sexta-feira, 31 de julho de 2015

Devemos obedecer as leis dos homens ou a lei divina?

Devemos obedecer a lei de Deus em lugar das dos homens.
At 5:29 - Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.

Devemos obedecer as leis dos homens.
Rm 13:1-2 - Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.

I Pe 2:13 - Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;

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Descontradizendo:

A pergunta é: Devemos obedecer as leis dos homens ou a lei divina?

A resposta é: Ambas!

Observe o que a BDC sugere:

“Devemos obedecer a lei de Deus em lugar das dos homens”.

Eles dizem que o versículo abaixo está afirmando o título acima, será? Vamos ao texto:

At 5:
29 - "Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens".

Por que Pedro disse isso? Vamos ao contexto:
28 - "Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem".

Primeiramente, que havia sido o Sumo Sacerdote que intentou proibi-los de pregar o Evangelho. O que acontece é que isso não está se tratando de uma Lei. Não há uma lei levítica nesse caso que diga: “É proibido anunciar o Evangelho”. Por isso não se trata de uma Lei. Se trata do interesse pessoal do Sumo Sacerdote de querer proibir os apóstolos de pregar o Evangelho.

Em segundo lugar, há o conflito de duas autoridades nesse caso, a ordenança de Deus de que se pregue o Evangelho, e a proibição do Sumo sacerdote para que não se pregue o Evangelho. A autoridade superior nesse caso é Deus. A ordenança de uma autoridade superior sempre está acima da autoridade daquele que está abaixo dela. Como não há nenhuma Lei escrita no caso, o que vale é a posição de autoridade daquele que deu a ordem: Deus x Sumo Sacerdote. Deus é a autoridade superior sobre a o Sumo Sacerdote. Logo, Pedro tem o dever de obedecer a autoridade superior nesse caso.

Por isso, é diante da proibição (Ordem do Sumo Sacerdote) de que se pregue o Evangelho e o nome de Jesus (Ordem de Deus) que Pedro responde ao sacerdote:
29 - "Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens".

Ou seja, diante da alternativa, ou obedecer a Deus ou obedecer aos homens, a Bíblia dirá "obedeça a Deus!". Obedecer à Deus não implica em desobedecer a lei dos homens. Porém, se houver uma situação em que devemos escolher entre obedecer a Deus ou aos homens, devemos obedecer a Deus, Pois Deus é a autoridade superior.

Portanto, não há nenhuma contradição!


Pipe

terça-feira, 28 de julho de 2015

Mulheres podem ser líderes da igreja?



Sim, elas podem.
At 18:26 - Ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Quando o ouviram Priscila e Áqüila, o levaram consigo e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus.

Rm 16:1 - Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia,

Não, elas não podem.
I Co 14:34-35 - As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque lhes não é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é indecente que as mulheres falem na igreja.

I Tm 2:11-12 - A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio.

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Descontradizendo:
A proposta do tópico é:

As mulheres podem ser líderes da igreja?

Segundo a BDC, estes textos abaixo sugerem que sim:
At 18:26 - "Ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Quando o ouviram Priscila e Áqüila, o levaram consigo e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus".

E o que é que isto tem a ver com liderança? Quer dizer que toda a vez que alguém me ensina algo, este alguém é meu líder?

Outra questão é que o texto diz Priscila e Áquila, ou seja, Áquila (nome masculino) também estava ensinando Paulo a respeito do caminho de Deus.

Priscila não estava exercendo autoridade ou liderança sobre a vida de Apolo. Ela estava apenas juntamente com Áquila explicando com mais exatidão algumas coisas que Apolo ainda não entendia (vs.25).


Rm 16:1 - "Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia,"

A BDC está querendo nos dizer que a palavra "Serve" significa "lidera".

Vamos ao dicionário:
"Líder = Chefe"
"Servo = Criado; empregado; servidor; adj. que não é livre"

É preciso dizer alguma coisa?


Conclusão:
Os textos não estão falando de liderança e sim de serviço.
1. Febe é chamada de serva e não de líder;
2. Priscila apenas ensina Apolo juntamente com Áquila a respeito de Jesus. E em nenhum momento o texto insinua que ela foi líder de Apolo.


Portanto, Não há nenhuma contradição!

Pipe

A LINGUAGEM HUMANA

GUILHERME STEIN JÚNIOR E A ORIGEM COMUM DAS LÍNGUAS E DAS RELIGIÕES

Verdadeiramente, devemos cavar fundo para descobrir "as coisas grandes e ocultas" que desconhecemos!

O exemplo de Luiz Caldas Tibiriçá teve precedente bastante semelhante em Guilherme Stein Jr., pesquisador autodidata que dedicou grande parte de sua vida para o estudo da origem comum das línguas e das religiões. A Sociedade Criacionista Brasileira imprimiu um fascículo sobre os livros de sua autoria já publicados, e em vias de publicação, que constituem um valioso acervo para os estudiosos de lingüística comparada.

O mencionado fascículo, intitulado "Um Tronco Comum para os Idiomas?", apresenta uma visão geral da concepção de Guilherme Stein Jr. relativamente à problemática da origem comum das línguas, baseada na análise de concepções religiosas que também apontam para uma origem comum das religiões.

Este assunto foi apresentado no III Encontro Nacional e I Encontro Internacional de Criacionistas, realizado no Instituto Adventista de Ensino, em São Paulo, em janeiro de 1999, em sessão que teve a participação conjunta do pesquisador Luiz Caldas Tibiriçá e do Presidente da Sociedade Criacionista Brasileira.

Os interessados em cópias do mencionado fascículo, ou em cópias do vídeo-teipe da sessão em que o assunto foi exposto e debatido, poderão contactar a Sociedade Criacionista Brasileira para fazer sua solicitação.

Ainda a respeito de assuntos ligados ao "mistério" da linguagem humana, a publicação "Perspectives on Science and Christian Faith", periódico da "American Scientific Affiliation", publicou em seu volume 51, número 2, de junho de 1999, interessante artigo de Glenn R. Morton intitulado "Dating Adam", no qual destaca vários aspectos característicos que diferenciam o ser humano dos animais, dentre os quais especificamente a linguagem. Embora a conotação do artigo seja evolucionista-teísta, são bastante ilustrativos os comentários feitos sobre a linguagem, transcritos a seguir.

O ser humano é a única criatura sobre a terra que possui a linguagem. Poder-se-ia conceber o ato de adoração sem a existência da linguagem simbólica com a qual se transmitem os conceitos religiosos? Como o ritual exige simbolismo, meu gato, por exemplo, incapaz de usar símbolos, seria incapaz de qualquer ato de adoração. Sem a linguagem, não pode existir adoração, nem oração, e nem comunhão com Deus. Sem a linguagem, não teria sido possível transmitir a Adão a ordem para não comer do fruto da árvore, e sem essa ordem não teria havido nem o pecado e nem a queda. ... A linguagem é crucial a tudo que nos torna seres verdadeiramente humanos.
... A Bíblia parece nos indicar que Deus ensinou Adão a falar, o que implica que é esta a razão da sua singularidade. Dar nomes aos animais é algo que nos relembra a repentina sede de saber o nome dos objetos que Helen Keller experimentou quando finalmente entendeu o que sua professora estava tentando transmitir-lhe.

A linguagem humana difere de todas as outras formas de comunicação animal por quatro razões.

Primeiro, a linguagem humana pode produzir uma quase infinita variedade de pensamentos, contrariamente aos sistemas de comunicação dos animais, que na natureza raramente excedem quarenta diferentes manifestações ou chamados. Quando são feitas tentativas de ensinar uma linguagem a chimpanzés, imediatamente torna-se aparente a sua limitação de vocabulário. Mesmo após seis anos de treinamento, o chimpanzé Kanzi dominava apenas 150 palavras, em contraste com uma criança de seis anos de idade, que já domina cerca de 13.000 palavras, e um estudante egresso do segundo grau que domina 60.000 palavras.

Em segundo lugar, a comunicação entre os animais é destituída de gramática e de complexidade, o que se observa até mesmo em símios treinados especificamente para dominar a linguagem. Eles não usam artigos, nem preposições nem categorias gramaticais auxiliares em sua quase-linguagem de comunicação. Pinker observou que a extensão média de uma "sentença" pronunciada por um chimpanzé permanece constante mesmo após anos de treinamento. Uma criança rapidamente manifesta sua capacidade de, partindo de sentenças de uma ou duas palavras, atingir expressões complexas com muitas palavras.

Em terceiro lugar, Deacon destaca que a singularidade da linguagem humana baseia-se no seu referencial simbólico; toda a comunicação não-humana é não-simbólica. A linguagem humana é um sistema de comunicação baseado em símbolos. A palavra exprime um conceito, e não realmente um objeto. Por exemplo, o conceito expresso pela palavra agricultor na linguagem usada nos Estados Unidos é bastante diferente do conceito expresso pela palavra nong ming em Chinês. Embora ambas as palavras se refiram àquele que produz alimentos a partir do cultivo do solo, nos Estados Unidos o agricultor é um homem de negócios independente, enquanto que na China ele contém uma forte idéia política como representante do proletariado. Há pessoas que tentaram afirmar que alguns animais manifestam simbolismo em seus gritos, citando como exemplo os três tipos diferentes de alarme feitos por uma determinada espécie de macacos para alertar seus companheiros quanto ao perigo proveniente da presença de leopardos, serpentes ou águias. Cada grito corresponde somente a um dos perigos específicos, e induz uma só resposta coletiva. Entretanto, isso não constitui um sistema simbólico. Deacon observou a invariança da resposta produzida por cada um dos gritos, e mostrou que o comportamento correspondente era instintivo. Dentre todos os exemplos de comunicação não-humana, somente dois símios, após anos de intenso treinamento, mostraram algum indício do uso de símbolos.

Finalmente, o cérebro dos seres humanos é estruturado de forma diferente do dos animais, em termos de produção da linguagem. Os seres humanos utilizam para a comunicação uma parte do cérebro distinta da que usam os animais. A comunicação animal é controlada pela base do cérebro e pelo sistema límbico, enquanto que a linguagem humana é controlada pelo córtex cerebral esquerdo. ... Outra diferença entre as estruturas do cérebro do ser humano e dos animais diz respeito à "área de Broca". Somente o cérebro humano possui essa área aumentada no lobo temporal esquerdo. De há muito a área de Broca tem sido associada com a fala, pois lesões nessa área produzem uma curiosa incapacidade de comunicação que foi denominada de "afasia de Broca". Outra diferença entre o cérebro dos seres humanos e dos símios relaciona-se também com a fala. Os diferentes hemisférios do cérebro humano controlam funções diferentes. O hemisfério esquerdo tem maior relacionamento com o controle da linguagem do que o direito. Essa lateralização de funções produz ligeiras diferenças de forma entre os dois hemisférios, e o pesquisador Clive Gamble concluiu que a lateralização do cérebro é um requisito para a existência da linguagem.

Essas informações levam a três critérios objetivos que podem ser aplicados a restos fósseis para lançar luz sobre a capacidade lingüística dos chamados hominóides.

Primeiro, podemos examinar o interior da calota craniana procurando evidências de lateralização do cérebro.

Em segundo lugar, podemos examinar crâneos fósseis procurando evidências de uma área de Broca aumentada. A sua existência em crânios de hominídeos sugeriria o domínio da fala.

Em terceiro lugar, a relação entre a lateralização do cérebro e o uso da mão direita ou esquerda leva a outras possibilidades para a busca da capacidade de linguagem. Existe clara correlação estatística entre ter um maior lobo ocipital no hemisfério esquerdo, e ter um maior lobo frontal no hemisfério direito, e o uso da mão direita. A maioria dos animais apresenta uma proporção de 50% / 50% entre indivíduos destros e canhotos, enquanto para os seres humanos essa proporção é de 90% / 10% . Devido à maneira pela qual um instrumento de pedra foi feito, pode-se determinar se foi feito por um indivíduo destro ou canhoto. Assim, instrumentos de pedra podem ser estudados para se descobrir se foram feitos por indivíduos destros ou canhotos, e poderão indicar a existência de lateralização do cérebro e portanto também da fala.

O artigo em questão tece outras considerações sobre a questão da linguagem, e apresenta ainda uma observação específica sobre os Neandertais, que (embora constando deste artigo escrito sob o prisma do evolucionismo teísta) leva a importante conclusão dentro da conceituação criacionista. De fato, o tópico do artigo referente à linguagem encerra-se com a declaração de que "... a suposta incapacidade dos Neandertais para falar ... baseou-se na reconstrução hipotética da sua laringe em uma posição que inibiria a formação de certas vogais. Este ponto de vista foi refutado pela descoberta de um osso hióide que demonstrou que a laringe dos Neandertais era idêntica à dos atuais seres humanos, e que portanto eles poderiam falar. Deacon conclui que os Neandertais foram provavelmente lingüisticamente e intelectualmente nossos iguais."

Bibliografia:
Dentre a bibliografia citada por Glenn R. Morton encontram-se os seguintes títulos:
* Terrence W. Deacon, The Symbolic Species (New York: W. W. Norton, 1997).
* E. S. Savage-Rumbaugh, Language Training of Apes, in S. Jones et al., eds., The Cambridge Encyclopaedia of Human Evolution (Cambridge: Cambridge University Press, 1992).
* B. Arensburg, et al., A Reappraisal of the Anatomical Basis for Speech in Middle Paleolithic Hominids, American Journal of Physical Anthropology 83: 137-46.

Fonte:

http://www.revistacriacionista.com.br/

domingo, 26 de julho de 2015

Estado Laico na Íntegra



Os ateus que querem tirar a frase "Deus seja louvado" das cédulas do real (em nome do falso conceito de estado laico), daqui uns dias vão reivindicar que se mude os nomes das cidades de São Paulo, Sto André, São Carlos, Sta Terezinha de Itaipu, São Miguel, Sâo Luiz do Maranhão, etc... E em seguida todos os que tem nomes bíblicos mudarão seus nomes para Ritchens da Silva, Dennet de Souza, Dawkins Bastos, Sam Harris Pereira, Carl Marx de Oliveira, ...

Pipe

sábado, 25 de julho de 2015

Livro: "A Igreja no Século 21" de Francis Schaeffer

Editora Cultura Cristã

Edição Especial incluindo quatro obras:
- A igreja no final do século 20
- A igreja diante do mundo que a observa
- Um manifesto cristão
- O grande desastre evangélico

Os livros de Francis Schaeffer tornara-se um marco na história do pensamento cristão e influenciaram gerações de leitores. Nesta edição reunimos quatro de seus mais notáveis título. Ao lado de O Deus que intervém, O Deus que se revela, Como viveremos, Josué e a história bíblica, Morte na cidade, Não há gente sem importância, A obra consumada de Cristo, Poluição e a morte do homem e Verdadeira espiritualidade, todos publicados no Brasil pela Cultura Cristã, estas obras compõe o que há de melhor na bibliografia desse grande pensador.

Francis August Schaeffer (1912-1984) pastor presbiteriano apologista e missionário, tornou-se conhecido como pensador profundo, crítico da igreja de seus dias e de sua sociedade.


Entendia que para evangelizar devia conhecer o pensamento dos que desejava alcançar. Previu com impressionante clareza e acerto o desenvolvimento do pensamento ocidental e a luta que enfrentaria a igreja nas décadas seguinte.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Livro: "Deus, a Evidência: A Reconciliação Entre a Fé e a Razão do Mundo Atual" de Patrick Glynn

Físicos descobrem uma ordem inexplicável no cosmos, Médicos relatam os poderes de cura da oração, Registros de experiências no limiar da morte mostram a psicólogos que a fé religiosa estimula a saúde mental, Sociólogos reconhecem as conseqüências destrutivas de uma sociedade desprovidas de valores espirituais.

Esse é o panorama atual. É a surpreendente transformação que está ocorrendo no pensamento científico e intelectual do Ocidente.

Na ante-sala do século XXI, a Ciência rende-se à noção de que o Universo, longe de ser um mar de caos, é um mecanismo criteriosamente sintonizado onde tudo - cada molécula e cada lei física parece ter sido projetado desde o início em direção a um único fim: a criação da vida.

Estará a Ciência revelando a face de Deus? Deixará o Ateísmo de ser uma insígnia de Sabedoria? Deixará a Fé de ser sinônimo de Ignorância?


Intelectualmente estimulante e provocativo, este livro afirma que, hoje em dia, a "fé está onde a razão nos levar".

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Abraão foi justificado pela fé ou por obras?



Ele foi justificado por fé.
Rm 4:2 - Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.

Ele foi justificado através de obras.
Tg 2:21 - Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?

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Descontradizendo Tg 2:
Vamos ao contexto:
21 - "Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?"
22 - "Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada,"
23 - "e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus".
24 - "Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé".
25 - "E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho?"
26 - "Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta".

Tiago não está dizendo que as obras justificam. Tiago está dizendo que as obras evidenciam a fé. Ambas andam juntas e não se contradizem como a BDC sugere. Tiago está dizendo que por meio das obras a fé é aperfeiçoada. Sem as obras a fé é morta.

Conclusão:
BDC: Abraão foi justificado pela fé ou pelas obras?
Tiago: Por ambas! Pois fé sem obras não pode ser chamada de fé. Pode ser chamada de qualquer coisa, menos de fé.

Não há nenhuma contradição!


Pipe Desertor

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A ENTROPIA QUE NOS ATINGE: PODEMOS SUPERÁ-LA?

Entropia é um princípio da natureza em que todas as coisas e seres existentes tendem a se degradar até a extinção. Esse princípio faz parte das terríveis conseqüências da entrada do pecado no mundo. Mas ele terá o seu fim por ocasião da restauração de todas as coisas, com a volta de Jesus a esta Terra, para o estabelecimento de Seu reinado de paz e de justiça.

Com a entrada do mal em nosso planeta, estabeleceu-se uma lei ou um princípio chamado de Entropia, até então desconhecido, com tremendas conseqüências. Este tem levado a natureza como um todo a uma contínua degradação. Diante disto, os seres vivos iniciaram um processo de sucessivas adaptações ao ambiente. O Dilúvio relatado na Bíblia contribuiu para acelerar este processo entrópico e de novas adaptações, criando "habitats" antes desconhecidos, como os da fria tundra, dos secos desertos, das rarefeitas altitudes nos picos das montanhas, e dos escuros abismos no fundo oceânico, bem como alterando o regime de chuvas, de ventos e a composição atmosférica, predispondo o mundo para nocivas radiações, furacões, tufões, terremotos, vulcões, enchentes, entre tantos outros.

O ser humano também tem contribuído para acelerar o processo entrópico ao explorar indiscriminadamente e egoisticamente os recursos da natureza, quer desmatando, extinguindo a biodiversidade, fazendo queimadas, lançando no ambiente enormes quantidades de poluentes que afetam o ar, o solo e a água. Além do mais, ele acelera a sua autoentropia adotando através de sucessivas gerações, hábitos, práticas nocivas, intemperanças e vícios incluindo o uso do álcool, fumo e drogas.

Já no Egito antigo há relatos de afetações humanas resultantes do processo entrópico, com o aparecimento de enfermidades como hemorróidas, pústulas, gangrenas, e tantas outras. Nos dias de Jesus (cerca de quatro mil anos de degradação), Ele encontrou um mundo moribundo, sofrendo de cegueira, surdez, mudez, paralisia, hemorragia, lepra, e até possessões demoníacas.
A Idade Média padeceu com avassaladoras epidemias, endemias e pandemias incluindo a destruição direta do homem através de bárbaras e insanas guerras.

Atualmente, só doenças genéticas já se contam aos milhares, causando abortos espontâneos, natimortos, prematuros, acéfalos, retardados, deficientes físicos e mentais, e outras que só se manifestam na vida juvenil e adulta. Acrescente-se, ainda, o uso da biotecnologia envolvendo experimentos com seres humanos, incluindo a tecnologia do DNA recombinante e a clonagem numa sociedade eticamente frágil e quase amoral. Em muitos casos já é difícil fazer diferença entre sexos, e freqüentemente entre espécies, tal a confusão causada pelo processo entrópico. Literalmente, a natureza "geme".

Imagine Você vivendo hoje, num processo cumulativo de seis mil anos de entropia, herdando um corpo debilitado física e geneticamente através dos tempos, com limitada capacidade de adaptações, vivendo num ambiente comprometido pela degradação, sujeito a intermitentes agressões químicas (aditivos, radicais livres, hormônios, agrotóxicos, antibióticos e outros mutagênicos, etc.), físicas (radiações, calor, frio, etc.), biológicas (vírus, bactérias, fungos, vermes, parasitas, ectoparasitas, etc.) e psicológicas (violência, medo, "stress", inveja, ódio, maldade, corrupção moral, frustração, etc.). Não fora a misericórdia divina, e a ação contentora de Seu Espírito, e já estaríamos totalmente destruídos juntamente com este mundo.

Contudo, mesmo nestas condições de extrema entropia a que estamos submetidos, somos convidados a ser Templos de Seu Espírito e a preservarmos o potencial vital que ainda nos resta e, mais ainda, a desenvolvê-lo ao máximo para a honra e glória de Deus. Isto poderá ser feito através do cultivo de corretos hábitos de comunhão com o Criador, bem como com os de temperança.

Mesmo num mundo caracterizado pela urbanização e suas frenéticas complicações, sempre que possível e as condições o permitam, deve-se desfrutar dos revigorantes remédios que a natureza pode ainda dispor, providenciados amorosamente pelo Criador: uso adequado da luz solar (nos horários recomendados), do ar puro, da água potável, do repouso satisfatório, do exercício ao ar livre, e de um regime equilibrado, o mais natural possível (que proveja quantidades adequadas diárias de carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais). Lembrando ainda a abstinência de tudo o que for prejudicial, e acrescentando a prática do amor ao próximo, e da higiene mental, aliadas à confiança em Deus, o que grandemente contribui para o fortalecimento das defesas orgânicas de que tanto necessitamos.

Felizmente, estamos no final do processo de entropia em nosso planeta, e prestes ao estabelecimento de uma nova ordem e harmonia. Deus intervirá e criará um novo céu e uma nova Terra. O Éden será restaurado para nunca mais se repetir a história do mal. Nossa oração hoje deve ser para que, enquanto aqui estivermos, que Deus, na Sua providência, preserve nossa integridade física, mental, social, psicológica e espiritual, e que abrevie a volta de Seu Filho Jesus Cristo para pôr fim a toda esta onda de entropia e conseqüente degradação.

Maranata! – Ora, vem, Senhor Jesus!

Fonte:

terça-feira, 21 de julho de 2015

É correto amaldiçoar alguém?

Não amaldiçoe ninguém.
Rm 12:14 - abençoai aos que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis.

É correto amaldiçoar algumas pessoas.
I Co 16:22 - Se alguém não ama o Senhor Jesus Cristo, seja anátema; maranata!

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Descontradizendo:
A BDC tem o péssimo costume como sempre de tirar o texto do seu contexto e aplicá-lo em qualquer situação. Então diante da pergunta: "É correto amaldiçoar alguém?", vamos aos contextos:

O texto de Rm 12:14 está dizendo: Não amaldiçoe ninguém"?

Rm 12:14 - "abençoai aos que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis".

O texto está dizendo que em caso de perseguição de alguém a sua pessoa, não amaldiçoe esta pessoa e ponto final.

Qualquer acréscimo a isso é mera especulação!

Agora no caso de I Co 16:22, se trata de ser "correto amaldiçoar algumas pessoas"? Paulo está amaldiçoando quem não ama à Deus. Ou está dizendo que quem não ama à Deus está debaixo de maldição?

I Co 16:22 - "Se alguém não ama o Senhor Jesus Cristo, seja anátema; maranata!"

No grego a palavra "anathema" significa amaldiçoado.

Porém, o sentido que Paulo está dizendo não é que a pessoa só se torna anathema depois que ele ou qualquer outro cristão lança tal maldição sobre aquele que não ama à Deus. O sentido é que todo aquele que não ama à Deus é maldito. Não por meio de minhas palavras, mas porque não ama à Deus. Esta é uma condição de escolha do indivíduo. É o indivíduo que se coloca debaixo desta condição e não nós cristãos que o colocamos.

Ex. Digamos que sou um professor, e que eu chego para os meus alunos e digo: "Quem não estuda que seja um ignorante (sem conhecimento)!". Os meus alunos que não estudam, serão ignorantes porque não estudam, ou, serão ignorantes porque eu disse que serão? É óbvio que serão ignorantes por não estudarem. O mesmo se diz do texto de I Co 16:22: Ser amaldiçoado é uma condição de toda aquele que não ama à Deus, e não porque Paulo ou qualquer outro cristão assim determina para alguém. Não somos nós que determinamos isto, e sim a escolha própria do indivíduo!

Conclusão:
O Texto de Romanos está dizendo exclusivamente de em caso de perseguição não amaldiçoe ninguém. Já o texto de I Coríntios está falando da condição em que o indivíduo mesmo se coloca debaixo de maldição quando escolhe não amar à Deus.

Portanto, não há nenhuma contradição!


Pipe

segunda-feira, 20 de julho de 2015

LEIBNITZ – CIÊNCIA E FILOSOFIA

No periódico "Notícias FAPESP", de julho de 1998, editado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo, foi noticiada a publicação do livro "A Protogaea de G. W. Leibnitz (1794)", em tradução efetuada por Nelson Papavero e colaboradores, com o apoio da FAPESP. A notícia apresenta alguns destaques que não deixam de ser interessantes para nós, hoje, mais de duzentos anos depois, após o surgimento do darwinismo e sua aceitação generalizada como explicação para a origem das espécies. Aliás, o livro de Leibnitz, publicado pela primeira vez após a sua morte, tinha como subtítulo "Uma Teoria sobre a Evolução da Terra e a Origem dos Fósseis"

Gottfried Wilhelm Leibnitz (1638-1686) destacou-se como o fundador do cálculo infinetesimal, independentemente de Newton, da teoria das mônadas, e formulador de um modelo teórico precursor de alguns modernos sistemas de computação. Foi ele um dos pensadores mais profícuos da humanidade.

Em vida, Leibnitz publicou apenas um resumo de suas idéias sobre o passado da Terra, em 1693, na "Acta Eruditorium", primeiro periódico científico alemão, cuja criação foi por ele sugerida, tendo em vista proporcionar na Alemanha algo semelhante ao que já existia em outros países, como na França o "Journal des Savantes", e na Inglaterra os "Proceedings of the Royal Society".
O que pensava Leibnitz sobre a história geológica da Terra e os fósseis, no final do século 17 e início do 18 (época em que também viveu Sir Isaac Newton, cujos trabalhos sobre o cálculo infinitesimal rivalizaram com os de Leibnitz)?

A "Protogaea", escrita originalmente em Latim, faz parte do projeto não finalizado de Leibnitz de escrever uma história universal. Boa parte das informações que utilizou para escrevê-la, obteve ele no período em que trabalhou como engenheiro de minas na região de Harz, na Alemanha, e de suas observações feitas nas numerosas viagens que empreendeu durante toda a sua vida, como jurista, historiador, emissário político, e como cientista (melhor diríamos, como "naturalista").

A edição da "Protogaea", ora feita com o auxílio da FAPESP, em sua tradução para o Português, além de apresentar em nossa língua as teorias e interpretações geológicas e paleontológicas de Leibnitz, possibilita-nos uma visão panorâmica do desenvolvimento das idéias naturalistas desde aquela época.

A respeito do dilúvio, no capítulo que trata de "Onde estava a água que cobriu a Terra, e o que aconteceu com ela", Leibnitz apresenta uma explicação sobre de onde teria vindo a água que teria coberto toda a superfície do planeta durante o dilúvio universal. Após descartar possíveis causas, inclusive externas, como a passagem próxima de um cometa, ou a aproximação da Lua, que teriam feito as águas subirem, considera "admissível que, ao romper-se a crosta da Terra onde era oferecida menor resistência, massas enormes se arrojaram das próprias profundezas onde os mares já haviam sido recebidos, até que, através de novas subsidências, acharam um acesso ao Tártaro, abandonando os espaços que hoje vemos a seco".

Um exemplo das tentativas de Leibnitz para apresentar uma explicação "científica" sobre os fósseis, está no capítulo em que fala do unicórnio, considerando os achados supostamente tidos como chifres do ser mitológico provenientes de peixes do Atlântico Norte. "Na verdade, tratava-se de defesas de mamutes, ou então chifres de rinocerontes" (!).

Interessante também é o seu ceticismo quanto à possível evolução das espécies a partir de seres marinhos: "Existem, não ignoro, os que levam a capacidade de conjecturar ao ponto de pensar que, quando o oceano tudo cobria, os animais que hoje povoam a terra eram aquáticos, tornando-se anfíbios à medida em que se retiravam as águas, e que seus descendentes, por fim, abandonaram suas primitivas moradas. Todavia essa opinião conflita com a dos Sagrados Escritores (ou Sagradas Escrituras?), o que significa afastar-se da religião."

Esta última citação chama a atenção para outro aspecto da abrangente personalidade de Leibnitz que, nascido em piedosa família luterana, procurou aprofundar-se também no campo da teologia (como também Newton), chegando a publicar sua famosa obra "Teodicéia", em 1710, na qual exprimiu suas idéias a respeito da justiça divina.


Particularmente, deve ser destacado o fato de que cientistas do porte de Newton e Leibnitz deixaram também sua marca no campo da Teologia!

domingo, 19 de julho de 2015

Livro "Origens - Relacionando a Ciência com a Bíblia" de Ariel A. Roth

Revisão Bibliográfica
REVISÃO CRÍTICA DO LIVRO "ORIGENS - RELACIONANDO A CIÊNCIA COM A BÍBLIA"
por Ariel A. Roth, editado pela Casa Publicadora Brasileira, 2001

Este livro, de autoria de Ariel A. Roth, foi publicado originalmente em 1998 pela "Review and Herald Publishing Association", nos Estados Unidos da América do Norte, com o título "Origins - linking Science and Scripture". Neste ano de 2001 foi publicada a sua tradução para o Português, pela Casa Publicadora Brasileira. Apresenta-se a seguir, a revisão crítica do livro, de autoria de Ariel A. Roth, que foi publicado originalmente no "CEN Technical Journal" 13(1)1999:26-29.

"Origens - Relacionando a Ciência com a Bíblia" é uma excelente contribuição feita à desabrochante literatura criacionista, que deverá fortalecer a fé cristã em uma criação literal, no dilúvio universal, e na fidedignidade da Bíblia. O livro cobre tópicos bastante variados, em cinco grandes partes e mais uma parte com conclusões. Cada um dos vinte-e-dois capítulos encerra-se com um item resumindo as conclusões, e mais uma apreciável lista de referências, bastante útil, quase todas de fontes exclusivamente não-criacionistas, o que garante a total atualidade do livro e sua abrangência.

O livro é bem escrito, fácil de ler e, de maneira notável, isento de erros tipográficos (na edição americana). Como visão geral do assunto, mas com abundância de detalhes - alguns novos - o livro constituiria uma boa primeira aquisição para quem soubesse apenas um pouco sobre as controvérsias entre a criação e a evolução, e entre o dilúvio e o uniformismo. Seria também um livro com desafios aos cépticos que se opõem ao criacionismo, ao cristianismo ou à Bíblia. É mesmo um livro adequado para o cientista ateísta ou agnóstico que deseje investigar seriamente as controvérsias, pois o tom do livro não deprecia a sua posição, e grande número de itens não são abordados de forma dogmática, deixando espaço para pesquisas posteriores - uma admirável posição científica.

A primeira das cinco partes do livro mostra que a questão da controvérsia entre criação e evolução ainda não está resolvida, e prepara o palco científico descrevendo as linhas gerais envolvidas na questão. No segundo capítulo, Roth ilustra como o modismo filosófico e sociológico influencia o empreendimento científico, e como os paradigmas geralmente aceitos ameaçam a busca da verdade. Com base em uma perspectiva histórica, Ariel Roth conclui que a verdade pode ser difícil de ser achada, e a nossa busca por ela freqüentemente deve situar-se além das opiniões prevalecentes. Concluindo a primeira parte, o terceiro capítulo discute como a ciência teve origem a partir de uma visão bíblica do mundo, e que não há razão para qualquer antagonismo fundamental entre ciência e cristianismo. Boa parte do aparente conflito entre ciência e cristianismo deve-se mais à definição de termos, atitudes e interpretações, do que a princípios básicos.

Deixando de lado os questionamentos filosóficos, na segunda parte o autor relaciona a ciência com a Bíblia (subtítulo do seu livro) no campo da biologia. Assim, é analisada em primeiro lugar a mais importante pergunta: A vida evoluiu ou foi criada? A explicação da criação para a origem da vida é muito forte, enquanto que a explicação evolucionista é bastante fraca. A nossa compreensão da impressionante complexidade da célula cresce a cada dia, apontando para o fato de que é impossível que uma célula viva pudesse evoluir ao acaso. É difícil conceber por que algum biólogo permaneça ateísta ou agnóstico (à parte de Romanos 1:18 e versículos seguintes) em face da complicação e enorme complexidade - resultantes de um projeto inteligente - que existem abundantemente no mundo biológico. Parece que Deus está empenhado em chamar a atenção dos biologistas clamando: "Estou aqui"! Ariel Roth não só se aprofunda no exame da dificuldade que apresenta qualquer origem abiogenética da vida, como mostra também como algumas idéias mais novas, como o modelo do RNA, assemelham-se ao primeiro mícron da escalada do Monte Evereste, na busca da origem da vida.

Embora os evolucionistas ainda creiam que os frágeis mecanismos das mutações e da seleção natural possam realizar o impossível, Roth mostra no capítulo 5 do livro quão fracos são esses mecanismos na realidade. E conclui:

"A falha geral deles (para encontrar um mecanismo viável), portanto, levanta uma séria questão: O pensamento evolucionista é mais objeto de opinião do que de rigorosos dados científicos?" (p. 91).

O título do capítulo 6 é apropriado: "Do complexo ao mais complexo". Aqui Roth explica detalhadamente o que a ciência tem demonstrado: que a vida é extremamente complicada, mesmo em seu nível mais simples. Focalizando a questão do olho, ele conclui que os dados favorecem sobremaneira a tese de um projetista inteligente.

O assunto da origem do homem, constante do capítulo 7, de fato é importante em qualquer compêndio de biologia. Roth mostra como as evidências a favor da explicação evolucionista da origem do homem são esparsas, controvertidas e contaminadas com os preconceitos pessoais dos cientistas - de tal forma que ele considera que não se pode ainda ter conclusões firmes a respeito. Roth termina os questionamentos biológicos da segunda parte com um grande número de controvérsias atuais, tais como o relógio molecular. E encaminha um desafio quanto à racionalidade por parte dos cientistas:

"A alternativa da criação sugere que grande variedade de organismos com adaptabilidade limitada foram projetados propositadamente. Os criacionistas não têm todas as respostas, mas as diferentes opiniões e os numerosos problemas científicos enfrentados pela evolução podem sugerir que o modelo criacionista merece séria consideração". (p. 142)

As partes 3 e 4, respectivamente sobre fósseis e rochas interessaram-me de forma especial. Sempre estive ávido para explorar novas idéias na área de geociências que expliquem o modelo do dilúvio. As explicações contrastantes para os fósseis e para as rochas destacam a diferença entre os modelos da criação e da evolução, e concordo com a apreciação do autor. Os uniformistas têm gasto muito tempo e dinheiro público proveniente da arrecadação de impostos para desenvolver o seu modelo, enquanto nós, os criacionistas, estamos ainda somente nos estágios iniciais do desenvolvimento de nossos modelos diluvialistas. Já fizemos grandes progressos, mas ainda há muito por fazer, tanto no campo quanto nos gabinetes. Nestas duas partes há muita refutação dos modelos geológicos baseados na filosofia evolucionista uniformista, e dados importantes que apontam para o dilúvio.

Os fósseis são discutidos em três capítulos da terceira parte. Os tópicos abrangem a dificuldade para a formação de um fóssil, o problema dos pseudo-fósseis, os hiatos no registro geológico, os alegados elos perdidos, a explosão do Cambriano, e as questionáveis taxas de evolução exigidas pela coluna geológica. Ariel Roth inclina-se a aceitar a coluna geológica como conseqüência do dilúvio, e conseqüentemente usa parte do capítulo 9 e todo o capítulo 10 para explicar como o dilúvio poderia produzir a ordem dos fósseis na coluna geológica. Esses mecanismos, que considero todos plausíveis, são: 1) a motilidade dos animais; 2) a flutuabilidade variável na água, e 3) o zoneamento ecológico. Sem dúvida, outros fatores de ordenamento existiram durante o dilúvio, como reconhecido por Roth (p. 168).

A parte 4, sobre as rochas, que apresenta poderosas evidências a favor de uma inundação global, foi a minha favorita. A geologia uniformista, em contraste, somente sugere explicações questionáveis para essas evidências. Partindo da controvérsia sobre a inundação do Spokane, Roth mostra como a maior parte dos geólogos depois de Hutton e Lyell relutou aceitar que as catástrofes desempenham qualquer papel na história da Terra. A fotografia da praia formada na ilha de Surtsey (p. 202) vale por mil palavras. Tirada somente a cinco meses e dois dias depois da formação da ilha por uma erupção vulcânica em 1963, a fotografia documenta um impressionante exemplo de formação geológica rápida! Em seguida, no capítulo 12, Roth examina os modelos existentes para o dilúvio, prefaciando essa seção com o sábio conselho: "Entretanto, é necessário muito mais trabalho, e a cautela nos induz a dizer que consideramos cada modelo como uma tentativa" (p. 205).

As predições evolucionistas sobre as configurações da diversidade e da disparidade ao longo do tempo não concordam com o registro fóssil. Acima estão as três configurações, sugeridas respectivamente: a) pelo gradualismo darwinista; b) pela teoria do equilíbrio pontuado; e c) pelo registro fóssil. (De Austin, S. A. 1994. Grand Canyon. Monument to catastrophe. ICR, p. 148).

O capítulo 13 examina brevemente diversas poderosas evidências geológicas a favor de um dilúvio global. Uma das melhores é a ocorrência generalizada das camadas sedimentares. Um exemplo que se destaca é o conglomerado de Shinarump, com menos de 30 metros de espessura e estendendo-se por mais de 250.000 km2 do Platô do Colorado. Outro é a total falta de qualquer sinal de erosão entre as camadas sedimentares, negando assim os supostos intervalos de tempo que existiriam entre elas.

Os capítulos 14 e 15 tratam de questões cronológicas. O primeiro deles responde aos aparentes problemas quanto à curta duração da escala geológica do dilúvio, como o crescimento dos recifes, ninhos de dinossauros em rochas do dilúvio, "varves" e florestas fósseis. A interpretação criacionista da datação com o Carbono-14 (baseada principalmente nos trabalhos do Dr. Robert Brown) é discutida também junto com o método de datação do Potássio-Argônio. Embora os criacionistas enfrentem problemas cronológicos, também os geólogos uniformistas enfrentam. Esses problemas são objeto do capítulo 15. Os grandes desafios para os geólogos que aceitam as longas eras de bilhões de anos são: 1) a erosão muito rápida dos continentes, que assim poderiam ter sido erodidos dezenas de vezes durante o Fanerozóico; 2) superfícies planas consideradas como tendo mais de 100 milhões de anos de idade, que mostram pouco sinal de erosão ou mesmo nenhum; muito menor evidência de atividade vulcânica nas camadas sedimentares do que seria de esperar; e 4) sobrelevação das montanhas usualmente tão rápida que elas deveriam ter centenas de quilômetros de altura, ou não conter nenhuma rocha do início da coluna geológica.

A parte 5 é uma avaliação geral da ciência e da Bíblia, e mostra que embora a ciência tenha feito maravilhosas, ela constitui apenas uma visão de mundo parcial. A ciência e os cientistas estão longe da perfeição, especialmente no âmbito histórico. As Escrituras, apesar de constantemente assediadas, sobreviveram ao teste do tempo, e têm sido validadas histórica, arqueológica e profeticamente. A existência de lendas do dilúvio, algumas bastante paralelas ao relato bíblico, é impressionante. Roth ataca também os difíceis desafios apresentados à Bíblia, tais como a existência do mal, o sofrimento, os eventos da semana da criação, e a hipótese documental.

A parte 6 encerra o livro, mostrando como a filosofia do naturalismo tem-se apossado da ciência, e como a evolução é uma teoria em apuros. Tudo aponta para a predominância de um paradigma com muito poucas evidências a seu favor:

"A ciência sempre se orgulhou de ser aberta e objetiva, mas a evolução põe em questão ambos esses atributos. Como a ciência envolveu-se nessa confusão de defender uma idéia para a qual existe pouco apoio e que se depara com tão grandes problemas científicos?" (p. 333).

Para os que são tentados a procurar um compromisso entre a criação e a evolução, Roth demonstra no capítulo 21 como nem a ciência nem a Bíblia apoiam essa posição. Tais compromissos são indefensáveis, e levam a um afastamento gradual do cristianismo.

O capítulo final nos desafia a procurarmos a verdade e a resistirmos a seguir o "clima da opinião".

O excelente livro de Ariel Roth é altamente recomendado tanto para criacionistas, como para cristãos não-criacionistas e descrentes. Como acontece com qualquer livro que abra novos caminhos para as Geociências, todo revisor crítico pode discordar com relação a pelo menos um ponto. Realmente discordo de muito pouco. Eu gostaria de evidências mais concretas para as posições do autor com relação aos assuntos controvertidos dentro do criacionismo, que foram diplomaticamente tratados por ele, como por exemplo a coluna geológica, o carreamento das camadas sedimentares, a tectônica de placas, e as configurações continentais antes e após o dilúvio. O criacionista tradicional, se não for céptico com relação à coluna geológica, a tem aceitado somente de forma parcial. Embora a coluna geológica, como também a ordem fóssil no dilúvio, possam ser um princípio geral, isso precisa ser demonstrado com algo mais além do "grande palco" configurado no sudoeste dos Estados Unidos. Aqueles que desafiam os pontos de vista criacionistas tradicionais deveriam publicar seus argumentos em revistas técnicas criacionistas para a adequada discussão e revisão crítica.

Os carreamentos são outro assunto controvertido que os criacionistas tradicionalmente não têm aceito. Dezenas de alegados "carreamentos" (incluindo o famoso Carreamento Lewis) situam-se no oeste do local onde moro. "Carreamentos" representam fósseis fora da ordem, são comuns em regiões montanhosas, no mundo todo, e neles é fácil observar a seqüência vertical dos fósseis. Embora eu não tenha examinado os "carreamentos" do oeste de Montana como gostaria de ter feito [a maioria dos contatos entre as camadas está coberta pelos taludes (ou "talus"], até agora tenho visto poucas evidências a favor de deslizamentos horizontais ou verticais de rochas sobre rochas ao longo de dezenas de quilômetros. Roth afirma ter visto evidências pelo menos para algum carreamento no contato do Carreamento Lewis, sulcos e arranhões (p. 163). Isso pressupõe que, de fato, a direção do movimento pode ser verificada. Entretanto, é necessário mais do que sulcos e arranhões para demonstrar o movimento horizontal de longa distância dos supostos carreamentos. Sulcos e arranhões são comuns no cinturão de "carreamentos" das Montanhas Rochosas, e praticamente todos ocorrem nas juntas.


Fiquei contente porque Ariel Roth recomendou que os criacionistas sejam cautelosos antes de aceitar a tectônica de placas (p. 210). Em minha experiência, a tectônica de placas apresenta muitos problemas que, ou são ignorados e minimizados, ou racionalizados mediante hipóteses secundárias. Também um número substancial da comunidade geológica mais ampla ainda tem suas reservas quanto à tectônica de placas ou aspectos decorrentes desse paradigma. Os criacionistas precisam considerar criticamente a tectônica de placas antes de incorporá-la ao dilúvio ou mesmo a um modelo pós-diluviano.

sábado, 18 de julho de 2015

Livro: "O Deus que Intervém" de Francis Schaeffer

Editora Cultura Cristã

Sinopse
O abandono da verdade e as trágicas consequências para a nossa cultura - a única esperança na verdade histórica do Cristianismo.

O Deus que intervém (no original, The God Who is there) forma com A morte da razão e O Deus que se revela a trilogia clássica de Schaeffer. Primeiro na trilogia, este livro mostra como o pensamento moderno abandonou a ideia de verdade, com trágicas consequências para todas as áreas da cultura “desde a filosofia, até a arte, música, teologia e na sociedade como um todo. A única esperança está em confrontar nossa cultura com a verdade histórica do Cristianismo” apresentada com paixão e sem concessões, e vivida de modo completo, em todas as áreas da vida individual e comunitária.

Qual será, a longo prazo, a importância de Francis Schaeffer? Tenho certeza ... de que não estarei errado ao saudar Francis Schaeffer que enxergou bem mais do que a maioria de nós ... e agonizou sobre a sua percepção bem intensamente do que nós como um dos verdadeiros grandes cristãos de meu tempo.
J. I. Packer


Francis A. Schaeffer (1912-1984) será sempre lembrado como um dos gigantes do século 20. Seus livros foram traduzidos para mais de 25 idiomas com milhões de exemplares vendidos. A L'Abri Fellowship, fundada pelo casal Francis e Edith Schaeffer em 1955, é um tributo vivo à sua obra. Em um tempo de decadência moral e desumanidade brutal, as obras de Shaeffer falam corajosamente com base nos absolutos de Deus, tais como revelados em sua Palavra.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Devemos ajudar os outros?

Sim.
Rm 15:12 - Portanto, cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.

I Co 10:33 - Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar.

Não.
Gl 1:10 - Porque persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.

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Descontradizendo:
Por Guilherme Born:

Vamos aos textos na NVI
Romanos 15:2 - Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo.

I Co 10:33 - Também eu procuro agradar a todos, de todas as formas. Porque não estou procurando o meu próprio bem, mas o bem de muitos, para que sejam salvos.

Gálatas 1:10 - Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo.

O problema se encontra na palavra “agradar”. Vamos ver seu significado:
de agrado
v. int.,
ser agradável;
fazer-se querer, causar satisfação a;

Ser agradável, ou seja, ser uma pessoa agradável, a qual todos gostam de estar junto;
Causar satisfação aos outros, ou seja, agradar aos outros (podemos considerar fazer a vontade do outro, agradando-o).

Primeiramente, agradar nada tem a ver com ajudar. Ajudar é uma coisa e agradar é outra totalmente diferente. Creio que não preciso explicar o significado de cada uma.

Agora vamos aos contextos:
Romanos 15
1 Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.
2 Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo.
3 Pois também Cristo não agradou a si próprio, mas, como está escrito: “Os insultos daqueles que te insultam caíram sobre mim”.

O que Paulo quis dizer nesses versículos? Que deixemos a nossa própria satisfação, a nossa vontade, o agrado a nós mesmos, para satisfazer nosso próximo em coisas boas para a edificação dele, ou seja, para que cooperem com o crescimento espiritual do nosso próximo, assim, conseqüentemente, fazendo ou satisfazendo a vontade de Deus.

I Coríntios 10:
31 Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.
32 Não se tornem motivo de tropeço, nem para judeus, nem para gregos, nem para a igreja de Deus.
33 Também eu procuro agradar a todos, de todas as formas. Porque não estou procurando o meu próprio bem, mas o bem de muitos, para que sejam salvos.

O que Paulo quis dizer nesse contexto?

A mesma coisa que disse em Romanos. Deixe de satisfazer a si próprio para satisfazer ao seu próximo, cooperando com seu crescimento e sua salvação, conseqüentemente, fazendo a vontade de Deus (façam tudo para a Glória de Deus)

Agora vamos ver o que está em Gálatas:
Gálatas 1
10 Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo.

O que o texto está nos mostrando? Que Paulo não está interessado em satisfazer AS VONTADES dos homens e sim a de Deus. Ele não se preocupava em obter a aprovação dos homens e de Deus, pois ele já fazia a vontade dEle, isso era o que lhe bastava. Se ele quisesse agradar (satisfazer a vontade) dos homens, ele não serviria a Cristo. Continuaria servindo Roma na perseguição aos cristãos.

Ou seja, é a mesma coisa que acontece nos versículos de Romanos e I Co. Porém o ponto de vista da narrativa é diferente. Em Romanos e I Co Paulo nos diz para satisfazermos o nosso próximo com coisas que cooperem com a Edificação e salvação do mesmo, e conseqüentemente, a vontade de Deus. Já em Gálatas, Paulo nos mostra que ele não faz as coisas para satisfazer a vontade dos homens, e sim a de Deus. Vontades estas que não cooperavam com nada (dos homens), de acordo com todo o contexto.

Conclusão:
Não há nenhuma contradição, pois os textos, falam das mesmas coisas, porém com pontos de vista diferentes, enfatizando assuntos diferentes (vontade de Deus X vontade dos 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Livro: "O Deus que se Revela" de Francis Schaeffer

Editora Cultura Cristã

Sinopse
O Deus que se revela (no original, He is there and he is not silent) forma com A morte da razão e O Deus que intervém a trilogia clássica de Schaeffer. É o último da trilogia. Segundo o autor, "Este livro trata de ... como podemos vir a saber e como podemos saber que sabemos". Assim, Schaeffer pondera que o pensamento moderno está fundalmentamente errado em suas posições quanto a como sabemos e o que sabemos. Contrastando com o silêncio e desespero do homem moderno, Schaeffer mostra que podemos de fato conhecer o Deus que intervém porque se revela.

"Qual será, a longo prazo, a importância de Francis Schaeffer? Tenho certeza ... de que não estarei errado ao saudar a Francis Schaeffer - que enxergou bem mais do que a maioria de nós ... e agonizou sobre a sua percepção bem mais intensamente do que nós - como um dos verdadeiramente grandes cristãos de meu tempo."
J. I. Packer

Francis A. Schaeffer (1912-1984) será sempre lembrado como um dos gigantes do século 20. Seus livros foram traduzidos para mais de 25 idiomas com milhões de exemplares vendidos. A L'Abri Fellowship, fundada pelo casal Francis e Edith Schaeffer em 1955, é um tributo vivo à sua obra. Em um tempo de decadência moral e desumanidade brutal, as obras de Schaeffer falam corajosamente com base nos absolutos de Deus, tais como revelados em sua Palavra.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Toda a Escritura é inspirada por Deus?


Sim.
II Tm 3:16 - Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça,

Não.
I Co 7:12 - Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe.

I Co 7:25 - Ora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor; dou, porém, o meu parecer, como quem tem alcançado misericórdia do Senhor para ser fiel.

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Descontradizendo:
Quando Paulo se refere a "Escritura", do que ele está falando?
R: Ele está se referindo ao Antigo Testamento, pois o NT ainda não havia sido compilado e reconhecido juntamente ao Canon do AT. Então quando diz: "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça,", está se referindo ao AT. Como a proposta não se trata do NT ser ou não inspirado, me atenho apenas a tratar que Paulo estava se referindo ao AT e não as suas cartas.


Pipe