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quinta-feira, 17 de março de 2016

Quem foi o pai de Zorobabel?

Seu pai foi Pedaías.
I Cr 3:19 - E os filhos de Pedaías: Zorobabel e Simei; e os filhos de Zorobabel: Mesulão, e Hananias, e Selomite, sua irmã,

Seu pai foi Sealtiel.
Ed 3:2 - E levantou-se Jesua, filho de Jozadaque, e seus irmãos, os sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos e edificaram o altar do Deus de Israel, para oferecerem sobre ele holocaustos, como está escrito na Lei de Moisés, o homem de Deus.

Ne 12:1 - Estes são os sacerdotes e levitas que subiram com Zorobabel, filho de Sealtiel, e com Jesua: Seraías, Jeremias, Esdras,
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Descontradizendo:
A Bíblia de estudo NVI nos traz as seguintes propostas:
1. Sealtiel pode ter morrido cedo, e Pedaías se tornado chefe da família.
2. Pedaías pode ter se casado com a viúva, sem filhos, de Sealtiel; Zorobabel teria sido, então, considerado filho de Sealtiel segundo a lei do casamento levirato (Dt 25:5-6).

Portanto, a aparente “contradição” pode tratar-se de uma situação de levirato, onde neste caso torna Zorobabel filho de sangue de Pedaías, porém pela lei de levirato, ele era filho de Sealtiel.


Pipe

terça-feira, 15 de março de 2016

Quantos descendentes de Ará voltaram da Babilônia?

775
Ed 2:5 - Os filhos de Ará, setecentos e setenta e cinco.

652
Ne 7:10 - Os filhos de Ará, seiscentos e cinqüenta e dois.
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Descontradizendo:
Gleason Archer em seu livro: “Encilcopédia de Temas Bíblicos” pela editora Vida, pg.197-199 nos traz os seguintes argumentos para as supostas contradições do capítulo 2 de Esdras e 7 de Neemias:

“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos). Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.

Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).

As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.

Há dois fatores importantes que precisamos ter em mente ao deparar com essas várias discrepâncias do Texto recebido:

1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário: "É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.

2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copiar nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.
Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.

Ha outras considerações a serem feitas:
1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.

2. Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:

- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.

3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).

4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.”

Conclusão:

Não se trata de uma contradição e sim de dois relatos diferentes. As duas listas estão separadas por uma distância de cinco anos e de contextos e intenções diferentes. No caso de Esdras, escrita na Babilônia em 450 a.C. descrevia aqueles que estavam saindo. Já Neemias escrita em Jerusalém em 445 a.C. descrevia aqueles que haviam conseguido chegar ou decidiram de última hora se juntar a multidão de viajantes.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Quanto ouro, prata e roupas o povo deu para o templo?

Eles deram 61.000 daricos de ouro, 5.000 arráteis de prata e 100 vestes sacerdotais.
Ed 2:69 - Conforme as suas posses, deram para o tesouro da obra, em ouro, sessenta e uma mil dracmas, e em prata cinco mil libras, e cem vestes sacerdotais.

Eles deram 20.000 daricos de ouro, 2.000 arráteis de prata e 67 vestes sacerdotais.
Ne 7:72 - E o que deu o restante do povo foi, em ouro, vinte mil dracmas, e em prata, duas mil libras; e sessenta e sete vestes sacerdotais.
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Descontradizendo:
Vamos ler os textos pela NVI:
Ed 2:68-69 – "Quando chegaram ao templo do Senhor em Jerusalém, alguns dos chefes das famílias deram ofertas voluntárias para a reconstrução do templo de Deus no seu antigo local. De acordo com as suas possibilidades, deram à tesouraria para essa obra quinhentos quilos de ouro, três toneladas de prata e cem vestes sacerdotais”.

Ne 7:70-72 - "Alguns do chefes das famílias contribuíram para o trabalho. O governador deu à tesouraria oito quilo de ouro, 50 bacias e 530 vestes para os sacerdotes. Alguns dos chefes das famílias deram à tesouraria cento e sessenta quilos de ouro e mil e trezentos e vinte quilos de prata, para a realização do trabalho. O total dado pelo restante do povo foi de cento e sessenta quilos de ouro, mil e duzentos quilos de prata e 67 vestes para os sacerdotes”.

A Bíblia de estudo NVI faz o seguinte comentário:
"A passagem de Neemias oferece mais pormenores que o relato de Esdras. Em Esdras, as ofertas provêm dos chefes das famílias (v.68), ao passo que em Neemias as ofertas são atribuídas a três fontes: o governador, os chefes das famílias e o restante do povo”.

Conclusão:
1. Fica evidente que os dois autores não estão fazendo o mesmo tipo de discrição. Um falou de maneira generalizada (Esdras) e o outro foi mais detalhista (Neemias).

2. Os dois textos estão fazendo uso da palavra: “alguns”, e neste caso, não se sabe dizer quantos chefes de famílias Esdras usou para chegar a tais números e quantos Neemias fez uso.

3. Se os dois estão usando o mesmo número de chefes de famílias, por quê o número de vestes que o governador doou se distância tanto do número total de vestes?

Esdras diz 100 vestes e Neemias diz que só o governador doou 530 vestes, mais as 67 vestes que o povo doou, soma-se 597 vestes.

4. Outra observação, é que no texto de Neemias não diz que os chefes de família doaram vestes sacerdotais.

Portanto, não se trata de uma contradição e sim de relatos diferentes os quais, ninguém sabe dizer quantos chefes de famílias estão usando para chegarem aos números que chegaram e Neemias ainda faz uso do Governador e do povo para chegar a sua soma.


Pipe

domingo, 13 de março de 2016

Zacarias era filho ou neto de Ido?

Zacarias era filho de Ido.
Ed 5:1 -  E os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam em Judá, e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram.
                    
6:14 - E os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando pela profecia do profeta Ageu, e de Zacarias, filho de Ido. E edificaram e terminaram a obra conforme ao mandado do Deus de Israel, e conforme ao decreto de Ciro e Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia.

Zacarias era neto de Ido.
Zc 1:1 - No oitavo mês do segundo ano de Dario veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo:
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Descontradizendo:
A NVI traz a seguinte tradução:

Ed 5:1 – "... e o profeta Zacarias descendente de Ido,...”.

Ed 6:14 – "... e Zacarias, descendente de Ido...”.

Porém, é sabido, que também era comum dar ao avô o título de pai do neto citado nas genealogias ou em alguma simples citação.

Portanto, não há nenhuma contradição!


Pipe

terça-feira, 1 de abril de 2014

Erro de Cálculo em Esdras 01:08-09

Proposto por Sky Kunde

Diz Esdras 01:08-09 sobre os utensílios devolvidos aos judeus:

"E este é o número deles:
* trinta travessas de ouro;
* mil travessas de prata;
* vinte e nove facas;
* Trinta bacias de ouro;
* mais outras quatrocentas e dez bacias de prata;
* e mil outros utensílios.

Todos os utensílios de ouro e de prata foram cinco mil e quatrocentos; todos estes levou Sesbazar, quando os do cativeiro subiram de Babilônia para Jerusalém".

Errado! O correto é 2.499, não 5.400.

Bom, deve ter sido um arredondamento básico
__________________________________________________

Descontradizendo:

Bíblia de Estudo NVI: "É possível que somente os utensílios maiores e mais valiosos tenham sido especificados na lista".

Conclusão:
Parece ser pouco provável que o escriba tenha cometido um erro de cálculo tão grotesco assim.
Fica evidente que descreve apenas os utensílios de maior valor. É principalmente na descrição que se percebe isto:

"...mais outras..., e mil outros utensílios. Todos os utensílios de ouro e de prata foram cinco mil e quatrocentos;"

Ele dá a descrição de alguns utensílios e depois diz então que a totalidade de todos os utensílios de ouro e de prata juntando com aqueles que ele havia descrito dá o total de 5.400.

Ex. Digamos que eu descreva todos os meus cds da seguinte maneira: "Eu tenho 140 cds de hard-rock; 147 cds de Heavy Metal; 150 cds de harcdore; ao total, todos os meus cds de rock são 1.000 cds". Eu estou me contradizendo? É óbvio que não. Eu descrevi o número de cds daqueles estilos que gosto mais de ouvir e no final dei a totalidade de todos os estilos que possuo. Diante disto, é quase que certo que foi isto que ocorreu na descrição que o escriba fez dos utensílios.

Portanto, não há nenhuma contradição!


Pipe

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Quantos filhos dos porteiros voltaram da Babilônia?

139 (Ed 2:42) ou 138 (Ne 7:45).
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Descontradizendo:

Gleason Archer em seu livro: “Enciclopédia de Temas Bíblicos” pela editora Vida, pg.197-199 nos traz os seguintes argumentos para as supostas contradições do capítulo 2 de Esdras e 7 de Neemias:

“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos).

Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.

Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).

As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.

Há dois fatores importantes que precisamos ter em mente ao deparar com essas várias discrepâncias do Texto recebido:

1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário:
”É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.

2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a 
dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copias nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.

Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.

Ha outras considerações a serem feitas:

1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.

2.Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:

- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.

3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).

4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.

Conclusão:

Não se trata de uma contradição e sim de dois relatos diferentes. As duas listas estão separadas por uma distância de cinco anos e de contextos e intenções diferentes. No caso de Esdras, escrita na Babilônia em 450 a.C. descrevia aqueles que estavam saindo. Já Neemias escrita em Jerusalém em 445 a.C. descrevia aqueles que haviam conseguido chegar ou decidiram de última hora se juntarem a multidão de viajantes.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quantos cantores voltaram da Babilônia?

200 (Ed 2:65) ou 245 (Ne 7:67).
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Descontradizendo:

Gleason Archer em seu livro: “Enciclopédia de Temas Bíblicos” pela editora Vida, pg.197-199 nos traz os seguintes argumentos para as supostas contradições do capítulo 2 de Esdras e 7 de Neemias:

“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos).

Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.

Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).

As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.

Há dois fatores importantes que precisamos ter em mente ao deparar com essas várias discrepâncias do Texto recebido:

1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário:
”É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.

2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a 
dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copias nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.

Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.

Ha outras considerações a serem feitas:

1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.

2.Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:

- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.

3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).

4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.

Conclusão:
Não se trata de uma contradição e sim de dois relatos diferentes. As duas listas estão separadas por uma distância de cinco anos e de contextos e intenções diferentes. No caso de Esdras, escrita na Babilônia em 450 a.C. descrevia aqueles que estavam saindo. Já Neemias escrita em Jerusalém em 445 a.C. descrevia aqueles que haviam conseguido chegar ou decidiram de última hora se juntarem a multidão de viajantes.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Quantos descendentes de Zatu voltaram da Babilônia?

945 (Ed 2:8) ou 845 (Ne 7:13).
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Descontradizendo:

Gleason Archer em seu livro: “Enciclopédia de Temas Bíblicos” pela editora Vida, pg.197-199 nos traz os seguintes argumentos para as supostas contradições do capítulo 2 de Esdras e 7 de Neemias:

“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos).

Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.

Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).

As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.

Há dois fatores importantes que precisamos ter em mente ao deparar com essas várias discrepâncias do Texto recebido:

1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário:
”É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.

2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a 
dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copias nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.

Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.

Ha outras considerações a serem feitas:

1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.

2.Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:

- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.

3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).

4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.

Conclusão:

Não se trata de uma contradição e sim de dois relatos diferentes. As duas listas estão separadas por uma distância de cinco anos e de contextos e intenções diferentes. No caso de Esdras, escrita na Babilônia em 450 a.C. descrevia aqueles que estavam saindo. Já Neemias escrita em Jerusalém em 445 a.C. descrevia aqueles que haviam conseguido chegar ou decidiram de última hora se juntarem a multidão de viajantes.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Quantos descendentes de Senaá voltaram da Babilônia?

3.630 (Ed 2:35) ou 3.930 (Ne 7:38).
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Descontradizendo:

Gleason Archer em seu livro: “Enciclopédia de Temas Bíblicos” pela editora Vida, pg.197-199 nos traz os seguintes argumentos para as supostas contradições do capítulo 2 de Esdras e 7 de Neemias:

“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos).

Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.

Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).

As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.

Há dois fatores importantes que precisamos ter em mente ao deparar com essas várias discrepâncias do Texto recebido:

1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário:
”É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.

2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a 
dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copias nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.

Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.

Ha outras considerações a serem feitas:

1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.

2.Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:

- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.

3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).

4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.

Conclusão:

Não se trata de uma contradição e sim de dois relatos diferentes. As duas listas estão separadas por uma distância de cinco anos e de contextos e intenções diferentes. No caso de Esdras, escrita na Babilônia em 450 a.C. descrevia aqueles que estavam saindo. Já Neemias escrita em Jerusalém em 445 a.C. descrevia aqueles que haviam conseguido chegar ou decidiram de última hora se juntarem a multidão de viajantes.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Quantos descendentes de Paate-Moabe e Jesua-Joabe voltaram da Babilônia?

2.812 (Ed 2:6) ou 2.818 (Ne 7:11).
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Descontradizendo:

Gleason Archer em seu livro: “Enciclopédia de Temas Bíblicos” pela editora Vida, pg.197-199 nos traz os seguintes argumentos para as supostas contradições do capítulo 2 de Esdras e 7 de Neemias:

“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos).

Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.

Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).

As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.

Há dois fatores importantes que precisamos ter em mente ao deparar com essas várias discrepâncias do Texto recebido:

1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário:
”É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.

2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a 
dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copias nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.

Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.

Ha outras considerações a serem feitas:

1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.

2.Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:

- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.

3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).

4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.

Conclusão:

Não se trata de uma contradição e sim de dois relatos diferentes. As duas listas estão separadas por uma distância de cinco anos e de contextos e intenções diferentes. No caso de Esdras, escrita na Babilônia em 450 a.C. descrevia aqueles que estavam saindo. Já Neemias escrita em Jerusalém em 445 a.C. descrevia aqueles que haviam conseguido chegar ou decidiram de última hora se juntarem a multidão de viajantes.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Quantos descendentes de Lode, Hadide e Ono voltaram da Babilônia?

725 (Ed 2:33) ou 721 (Ne 7:37).
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Descontradizendo:

Gleason Archer em seu livro: “Enciclopédia de Temas Bíblicos” pela editora Vida, pg.197-199 nos traz os seguintes argumentos para as supostas contradições do capítulo 2 de Esdras e 7 de Neemias:

“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos).

Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.

Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).

As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.

Há dois fatores importantes que precisamos ter em mente ao deparar com essas várias discrepâncias do Texto recebido:

1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário:
”É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.

2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a 
dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copias nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.

Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.

Ha outras considerações a serem feitas:

1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.

2.Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:

- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.

3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).

4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.

Conclusão:
Não se trata de uma contradição e sim de dois relatos diferentes. As duas listas estão separadas por uma distância de cinco anos e de contextos e intenções diferentes. No caso de Esdras, escrita na Babilônia em 450 a.C. descrevia aqueles que estavam saindo. Já Neemias escrita em Jerusalém em 445 a.C. descrevia aqueles que haviam conseguido chegar ou decidiram de última hora se juntarem a multidão de viajantes.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quantos descendentes de Bigvai voltaram da Babilônia?

2.056 (Ed 2:14) ou 2.067 (Ne 7:19).
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Descontradizendo:

Gleason Archer em seu livro: “Enciclopédia de Temas Bíblicos” pela editora Vida, pg.197-199 nos traz os seguintes argumentos para as supostas contradições do capítulo 2 de Esdras e 7 de Neemias:

“Em Esdras 2:3-35 e Neemias 7:8-38 há cerca de 33 nomes de família que aparecem em ambas as listas, iniciando-se com os filhos de Parós (2.172 nos dois relatos).

Nos dois relatos, quatorze famílias diferem quanto ao número de pessoas.

Duas com diferença de uma pessoa (os filhos de Adonicão e os filhos de Besai), uma com uma diferença de quatro pessoas (filhos de Lode, Hadide e Ono, 725 contra 721), duas com diferença de seis pessoas (de Paate-Moabe, os filhos de Josué e Joabe, 2.812 contra 2.818; e os filhos de Bani ou Binui – observe-se a variação na localização das mesmas consoantes – 642 contra 648). Quantos aos homens de Belém e Netofate, o total é nove a menos para Esdras, 179 contra 188. Os filhos de Bigvai são onze a menos em Esdras, 2.056 contra 2.067. No caso dos filhos de Zatu, Esdras registra 945, exatamente cem a mais em relação as Neemias, 845. De modo semelhantes, os homens de Betel e Ai, 223 contra 123. Quanto aos filhos de Adim, Esdras menciona 201 a menos (454) que Neemias (655). Os filhos de Asum são 105 a menos em Esdras (233 contra 328 em Neemias). Esdras registra 300 descendentes a menos que Neemias para Senaá (3.630 contra 3.930). A maior diferença encontra-se entre Ed os descendentes de Azgade (1.222 contra 2.322).

As outras dezenove famílias são idênticas nas duas listas.

Há dois fatores importantes que precisamos ter em mente ao deparar com essas várias discrepâncias do Texto recebido:

1. Jamieson, Fausset e Brown fazem o seguinte comentário:
”É provável que as pessoas mencionadas como pertencentes a determinada família ou se separaram no local de encontro ou tiveram seus nomes arrolados de início, como tendo a intenção de regressar. Todavia, no intervalo que se seguiu, para o devido preparo, algumas delas poderiam ter morrido enquanto outras não puderam ir por doença ou devido a outros obstáculos insuperáveis...”.

2. Devemos ter em mente também uma segunda consideração, que é a 
dificuldade em se preservar exatidão ao copiar os numerais de Vorlage. É difícil verificar os números. Se ele estivesse gasto pelo uso, manchado ou comido pela traça (como a maioria dos manuscritos de Qunram, por exemplo), é muito fácil imaginar que a incerteza a respeito do número unida à distração do copista resultaria numa inexatidão dos registros. Ao copias nomes raros ou de pouca familiaridade, em especial nomes estrangeiros, essa dificuldade também se apresenta.

Em vários registros pagãos é possível encontrar uma forte tendência a esse tipo de erro – várias cópias foram preservadas, de modo que podemos fazer comparações. Por exemplo, na inscrição da pedra Beistum, lançada por Dario, verificamos que o item 38 dá o total de mortos na armada de Frada: 55.243, mais 6.572 prisioneiros – de acordo com a coluna babilônica. Numa cópia dessa inscrição, encontrada na Babilônia, o número de prisioneiros era 6.973. Mas, na tradução aramaica dessa inscrição, descoberta em Elefantina, no Egito, o número de prisioneiros caiu para 6.972 – precisamente mesma discrepância que notamos ao comparar Esdras 2 e Neemias 7. De modo semelhante, no item 31 da mesma inscrição, a coluna babilônica registra 2.045 como sendo o total de mortos no exército rebelde de Frawartish, mais 1.558 escravizados, mas a cópia aramaica refere-se a 1.575 prisioneiros.

Ha outras considerações a serem feitas:

1. A lista de Esdras foi feita na Babilônia e o de Neemias, na Judéia, depois de os muros de Jerusalém terem sido reedificados. Esdras descreveu os que saíram da Babilônia e Neemias descreve os que chegaram em Jerusalém.

2.Outra questão, é que a lista de Esdras foi escrita em 450 a.C., e a lista de Neemias foi escrita em 445 a.C. A passagem de tantos anos certamente deveria produzir várias diferenças no registro das pessoas, com a ocorrência de mortes e outras circunstâncias. Algumas das circunstâncias que poderiam ter cooperado para esta diferença são:

- Alguns saíram de lá e durante o caminho desistiram ou tomaram outro rumo.
- Alguns decidiram sair depois que a lista já havia sido feita.
- Alguns por razões comercias, adiaram sua ida ou desistiram de saírem em última hora.
- Alguns poderiam ter morrido durante o caminho.

3. Só quatro famílias chegaram em números reduzidos (Ara, Zatu, os homens de Betel e Ai, e os de Lode, Hadide e Ono). Todos os demais apanharam recrutas de última hora, variando entre um (no caso de Adonicão e Besai) e 1.100 (no caso de Azgade).

4. Seja como for, as diferenças que aparecem nos totais dessas listas não deveriam causar surpresas. O mesmo tipo de aumento ou diminuição tem ocorrido nas grandes migrações da história secular.

Conclusão:

Não se trata de uma contradição e sim de dois relatos diferentes. As duas listas estão separadas por uma distância de cinco anos e de contextos e intenções diferentes. No caso de Esdras, escrita na Babilônia em 450 a.C. descrevia aqueles que estavam saindo. Já Neemias escrita em Jerusalém em 445 a.C. descrevia aqueles que haviam conseguido chegar ou decidiram de última hora se juntarem a multidão de viajantes.