Editora Paulus
A morte de Deus, anunciada por Nietzsche, projeta suas
sombras sobre a tradição filosófica posterior. A não-plausibilidade da crença
em Deus não pode ser separada da crise da metafísica e da hermenêutica
antropológica correspondente. A crise do teísmo, um produto da razão, é também
crise da razão e do sujeito da tradição humanista. O vazio deixado pela morte
de Deus inicialmente foi preenchido com o sujeito coletivo ou individual, que
gerava sua própria emancipação. O sentido da história era sustentado a partir
do sujeito, do mito do progresso e da utopia da sociedade emancipada.
Atualmente tudo isso está em crise. A morte de Deus foi o início de um processo
que ainda está em curso. Neste volume, o autor estuda as distintas fases deste
processo: a construção do teísmo antropológico, a desconstrução moderna do
teísmo cristão, a negação humana do teísmo e a impugnação do próprio ideal
humanista. A partir daí, procura esboçar novas tentativas que possibilitem
continuar o processo de iluminação e apresentar o teísmo de forma que seja
plausível e credível na sociedade pós-moderna e pós-iluminada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário