terça-feira, 10 de março de 2015

Livro: "O Fator Melquisedeque" de Don Richardson

O Testemunho de Deus nas culturas por todo o mundo 

Editora Vida Nova

Neste livro, Richardson conta mais de 25 histórias fascinantes, que mostram como Deus plantou a semente do evangelho em cada cultura do mundo. Esta espécie de revelação geral de Deus é chamada pelo autor de “O Fator Melquisedeque”, em uma alusão ao nome do sacerdote a quem Abraão prestou homenagem no livro de Gênesis.


O Fator Melquisedeque é um livro culturalmente rico e profundamente sensível que mudará a visão de muitos cristãos sobre os povos pagãos e a soberania de Deus.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Livro: "Criação X Evolução - Onde está a verdade científica?" de Dr. Grady S. McMurtry

Editora A.D.Santos

Uma introdução aos métodos científicos e uma verdadeira pesquisa dos conceitos das ciências biológicas, natural e física. Aumente o seu conhecimento sobre a ciência e sua relação com a criação.

Alguns tópicos:
- A Criação e sua importância científica. 
- O que é Ciência e o que não é. 
- Os dois modelos para ensinar as origens. 
- Razões finais científicas do Criacionismo. 
- As 9 grandes "provas" do Evolucionismo contestadas ponto a ponto.

domingo, 8 de março de 2015

Dawkins: burro ou alguém mais esperto do que parece?

OU Uma perspectiva totalmente nova sobre o líder dos neo ateus
Por Luciano Ayan

Um artigo do Daily Mail, ingenuamente, tem o seguinte título: “Richard Dawkins: como um homem de QI tão alto possui perspectivas tão baixas?”. Nesse artigo, o articulista mostra incômodo com algumas posições ideológicas de Dawkins, como a ideia de que “se os cristãos realmente lessem a Bíblia, deixariam de ser cristãos”.

Afirmações como esta seriam um indício de contradição entre o suposto alto QI de Dawkins em relação às suas idéias, que seriam contraditórias, carentes de evidências e intolerantes.

O grande problema é que o articulista tem uma perspectiva diferente do que está ocorrendo na questão. Ele não consegue pensar politicamente (ao passo que esta é a perspectiva deste blog). Ao contrário, seu pensamento é aristotélico. (Esse tipo de pensamento era característico também no início deste blog, o que mudou após os estudos sobre dinâmica social junto com ciência política).

Avaliando sob uma nova ótica, Dawkins não demonstra burrice, mas bastante inteligência (ao passo que a maioria de seus leitores, esses sim, são incapazes). A postura de Dawkins demonstra um altíssimo grau de inteligência política.

Sei que reconhecer isso pode ser incômodo para alguns leitores, que talvez gostassem de me ver chamando Dawkins de néscio. Mas essa não é minha opinião. Respeito Dawkins por seu estilo esgrimista (embora não o respeite pelo uso recorrente de mentiras). O fato é que Dawkins é extremamente hábil ao criar frases de efeito, transformar seus oponentes em bodes expiatórios, e gerar o efeito “recall” sobre suas ideias.

Ademais, muitos leitores de Dawkins ficam de fato indignados com a mera existência de religiosos tradicionais. Praticamente transformados em uma bomba relógio de ira anti-religiosa, todos seus leitores tornam-se motivadíssimos para a luta. Também tornam-se hábeis ridicularizadores do oponente, capazes de lançar seus inimigos na espiral do silêncio com grande facilidade. Mesmo que muitos deles se tornem meros repetidores de slogans, o fato inegável é que esses slogans foram fabricados em sua maioria por Dawkins. Ou seja, Dawkins foi capaz de formar um exército com arsenal verbal poderoso.

Se eu fosse elencar as principais qualidades que mostram extrema habilidade política do biólogo neo ateu, eu poderia citar:

- capacidade de inserir sentimentos de raiva nos que estão ao seu lado: esse sentimento é um fortíssimo motivador para a luta;
- capacidade de criar slogans e frases de efeito com alto potencial de ridicularização do oponente, o que já facilita muito o trabalho dos que estão ao seu lado;
- executar a briga de lama de forma impecável, sem se identificar como adepto da esquerda ou da direita (embora ele tenha cometidos alguns atos falhos que nos permitem identificá-lo como da esquerda humanista) – note que dificilmente você o verá associado a algum candidato da esquerda;
- capacidade de “recall” de suas ideias por seus seguidores, pois seus slogans são de fácil motivação e reutilização – isso é especialmente positivo, pois seus adeptos não precisam pensar muito para reproduzir os slogans;
- habilidade para criar motivação para a militância, e também transformar sua ação política em causa;
- extrema capacidade de aliança com grupos que lutarão ao seu lado, como exemplo, gayzistas (nota-se que muitos adeptos da direita precisam melhorar essa habilidade, como, por exemplo, de fazer alianças com esquerdistas moderados e libertários, mas por conveniência);
- maestria no jogo de rótulos e, em última instância, no controle de frame.

Note que todas essas qualidades são independentes dele ser um mitômano que pode facilmente ser qualificado de sociopata. Entretanto, todas essas qualidades podem ser assimiladas e treinadas por debatedores dos dois lados, independente de dizerem a verdade ou não. São todos indicadores não só de um alto Q.I., como uma alta inteligência política.

Por isso, o questionamento do articulista é ingênuo. Enquanto ele diz “Richard Dawkins: como um homem de QI tão alto possui perspectivas tão baixas?”, eu digo: “Richard Dawkins: seu alto Q.I. talvez tenha lhe trazido perspectivas extremamente altas no jogo político. E talvez por isso jogue tão bem”.

Ora, se a única característica de Dawkins que eu não poderia elogiar é a extrema mitomania, devo dizer o contrário em relação às outras. São todas qualidades que podem e devem ser desenvolvidas, pois, no fundo, são apenas execuções de técnicas, além do desenvolvimento daquilo que defino por inteligência política.

Portanto, ao invés de menosprezar o adversário, deve-se elogiar suas boas qualidades (aquelas a serem assimiladas e que teríamos orgulho de fazê-lo). Se eu defendo a arte do jogo político, é justo desenvolver o “fair play”. E isso envolve reconhecer qualidades que porventura o inimigo tenha.

Entretanto, tal reconhecimento é inútil (também em termos políticos) caso o conhecimento resultante não seja usado a nosso favor. Por isso, sejamos esportistas, oras. Que se reconheça os méritos do adversário, mas sem esquecer de absorver tais méritos.

Fonte: