseis cambrianos incluíam poríferos celenterados, braquiópodes, nem moluscos, equinóides e artrópodes. Seu alto grau de organização claramente indica que um longo período de evolução, precedeu o seu aparecimento no registro. Contudo, quando nos voltamos para examinar as rochas precambrianas em busca dos antepassados desses fósseis cambrianos, nãc os encontramos em parte alguma. Atualmente sabemos que muitas seções espessas (de mais de 5.000 pés) de rochas sedimentarés jazem em sucessão ininterrupta abaixo das camadas que contém os fósseis cambrianos mais antigos. Esses sedimentos aparentemente eram adequados para a preservação de fósseis porque geralmente são idênticos às rochas superiores que são fossilíferas mas não encontramos fósseis nelas " (O grifo é nosso). (7)

George Gaylord Simpson, famoso paleontólogo e evolucionista, chamou a ausência dos fósseis precambrianos de"o maior mistério da história da vida". Essa grande explosão de seres vivos altamente desenvolvidos e complexos é altamente contraditória à teoria evolucionista, mas é exatamente o que poderia ser predito com base na criação especial (divina).

O registro fóssil deveria produzir milhares de formas transicionais. Mas nós encontramos uma ausência regular e sistemática de formas transicionais entre as categorias mais elevadas. Os tipos de invertebrados principais encontrados na camada cambriana são exatamente tão diferentes quando apareceram pela primeira vez, quanto são hoje, de modo que o registro fóssil não dá indicação de que qualquer um desses tipos principais derivou de antepassados comuns.
Supostamente os vertebrados evoluiram de um invertebrado. Essa é urna pressuposição que não pode ser documentada através do registro fóssil.

Há um enorme abismo entre os invertebrados e os vertebrados sem uma ponte de formas transicionais.

0 primeiro vertebrado, um peixe da classe Agnatha, é 100% vertebrado. Sobre a sua possível origem evolucionária, disse Ommanney: "Como essa mais antiga família de cordatas evoluiu, que estágios de desenvolvimento atravessou até que finalmente deu origem a criaturas verdadeiramente parecidas com peixes, não sabemos. Entre o cambriano, quando provavelmente se originou e o ordoviciano, quando os primeiros fósseis de animais com características verdadeiramente parecidas com os peixes apareceram, há uma brecha de talvez 100 milhões de anos que provavelmente nunca seremos capazes de preencher." Cem milhões de anos e nenhuma forma transicional! Incrível!

Supostamente os peixes deram oriqem aos anfíbios através de um período de milhões de anos durante os quais as nadadeiras do hipotético antepassado dos peixes gradualmente se alteraram transformando-se em pés e pernas dos anfíbios. Mas nem um simples fóssil jamais foi encontrado apresentando um membro em parte nadadeira e em parte pé! Os anfíbios vivos incluem três tipos: as salamandras e os tritões, geralmente com pernas que se arrastam desajeitadamente e caudas; as rãs e os sapos, entre os mais altamente desenvolvidos vertebrados de toda a terra, sem caudas e pernas posteriores muito longas; os ápodes, uma criatura semelhante a um verme sem traço de membros. Nenhuma forma transicional pode ser encontrada entre esses diversos anfíbios vivos, ou entre eles e os anfíbios fósseis. (10)

Dizem que as aves evoluíram dos répteis. Mas ninguém ainda encontrou um simples fóssil apresentando uma asa parcial e um membro dianteiro parcial, ou penas em formação.

0 Archaeopteryx, "a ave mais antiga conhecida", tinha dentes, mas outras aves encontradas nos registros fósseis também tinham e eram sem dúvida 100% aves.

0 Archaeopteryx tinha um prolongamento parecido com uma garra na borda dianteira de suas asas. Contudo, esse mesmo prolongamento se encontra em uma ave viva na América do Sul, o Hoactzin , que é 100% ave.

0 Archaeopteryx tinha vértebras ao longo da cauda, mas não era uma forma transicional entre os répteis e as aves como o morcego não e um elo entre as aves e os mamíferos.

0 Archaeopteryx tinha asas totalmente desenvolvidas e tinha penas. Voava. Era definitivamente uma ave, como todos os paleontólogos concordam.

Lecornte du Nouy, um evolucionista, disse: "Apesar do fato de estar inegavelmente relacionado com as duas classes de répteis e aves (uma relação que a anatomia e a fisiologia dos espécimes da atualidade demonstram), não estamos nem mesmo autorizados a considerar o caso excepcional do Archaeopteryx como um verdadeiro elo. Por elo queremos dizer um estágio necessário de transição entre classes, tais como os répteis e aves, ou entre os grupos menores. Um animal que apresente características pertencentes a dois diferentes grupos não pode ser tratado como um verdadeiro elo uma vez que os estágios intermediários não foram encontrados, e considerando que os mecanismos da transição continuam desconhecidos." (11)

Marsall declarou:
"A origem das aves é principalmente uma questão de dedução. Não existem fósseis dos estágios através dos quais a notável mudança de réptil para ave aconteceu." (12)

Para se dizer a verdade, a capacidade de voar supostamente evoluiu em quatro estágios independentes: nas aves, nos répteis voadores (pterosauros) já extintos, nos insetos, e nos mamíferos (o morcego). Em nenhum desses casos existem formas fósseis transicionais apresentando a capacidade de voar evoluindo.

0 Dr. E. C. Olson, um geólogo evolucionista, disse "No que se refere à capacidade de voar existem algumas brechas muito grandes nos registros." (11)

Quanto aos insetos 0lson diz: "Não existe quase nada que nos dê alguma informação sobre a história da origem do vôo dos insetos."

Referindo-se aos pterosauros Olson declara: (11) "... não existe absolutamente nenhum sinal de estágios intermediários."

Depois de se referir ao Archaeopteryx chamando-o de parecido com um réptil, Olson diz: "É uma ave."

Finalmente, com referência aos mamíferos Olson declara: "A primeira evidência do vôo dos mamíferos encontrase nos morcegos plenamente desenvolvidos da época eocênica."

Temos, assim, uma situação muito interessante. Quatro vezes aconteceu uma transformação maravilhosa: animais terrestres evoluíram com o poder de voar. Cada uma dessas transformações exigiu milhões de anos e envolveu milhares de formas transicionais. Mas nenhuma dessas formas transicionais pode ser encontrada no registro fóssil! Será que o motivo dessas formas transicionais não serem encontradas não seja simplesmente porque elas nunca existiram?

Tais evidências podem ser muito mais facilmente relacionadas entre si dentro de uma estrutura criacionista do que dentro de uma estrutura evolucionista.

Os exemplos dados acima não são exceções, mas corno já dissemos antes o registro fóssil apresenta uma ausência sistemática de tipos transicionais entre as categorias elevadas. Até mesmo com referência à famosa "série" de cavalos, du Nouy declara:

"Mas cada um desses tipos intermediários parece ter aparecido 'subitamente', e ainda assim não seria possível por causa da ausência de fósseis, reconstruir a passagem entre esses tipos intermediários... A continuidade que supomos talvez nunca seja estabelecida através da fatos." (14)

Cremos que o súbito aparecimento no registro fóssil das formas de vida altamente desenvolvidas em grande quantidades e o súbito aparecimento e cada grupo taxonômico principal indica que não houve realmente passagem nenhuma das formas inferiores para as formas superiores, mas que cada grupo taxonômico principal foi especialmente criado e assim corresponde às "espécies" descritas no livro de Gênesis.

O professor G.A.Kerkut, um evolucionista, declarou em seu importante livro Implications of Evolution ( Implicações da Evolução):

"há a teoria de que todas as formas vivas no mundo vieram de uma única fonte que também veio de uma forma inorgânica, (15) teoria que pode ser chamada de 'Teoria Geral da Evolução', e as evidências que a sustentam não são suficientemente fortes para nos permitir considerá-la algo mais do que uma hipótese que funciona" (o grifo é nosso).

Referências e Fonte:
* Nota: O autor, Duane T. Gish, Ph.D., é diretor adjunto do Instituto para Pesquisas sobre a Criação, em San Diego.

REFERÊNCIAS:
1. W.R.Thompson; Critique of Evolution, an introduction to Origin of Species. Charles Darwin; E.P.Dutton and Co., New York,1956.
2. 2717 Cranbrook Road, Ann Arbor, Michigan 48104.
3. D.E.Hull; Nature, 186 693 (1960).
4. F.B.Salisbury, The American Biology Teacher, 33,335 (1971).
5. P.S.Moorehead an M.M.Kaplan, eds.; Mathematical Challenges to the NeoDarwinian Interpretation of Evolution; Wistar Institute Press, Philadelphia, Penn. 1967
6. M.Eden; Ref 5,P. 109
7. D.I.Axelrod; Science, 128, 7 (1958).
8. G.G.Simpson; The Meaning of Evolution; Yale University Press, New Haven, 1953, p.18
9. F.D.Ommanney, The Fishes; Life Nature Library, 1964; p.60.
10. A.S. Romer; Vertebrate Paleontology, 3rd Ed.; University of Chicago Press, Chicago 1966; p. 98.
11. L. du Nouy; Human Destiny; The New American Library of World Literature, Inc.; New York, 194, p.58.
12. A.J.Marshall. Ed.; Biology and Comparative Physiology of Birds; Academic Press, New York, 1960 p.1.
13. E.C. Olson; The Evolution of Life; The New American Library, New York, 1966; p.180.
14. L.du Nouy; Ref. 11, p.74.

15. G.A. Xerkut; Implications of Evolution; Pergamon Press, New York, 1960, p.157.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O Crânio 1470 de Richard Leakey



Duane T. Gish, Ph.D.

É cedo demais para avaliar acertadamente o verdadeiro significado da descoberta feita por Richard Leakey perto da praia leste do lago Rodolfo, no Quênia. Não obstante, o impacto sobre as teorias evolucionistas relacionadas com a origem do homem é potencialmente tão explosivo que essa notícia merece, uma tentativa de avaliação. Um jornal disse: "Por causa dele (o crânio 1470 de Leakey), todos os livros sobre antropologia, todos os artigos sobre evolução e os desenhos da árvore genealógica do homem terão de ser jogados no lixo. Estão aparentemente errados".

O artigo publicado em Science News¹ tinha o seguinte título: "O novo crânio de Leakey muda o nosso pedigree..."

Richard Leakey é filho do Dr. Louis Leakey. O Dr. Leakey adquiriu fama mundial através de uma série de descobertas supostamente sensacionais em Olduvai George, na Tanzânia, cerca de 800km ao sul do lago Rodolfo. A descoberta principal do Dr. Leakey foi um crânio de um pretenso "homem-macaco", que se chamou de Zinjanthropus, ou "Homem do Leste da África". Através de uma combinação de julgamentos apressados, reivindicações exageradas e grande publicidade feita pelo National Geographic, outros jornais e outros meios de comunicação, muitas pessoas, e quase todos os evolucionistas, ficaram convencidos de que o Dr. Leakey tinha realmente encontrado os restos mortais de uma criatura muito especial, uma criatura da qual o homem teria descendido diretamente e que viveu cerca de dois milhões de anos atrás.

Uma avaliação mais completa e cuidadosa de achado do Dr. Leakey feitos por técnicos da matéria revelou finalmente que o "Zinjanthropus" do Dr. Leakey não passava de uma variedade de Australophithecos (como o próprio Dr. Leakey finalmente admitiu), uma criatura parecida com um macaco, cujos restos foram descobertos 35 anos antes por R. A. Dart na África do Sul. O Dr. Leakey ficou, portanto, por ter "descoberto" uma coisa que já tinha sido descoberta muitos anos antes! Embora algumas autoridades, como Montagu ² e von Koenigswald,³ há muito tinham afirmado que o australopithecus estão fora da linhagem dos ancestrais do homem, a opinião geral dos evolucionistas era que os australopithecus foram macacos bípedes parecidos com o homem em linha direta na árvore genealógica do homem.

Richard Leakey não tem doutorado em antropologia. Na verdade, ele não é formado em nada. Ele nem mesmo freqüentou uma faculdade. Não obstante, passou muitos anos trabalhando e estudando com o seu pai, e reuniu uma equipe que inclui cientistas formados. Durante os anos passados, sua pesquisa deu forte apoio àqueles que defendiam que os australopithecus não tinham nada a ver com a origem do homem. Nós já fizemos a nossa avaliação das evidências relacionadas com essas criaturas, evidências que nós cremos que provam conclusivamente que eles foram macacos. Ponto final.4 Se a avaliação de Richard Leakey de sua descoberta, o Crânio de 1470, for aceita, terá não apenas acabado completamente com as teorias de seu pai sobre a origem do homem, nas quais o australopithecus recebeu um papel principal, mas também terá acabado com as teorias de todos os outros também.

Com base em evidências extremamente fragmentárias ( e com fortes idéias preconcebidas ), a opinião geral dos evolucionistas tem sido que os australopithecus andavam abitualmente sobre duas pernas, uma das características para a forma transicional entre o suposto ancestral do homem parecido com um macaco e o próprio homem. Evidências apresentadas por Richard Leakey nos dois ou três anos passados deram forte apoio ao fato de que os australopithecus não andavam sobre duas pernas, mas tinham longos braços, pernas curtas e andavam com o auxilio das mãos, como os demais macacos africanos ainda existentes.5,7

A última descoberta de Leakey talvez tenha agora dado o último golpe para derrubar o australopithecus como candidato a antepassado do homem; na verdade, se aceita, vai destruir todas as teorias atualmente defendidas pelos evolucionistas sobre os antepassados do homem. Em sua conferência no ano passado em San Diego (que o autor assistiu), Leakey disse que o que ele encontrou destrói tudo o que aprendemos até agora acerca da evolução do homem, e, ele disse, "Eu não tenho nada para oferecer em seu lugar!"

As idéias geralmente aceitas até agora sobre a evolução do homem incluíam um antepassado hipotético comum para homens e macacos, que deveria ter existido cerca de 30 milhões de anos atrás mais ou menos, talvez um pouco mais (no que se refere aos verdadeiros fósseis) até que se chegou ao estágio do australopithecus, cerca de dois milhões de anos atrás segundo se supõe. Mais tarde, cria-se, esses antepassados do homem parecidos com macacos foram seguidos por uma criatura mais parecida com o homem (ou menos parecida com o macaco!), representada em Java pelo Pithecanthropus Erectus (o Homem de Java), e na China pelo Sinanthropus Pekinensis (o Homem de Pequim). Eles foram datados pelos evolucionistas (através de simples conjecturas) em cerca de 500.000 anos, e atualmente a maioria dos evolucionistas os coloca em uma só espécie intitulada Homo Erectus. Já discutimos em alguns detalhes por que cremos que a única evolução que ocorreu nessas criaturas foi a evolução dos modelos e descrições feitas pelos evolucionistas desde que foram descritos pela primeira vez! 4 As primeiras descrições dessas criaturas eram muito parecidas com os macacos, mas elas foram se tornando cada vez mais parecidas com o homem nos relatórios subseqüentes, culminando nos modelos de Franz Weidenreich, que eram quase humanos. Infelizmente, todos os ossos desapareceram durante a Segunda Guerra Mundial, portanto não há meios agora de confirmar se essa criatura era um homem ou um macaco. Estamos convencidos de que, tal como os australopithecus, eram simplesmente macacos.

Assim, temos o quadro:
* antepassado comum do homem e do macaco (30 m.a.)
* australopithecus (homem parecido com macaco, 2 m.a.)
* o Homem de Java, o Homem de Pequim (quase homem, 0,5 m.a.)
* o homem atual (foi reconhecido que o homem de Neandertal era totalmente homem, o Homo Sapiens ).

Isso é muito pouco, considerando um suposto período evolucionário de 30 milhões de anos e a fértil imaginação dos evolucionistas!

Richard Leakey reivindica agora que a sua equipe descobriu um crânio (chamado de KNMR 1470) muito mais recente ainda do que o "Homem de Pequim", essencialmente o mesmo, de fato, do homem moderno (exceto no tamanho), e ainda assim foi datado em cerca de três milhões de anos!8,9 Se a avaliação de Leakey tiver apoio, e, se as datas atribuídas aos australopithecus (2 milhões de anos), o "Homem de Pequim" (112 milhão de anos), e o KNMR 1470 (3 milhões de anos) forem aceitas, é óbvio que nem os australopithecus nem o "Homem de Pequim" estão na árvore genealógica do homem, pois corno poderia o homem moderno, ou essencialmente o homem moderno, ser mais velho que seus antepassados? Quem já ouviu falar de pais que são mais jovens que seus filhos?

Conforme foi reconstituído pela Sra. Richard Leakey, o Dr. Bernard Wood, um anatomista londrino, e outros, o crânio é notavelmente semelhante ao do homem moderno? A parede do crânio é fina, sua conformação geral é humana, e não possui as pesadas saliências dos supercílios, as cristas supramastóides e outros aspectos simiescos encontrados variadamente nos australopithecus e no "Homem de Pequim". Além disso, a algumas milhas de distância, mas na mesma camada, o Dr. John Harris, um paleontólogo ligado aos Museus Nacionais do Quênia, descobriu ossos de membros que, segundo consta, não diferem em nada dos ossos do homem moderno. São presumivelmente ossos de membros de criaturas idênticas ao 1470.

A capacidade craniana do 1470 foi calculada por Leakey em apenas 800 cc. Embora isso seja muito mais que o atribuído aos australopithecus (450 a 500 cc), e, considerando sua alegada antigüidade, ele é chamado de "cérebro grande", embora esteja abaixo da média do homem moderno (cerca de 1.000 a 2.000 cc, com uma média de 1.450 cc). A idade e o sexo do 1 1470 não pôde ser determinado com certeza (primeiro pensou-se que fosse macho; agora crê-se que seja fêmea).

A pequena capacidade craniana desse crânio é difícil de reconciliar com o fato de que tudo mais nele seja, segundo consta, essencialmente parecido com o homem moderno. (0 Dr. Alec Cave, um anatomista inglês, descreveu o crânio como "tipicamente humano"10 ). Até mesmo um pigmeu deveria possuir uma capacidade craniana maior do que a do 1470, embora já tenha ,-,do encontrada uma mulher aborígene australiana com uma capacidade craniana de cerca de 900 cc.

Um recente artigo publicado em um jornal" fala de uma entrevista com o Dr. Alan Mann, um antropólogo da Universidade da Pennsylvania, que passou quatro semanas com Leakey no Quênia no verão passado. Conta-se que Mann foi no começo muito cético quanto aos relatórios de Leakey sobre o 1470, mas depois de sua experiência durante o verão, ficou convencido de que Leakey revolucionou a antropologia. Ele conta que Leakey agora encontrou um segundo crânio, e que esse crânio é bastante grande para ser colocado em cima do 1470. Mann, como a maioria dos outros evolucionistas, ficou totalmente confuso pelas desnorteantes implicações da descoberta de Leakey. Ele teria dito: "Simplesmente não sabemos o que aconteceu. Não há teorias reais. Todos estão um tanto confusos. ...Simplesmente voltamos ao ponto de partida."
E o que dizer da data atribuída por Leakey ao seu 1470, como também das datas atribuídas ao "Zinjanthropus" 1 e 3/4 milhões de anos) e ao "Homem de Pequim"? Seria legítimo que um criacionista que crê numa terra jovem e, portanto, crê que os métodos para datar usados para chegar a essas datas são inválidos, que usasse essas mesmas datas para invalidar a teoria evolucionista? Absolutamente. Se o que Leakey relata acerca do seu 1470 é verdadeiro, e se as datas atribuídas a essa criatura, ao "Zinjanthropus" e ao "Homem de Pequim " são válidas, então o "Zinjanthropus" (e todos os Australopithecus) e o "Homem de Pequim" são eliminados como antepassados do homem, e os evolucionistas ficam sem nada. Por outro lado, se a idade da terra tem alguns milhares de anos em vez de bilhões de anos, então todo o conceito da evolução se torna inconcebível. Assim, tanto num como no outro caso, ficamos sem nenhum antepassado evolucionista. para o homem.

Gostaríamos de enfatizar que a esta altura estamos quase completamente dependentes do julgamento de Richard Leakey e seus colegas quanto à natureza dos seus achados. No momento, além disso, estamos; limitados às notícias publicadas em jornais e revistas pseudocientíficas. A importância e as implicações das descobertas de Leakey são assim publicadas com base em relatórios que talvez não sejam assim tão dignos de confiança e dados que ainda não foram examinados pelos críticos. Devemos, portanto, olhar para tudo isso com muita cautela. Não obstante, podemos dizer a este ponto, que o último relatório de Leakey dê considerável apoio aos criacionistas , que defendem que o homem e os macacos sempre foram contemporâneos. Por outro lado, isso teve o efeito de uma bomba entre os evolucionistas. Talvez seja por isso que em nossas muitas discussões e debates com os evolucionistas, neste último ano, não tenhamos encontrado ninguém que queira conversar sobre a evolução humana!

Outros acontecimentos recentes fortaleceram a posição dos criacionistas. Por exemplo, o Homem de Neandertal costumava ser descrito como uma criatura primitiva sub-humana, o antepassado imediato do Homo Sapiens. Cria-se que ele possuía uma postura apenas semiereta e que possuía alguns outros aspectos primitivos, inclusive destacadas saliências nos supercílios, pescoço curto e em declive, ombros curvos e pernas em arco. Durante muitos anos o Museu de História Natural de Chicago exibiu uma família do Homem de Neandertal, apresentado-o como uma criatura sub-humana, inclinada para frente, arrastando os braços no chão, cabeluda, grunhindo, espiando sob uma compacta saliência supraciliar, com olhos profundamente encaixados.

Essa figura do Homem de Neandertal foi desenvolvida porque o indivíduo cujo esqueleto foi usado para essa figura sofria de uma forma severa de artrite o outras condições patológicas. Já no século XIX isso foi destacado por Virchow, um famoso anatomista. Isso foi confirmado mais recentemente por Straus e Cave que disseram:

"Não há, portanto, motivos válidos para presumir que a postura do Homem de Neandertal... diferisse significativamente dos homens da atualidade... Talvez o 'ancião' artrítico de La Chapelle-aux-Saints, o protótipo da postura do homem de Neandertal, se postasse e andasse com algum tipo de cifose patológica; mas, nesse caso, ele tem os seus companheiros entre os homens modernos semelhantemente afligidos com osteoartrite espinal. Ele não pode, à vista de sua manifesta patologia, ser usado para. nos dar um quadro digno de confiança de um neandertaliano normal e sadio. Não Obstante, se ele pudesse ser reencarnado e colocado em um metrô de New York (depois de tomar um banho, fazer a barba e vestir roupas atualizadas ), duvidamos que atraísse mais atenção do que outros cidadãos."¹²

Ainda mais recentemente, o Dr. Francis lvanhoe declarou que os dentes do Homem de Neandertal apresentam evidências de raquitismo (causada pela ausência de vitamina D) e que radiografias dos ossos do Homem de Neandertal indicam o característico padrão do raquitismo.13 Ele ainda diz que cada crânio das crianças de Neandertal estudado até agora apresenta sinais associados a severo raquitismo: cabeça grande com testa alta e bulbosa, fechamento retardado das juntas ósseas e fragmentos de ossos defeituosos, e dentes fracos.

Por isso é que o Homem de Neandertal foi um tipo de má postura! Seus supercílios salientes, a testa bulbosa, os ombros caídos, as pernas arcadas e outros aspectos "primitivos" eram devidos ao amolecimento dos seus ossos e outras condições patológicas causadas por uma séria deficiência de vitamina D. Vamos ainda lhe dar uma artrite e teremos o quadro do Homem de Neandertal que enfeita tantos livros escolares há 100 anos - a figura que os evolucionistas reivindicaram provar que o Homem de Neandertal era um elo entre o homem moderno e criaturas semelhantes aos macacos.

Mas agora essa figura do Homem de Neandertal foi abandonada e hoje ele já não é mais classificado como Homo Neanderthalensis, mas é classificado como Homo Sapiens, exatamente como eu e você. 0 Museu de História Natural de Chicago retirou os seus antigos modelos do Homem de Neandertal e os substituiu com modelos atualizados, mais modernos. Assim, um a um: - o "Homem de Nebraska" (construído com base num dente de porco!), o "Homem de Piltdown" (construído a partir do maxilar de um macaco da atualidade!), o "Zinjanthropus", ou o "Homem do Leste da África", o "Homem de Pequim", o Homem de Neandertal, - nossos supostos antepassados semelhantes a macacos foram deixados de lado. E Richard Leakey clama por fundos para começar tudo de novo!

REFERÊNCIAS
1. Science, News, Vol. 102, p. 324 (1972),
2. A. Montagu, Man: His First MiIion Years, World Publishers, Yonkers, N. Y., 1957, p.51
3. G. H. R. von Koenigswald, The Evolution of Man, University of Michigam Press, Ann Arbor, 1962; ( veja também a crítica deste livro feita por J. Hawkes, Science, Vol. 204, p. 952, 1964)
4. D. T. Gish, Evolution: The Fossils Say No!, Institute for Creation Research, San Diego, 1973.
5. R. E. F. Leakey, Nature, Vol. 231, p. 241 (197 1).
6. Sience News, Vol. 99, p. 398 (1971).
7. Science News, Vol. 100, p. 357 (1971).
8. Science News, Vol. 102, p. 324 (1972).
9. R. E. F. Leakey, National Geographic, Vol. 143, p. 819 (1973).
10. J. Hillaby, "Dem Ole Bones'', New Scientist, December 21, 1972.
11. J. N. Shurkin ( Knight Newspapers writer ), The Cincinnat Enquirer, October 1 0 1973. p. 6.
12. W. L. Straus, Jr., and A, J. E. Cave, The Quarterley Review of Biology, December, 1957, pp. 358, 359.

13. F. lvanhoe Nature, August 8, 1970 (veja também Science Digest, February, 197 1, P. 35, Prevention, October, 1971, p. 115).