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terça-feira, 31 de maio de 2016

É errado roubar?


Roube.
Ex 3:22 - porque cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hóspeda vasos de prata, e vasos de ouro, e vestes, os quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis ao Egito.

Ex 12:35-36 - Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés e pediram aos egípcios vasos de prata, e vasos de ouro, e vestes. E o SENHOR deu graça ao povo em os olhos dos egípcios, e estes emprestavam-lhes, e eles despojavam os egípcios.

Ez 39:10 - E não trarão lenha do campo, nem a cortarão dos bosques, mas com as armas acenderão fogo; e roubarão aos que os roubaram e despojarão aos que despojaram, diz o Senhor JEOVÁ

Não roube.
Ex 20:15, Lv 19:11, 19:13, Dt 5:19, Sl 37:21, Ef 4:28, I Ts 4:6
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Descontradizendo:

Ex 3:22: “porque cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hóspeda vasos de prata, e vasos de ouro, e vestes, os quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis ao Egito”.

1.Primeiro leiamos o versículo anterior: “E farei que os egípcios tenham boa vontade para com o povo, de modo que, quando saírem, não sairão de mãos vazias”.

O versículo diz claramente que os egípcios dariam de boa vontade.

2.Para entender melhor o texto, é necessário dividi-lo em duas partes:
a) “Todas as israelitas pedirão às suas vizinhas, e às mulheres que estiverem hospedando em casa, objetos de prata e de ouro, e roupas, que vocês porão em seus filhos e em suas filhas”.
Onde diz aqui, que elas pediram algo emprestado para devolver mais tarde? Roubo está relacionado a tomar algo sem consentimento. Quando alguém invade minha casa e leva algo sem meu consentimento, isto é roubo. Ou quando alguém me pede emprestado algo com a intenção de nunca mais devolvê-lo, isto é roubo. Porém, se alguém me pedir algo para que lhe dê, e eu dou a esta pessoa de livre e espontânea vontade, depois terei o direito de ir a polícia e dizer que fui roubado? As mulheres hebreias não roubaram ninguém. Elas pediram os objetos e como diz o vs.21, as egípcias deram de boa vontade.
b) “Assim vocês despojarão os egípcios”.
A palavra despojo aqui em hebraico é ונצלתם , oriundo de natsal, cuja raiz significa “despir, despojar, livrar alguém do (perigo)”. Este não é termo que se utiliza comumente referindo-se a despojar o inimigo depois de ter sido morto no campo de batalha; nesse caso, usar-se ia o verbo salal. Mas está bem claro que temos aqui nissel em sentido figurado, visto que a narrativa declara que os israelitas fizeram um pedido verbal e não um saque.

A pergunta que fica é por que as mulheres egípcias deram de boa vontade os objetos preciosos? Basta ler Ex 12:33: ”Os egípcios pressionavam o povo para que se apressasse em sair do país, dizendo: “Todos nós morreremos!”.

E continua nos vs.35 e 36: ”Os israelitas obedeceram à ordem de Moisés e pediram aos egípcios objetos de prata e de ouro, bem como roupas. O Senhor concedeu ao povo, bem como roupas. O Senhor concedeu ao povo uma disposição favorável da parte dos egípcios, de modo que lhes davam o que pediam; assim eles despojaram os egípcios”.

Os egípcios estavam apavorados com o Deus de Moisés e deram de “boa vontade” (na verdade por temor) tudo o que o povo pediu a eles. Pois não viam a hora de se ver livres do Deus de Moisés.

Porém, onde fica a questão moral aqui nestes textos?

Durante muitas gerações, alguns séculos, a população israelita no Egito havia sido sujeita à escravidão opressiva, verdadeiramente brutal. Israel sofrera infanticídio (crianças foram jogadas para os crocodilos no Rio Nilo) e genocídio, tinham sido obrigados a trabalhar sem ordenado, na construção das cidades do tesouro do Faraó e demais edifícios públicos.

Quem foi que roubou verdadeiramente nesta história afinal? Israel não roubou o Egito. Israel pediu algo. Pedir não é roubar. Os egípcios não pediram nada para eles. Eles oprimiram Israel e roubou sua vida, matando seus filhos durante quatro séculos. Israel tinha o direito de receber todos os objetos que receberam dos egípcios. Era um direito deles. Porém, mesmo assim, eles pediram e não roubaram.


Ex 12:35-36 – Os israelitas obedeceram à ordem de Moisés e pediram aos egípcios objetos de prata e de ouro, bem como roupas. O SENHOR concedeu ao povo uma disposição favorável da parte dos egípcios, de modo que lhes davam o que pediam; assim eles despojaram os egípcios.

Na NVI não aparece a palavra emprestado: ”...de modo que lhe davam o que pediam;...”.


Ez 39:10 - Não precisarão ajuntar lenha nos campos nem cortá-la nas florestas, porque eles usarão as armas como combustível. E eles despojarão aqueles que os despojaram e saquearão aqueles que os saquearam. Palavra do Soberano, o SENHOR.

A NVI diz: ”...despojarão aqueles que os despojaram”. Quem havia sido despojado antes? R: Israel! Continuando... ”...e saquearão aqueles que os saquearam”. Quem havia sido saqueado antes? R: Israel!

Se alguém vem a minha casa e rouba algo que me pertence, e depois vou e o tomo de volta. Isto é roubo?

Nesta situação específica, é claro que se trataria de uma guerra em que primeiro de tudo Israel havia sido roubado primeiramente e depois simplesmente foi e pegou de volta o que lhe havia sido roubado.

Fonte:
Enciclopédia de temas bíblicos, de Gleason Archer, ed. Vida.

Significado de roubo:
Roubo: tirar algo de uma pessoa utilizando-se de VIOLENCIA;
Furto: tirar algo de uma pessoa sem o seu consentimento, apropriando-se INDEBITAVELMENTE do objeto.

Ou seja, roubo é tomar algo de alguém pra si utilizando a violência, como por exemplo, um assaltante armado. Vemos claramente que isso não ocorre no êxodo.

Já o furto é a apropriação indébita sem violência. Por exemplo: estou dormindo, de madrugada entra em ladrão em minha casa, mas eu não o vejo e ele não faz nada, apenas leva algumas coisas. Ele não usou de violência, ou seja, ele praticou um furto.

Vemos que isso também não ocorre no êxodo, ou seja, não existe contradição.


Pipe

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Nós deveríamos acreditar em tudo?


Nós deveríamos acreditar em tudo.
I Co 13:7 - tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Nós só deveríamos acreditar quando há evidências concretas.
Pv 14:15 - O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos.

I Ts 5:21 - Examinai tudo. Retende o bem.
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Descontradizendo:
I Co 13:7 - tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Meeeeeeeeeuuuuuuuuuuuu DDDDDeeeeeuuuuuussssssss! A BDC está dizendo que Paulo com isto está nos dizendo que devemos acreditar em tudo, absolutamente tudo! Devemos ser então diante disto, budistas, ateus, espíritas, macumbeiros, hinduístas, etc... Ou seja, eu tenho que acreditar em tudo que estas religiões e conceitos filosóficos dizem. Entendeu? Então se um cara chega pra mim e diz que Deus não existe, eu devo acreditar. Pois afinal, a Bíblia "ensina" que devemos crer em tudo! Não é isto?

Será que Paulo estava querendo dizer que devemos acreditar em tudo. Mesmo que tenhamos consciência de que aquilo é mentira? Afinal não foi ele mesmo quem escreveu em I Ts 5:21 - "Examinai tudo. Retende o bem".?

Estaria ele se auto-contradizendo?
I Co 13:6 diz: "O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade".

Se o amor se alegra com a verdade, como poderemos crer em tudo, mesmo que seja uma mentira?

Então, se o próprio Paulo diz que devemos examinar tudo e reter o que é bom, é óbvio que ele estava falando com respeito a verdade, e não com relação a tudo literalmente. Tudo que diz respeito a verdade, o amor crê.

O amor tudo sofre em nome da verdade. O amor tudo crê em nome da verdade. O amor tudo espera em nome da verdade. O amor tudo suporta em nome da verdade.

Isto se entende claramente nas Escrituras. Não é muito difícil concluir que, é impossível que uma religião diga que você deve acreditar em algo que contrarie a tua própria fé. Que doutrina absoluta permaneceria se o cristianismo incluísse, por exemplo, em seu ensino a doutrina da reencarnação. Toda centralidade da fé cristã entraria em contradição. Pois nós cremos na ressurreição, algo que é totalmente contrário a um conceito espírita de reencarnar em outro corpo.

Portanto, é um absurdo o que a BDC quer insinuar que Paulo esteja falando com "tudo crê". Pois ele mesmo em I Ts 5:21 diz que devemos verificar tudo e não sair acreditando em tudo que se diz.


Pipe

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Paulo foi malicioso?

Sim, ele foi malicioso.
II Co 12:16 - Mas seja assim, eu não vos fui pesado; mas, sendo astuto, vos tomei com dolo.

Não, ele não tinha malícia.
I Te 2:3 - Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência;

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Descontradizendo:
Por Pipe

Seria uma contradição, se a BDC estivesse usando dois textos pertencentes a mesma carta. Porém, a BDC usa um texto de Paulo aos Corintos, dizendo palavras referentes a sua estratégia para com os corintos, e o aplica na carta aos tessalonicenses.

Isto é o mesmo que eu escrever para um amigo nos EUA dizendo que eu nunca agi com astúcia para com ele; e ao mesmo tempo escrever a um amigo na Inglaterra, dizendo que fui astuto na minha relação com ele. Daí alguém pega as duas cartas e diz que eu estou me contradizendo. Isto tem sentido? É lógico que não. Eu não fui astuto para o meu amigo dos EUA e não para com o da Inglaterra.

Conclusão:
Paulo foi astuto para com os Corintos. Porém, não o foi para com os tessalonicenses. Seria uma contradição, se Paulo tivesse dito que não fora astuto para com os coríntios.

Portanto, não há nenhuma contradição!


Por Guilherme Born:
Com o texto pela NVI a contradição some:
II Co 12:16 - Seja como for, não lhes tenho sido um peso. No entanto, como sou astuto, eu os prendi com astúcia.

I Ts 2:3 - Pois nossa exortação não tem origem no erro nem em motivos impuros, nem temos intenção de enganá-los;

A palavra astúcia tem vários significados e três deles são "esperteza", "agilidade" e "má-índole."
Em II Co, Paulo, de acordo com o contexto do versículo, diz que utilizou de esperteza, ou agilidade. Pois ele não necessitava do dinheiro do povo, pois sua agilidade para com as coisas era o suficiente.

Já em I Ts, ele diz que não usa de má-índole para com os tessalônicos. Ou seja, os assuntos são totalmente diferentes. Dizem respeito a coisas totalmente diferentes, ou seja, é totalmente errada a colocação da BDC ao afirmar que estes dois versículos se contradizem. Isso só poderia ocorrer se o assunto fosse o mesmo e com as mesmas pessoas.


Portanto não há contradição.